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Semiologia do Abdome

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Frederico Faria Melo Júnior Semiologia do Sistema Digestório 
Medicina – IMEPAC – Turma XXX 
 
 
Abdome 
1 
 
Parede e cavidade abdominal 
E 
Pontos anatômicos 
• Divisões abdominais: 
→ Duas divisões (não é muito usual): 
▪ Traça-se uma linha horizontal no o ponto médio entre a crista ilíaca anterossuperior com 
o rebordo costal. 
o Superior e inferior 
 
→ Quatro quadrantes (usada mais comumente na auscultação): 
▪ Traça-se uma linha vertical, a linha mediana e uma linha horizontal no ponto médio entre 
a crista ilíaca anterossuperior com o rebordo costal). 
o Q. Superior direito 
o Q. Superior esquerdo 
o Q. Inferior direito 
o Q. Inferior esquerdo. 
 
 
 
 
 
2 
 
→ Nove segmentos: 
▪ Traça-se duas linhas horizontais: passando pela crista ilíaca anterossuperior direita até a 
crista anterossuperior esquerda e outra passando pelo rebordo costal em todo o abdome; 
duas linhas verticais: passando pela linha hemiclavicular direita e esquerda. 
o Hipocôndrio direito – fígado, vesícula biliar, pâncreas (cabeça e início do 
corpo). 
o Epigástrica – estômago, corpo e cauda do pâncreas. 
o Hipocôndrio esquerdo – baço. 
o Flanco direito – rim direito, cólon ascendente. 
o Mesogástrica – ID, cólon transverso. 
o Flanco esquerdo – rim esquerdo, cólon descendente. 
o Fossa ilíaca direita – ceco e apêndice. 
o Hipogástrica – vesícula urinária, útero, ovários. 
o Fossa ilíaca esquerda – IG (projeção do cólon sigmóide). 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
• Os pontos anatômicos de relevância para o exame abdominal são: 
→ Ponto de McBurney ou Ponto apendicular: 
- É a região mais distal de três segmentos entre a crista ilíaca anterossuperior e a cicatriz 
umbilical. É o local de acesso ao apêndice. 
 
→ Ponto de Murphy ou Ponto Cístico: 
- É a região final da linha hemiclavicular direita com o fim do rebordo costal direito. Possui 
correlação com o exame físico da vesícula biliar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
EXAME FÍSICO DO ABDOME: 
Inspeção 
• Parede anterior desnuda. 
ESTÁTICA 
✓ Tipos de abdome: 
▪ Atípico ou Plano: formas normais. 
▪ Globoso: aumento do diâmetro anteroposterior por obesidade (alta concentração 
de gordura em cintura abdominal), ascite, obstrução intestinal (acúmulo de gases em 
alças intestinais). 
▪ Batráquio: aumento do diâmetro anteroposterior e látero-lateral sendo comum em 
pacientes com ascites de grande volume. 
▪ Escavado: presente em paciente emagrecidos, consumidos, desidratados. Abdome 
fundo. 
▪ Avental: quantidade de flacidez subcutânea extensa sobre a região hipogástrica 
sendo comum em pacientes pós-bariátrico e gestação. 
 
✓ SIMETRIA - Presença ou ausência de retrações e abaulamentos ~ tumores ou 
hérnias de parede abdominal – avaliação perpendicular e superior: 
▪ Epigástrica. 
▪ Umbilical. 
▪ Incisional (secundário à procedimento prévio). 
▪ Spiegel (é rara e fica lateralmente na musculatura reta do abdome – pode 
encarcerar). 
5 
 
▪ Inguinais direita e esquerda. 
▪ Diástase dos retos abdominais (afastamento dos músculos retos abdominais – não 
encarcera vísceras). 
 
✓ Presença de cicatrizes: 
▪ Umbilical: encontrada na linha mediana e no ponto médio da linha horizontal 
entre o ponto médio da crista ilíaca anterossuperior e do rebordo costal e avalia 
a forma, localização, sinais flogísticos, abaulamento estático, tatuagem e cicatriz 
dentro da cicatriz umbilical. 
▪ Kocher: encontrada no rebordo costal direito e ocorre após intervenção 
cirúrgica de acesso à vesícula biliar ou fígado. 
▪ Laparotomia mediana: pode ser xifopubiana (do apêndice xifóide até o 
púbis) ou umbilical (restrita ao umbigo). A incisão circula o umbigo pelo lado 
esquerdo devido a possíveis resquícios da artéria umbilical no lado direito do 
umbigo. 
▪ Paramediana. 
▪ McBurney: encontrada na fosse ilíaca direita sendo proveniente de 
apendicectomia e de característica apendicular. 
▪ Babcock: encontrada na fosse ilíaca direita sendo proveniente de 
apendicectomia e de característica horizontal. 
▪ Pfannestiel (fãnestil): encontrada no hipogástrico e ocorre proveniente de 
cesariana, histerectomia, prostatectomia. 
6 
 
 
✓ Movimentos peristálticos (normalmente não são observados em indivíduos 
adultos, exceto em exacerbação – em RN pode ser observado): 
▪ Sinal de Kussmaul: peristalse visível e exacerbada – comum em obstrução intestinal grave 
parcial ou total. 
 
✓ Presença ou ausência de lesões cutâneas: 
▪ Sinal de Cullen: equimose periumbilical – indicativos de pancreatite 
necrohemorrágica. 
 
▪ Sinal de Grey-Turner: equimose em flancos – indicativos de pancreatite 
necrohemorrágica. 
▪ Sinal de Fox: equimose na face lateral anterior da coxa. 
▪ Sinal Stablers e Bryants: equimose indicativa de pancreatite 
necrohemorrágica - comum em recém nascidos. 
 
7 
 
▪ Presença de estrias (estiramento da pele por ganho de peso: violáceas – são 
recentes - comum em Síndrome de Cushing exógena | brancas – são antigas). 
▪ Presença de lesões por Herpes Zoster. 
 
✓ Presença de circulação colateral: 
▪ OBSTRUÇÃO DE VEIA CAVA: Porto-cava superior e inferior 
~ padrão verticalizado. 
▪ OBSTRUÇÃO HEPÁTICA: Cabeça de medusa (periumbilical) ~ 
padrão excêntrico (se afastando do centro). 
 
✓ Presença de pulsação epigástrica (é fisiológico em região de aorta descendentes, 
porém, pode sugerir um aneurisma). 
✓ Pilificação sexual: anisosexual ou isosexual (crescimento em local e em 
quantidade esperada condizente para o sexo do paciente – homens: ocorre em toda 
a parede abdominal | mulheres: quantidade diminuída e que não ultrapassa a 
cicatriz umbilical). 
DINÂMICA 
✓ Manobra de Valsalva: quando se expira sem permitir a saída de ar aumenta-se a 
pressão no tórax e consequentemente na cavidade abdominal promovendo uma 
protrusão das estruturas para um ponto de fraqueza, caso exista. Se positiva, há um 
ponto de fraqueza. 
 
8 
 
EXAME FÍSICO DO ABDOME: 
Ausculta 
✓ Avalia a peristalse (contrações intestinais), isto é, a motilidade intestinal 
pela presença de ruídos hidroaéreos. 
✓ Deve ser realizada no abdome a partir da divisão em 4 quadrantes por 
1-2 minutos (sendo 30 segundos em cada quadrante) em todo o abdômen e espera-se ouvir de 
6-12 ruídos por quadrante. Realiza-se uma média da quantidade dos ruídos. 
✓ Pode-se realizar a hepatimetria por meio da arranhadura na pele. Posiciona-se o 
tambor do estetoscópio no hipocôndrio direito e arranha-se a pele nos EIC. Quando auscultar um 
som mais alto, marca-se o início do fígado, quando ouvir um som fraco marca-se o final do órgão. 
< 6 - RHA diminuídos: Peristalse intestinal diminuída (por hipocalemia). 
> 12 – RHA aumentados: Peristalse intestinal aumentada. Ocorre em diarréia 
e no início da obstrução e são auscultados próximo do local da obstrução. Causas de 
obstrução: Neoplasias, bridas, infecções, enterolito, verminose, benzoares e doenças 
inflamatórias intestinais. 
 
0 – RHA ausentes ou silencio abdominal: A peristalse cessa. Quando 
ocorre o fim da bomba de Na e K para o intestino ~ ílio paralítico por gastroparesia 
diabética | obstrução intestinal grave. 
Metálico: peristalse de luta – Ocorre no platô da obstrução, isto é, a partir de várias 
contrações excessivas mostrando uma peristalse de luta em obstrução parcial. 
Obs.: Os RHA ficam aumentado por até 2 horas após refeições grande e 40 minutos em refeições menos intensas. 
 
9 
 
EXAME FÍSICO DO ABDOME: 
Percussão 
• Identifica o tamanho das principais vísceras solidas (baço e fígado), presença 
de massas e líquidos livres no abdome. 
Hepatimetria – encontre a linha hemiclavicular direita em associação com a linha médio esternal e inicie a percussão 
abaixo do rebordo costal ouvindo um som timpânico, em seguida inicia a percussão dos espaços intercostais. Espera-se 
ouvir um som submaciço na transição da cavidade para o fígado. No 1º ECI que o som se tornar maciço marca o fim do 
fígado. Continua a percussão até encontraro fim do som maciço escutando o som claro pulmonar marcando o início do 
fígado. A medicação em centímetros é realizada “por rumo”. 
• É realizada de forma bidigital (um dedo é o percussor e o outro é o plexímetro). 
SOM MACIÇO – fígado e ascite 
SOM TIMPÂNICO – no restante do abdome + espaço semilunar de Traube. 
LOCALIZAÇÃO: traça uma linha hemiclavicular a esquerda e uma linha 
axilar anterior e encontra-se 9º, 10º, 11º EIC – esquerdo. 
 
TRAUBE LIVRE: É timpânico devido à bolha gástrica. Ao paciente deitar 
em DD a bolha tende a ir para a região superior. 
 
TRAUBE OCUPADO: É maciço. Esplenomegalia, estômago pós-prandial, 
tumor de cauda de pâncreas, tumor gástrico avançado, tumor entre o 
cólon transverso e descendente, rim ectópico, rim aumentado. 
 
SOM HIPERTIMPÂNICO – quando há distenção abdominal por acúmulo de gases 
• A percussão é feita com o paciente em decúbito dorsal. 
• Na percussão hepática pode se verificar a presença do sinal de Jobert que avalia a perda 
da macicez hepática – realiza-se a percussão hepática e não identifica a macicez hepática e 
sim um som timpânico – ocorre em casos de pneumoperitônio, isto é, quando se tem ar 
livre de uma víscera oca (estômago e intestinos) perfurada interposto entre a parede, o diafragma 
e o fígado. 
É ASCITE? Necessário DIAGNÓSTICO! 
Sinal do Piparote ~ Teste da onda líquida 
10 
 
Em grandes ascites essa flutuação das alças intestinais não ocorre. 
Faz-se em decúbito dorsal e solicita que o paciente coloque a face ulnar de uma de suas mãos na linha média do abdômen. Em seguida, o 
médico deve posicionar sua mão esquerda sobre o flanco esquerdo do paciente e realizar um golpe rápido e firme com o indicador direito 
no flanco direito. É importante manter a mão pressionada para evitar que a onda seja transmitida pelo tecido adiposo mais superficial, isto 
é, a transmissão apenas irá ocorrer se houver uma quantidade de líquido considerável. 
Piparote POSITIVO: nota-se a propagação de uma onda do líquido acumulado. 
 
TESTE DA MACICEZ MÓVEL 
O líquido irá se deslocar junto com a gravidade ~ móvel na cavidade peritoneal 
Ascite é doloroso – cuidado na mudança de decúbito 
DECÚBITO LATERAL: 
O líquido se movimenta para baixo e as alças sobem no líquido. 
 
 
CONTROLE da Ascite! 
Pesagem do paciente pela manhã diariamente 
Medição da circunferência abdominal diariamente 
Semicírculo de Skoda 
DECÚBITO DORSAL: 
Som timpânico em meia lua em cicatriz umbilical (as alças sobem no líquido). 
11 
 
Som maciço no entorno do semicírculo de skoda pelo acúmulo do líquido. 
> Timpanismo 
< Ascite 
 
“Timpanismo a XX cm da cicatriz umbilical.” 
 
EXAME FÍSICO DO ABDOME: 
Palpação 
• Estimula o peristaltismo, por isso deve ser a última etapa do exame físico. 
• Para reduzir a tensão dos músculos abdominais pode-se realizar uma leve flexão dos joelhos. 
• Tente distrair o paciente enquanto realiza a palpação, pois evita uma eventual tensão abdominal 
criada pelo próprio paciente devido ao receio natural do exame provocar ainda mais dor (é 
possível), além de explorar a suspeita de queixas falsas (simulando), ou seja, quando distraído, o 
paciente pode não representar sinais de dor. 
 
SUPERIFICAL 
• Avalia-se: 
→ Pontos álgicos (sensibilidade). 
→ Temperatura. 
→ Perda de continuidade (orifício herniário). 
→ Pulsação aórtica e gástrica. 
12 
 
→ Reflexo cutâneo (a cicatriz umbilical desvia para o lado em que 
se fez o estímulo). 
→ Resistência muscular da parede abdominal (É fisiológico quando ocorre 
o aumento do medo pelo exame ou prática frequente de esportes). 
• Em paciente sem dor, inicia-se a palpação na FID dando sequência de forma 
ascendente e no sentido horário. 
• Em paciente com dor, inicia-se no ponto mais distante do local álgico. 
• Realiza-se com a mão dominante abaixo e a mão não dominante em cima. 
• O movimento de palpação é pra frente, abaixo e atrás. 
 
PROFUNDA 
• Avalia-se: 
→ Visceromegalias. 
→ Presença de massas. 
→ Pontos álgicos (epigástrico, cístico-M, apendicular-MB e 
ureterais direito e esquerdo). 
FÍGADO~ palpa-se as bordas inferiores do lobo direito do fígado - pode não ser palpável. 
Método de Chauffard ou Lemos-Torres: o examinador com a mão esquerda na região lombar 
direita do paciente tenta anteriorizar o fígado para frente e com a mão direita espalmada sobre a parede 
anterior, tenta palpar a borda hepática anterior durante a inspiração profunda. 
 
13 
 
Manobra de Mathieu: o examinador deve estar à direita do paciente, e apoia as polpas digitais no 
rebordo costal, como se estivesse tentando “entrar por baixo do rebordo”, e pede-se que o paciente inspire, 
para que assim ocorra a descida do fígado. 
 
Manobra da mão espalmada: o examinador deve anteriorizar o fígado com a mão esquerda e 
penetrar com a ponta dos dedos para dentro do rebordo costal. 
 
VESÍCULA BILIAR 
Sinal de Murphy: acontece quando o paciente reage em sua respiração de forma rápida à palpação 
profunda da vesícula biliar. Dessa forma, palpa-se o ponto biliar ou ponto cístico, no hipocôndrio direito e 
pede-se para o paciente inspirar profundamente. Quando a dor é positiva – o paciente corta a respiração) – 
presente nas colecistopatias agudas. 
Inspiração profunda 
↓ 
Pulmão expande 
↓ 
Comprime o diafragma abaixando-o 
↓ 
Abaixamento do fígado 
↓ 
Exposição da vesícula 
 
BAÇO 
Coloque o paciente na Posição de Schuster. 
14 
 
O paciente deve estar posicionado em decúbito lateral direito com o membro inferior esquerdo fletido a 90° 
e o joelho serve como ponto de apoio sobre a mesa do exame, garantindo equilíbrio ao paciente. O membro 
inferior direito deve estar estendido. O membro superior direito fica estendido enquanto o membro superior 
esquerdo deve ficar fletido sob a cabeça. Essa posição induz a movimentação do baço em direção ao rebordo 
costal, o que facilita a palpação. Faz-se uma garra com as polpas digitais para a palpação. 
O baço normalmente não é palpável. Porém, 5% tem palpação positiva. 
 
RINS 
Manobra de Israel: o paciente deve estar em decúbito lateral (posição de Schuster), com membro 
inferior contralateral em extensão e homólogo em flexão, além dos membros superiores sobre a cabeça. O 
examinador deve se posicionar do mesmo lado do rim que será palpado, colocando a mão direita para o rim 
esquerdo e a esquerda para rim direito. O rim deve ser palpado anteroposteriormente sendo anteriorizado por 
uma das mãos e palpado pela outra. 
 
IRRITAÇÃO PERITONEAL 
Sinal de Blumberg: Este sinal é feito inicialmente comprimindo de forma lenta o ponto apendicular e 
é caracterizado por dor à descompressão brusca da parede abdominal. 
Peritônio é uma cavidade enorme, quando infectado ocorre uma troca de toxinas e acesso de MO na 
circulação sistêmica. É tão intenso que pode causar diálise peritoneal (permeabilidade entre a membrana e 
os capilares – bactérias e células boas). 
15 
 
A peritonite é causa por abdome agudo e pode gerar uma linfadenite mesentérica. 
1 Q – Peritonite localizada 
>2 – Peritonite difusa 
Compressão lenta 
↓ 
Estiramento das fibras musculares 
↓ 
Descompressão rápida 
↓ 
Manda mensagem de dor no cérebro 
↓ 
Paciente sente dor 
Sinal de Rovsing 
Quando positivo, sugere a presença de inflamação peritoneal por apendicite aguda, caso o paciente possua 
outros sintomas que condizem com o panorama. Também intitulado como “sensibilidade rebote referida”, 
é um sinal de baixa especificidade, mas bastante importante para semiologia e diagnóstico. Assim, ao palpar 
o quadrante inferior esquerdo do abdômen do paciente e o mesmo referir dor no quadrante inferior direito, o 
sinal de Rovsing é dado como positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Sinais e Sintomas Clássicos do Abdome 
• Pirose (azia): sensação de uma acidez exacerbada em região epigástrica com ascensão para a 
região retroesternal. É acompanhada com regurgitação e ptialismo. 
• Flatulência: sensaçãode muitos gases abdominais. A eliminação de gases no processo 
digestivo é fisiológica devido à alimentação e aerofagia. Após cirurgia abdominal recomenda-se 
questionar se houve eliminação de gases. O ser humano elimina cerca de 25 flatos ao dia (ocorre 
mais no período noturno). O paciente relata aumento de borborigmos (ruídos) e a eliminação dos 
flatos quando em excesso. 
• Plenitude abdominal: sensação do abdome cheio ou sensação de grande saciedade 
(“empasinado”). 
• Náusea: sensação de enjoo associada ou não à eminência de vômitos. 
• Êmese: é um reflexo autonômico promovido pelo SN. 
✓ De conteúdo alimentar. 
✓ De estase: suco gástrico acumulado (coloração amarelada – amarronzada). 
✓ Fecalóide: obstrução intestinal mais baixo. 
✓ Hematêmese: vômitos com sangue massivo (sangue vivo) ou misturado a outros conteúdos. 
✓ Pode-se encontrar sintomas associados: por ser um reflexo autonômico (repercussão hemodinâmica) pode se 
seguir com um grau de hipotensão. A aspiração ocorre em paciente com grau de comprometimento do SNC e é 
a maior causa de pneumonia aspirativa, pneumonite química. 
• Anorexia: é a falta de apetite. Pode ser causada por diversas doenças e condições gerais que 
afetam todos os sistemas. Não sendo exclusiva no aparelho digestivo. 
• Regurgitação: o alimento retorna à boca sem o reflexo do vômito. A quantidade de alimento 
e conteúdo gástrico é menor quando comparado ao vômito. 
• Tenesmo retal: sensação dolorosa com necessidade de evacuar com dificuldade. 
• Diarréia: aumento do número de evacuações + diminuição da consistência ou aumento do 
volume das fezes. Há uma variação para cada paciente. 
✓ Característica: aquosa, sanguinolenta, mucosanguinolenta, volumosa. 
17 
 
✓ Esteatorréia: é mensurável esse aumento de gordura. Fezes gordurosas da má absorção – fezes ricas em gorduras, 
esbranquiçadas e com densidade baixa (as fezes boiam), com odor desagradável. 
✓ Fezes acólicas: sua característica mais marcante é resultar em fezes brancas por falta de estercobilina. A bile 
impedida de sair é reabsorvida no sangue causando (icterícia). 
Fezes normais: varia de havana até um marrom mais escuro, habitualmente não há restos alimentares, com consistência sólida e 
semissólida. 
• Constipação ou obstipação: redução no número de evacuações. Pode ocorrer fezes 
caprinas pelas fezes desidratadas no cólon. 
• Obstrução intestinal: parada de flatos e fezes por um período prolongado. 
• Melena (presença de sangue parcialmente digerido nas fezes) – ocorre em 
sangramentos significativos na parte alta do aparelho digestivo (acima do ângulo de Treitz no 
duodeno). 
• Hematoquezia/Enterorragia (presença de sangue vivo nas fezes) – ocorre 
em sangramentos digestivos baixos, isto é, abaixo do ângulo de Treitz. 
• Icterícia: amarelamento da esclera e pele do paciente. Urina escurecida (cor de chá preto ou 
Coca-Cola) – doenças sanguíneas que geram hemólise | doenças metabólicas: doença de Gilbert. 
• Distensão abdominal: pode ser localizado ou difuso. 
• Alterações na parede abdominal: as hérnias são as maiores causas de alteração na 
parede (fraqueza da parede). 
• Dor abdominal: pode ser causada por abdome agudo (início súbito e intenso) – causado por 
apendicite aguda, ulcera perfurada, peritonite aguda, dentre outras causas. 
DESCRIÇÃO DE UM ABDOME NORMAL: 
Abdome atípico e livre, ausência de abaulamentos, retrações, cicatrizes, lesões elementares e circulação colateral, 
presença de pulsação epigástrica, cicatriz umbilical centralizada, pilificação isosexual, indolor à palpação superficial 
e profunda, ausência de visceromegalias ou massas palpáveis, ruídos hidroaéreos presentes e normais. 
 
18 
 
Semiologia do ESTÔMAGO 
Principais queixas gástricas! 
▪ Dor é a principal queixa e normalmente é no epigastro que pode irradiar para região 
dorsal. Diagnóstico diferencial – litíase biliar: inicia no HD e migra para o epigastro | pancreatite | 
CA de pâncreas | parasitose | isquemia mesentérica | IAM atípico | pneumonia em base pulmonar 
direita. 
▪ Plenitude pós-prandial. 
▪ Saciedade precoce (esvaziamento gástrico inadequado, tumor que reduz a 
capacidade residual do estômago, úlcera, esplenomegalia, hepatomegalia, tumor de 
pâncreas – compressão externa ao estômago). 
▪ Pirose (gravidez, DRGE). 
SÍNDROME DISPÉPTICA | DISPEPSIA: 
Dor ou desconforto em abdome superior com um ou mais dos sintomas supracitados. 
Tipos de dispepsia: 
• FUNCIONAL – não tem diagnóstico de doença orgânica, estando relacionado a 
transtorno da mobilidade gástrica, alimentação inadequada, emocional. Podem ser 
causadas por alterações de motilidade, hipersensibilidade visceral, alterações pós-
infecciosa, inflamações e distúrbios psicossociais. 
• ORGÂNICA – há um diagnóstico de distúrbios orgânico: 
→ Úlcera péptica 
→ Colecistopatia dispéptica 
→ Neoplasia 
→ Parasitoses intestinal: giardíase parasita parte alta do duodeno. 
→ DM: gastroparesia diabética – lesão aos nervos autonômicos gerando dificuldade 
de movimentação das vísceras abdominais ocas ~ estômago. 
→ Uso de medicamentos (AINE, aledronato, ferro, potássio, digitálicos, potássio). 
19 
 
 
Exame físico! 
➢ Não há manobras específicas para a avaliação do estômago. 
• SINAL DO VASCOLEJO: denuncia a presença de liquido no interior do estomago, isso 
permite levantar a suspeita de estase liquida 
➢ A anamnese é extremamente valiosa. 
➢ Paciente em decúbito dorsal e abdome desnudo. 
 
 
INSPEÇÃO 
Abaulamento epigástrico? (em paralelo) 
– tumor gástrico avançado? Acúmulo de alimentos? 
Peristalse visível? 
– Obstrução gástrica ou duodenal? 
Cicatrizes? 
PERCUSSÃO Sem significado. 
 
 
 
PALPAÇÃO 
Manobra do Vascolejo 
Realiza-se ondas repetidas de pressão com o indicador 
e o polegar juntos que gera um ruído semelhante à 
agitação líquida (quando ocorre – pensar em estase 
gástrica. 
SUPERFICIAL: 
*vide resumo! 
PROFUNDA: 
*vide resumo! 
 
 
 
20 
 
DOENÇAS gástricas! 
1. ÚLCERA PÉPTICA [Gástrica ou Duodenal]: 
▪ Ocorre quando a agressão supera a defesa. 
▪ É uma ferida/lesão superficial em tecido cutâneo ou mucoso. Nessas lesões ocorre a 
ruptura do epitélio, de modo a haver exposição de tecidos mais profundos da área. 
▪ PRINCIPAIS CAUSAS: 
→ A bactéria H. pylori está presente na maioria das úlceras 
pépticas. A bactéria vive no muco. Quando cronicamente estimulado pela H. 
pylori promove linfoma. 
→ Uso abusivo de AINE. Ao entrar em contato com a mucosa gástrica ou 
duodenal, os seus componentes já causam um processo inflamatório e reduzem a 
defesa do organismo (inibe a COX 1 – barreira de muco ineficiente). 
▪ QUADRO CLÍNICO: dor epigástrica não incapacitante, melhora com ingesta 
alimentar (o ácido envolve o alimento, menor concentração de HCl na ferida), desperta 
o paciente à noite (estômago vazio – ácido atua livremente), periódica e pode estar 
associado a anorexia, hiporexia, emagrecimento. Complicações podem ser 
hemorragia, perfurações e raramente obstruções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
2. TUMOR GÁSTRICO 
▪ É mais comum em homens (3:1 | > 40 anos, aumentando gradativamente ~ pico aos 
70 anos). 
▪ A maioria dos CA gástricos são adenocarcinomas (origem em epitélio glandular) 
e seguido por linfomas e tumores estromais. 
▪ Podem ser assintomáticos (quando diagnosticado está em estádio IV – altamente 
metastático) ou com sintomas inespecíficos: saciedade, dor epigástrica, vômito, 
emagrecimento, astenia e anemia. 
▪ SINAIS PATOGNOMÔNICOS: 
❖ Sinal de Virchow: linfoadenomegalia supraclavicular a esquerda. 
❖ Sinal Irmã Mª José: linfoadenomegalia periumbilical. 
▪ PRINCIPAIS CAUSAS: 
→ Infecção pelo H. pylori. 
→ História familiar positiva para câncer gástrico. 
→ Ingesta rica em sódio. 
→ Tabagismo (relacionado às alterações celulares). 
→ Etilismo (agressor direto à mucosa gástrica – necessidade de reparação – 
divisão celular - mutação). 
→ Baixa condição socioeconômica. 
→ Nitrosaminas enitratos – churrasco. 
→ Gastrite atrófica (autoimune com destruição da estrutura de mucosa do 
estomago ficando atrofiada e sofrendo metaplasia). 
 
 
 
22 
 
3. GASTRITES 
▪ Inflamação da mucosa gástrica. 
▪ Tem-se 3 tipos de gastrite: 
• EROSIVA: lesão erosiva, exsudativa, friável, hemorrágica. 
Causada por uso crônico de medicamentos (AINE), etilismo, doenças sistêmicas. 
QUADRO CLÍNICO: dispepsia + outros sintomas (náusea e vômitos). 
COMPLICAÇÃO: Hemorragia digestiva alta. 
• NÃO EROSIVA: não há lesão, o diagnóstico ocorre por histopatológico. 
Não se tem uma etiologia definida. Contudo, H. pylori pode estar envolvida. 
QUADRO CLÍNICO: inespecífico, com exceção de hipovitaminose B12 pela 
diminuição da produção de fator intrínseco. 
• ESPECÍFICAS: causada por uma doença específica (tuberculose gástrica, 
lúpus, doença de Crohn e outras doenças autoimunes). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Semiologia do PÂNCREAS 
• O pâncreas possui uma função endócrina: produção e secreção de insulina e glucagon, 
polipeptídeos pancreáticos, somatostatina (quebra de nutrientes, absorção de proteínas). As 
células produtoras de suco pancreático são os ácinos que participa ativamente dos processos 
digestivos. 
 
• ANAMNESE: fornece dados importantes que possibilitam fechar diagnósticos na maioria 
dos casos. É necessário questionar sobre o uso de bebidas alcóolicas (pancreatite aguda e 
crônica – após ingestão de álcool o paciente relata dor). 
 
• SINAIS E SINTOMAS: 
➢ Dor – é o sintoma mais frequente. É caracterizada com intensidade variável 
(pancreatite aguda – dor mais intensa | pancreatite crônica agudizada – dor menos intensa 
e com história de etilismo) que inicia em epigastro e irradia para HE (“dor em faixa”) 
e dorso. Melhora da dor com flexão dos joelhos – diminuição do diâmetro da cavidade 
peritoneal gerando menor superfície em contato com a agressão (posição fetal). No CA 
pancreático, a dor é inexistente no início, possuindo uma progressão rápida e se torna 
doloroso com alto comprometimento do órgão. 
➢ Náuseas e vômitos – muito comum em pacientes com processos inflamatórios 
(pancreatite aguda ou crônica). Tem como característica o vômito em jato (alta pressão) 
gerando desequilíbrio hidroeletrolítico (necessidade de dosar e repor, se necessário, 
sódio, potássio, magnésio). 
➢ Emagrecimento – na pancreatite aguda o emagrecimento ocorre por jejum oral 
(necessidade de não estimular a função pancreática) e por catabolismo (desnutrição). Na 
pancreatite crônica o emagrecimento se dá por insuficiência endócrina e exócrina pelo 
24 
 
processo inflamatório crônico (a cada crise ocorre fibrose e perda de parênquima 
hepático) reduzindo o processo de digestão. 
➢ Anorexia e Hiporexia – comum em pacientes com alterações pancreáticas que 
promovem náusea e vômito. 
➢ Astenia – quando associado com anorexia e emagrecimento = CA no TGI baixo. 
➢ Icterícia – ocorre por obstrução do colédoco distal por cisto ou tumor em cabeça de 
pâncreas gerando compressão de ducto pancreático acumulando secreção dentro do 
pâncreas gerando pancreatite aguda com edema do tecido pancreático. O paciente 
apresenta aumento de bilirrubina direta ou conjugada extra hepática, além de colúria 
(fezes escuras) e acolia fecal (fezes sem cor). 
➢ Diarréia e má absorção – pode ocorrer esteatorréia (alto teor de gordura que 
adere ao vaso sanitário – coloração mais alaranjada) com mais de 70% do parênquima 
hepático. Com progressão pode gerar incontinência. Os pacientes podem evoluir com 
creatorréia (fezes com espuma) devido à lesão pancreática que não produz enzimas 
proteolíticas gerando um aumento do teor de proteína nas fezes. Pacientes com 
dificuldade na quebra e absorção de gordura cronicamente terá carência de vitaminas 
lipossolúveis (ADEK). 
➢ Diabetes – após 12 anos de picos de agudização em pancreatites crônicas o paciente 
pode evoluir para hipoglicemia (o pâncreas está fibrosado e os ácinos que ainda secretam 
por feedback positivo começam a hipersecretar insulina), inicialmente e evolui para 
hiperglicemia por insuficiência endócrina. O uso de metformina auxilia em um descanso 
do pâncreas. 
➢ Ílio paralítico – com alteração pancreática o paciente evolui para distúrbios 
hidroeletrolíticos pelo vômito e diarréia tendo uma hipocalemia (diminuição de potássio) 
promovendo um peristaltismo reduzido ou cessado. 
25 
 
➢ Sinais de insuficiência pulmonar – com o pâncreas inflamado esse processo 
pode atingir o diafragma por contiguidade chegando em pleura (pleurite) que predispõe 
exsudato, especialmente à direita. 
➢ Insuficiência renal – ocorre por distúrbios hidroeletrolíticos por não conseguir 
excretar corretamente, além da desidratação que reduz o volume circulante com hipóxia 
renal. 
➢ Hemorragia – ocorre por processos inflamatórios no pâncreas pelo suco 
pancreático ativado que possui elastase e que digere a elastina presente nos vasos. 
Assim, digerindo os vasos do retroperitônio. Percebemos essa condição por meio do sinal 
de Cullen e de Grey-Turner. O paciente pode evoluir com hipovitaminose K chegando 
com gengivorragia, epistaxe, hematêmese, melena, enterorragia, alteração de coagulação. 
➢ Trauma abdominal | Fratura de Chance na L2 – o pâncreas está 
bem próximo de L2, assim, o impacto nessa região pode chegar no pâncreas gerando uma 
ruptura ou processo inflamatória de pâncreas. 
➢ Hiperparatireoidismo – essa condição gera a secreção de muito paratormônio 
que libera calcitonina (hipercalcemia) que vai para os ductos pancreáticos se depositando 
e calcificando os ductos pancreáticos causando uma pancreatite aguda. 
➢ Úlcera péptica – na úlcera gástrica pode ocorrer uma perfuração permitindo que 
secreção gástrica chegue ao pâncreas gerando uma pancreatite por digestão do órgão. É 
possível identificar sinal de Jobert positivo. 
➢ Desnutrição – evolui cronicamente. 
➢ Medicamentos – podem lesar o pâncreas (furosemida, azatioprina, 5 ASA). 
 
 
 
 
26 
 
• EXAME FÍSICO: 
➢ Pouco relevante (não há uma manobra própria para o pâncreas) sendo necessário 
uma coleta de uma história clínica detalhada. 
➢ Pode-se encontrar achados associados (hepato e esplenomegalia, derrame pleural, 
ascite – processo inflamatória intracavitário gera inflamação de peritônio leva a 
exsudação). 
➢ Sinal de Courvoisier – presença de vesícula biliar palpável em paciente 
ictérico no HD por compressão extrínseca de colédoco terminal (CA de cabeça de 
pâncreas). 
 
• EXAMES COMPLEMENTARES: 
LABORATORIAIS 
➢ Amilase – pico 24-48H na pancreatite e retorna à normalidade no 4º dia. Não é 
um parâmetro para avaliação de melhora visto a repentina redução depois de quatro 
dias. A hiperamilasemia ocorre por diversas causas. 
 
➢ Lipase – aumenta a partir do 2º dia de pancreatite e persiste elevada por até 
14 dias. É considerada um parâmetro de acompanhamento de evolução da 
pancreatite. 
➢ Cálcio – a queda progressiva é marcadora de um prognóstico desfavorável. 
➢ Íons – sódio, potássio. 
➢ Hemograma – avaliar presença de leucócitos (inflamação ou infecção). 
➢ Coagulograma – avaliar discrasias sanguíneas. 
27 
 
➢ Uréia e Creatinina – avaliar a função renal. 
 
 
 
EXAMES DE IMAGEM 
➢ Radiografia: 
- Tórax: a úlcera péptica pode perfurar e promover uma pancreatite, sendo 
necessário avaliar a cúpula diafragmática com presença de ar (Sinal de Jobert). 
- Abdome: mostra a calcificação de ducto pancreático. 
➢ Ultrassonografia: 
- Na pancreatite crônica pode-se ver calcificações e dilatações e estenose de 
Wirsung. 
- Na pancreatite aguda em fase edematosa vê-se aumento da glândula. Na 
pancreatite necrohemorrágica o parênquima fica heterogêneo. 
- Pode ajudar na etiologia da pancreatite: coledocolitíase. 
➢ RNM e PET-CT: 
- A RNM tem pouco utilidade e o PET-CT é usado para estadiamento das neoplasias. 
- A ColangioRNM identifica cálculos pancreáticos. 
➢ Tomografia: 
- É o exame padrão ouro para avaliaro pâncreas. 
- Mostra a fase da pancreatite: edematosa ou necrohemorrágica. 
- Auxiliar no controle e evolução: sangramentos. 
 
 
28 
 
 
 
 
DOENÇAS PANCREÁTICAS 
1. SÍNDROME DA INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA: 
▪ Cronicamente os pacientes com pancreatites (afecção inflamatória) podem evoluir 
para a insuficiência. 
▪ QUADRO CLÍNICO: dor, emagrecimento, icterícia, síndrome de má 
absorção (diarréia crônica), dor abdominal em cólica, distenção abdominal, DM-2. 
 
2. PANCREATITE AGUDA: 
▪ QUADRO CLÍNICO: dor abdominal de intensidade variável que se início no 
epigastro e irradia para o HE e o dorso (em faixa). Essa dor está associada a náuseas, 
vômitos e desidratação. Pode evoluir para a parada de eliminação de gases e fezes (íleo 
paralítico – hipocalemia). Pode chegar até ao choque hipovolêmico (necessidade de 
hidratação). 
▪ Complicações tardias: o surgimento dos pseudocistos pancreáticos (a 
secreção pancreática envolve-a | para ser um cisto precisa de todas as camadas, 
contudo, o pseudocisto não tem). 
▪ Necessário diferenciar de um abdome agudo cirúrgico. 
▪ Exames alterados: 
➢ Hemograma [anemia – necrohemorrágica; leucocitose com desvio para a 
esquerda – quadro agudo | infecção]. 
➢ Amilase [5 vezes acima do normal]. 
➢ Lipase [marcador de agressão]. 
29 
 
➢ Cálcio [queda=pior prognóstico]. 
➢ Radiografia abdominal [alça em sentinela; cólon amputado]. 
➢ Radiografia de tórax [derrame pleura, pneumoperitônio – sinal de Jobert]. 
 
3. PANCREATITE CRÔNICA: 
▪ QUADRO CLÍNICO: dor que dura 1-3 H após a alimentação ou ingesta de 
álcool, emagrecimento, icterícia, diarréia e diabetes. 
▪ O diagnóstico é CLÍNICO! 
 
4. NEOPLASIA DE PÂNCREAS: 
▪ QUADRO CLÍNICO: os sintomas são tardios (dor, anorexia, astenia, perda 
de peso, icterícia, diarréia. 
▪ O diagnóstico é TARDIO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
Semiologia do BAÇO 
• Em condições normais o baço não é palpável. 
• Causas de esplenomegalia: 
➢ Infecciosas/inflamatórias: 
[sepse, abcesso, endocardite, tuberculose, sífilis e lúpus] 
➢ Hipertensão portal: 
[aumenta a pressão nos vasos intraesplênicos – cirrose, trombose de veia porta] 
➢ Hiperplásicas: 
[anemia hemolítica – quebra de muitas hemácias] 
➢ Metaplasia. 
➢ Doenças metabólicas: 
[DM-2 descompensado] 
➢ Linfomas e leucemias. 
➢ Cistos. 
➢ CA. 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 
Semiologia do FÍGADO e VIAS BILIARES 
• É possível sobreviver com 20% do fígado. 
• É o maior órgão interno do organismo. 
• Pesa de 1400-1500 g em um indivíduo adulto. 
• Localizado no HD podendo se estender até o HE. 
• É recoberto pelo arcabouço costal. 
• Áreas nuas: em contato com o diafragma, veia cava inferior e vesícula biliar. O restante das 
áreas: cobertura pela cápsula de Glisson que é inelástica e quando distendida 
(hepatomegalia) gera dor. 
• O maior suprimento de oxigênio (cerca de 70%) chega pela veia porta formada pela 
veia mesentérica superior e inferior e pela veia esplênica. Pela artéria hepática (sangue 
arterial) apenas 30% do suprimento de O2. 
• A drenagem sanguínea ocorre pelas veias hepáticas direita e esquerda que 
desembocam na veia cava inferior. Com relação à drenagem linfática, o fígado utiliza os 
linfonodos do tronco celíaco e tórax em sentido ao mediastino. 
• O fígado é inervado por fibras simpáticas originadas entre a T7 e T10. 
• A vesícula biliar está sob o lobo direito do fígado e mede cerca de 8-9 centímetros 
armazenando entre 30-50 mL de bile. É irrigada pela artéria cística que é um ramo 
da artéria hepática direita. 
32 
 
 
• Queixas mais comuns!! 
➢ Dor primária em HD ou irradiada (pancreatite aguda, úlcera péptica perfurada, cólica 
nefrética à direita por cálculo no ureter, pleurite, isquemia miocárdica – infartos com sinais 
e sintomas atípicos): 
▪ Ocorre por (estiramentos das fibras da cápsula | dor contínua, permanece 
no HD, não irradia, piora com a palpação). Pode ser causada por ICC, hepatites, câncer avançado. 
▪ Ocorre por (coleção de pus com dor bem localizada – quando em parede anterior de 
fígado o paciente consegue apontar | dificulta a palpação | Sinal de Torres Homem). 
▪ Ocorre por (dor em cólica | início súbito de grande intensidade com 
várias horas de duração com náuseas e vômitos associadas | ocorre principalmente após alimentação 
gordurosa – aumenta a produção de bile que movimenta os cálculos, com histórico familiar positiva, 
obesidade, gestação ou uso de anticoncepcionais a base de progesterona – na vesícula há receptores para 
progesterona que age deixando-a com a contratilidade da parede diminuída). Pode ser causada por 
colelitíase (cálculo – aumento de contração da parede da vesícula na tentativa de passagem da bile pelo 
ducto cístico gerando a cólica | cálculos pequenos e múltiplos são mais perigosos pois podem migrar 
para outros locais impactando novos locais) – colecistite (dor contínua com irritação do nervo frênico 
que gera dor na escápula ou ombro direito | pode gerar febre em indivíduo imunocompetente | Sinal de 
Murphy positivo - patognomônico). Quando há icterícia, o cálculo desloca para o colédoco 
(coledocolitíase) que impacta e impede a secreção de bile gerando o aumento de bilirrubina 
conjugada/direta que é hidrossolúvel indo para a circulação sanguínea. 
➢ Icterícia (acúmulo de bilirrubina conjugada/direta que é hidrossolúvel indo para a 
circulação sanguínea e impregnando nos tecidos | pessoas com pele amarelada, mas com 
esclera normal verificar o tipo de alimentação e se faz uso de medicamentos antimalárico 
33 
 
– cloroquina e melanodermas). É necessário questionar: Tempo de duração? Intensidade? 
Evolução? Instalação súbita ou gradativa? Aumento progressivo ou flutuante? Cor de urina 
e fezes? Presença ou não de prurido? 
➢ Náuseas e vômito (acompanham os outros sinais e sintomas e ocorrem 
principalmente após refeições copiosas e gordurosas). 
 
• Exame Físico do FÍGADO! 
➢ Inspeção: 
- Tangencial: retração ou abaulamentos no HD. 
➢ Percussão: 
- Escuta-se som maciço. 
- Realiza-se a hepatimetria. 
➢ Palpação: 
- Manobra de Mathieu, Manobra de Lemos Torres, Manobra da Mao espalmada. 
▪ Borda: fina ou romba. 
▪ Superfície: lisa ou irregular. 
▪ Sensibilidade: indolor ou dolorosa. 
▪ Consistência: elástica ou normal, firme ou aumentada, diminuída. 
 
- Refluxo hepatojugular (paciente em decúbito dorsal horizontal com a cabeça voltada para 
a esquerda; comprime-se a superfície hepática com a palma da mão e após compressão firme e contínua, 
observa-se se há enchimento e turgência de veia jugular externa direita. Se positivo – INSUFICIÊNCIA 
VENTRICULAR ESQUERDA). 
➢ Ausculta: 
34 
 
- Pode ocorrer sopros suaves se neoplasias primitivas e hepatite alcóolica. 
- Ausculta-se atrito em neoplasias. 
- Hepatimetria ~ Manobra da Arranhadura (som abafado – fígado | som 
alto - abdome). 
 
• Exame Físico da VESÍCULA BILIAR! 
➢ É palpável, se patológica. 
➢ Tumor: aumenta o espessamento de paredes facilitando a palpação. 
➢ Obstrução de ducto cístico ou colédoco: acúmulo de bile – vesícula hidrópica (bile permanece 
muito tempo no interior da vesícula e começa a ser metabolizada perdendo a coloração amarelada e se tornando 
cristalina. 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Devem ser avaliados em conjunto! 
AST/TGO 
(Aspartato 
aminotransferase) 
Necrose tecidual ~ SOFRIMENTO HEPÁTICO 
Ex.: hepatites (o processo inflamatório dos hepatócitos pode destruí-los, 
ocorrendo uma liberação na corrente sanguínea de ALT e AST). ALT/TGP 
(Alanina 
aminotransferase) 
 
 
BILIRRUBINAS 
Forma livre – indireta – não conjugada: não é hidrossolúvel, isto é, 
circula sempre ligada à albumina. Não é filtrada pelos rins. 
AUMENTADA nas HEPATOPATIAS PARENQUIMATOSAS 
Forma conjugada – direta: é hidrossolúvel e é filtrada pelos rins. 
AUMENTADA nas HEPATOPATIAS OBSTRUTIVAS 
GGT 
(Gamaglutamiltransferase) 
Marcador de colestase – icterícias colestáticas e de lesão hepatobiliar 
Possuipouca especificidade 
 
 
FA 
(Fosfatase alcalina) 
Colestases extra-hepáticas, hepatocarcinomas, metástases ósseas e 
hepáticas 
Encontrada nos ossos, fígado, intestinos, placenta e rins. Ocorre um 
aumento fisiológico durante o crescimento e na gravidez. 
35 
 
Pouca especificidade. 
ALBUMINA 
e 
PROTROMBINA 
Avalia o funcionamento hepático (SÍNTESE HEPÁTICA) – 
LESÃO HEPÁTICA 
Hipoalbuminemia! 
→ Menor oferta – fome crônica; 
→ Obstáculo à ingestão e passagem no duodeno; 
→ Defeito na absorção – atrofia da mucosa intestinal; 
→ Defeito na síntese hepática – cirrose; 
→ Catabolismo aumentado – CA; 
→ Maior excreção proteica – Síndrome nefrótica 
 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES DE IMAGEM 
Devem ser avaliados em conjunto! 
 
 
 
Colangiografia 
➢ Colangiopancreatografia endoscópica retrógada (CPRE). 
➢ Colangiografia: administra o contraste específico de via biliar e 
faz a radiografia. 
➢ Colangioressonância: administra o contraste específico de via 
biliar e realiza ressonância de abdome superior (fígado) 
Permite diagnóstico e tratamento 
 
 
Tomografia 
➢ É indicada para estudo de hepatopatias. 
➢ Observa-se o formato do fígado, homogeneidade e características 
da superfície hepática. 
➢ Visualiza-se hepatocarcinomas, metástases hepáticas, nódulos 
benignos. 
Tomografia por emissão 
de prótons (PET-CT) 
➢ Busca pontos neoplásicos. 
➢ O contraste + soro glicosado do PET estará ligado às moléculas 
de glicose (CA necessita de mais glicose que as outras células). 
36 
 
➢ Observa-se os graus de intensidade de capitação da glicose para 
identificar uma lesão altamente sugestiva. 
 
Ressonância nuclear 
magnética 
➢ Realiza diferenças sequenciais com supressão de gordura e de 
líquidos para permitir a melhor visualização de lesões. 
➢ Auxilia para controlar metástases hepáticas e é o melhor exame 
para diagnosticar esteatose hepática pois visualiza-se melhor a 
concentração de gordura no fígado. 
➢ Exame de alto custo. 
 
 
 
Ultrassom 
➢ É considerado o “carro-chefe”. 
➢ É um método não-invasivo, rápido, de fácil acesso. 
➢ É um método examinador-dependente. 
➢ AVALIAÇÃO NORMAL: parênquima hepático com 
ecogenicidade homogênea, contornos regulares e bem definidos, 
ductos biliares medindo de 1 a 3 mm (quando dilatada sugere-se 
colestase), vesícula biliar com paredes não-espessadas (delgadas) 
e sem cálculos. 
➢ INDICAÇÕES: 
→ Triagem de alterações na via biliar. 
→ Avaliação do trato hepatobiliar em pacientes com dor no 
hipocôndrio direito. 
→ Diferenciação de causas intra e extrahepáticas de icterícia. 
→ Detecção de massas hepáticas 
 
 
 
Biópsia hepática 
➢ Pode ser guiada por US e TC dependendo da lesão ou por 
cirúrgica – videolaparoscopia. 
➢ INDICAÇÕES: 
→ Para realizar o diagnóstico ou controle de hepatite crônica, 
investigar hepatomegalia, icterícias, ascite e febre 
(hepatocarcinomas) de causa desconhecida, para investigar 
provas hepáticas funcionais alteradas. 
 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS HEPÁTICAS 
1. Síndrome Ictérica 
➢ Conjunto de sinais e sintomas quando ocorre elevação da bilirrubina no soro 
acima de 2 mg/100mL. 
➢ A bilirrubina pode estar em todos os líquidos orgânicos. 
✓ Conjugada - por ser é excretada pelo rim ( ) e penetra 
mais facilmente no tecido conjuntivo causando . 
FISIOPATOLOGIA [Hiperbilirrubinemia conjugada]: Ocorreu a quebra de hemácias, a 
bilirrubina não-conjugada se liga à albumina se encaminha par ao fígado ocorrendo a conjugação 
desta dentro do hepatócito, contudo, há uma excreção deficiente dessa bilirrubina conjugada por: 
• Alterações intra-hepáticas: a nível hepatocelular (congênito ou adquirido) e canalicular. 
• Alterações extra-hepáticas: obstáculo ao fluxo de bile. 
Possui uma evolução progressiva. 
Predomínio de bilirrubina direta (regurgitação do pigmento para os sinusóides, alteração da 
permeabilidade canalicular e ruptura dos canalículos por necrose). 
38 
 
Essa condição gera colúria (excretada pelos rins), acolia fecal (a bilirrubina não chega ao 
intestino) e icterícia importante. 
✓ Não-conjugada - por ser há uma afinidade para impregnação no 
 (encéfalo possui grande quantidade de gordura) podendo evoluir com 
. 
FISIOPATOLOGIA [Hiperbilirrubinemia não-conjugada]: Pode ocorrer por produção 
excessiva de bilirrubina em setores distantes do fígado (hemólise), por transporte deficiente até o 
hepatócito por competição com elementos que também se ligam à albumina (medicamentos), por 
lesão no hepatócito – incapacidade de captar e fixar a bilirrubina (hepatites), por defeito ou 
ausência de enzimas que promovam a conjugação em RN e crianças (diagnosticados pelo teste do 
pezinho). 
 
➢ EXAME CLÍNICO: 
→ Deve ser realizado em ambiente com luz natural. 
→ Pele: é percebida após a oxidação da bilirrubina direta que libera biliverdina 
que se acumula na pele promovendo o tom esverdeado (icterícia verdínica). O 
acúmulo da biliverdina gera prurido intenso (gera escoriações com infecções 
secundárias). 
→ Escleróticas e mucosas: inspeciona-se a conjuntiva e o frênulo lingual. 
→ Identifica-se por cruzes (de + a ++++). 
→ Questionar!!! 
➢ Tempo de duração (icterícia flutuante por cálculos pequenos). 
➢ Intensidade. 
➢ Evolução (súbita ou gradativa). 
➢ Cor da urina (colúria) e cor das fezes (acolia fecal). 
 
2. Colestase 
39 
 
➢ É uma alteração da secreção biliar hepatocelular, envolvendo todos 
os componentes da bile (direta ou indireta) por um obstáculo ao fluxo biliar, 
dificultando ou impedindo a chegada da bile ao duodeno. 
Hiperbilirrubinemia: aumento da fração conjugada, elevação da fosfatase 
alcalina e gama GT – sugestivo de causas intra-hepáticas. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
• . 
• : pequenas elevações elásticas e amareladas na pele do pescoço, 
mãos e pálpebras por acúmulo de gordura. 
• : sugere processos inflamatórios por colangites, CA e infecções 
secundárias. 
• de vitaminas lipossolúveis por comprometimentos 
hepáticos: ADEK. 
• direta e indireta, predomínio da direta (diminuição das 
luzes intra-hepática). 
• A lesão direta de hepatócitos leva à fosfatase alcalina, transaminases, gama 
GT elevadas. 
 
3. Hepatites 
➢ É a inflamação dos hepatócitos podendo ser causada por vírus, 
autoimune, alcoólica, medicamentosa, esteatohepatite (predispõe a 
hepatite e cirrose). 
➢ Há uma fase assintomática. 
➢ Pode ser aguda (até 6 meses) ou crônica (inflamação > 6 meses). 
40 
 
➢ Pode ocorrer evolução para cirrose (não há reversão) e/ou 
hepatocarcinomas. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
• . 
• . 
• . 
• . 
• . 
 
 
 
 
DOENÇAS DA VESÍCULA BILIAR 
1. Colelitíase 
➢ É a presença de cálculos dentro da vesícula biliar. 
➢ Quanto menor são mais preocupantes devido ao risco de migrar para o ducto 
cístico chegando ao colédoco causando pancreatite. 
➢ Doença dos 5 F’s: 
• FAT – 
• FEMALE 
• FAMILY – 
• FAMILY – 
 
• FOURTY - 
41 
 
➢ Comumente é assintomático, ocorrendo sintomas apenas na obstrução do 
ducto cístico: 
→ ocorre no hipocôndrio direito que irradia para epigastro e está associada a 
náuseas e vômitos, geralmente após refeições grandes e gordurosas. 
→ (após ingestão de alimentos gordurosos que estimula o 
esvaziamento da VB pela secreção de bile para a digestão – com cálculo, o esvaziamento 
não é completo). 
→ . 
➢ DIAGNÓSTICO: é realizado por meio da com o auxílio da 
 superior ou total que permite a visualização de 
cálculos de tamanho moderado no interior da VB - padrão ouro. Contudo, se 
microcálculos (a US não permite a visualização) e clínica sugestiva recomenda-
se a . 
 
 
2. Colecistite 
➢ É a inflamação da vesícula biliar geralmente ocasionada por obstrução 
do ducto cístico por cálculos biliares. 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
→ (obstrução + aumento de contração da musculatura). 
→ (pacientes não imunocomprometidos). 
→ e . 
→ . 
→ : no ponto cístico (encontro da linha hemiclavicular 
direita com a linha transversalque passa sobre a cicatriz umbilical ou desde a 
crista ilíaca anterossuperior esquerda, se paciente obeso; 2 cm abaixo desse 
42 
 
cruzamento) o examinador realiza uma pressão enquanto paciente inspira 
profundamente. Se colescistite: inspiração entrecortada pela dor. 
➢ Diagnóstico: ocorre por meio do quadro clínico + ultrassom de 
abdome (espessamento da parede da vesícula biliar) + leucocitose com desvio à 
esquerda (processo infeccioso agudo), PCR aumentado (prova inflamatória). 
 
3. Coledocolitíase 
➢ É a presença de cálculos biliares impactados no ducto colédoco 
(primários – raro | secundários – comum). 
 
 
 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
• . 
• + + (se o colédoco está obstruído – 
bilirrubina conjugada sem movimentação). 
• Complicações: + por baixa irrigação 
(apendicite – fecalito obstrui a luz | A irrigação no colédoco é baixa, dessa 
forma, demora até atingir um platô com o antibiótico ~ demora de 72 horas 
+ obstrução biliar, pancreatite biliar ou colangite). 
43 
 
➢ A resolução é por Colangiopancreatografia Retrógrada 
Endoscópica (CPRE) ou por exploração cirúrgica da via biliar durante a 
colecistectomia. 
 
4. Colangite 
➢ É a inflamação do ducto colédoco. 
Tríade de Charcot: dor no hipocôndrio direito, icterícia, febre 
↓ 
Paciente sem diagnóstico, sem resposta ou início do 
tratamento 
↓ 
Penta de Reynolds: dor no hipocôndrio direito, icterícia, febre, hipotensão e confusão 
mental 
➢ A mortalidade em pacientes com Penta de Reynolds é mais de 98% (paciente 
séptico, de UTI). 
 
 
 
5. Tumor de Klatskin (CA de colédoco) 
 
 
44 
 
 
6. CA da vesícula biliar 
➢ QUADRO CLÍNICO semelhante ao da colecistite (dor em HD, náusea e 
vômito, hiporexia), mas sem febre. 
➢ Em doença mais avançada, o tumor cresce e a vesícula biliar comprimi o colédoco, 
o paciente desenvolve icterícia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hipertensão Portal 
CIRCULAÇÃO PORTAL - NORMAL 
A veia porta é responsável por 70% da oxigenação hepática (baixa saturação de O2 – grande volume) 
↓ 
A veia porta drena o sangue venoso das vísceras abdominais - com exceção de 
rins e suprarrenais - e o encaminha para o fígado 
45 
 
 
↓ 
No fígado, a veia porta se ramifica até os sinusóides e o sangue passa para as veias 
centrolobulares e vão para as supra-hepáticas, desaguando na veia cava inferior. 
 
 
 
 
 
CIRCULAÇÃO PORTAL - PATOLÓGICA 
Ocorre por qualquer obstáculo da veia porta: 
Pré-hepática: trombose de veia porta 
Intra-hepática pré-sinusoidal: esquistossomose e fibrose hepática 
Intra-hepática pós-sinusoidal: cirrose 
Pós-hepática: síndrome de Budd-Chiari [comum em grávidas – formação de trombos – obstrução de veia supra hepática] 
↓ 
Acúmulo de sangue na veia porta 
46 
 
↓ 
Aumento da pressão na veia porta 
↓ 
Inversão de fluxo 
↓ 
O sangue não chega corretamente ao fígado 
↓ 
A veia porta diminui o aumento da pressão enviando o sangue para as 
veias colaterais 
↓ 
Dilatação da microvasculatura das colaterais para suportar mais sangue e diminuir a 
pressão da veia porta - Circulação colateral visível 
 
*CAVA SUPERIOR – varizes esofagianas 
*CAVA INFERIOR – plexos hemorroidários 
*PORTA – cabeça de medusa 
COMPLICAÇÕES: rompimento das varizes esofagianas – hemorragia digestiva alta + esplenomegalia (represamento de sangue em 
balo) + ascite (aumento da pressão hidrostática fazendo com que o líquido se encaminhe para o terceiro espaço). 
Ascite 
• É o acúmulo de líquido livre na cavidade abdominal que pode ser causada por: 
➢ Diminuição da síntese de albumina por lesão dos hepatócitos – diminuição da pressão 
coloidosmótica (lei de Starling) fazendo com que o líquido se encaminhe para o terceiro espaço 
e não há albumina para puxar o líquido novamente. 
➢ Hipertensão portal – aumento da pressão hidrostática + retenção de sódio e água – transudato 
para cavidade abdominal; compressões vasculares desviam linfa para cavidade abdominal. 
47 
 
➢ Cirrose - hipotensão – aumento de aldosterona, ADH e ativação de simpático – retenção de 
sódio e água. 
➢ Retenção de sódio e água – medicamentoso. 
➢ Maior produção líquida pelo peritônio visceral em carcinomatose abdominal. 
• EXAME FÍSICO: 
➢ + . 
➢ . 
➢ Aparecimento de . 
➢ . 
➢ . 
➢ (aumento ou diminuição do volume ascítico). 
➢ diária. 
➢ diário. 
➢ . 
 
 
 
 
Semiologia do INTESTINO DELGADO 
SINAIS E SINTOMAS 
• Diarreia: quando o delgado não está absorvendo corretamente, está inflamado ou 
obstruído, tem-se um aumento do volume de fezes associado ao aumento do número de 
evacuações. Deve-se detalhar o volume, consistência (líquidas), frequência (nº de episódios 
em 24 H), aspecto (muco, sangue, pus), explosiva (sugere doença de má absorção intestinal), 
48 
 
precedida de cólicas, alimentos não-digeridos. A diarréia ocorre por um trânsito intestinal 
acelerado que pode ser causado por doença inflamatória com a destruição das vilosidades 
gerando má absorção, por redução de peristaltismo do ID. 
➢ Osmótica: acúmulo de substâncias não absorvíveis, ou seja, o ID não está absorvendo por 
defeitos de absorção e/ou síndrome da má absorção. 
➢ Secretora: a mucosa do ID secreta grande quantidade de água e eletrólitos para luz – 
enterotoxinas (cólera), medicamentos. 
➢ Exsudativa: ocorre por alterações inflamatórias, tumorais ou isquêmicas que aumentam a 
passagem de líquidos pela mucosa – aumento da permeabilidade (a água vai e não retorna). 
➢ Motora: ocorre por trânsito intestinal acelerado – hipertireoidismo (há receptores de hormônios 
tireoidianos na mucosa intestinal) e funcional. 
 
• Esteatorréia: aumento da quantidade de gordura nas fezes. Normalmente é do tipo 
osmótica que cessa com jejum. Paciente refere a formação de gotas de gordura no vaso. Um 
processo crônico pode provocar deficiência de vitaminas lipossolúveis – ADEK. 
 
• Dor Abdominal: pode ser causada por distensão da parede abdominal por processo 
inflamatório (fase de edema) agudo ou crônico; por aumento da tensão da musculatura 
intestinal e abdominal que ocorre concomitantemente à distensão da parede abdominal e 
contribui para o aumento da dor; por alterações vasculares e isquêmicas; por inflamação 
intestinal; peritonites (inflamação por contiguidade) – dor abdominal ~ Blumberg +. 
Geralmente, a dor ocasionada por alterações no delgado é acompanhada por hiporexia e 
vômitos. 
 
• Distensão Abdominal, flatulência (o paciente refere distenção abdominal – há 
gases? Frequência?) e dispepsia: ocorre por repleção do intestino pelo aumento de ar na 
49 
 
luz intestinal e podem estar associados a sintomas digestivos altos (eructações, saciedade 
precoce, epigastralgia, plenitude pós-prandial). Pacientes com essas queixas recomenda-se 
excluir alimentos com açúcares complexos – feijões e outros vegetais, pois possuem uma 
digestão mais lentificada e durante a digestão liberam mais gases. A distensão abdominal pode 
ser sinal de obstrução mecânica segmentar (bridas, hernias internas, má formações e aderências). 
 
• Hemorragia digestiva baixa: ocorre quando o sangramento está abaixo do ângulo 
de Treitz. Pode estar associada à diarreia, melena (fezes com sangue digerido, amolecidas, 
grudentas, odor característico - assemelham-se a piche), enterorragia: fezes com presença de 
sangue vivo volumoso ou região mais baixa (próximo à válvula ileocecal), hematoquezia (fezes 
com rajas de sangue). 
QUADRO CLÍNICO 
➢ Depende da quantidade de perda de sangue. 
→ GRANDE: paciente evolui para sinais de choque hipovolêmico (hipotensão, taquicardia, 
vertigens, pele fria e pegajosa, rebaixamento do nível de consciência, PCR). 
→ PEQUENA: crônico – o paciente apresentará anemia de instalação lenta. 
 
➢ Perda de peso: associado às alterações do apetite com indisposição para comer, 
características da alimentação (correlacionar dor e alimentação). Pacientes com 
emagrecimento com aumento da ingesta – sugere síndrome da má absorção. 
 
➢ Anemia: dependeda quantidade de sangue perdida. O paciente apresenta palidez cutâneo-
mucosas, astenia, fadiga, sonolência (sono não reparador), dispnéia aos esforços, taquicardia 
e lipotimias. Os pacientes podem evoluir para deficiência de ferro, carência de vitamina B12, 
desnutrição, hemorragia digestiva. 
 
50 
 
➢ Edema: ocorre pelo déficit de proteína. Manifestação da redução da pressão coloidosmótica 
(Lei de Starling). Ocorre principalmente por hipoalbuminemia (neoplasias, parasitoses, 
tuberculose). Esse edema (líquido no terceiro espaço) pode causar obstrução de 
vascularização e da drenagem linfática intestinal). 
 
➢ Carências nutricionais específicas: 
→ Cálcio – defeito de absorção, defeito de absorção do cálcio e da vitamina D (apenas associado à 
vitamina D que o cálcio tem efetividade) com retenção renal de Ca, aumento de excreção fecal. A 
deficiência de Ca (curto prazo) pode gerar astenia, caibras e parestesias; (longo prazo) pode causar 
osteoporose (predispõe fraturas espontâneas nas mulheres no climatério). 
→ Vitamina B12. 
→ Vitaminas ADEK. 
→ Eletrólitos. 
→ Ácidos graxos. 
 
 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO 
• Inspeção: peristalse visível, se o peristaltismo está acelerado. 
• Ausculta: RHA normais, aumentados (esforço) ou abolidos (isquemias) 
51 
 
• Palpação: normalmente não palpável (víscera solta na cavidade – na palpação 
empurramos o órgão). Recomenda-se a palpação para procurar massas abdominais 
(neoplasias, tuberculose intestinal) 
• Percussão: se distensão gasosa – som hipertimpânico | se perfuração de víscera oca – sinal 
de Jobert + em loja hepática (pneumoperitônio). 
EXAMES LABORATORIAIS 
Albumina Reduzida 
Sódio, Potássio 
Cálcio 
Hemograma Leucocitose? 
Anemia? 
 
Fezes 
Quantificação de gordura fecal 
+ 
Sangue oculto nas fezes 
 
EXAMES de IMAGEM 
 
Radiografia Simples 
(Em decúbito e em ortostatismo) 
Avaliar: 
• Distensões ou perfurações 
• Obstrução intestinal – Sinal do Empilhamento de 
Moeda (moedas + níveis HÁ) 
 
Radiografia Contrastada 
Visualiza: 
• Fístulas 
• Alterações motoras 
• Divertículos 
 
 
 
Cápsula endoscópica 
• Paciente deglute a cápsula e essa faz fotos em 
tempos determinados. Seguindo o peristaltismo, o 
paciente defeca o material 
• Se o material da cápsula der negativo, não se exclui 
patologias (as fotos são feitas em momentos 
52 
 
inespecíficos, isto é, pode-se não ser feito imagens 
em um local com lesão) 
• Oneroso 
• Não é feito no SUS 
 
Enteroscopia de duplo balão 
• O primeiro balão é inflado e abre-se a luz do ID, o 
segundo balão é inflado definindo o local a ser 
visualizado com iluminação 
• Oneroso 
• Risco de perfuração intestinal 
RNM e TC • Mais usual no Brasil a tomografia com contraste 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇAS DO INTESTINO DELGADO 
1. Anormalidades do desenvolvimento 
• Atresia (alguma região do delgado nasce oco, isto é, sem continuidade). 
• Estenose (estreitamento de luz em alguma parte do ID). 
53 
 
• Íleo meconial (aderência de um mecônio espesso e enrijecido à parede intestinal 
impedindo a ação motora de continuidade do órgão – distensão abdominal, dor 
abdominal, vômitos fecalóides). 
• Anomalias de posição (fixação ou rotações anormais do ID – evolui para abdome 
agudo obstrutivo| dor e distensão abdominal, RHA inicialmente aumentados, evoluindo 
para redução e silêncio abdominal). 
• Divertículo de Meckel (é a persistência do ducto onfalomesentérico gerando 
diverticulite de Meckel com dor em FID com irradiação para outros quadrantes, com 
febre baixa – é um diagnóstico diferencial de apendicite aguda | pode causar hemorragia, 
perfurar, predispõe ao CA de ID e diverticulite | o tratamento é cirúrgico). 
 
2. Distúrbios mecânicos 
➢ Obstrução intestinal 
➢ Crianças – bolo de Ascaris, intussuscepção, deglutição de corpo estranho. 
➢ Adultos – aderências por travas fibróticas pós manipulação cirúrgica, hérnias encarceradas, doenças 
inflamatórias intestinais que podem diminuir a luz do delgado e neoplasias. 
➢ Tratamento clínico-cirúrgico. 
➢ Pseudo-obstrução 
➢ O paciente melhora com tratamento clínico (sonda nasogástrica, medicação antiemético e 
analgésico). 
➢ Comum em pós-operatório por íleo paralítico causado por hipocalemia. 
➢ Na pancreatite aguda pelo processo inflamatório o paciente pode evoluir para uma pseudo-obstrução. 
➢ Na sepse por distúrbios hidroeletrolíticos esse quadro pode ocorrer. 
 
3. Doenças inflamatórias 
➢ Agentes biológicos: 
➢ 
QC: náuseas, vômitos, dor e distensão abdominal, diarréia osmótica importante. 
➢ 
54 
 
Ocorre em pacientes com algum grau de imunodeficiência. 
QC: dispepsia, dor abdominal, diarréia com repercussão sistêmica (desidratados e com 
distúrbios eletrolíticos. 
➢ 
Ocorre pela deglutição de escarro contaminado pelo bacilo. 
Ocorre perda da integridade da mucosa intestinal com microulcerações e até perfurações 
intestinais. 
Comum no íleo e jejuno e raro em duodeno. 
QC: dor em FID, distensão abdominal, aumento dos RHA. Cronicamente - 
emagrecimento, diarréia e febre de origem indeterminada. 
O diagnóstico é feito por biópsia. 
➢ 
Disseminação pelo sistema linfático que fica sobrecarregado gerando um bloqueio de 
fluxo linfático e na TC observa-se uma linfadenite mesentérica. 
Diagnóstico é por sorologia ou biópsia. 
➢ 
É uma contaminação pela bactéria Treponema whipplei sendo mais comum em homens 
de meia idade. 
QC: pacientes que apresentam esteatorréia ou creatorréia associada à artralgia, edema, 
poliadenopatia 
➢ Radiação: 
➢ 
Comum em pacientes que já receberam radiação previamente que gera um processo 
inflamatório em todas as vísceras abdominais. 
A sintomatologia é tardia e o paciente evolui com diarréia crônica ou constipação 
associada a náuseas, vômitos e distensão abdominal. 
➢ Causa desconhecida 
➢ 
É uma doença granulomatosa crônica que pode acometer da boca ao ânus. 
Acredita-se que tenha origem autoimune sendo comum em adultos jovens. 
55 
 
É caracterizada pela ocorrência de uma alternância de um ID hígido e inflamado (espessado, 
eritematoso, friável. 
QC: diarréia, dor abdominal e febre (pode não ocorrer em pacientes imunocomprometidos). 
O diagnóstico é feito por biópsia (inflamação transmural com granuloma não caseoso). 
Pode ocorrer fístulas de variados percursos (enterovaginais – saída de fezes pelo canal 
vaginal | enteroentéricas – dor abdominal crônica | enterocutânea – saída fezes por orifícios 
na parede abdominal - comuns em região perianal | enterovesicais – infecção de urina de 
repetição e sempre com fezes na urina). 
 
4. Má-absorção 
➢ 
É uma doença difusa e crônica da mucosa intestinal afetando globalmente a absorção do 
glúten. Causando uma atrofia difusa e intensa das vilosidades. 
QC: sintomas variáveis, podendo desaparecer na adolescência e retornando aos 30-40 anos. 
O tratamento é a não ingestão de alimentos com glúten. 
➢ 
O indivíduo possui uma deficiência na produção de lactase (enzima que realiza a 
degradação da proteína lactose). 
QC: diarréia explosiva ao ingerir a lactose (imediato). 
O tratamento convencional é a restrição de alimentos com lactose. Contudo, há cápsulas de 
lactase que quando ingeridas momentos antes do alimento quebra a lactose destes. 
 
 
5. Vasculopatias 
➢ 
QC: dor abdominal, emagrecimento (falta de irrigação – má absorção) 
➢ 
Casos - 50% ocorrem por embolia, 25% por trombose, 25% por baixo fluxo (choque 
hipovolêmico, vasoconstrição). Há uma interrupção aguda do fluxo sanguíneo arterial gerando 
56 
 
uma ativação de cascata inflamatória gerando edema e sangramento submucoso evoluindo para 
hipóxia, isquemia e necrose de segmento de alça intestinal. 
Pode ser aguda (trombo ou embolo de maior volume oclui totalmente a irrigação) ou crônica 
(pacientes com arritmias que liberam microtrombos – infarto intestinal). 
Oclusão na artéria mesentérica superior [isquemia em todo o ID, cólon ascendente 
e metade do cólon transverso].Oclusão na artéria mesentérica inferior [outra metade do transverso, do cólon 
descendente, sigmóide e reto]. 
A mortalidade alta principalmente em idosos cardiopatas ou vasculopatas. 
QC: é um diagnóstico de exclusão pois a isquemia mesentérica não tem sinal característico. 
Dor abdominal de forte intensidade, constante, persistente e difusa. Pouco responsiva à 
analgésico acompanhada por náusea e vômitos, distensão abdominal e pode evoluir para choque 
séptico. Tríade abdominal: dor abdominal, febre e enterorragia em apenas 30% dos casos. 
O padrão ouro para diagnóstico é a angiografia abdominal. 
Não há um marcador laboratorial específico ~ hemograma pode ter uma leucocitose com desvio 
à esquerda | a gasometria pode ter acidose metabólica | lactato, fosfato e amilase – aumentado. 
Na radiografia abdominal encontra-se alteração apenas em fase tardia. 
 
6. Neoplasias 
➢ São raras e diagnosticada em um quadro de abdome agudo obstrutivo. 
➢ Os linfomas são raros e quando sintomático é em um quadro de abdome agudo perfurativo. 
 
 
Semiologia do CÓLON, RETO e ÂNUS 
• Apêndice cecal é um órgão vestigial (sem função fisiológica, apesar de ter mucosa intestinal, 
tecido linfóide na parede e células intestinais). 
57 
 
• O cólon não possui uma parede muscular contínua. O fluxo de fluidos que passam por processo 
digestório em todo o sistema com uma quantidade de absorção relativa (foto!). 
• O cólon tem uma capacidade absortiva de água muito grande, quando o conteúdo fecal fica com 
tempo prolongado as fezes ficam mais sólidas ou caprinas. Fecaloma ou impactação fecal = fezes 
com tempo prolongado no cólon. Consequência: obstrução mecânica no trânsito de fezes e gases. 
Necessidade de remoção mecânica. 
• Hábitos intestinais: 2 evacuações diárias até 1 evacuação a cada 2 dias. A coloração varia de 
havana claro com marrom escuro – sofre variação pela dieta. Consistência semissólida. 
 
ANAMNESE 
• IDENTIFICAÇÃO 
➢ (áreas endêmicas para doenças de chagas – cólon chagásico). 
➢ 
→ Constipação em criança – sugere megacólon congênito. 
→ Constipação em adulto – zona endêmica – sugere cólon chagásico. 
→ Sangramento anal em crianças – sugere pólipos benignos. 
→ Sangramento anal em adultos – sugere doença hemorroidária, fissura perianal, CA de cólon (>50 
anos). 
➢ 
→ Mulheres multigesta – sugere doença hemorroidária pelo aumento de pressão no assoalho pélvico. 
→ Homens que realizam trabalho braçal – sugere doenças hemorroidárias. 
➢ 
→ Indivíduos que ficam muito sentados ou de pé ~ doença hemorroidária. 
➢ 
→ Sedentários com ingestão de poucas fibras ~ doença diverticular. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
58 
 
• Dor abdominal: mais difícil de interpretação (não há uma dor específica). Deve-se 
observar se é aguda ou crônica, localizada inicialmente que evolui irradia para todo o abdome 
(peritonite – abdome em tábua – contração da musculatura | colite | obstrução intestinal e 
fecaloma) 
• Dor perineal: é uma dor aguda que pode ser causada por trombose hemorroidária (o 
trombo dentro da hemorroida é altamente doloroso), abcessos e fissuras (perda de continuidade), 
sendo mais fácil de avaliar por inspeção e palpação. 
• Tenesmo: sensação de dor no reto e no períneo acompanhado com um desejo imperioso de 
evacuar com dor intensa, espasmódica, sensação de defecação abundante, mas elimina pequena 
quantidade de fezes ou muco. Pode ser causada por processos inflamatórios agudos ou síndrome 
disentérica. 
• Diarréia: mais de 3 evacuações ao dia com diminuição da consistência fecal e as vezes 
restos alimentares. 
➢ ALTA - quando o paciente apresenta diarréia noturna ~ patologias de delgado. 
➢ BAIXA - quando o paciente não apresenta processo de diarréia a noite. 
→ Aguda (processos inflamatórios – retocolite, colites, retites, Crohn, radioterapia). 
→ Crônica (síndrome do cólon irritável). 
• Disenteria: síndrome na qual além da diarréia acompanhada por cólicas intensas, fezes são 
mucosanguinolentas com tenesmo ao final de cada evacuação. Pode ter origem amebiana ou 
bacilar. Pode ter febre, desidratação e mal estar geral. 
• Mudança do ritmo intestinal em indivíduos adultos, especialmente 
acima de 50 anos – pensar em CA de Cólon. 
• Obstipação/Constipação intestinal: ritmo normal (até 3 evacuações/dia até 1 
evacuação a cada 2 dias). Se retidão fecal por mais de 48 horas = constipação. Deve-se levar em 
conta a consistência fecal (duras, ressecadas ou em cíbalos – caprinas - bolinhas). 
As principais causas são: 
59 
 
➢ Mecânicas – oclusão por má-formação, impactação fecal, CA (tumores que crescem na luz), inflamação 
(diverticulite – edema – oclusão de luz). 
➢ Neurogênicas – agangliose ou hirschprung (paciente nasce sem as fibras nervosas – não realiza contração), 
megacólon chagásico (alteração nas fibras – dilatação do cólon ~ impactação por acúmulo ~ alta reabsorção de 
água ~ fecaloma), paraplegia (perda do estímulo nervoso de sensação de evacuação – impactação - fecaloma). 
➢ Metabólico-hormonais – hipotireoidismo (o intestino tem receptores para hormônios tireoidianos – menor 
contração do intestino), uremia (excesso de ureia gera constipação) e porfiria. 
➢ Psicogênicas – traumas na infância (abuso sexual). 
➢ Medicamentosas – antiácidos e opiáceos (morfina). 
➢ Alimentar – dieta pobre em fibras. 
➢ Inibição do reflexo de evacuação (comum em idosos). 
➢ Hipossensibilidade senil. 
• Sangramento anal: sintoma de grande apreensão. Causas: hemorroida, doenças 
diverticular dos cólons, pólipos, processos inflamatórios, HDA (melena). 
• Prurido anal: ocorre por má higiene, por enterobíase (principal causa em crianças – 
durante o dia ficam dentro do intestino, à noite vão para o canal anal em busca de sangue 
realizando mordeduras que gera o prurido), por doenças anorretais cutâneas (eczemas, dermatite 
seborreica, contato), doenças sistêmicas (DM descompensado, hepatopatias crônicas). 
• Distensão abdominal: aumento do volume do ventre. Pode ser causado por ascite 
volumosa, por acúmulo de gases (meteorismo), fecaloma, CA, dificuldade do trânsito nos cólons 
(hipocalemia). Pode ser aguda por vólvulo de sigmóide (torção sobre o próprio eixo) e fecaloma. 
Em criança pensa-se em intussuscepção. 
• Náuseas e vômitos: pouco frequentes, comum em cólon irritável (pode ocorrer nas crises 
álgicas) e em oclusão intestinal - fecalóides. 
• Anemia e emagrecimento: deve-se pensar em doenças crônicas (CA de cólon direto – 
ceco, cólon ascendente e metade do transverso – não tem queixa de sangramento nas fezes | 
megacólon chagásico | disfagia | doença diverticular – anemia aguda | doença hemorroidárias e 
prolapso). 
60 
 
 
EXAME FÍSICO 
• Inspeção: Região anococcígea (observar a presença de mamilos hemorroidários com 
presença ou não de inflamação, sangramento recente ou trombose | abcessos | fístulas – as 
fístulas anais são frequentes | tumores | condilomas | pólipos | prolapso | quaisquer outras 
alterações: traumas). 
• Ausculta: RHA normais, aumentados (esforço) ou abolidos (isquemias) 
• Palpação: CÓLON ASCENDENTE – difícil em obesos | TRANSVERSO – sem posição 
fixa; ângulos não acessíveis | SIGMÓIDE – próximo à parede abdominal sendo mais fácil de 
palpar; possui consistência mais firme ~ se irritável: palpa-se um cordão fibroso ~ se doença 
diverticular: massa com dor. Fecaloma – massa firme e móvel. 
SINAL DE GERSUNY: palpação profunda com a mão espalmada sobre o fecaloma até que haja contato com o 
mesmo; em seguida solta-se a mão com suavidade, voltando a comprimi-la ritmicamente; percebe-se creptar 
provocado pela passagem de ar entre a parede e a massa fecal. 
+ FECALOMA [patognomônico] 
- TUMORES 
• Percussão: CECO - é percutível, se distendido (ruído timpânico) | SIGMÓIDE – mais 
acessível | Em fecaloma o som é maciço. 
• Toque retal: deveria ser feito rotineiramente em DLE ou DLD. Posição de Sims – 
decúbito lateral esquerdo inclina com flexão e distenção de determinado membro inferior| 
pode flexionar ambas as coxas. Vantagem: maior comodidade para o paciente e para o 
examinador. Desvantagem: dificulta o exame endoscópico. Orientar o paciente – preparação 
– material: luvas, lubrificante, anestésico e lidocaína gel 2%. 
Permite a avaliação do reto e próstata. 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
Hemograma Processo inflamatório agudo: Leucocitose com desvio pra a esquerda 
Doenças crônicas: Anemia 
61 
 
Provas de função de hepática: FA, GGT, 
Gamaglutamil, Transaminases 
Indicado para metástases de CA de cólon retal ~ comum em fígado 
Antígeno carcinoembrionário (CEA) Elevação pós-CA ~ metástase (usado para investigação) 
Hemocultura Em pacientes sépticos 
Reações sorológicas 90-96% positiva ~ Chagas 
Urina I Paciente que relata urina com cheiro de fezes – contaminação fecal ~ 
fístula colovesical 
Exame PARASITOLÓGICO de fezes 
 
EXAMES DE IMAGEM 
 
 
 
 
RX Simples do abdome 
• Abdome agudo obstrutivo ~ empilhamento de moeda + nível HA 
• Vólvulo/Volvo de sigmóide ~ sinal do grão de café [patognomônico] 
• Fecaloma 
• Abdome agudo perfurativo 
• Corpo estranho 
• Abdome agudo inflamatório: apendicite (apagamento da linha do psoas 
direito | escoliose antálgica | fecalito | alça sentinela – o organismo tenta 
segurar o processo infeccioso no local) 
TC • PADRÃO OURO – Diverticulite aguda 
• Investigação e estadiamento de CA 
• Investigar dores abdominais quando o US está inespecífico (usa-se com 
contraste - bário) 
RNM • Diagnóstico, estadiamento e controle de CA. 
Anuscopia • Permite visualiza o reto e realizar biópsia da região. 
 
 
 
 
 
Retossigmoidoscopia 
• Não é necessário preparo 
• Pode ser rígido ou flexível 
• Posição Genupeitoral ou de Sims 
• Insufla-se ar – gera desconforto 
• INDICAÇÕES: 
➢ Suspeita de CA 
62 
 
➢ Retites 
➢ Retocolite 
➢ Crohn 
➢ Pólipos 
➢ Doenças hemorroidárias 
 
 
 
 
Colonoscopia 
• É usado para examinar, biopsiar, realizar polipectomia em qualquer 
segmento do cólon 
• Consegue transpor a válvula ileocecal – 15 cm. 
• Necessário preparo – laxante e dieta restritiva 
• Colonoscopia virtual – não dá pra biopsiar e é necessário preparo 
• INDICAÇÕES: 
➢ Investigar sangramento e alteração de hábito 
➢ Prevenção de CA colorretal 
➢ Diagnóstico e acompanhamento de doenças inflamatórias 
➢ Procedimentos terapêuticos 
Manometria anorretal • Avalia a atividade motora do cólon, reto e do canal anal 
• Insufla-se o balão com perfurações e o enche com soro fisiológico. O 
paciente fica em ortostatismo e segura o balão dentro. 
• Mede-se a resistência oferecida à saída de água. 
• Bom para avaliar incontinência fecal. 
 
 
 
 
 
DOENÇAS DO CÓLON, RETO E ÂNUS 
 
1. Síndrome do Intestino Irritável 
• É uma gama de sintomas ligados a alterações emocionais. 
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• Mais comum no sexo feminino e em indivíduos mais jovens. 
• QC: é súbito ~ dor abdominal, em cólica, sem ritmo, varia de intensidade, 
alternando com diarréia e constipação. 
• É um diagnóstico de exclusão. 
 
2. Colite amebiana 
• É uma contaminação pela Entamoeba histolytica. 
• É uma infecção por ingestão de alimentos contaminados com fezes. Necessário orientar 
medidas de higiene. 
• QC: diarréia crônica com muco, sangue e/ou pus. 
• O diagnóstico é pelo QC, EPF, se ainda sem indícios, realiza-se uma 
retossigmoidoscopia ou colonoscopia. 
 
3. Colite tuberculosa 
• É um diagnóstico diferencial para a doença de Crohn (material não caseoso). 
• Encontra-se bacilos de Koch com material caseoso em fragmentos da lesão. 
• Na maioria dos casos não há lesão pulmonar ~ necessário investigar. 
• A contaminação intestinal ocorre por ingestão do alimento contaminado pelo bacilo 
ou por deglutição do escarro contaminado. 
• O bacilo normalmente se aloja em íleo terminal. 
• QC: obstipação intestinal, distenção abdominal com meteorismo, cólicas, 
emagrecimento e anemia, massas em alguns casos. 
 
4. Crohn 
• É uma colite granulomatosa. 
• Ocorre em qualquer porção do tubo digestivo (boca ao ânus – intercala área doente 
~ processo inflamatório ~ com áreas sadias). 
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• Possui evolução crônica, com exacerbações periódicas. 
• QC: diarréia e dor abdominal com sangue, muco e pus, além de emagrecimento. 
• As complicações são fístulas (déficit de albumina, baixa cicatrização, o processo 
inflamatório gera microperfurações no intestino – evolui para fístulas), abcessos e 
hemorragias. 
• DIAGNÓSTICO: QC + colonoscopia ~ biópsias + TC (em crises). 
 
5. Retocolite ulcerativa inespecífica 
• É um processo inflamatório da mucosa colônica (toda a região doente) que pode 
evoluir até a formação de úlceras. 
• Possui uma evolução crônica com fases de remissão. 
• É comum em mulheres jovens. 
• FASE AGUDA - QC: diarréia com sangue e/ou muco, pus, cólica intestinal, 
emagrecimento e anemia. 
• DIAGNÓSTICO: retossigmoidoscopia e colonoscopia – encontra-se um processo 
inflamatório difuso com hiperemia de mucosa com sangramento fácil, edema, muco, 
pus e ulcerações. É necessário a realização de biópsia. 
• O segmento mais afetado é o reto – possui caráter ascendente. 
• Complicações: CA, perfurações (a parede fica delgada), megacólon (abdome agudo 
obstrutivo). 
 
 
 
6. Doença Diverticular 
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• Na doença diverticular o paciente possui inúmeras saculações (bolsas saculares – 
saem pelas tenias que são os pontos de fraqueza dos cólons) localizadas nas 
paredes dos cólons com predomínio do lado esquerdo, principalmente sigmóide. 
• É causada por aumento da pressão intracolônica com pontos da mucosa ao encontro 
da parede em pontos mais fracos – tênias. A principal causa desse aumento de pressão 
é a constipação intestinal crônica. 
• Possui um padrão de história familiar. 
• Mais comum em indivíduos > 65 anos. 
• QC: comumente é assintomática e encontra as saculações em exame de rotina ~ 
aumentar a ingestão de líquido e fibras. 
• Complicações: inflamação [DIVERTICULITE], perfuração e hemorroida. 
➢ Na DIVERTICULITE ~ formação de abcessos e perfuração 
➢ QC: dor em FIE, febre, distensão abdominal, leucocitose com desvio à esquerda, 
sinais de irritação peritoneal (Blumberg +). 
➢ Diagnóstico PADRÃO OURO – TC. 
 
7. Megacólon Chagásico 
• É a incoordenação motora da musculatura colônica, reto e ânus por redução dos 
neurônios dos plexos intramurais pelo Tripanossoma cruzi (afinidade pelos plexos 
nervosos – destruição). 
• É a última complicação da doença de Chagas. 
• Comum em indivíduos entre 40-60 anos. 
• QC: obstipação intestinal crônica e progressiva, com distensão e timpanismo com 
frequente associação com megaesôfago e cardiopatia. 
• Complicações: fecaloma e vólvulo sigmóide (torção no próprio eixo pela distensão). 
 
8. Pólipos 
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• É o crescimento de uma “carne” para o interior da luz intestinal. 
• Quanto mais fina é a base do pólipo maior é a chance de benignidade. 
• Há pólipos adenomatosos (maioria ~ 90% – benignos), adenovilosos e vilosos. 
• QC: assintomáticos, porém, podem sangrar – melena, enterorragia (anemia crônica). 
• Os pólipos podem ser únicos ou múltiplos. 
• Existe a polipose familiar (padrão genético). 
 
9. Câncer 
• O adenocarcinoma é o mais comum tipo histológico e pode se apresentar como uma 
massa ulcerada, uma lesão polipóide infiltrada ou estenosante. 
• Acomete principalmente o reto (45%), seguido pelo sigmóide (25%) e ceco (8-10%). 
• Mais comum em homens entre 50-60 anos. 
• QC: sangramento volumoso ou pequeno (fezes), alteração de ritmo intestinal (diarréia 
ou constipação), emagrecimento, anemia e massa palpável a partir do emagrecimento. 
 
10. Apendicite aguda 
• É um processo inflamatório agudo e purulento decorrente, na maioria das vezes, da 
dificuldade de drenagem do conteúdo apendicular (fecalito – gera oclusão – a 
mucosa possui uma microbiota que cresce sem eliminação – processo inflamatório), 
com aumento do volume do apêndice e alterações circulatórias-isquemia, podendo 
ocorrer perfurações e/ou abcesso.

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