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Citações e anotações sobre os povos originários Autor(a): Carla Pontes ● “Quando ocorre o fato de homens “brancos” depararem-se com índios vestidos, que possuem os mesmos vícios capitalistas que os seus, argumentam que estes já deixaram de ser índios, passando a ser uma categoria social emergente (OLIVEIRA, 1981, p. 2), mas ainda não completamente “civilizada” “; ● O índio “verdadeiro” é aquele que ainda mora na aldeia, que fabrica seus instrumentos, que caça, que planta sua roça e segue as rígidas normas de reciprocidade e as estruturas elementares de parentesco (MAUSS, 2003; LÉVI STRAUSS, 1982); ● “O caráter da linguagem como veículo do pensamento de um povo, de uma sociedade” (ROSA, 2009, p. 37); ● É através da língua que são passados, de geração em geração, todos os preceitos básicos de cada sociedade indígena, como a identidade, os costumes, o modo de ser e, porque não, as formas de sobrevivência (Ibid., p. 38); ● A diluição de línguas indígenas em decorrência da escravização nas lavouras e a conversão religiosa; ● Processo de escrita de uma História Indigena por meio de juízos de valor e uma escrita ocidental; ● Neste sentido, a História Oral surge nesta corrente para romper paradigmas e dar voz aos indivíduos menos privilegiados e socialmente excluídos, permitindo por um lado uma maior abertura à compreensão da temática estudada, e por outro, propiciando aos historiadores desvelar novos olhares a temas específicos. No que concerne às pesquisas entre comunidades indígenas, a História Oral vai ganhar força a partir de 1988, após a promulgação da Constituição Federal, que garantiu vários direitos aos povos indígenas brasileiros, especialmente o direito aos seus territórios tradicionais, gerando grande demanda e valorização das pesquisas diacrônicas sobre os remanescentes indígenas no país. Isso conduz, inevitavelmente, a reflexões sobre a relevância social das pesquisas, bem como a uma necessária ética que deve estar sempre presente nas preocupações do pesquisador (2011, Op. cit. p. 352); ● Barreiras da história oral por parte dos povos indígenas: - Obstáculo da fala: tem bastante dificuldade de articular o seu pensamento à fala, visto que articulam mentalmente suas ideias em sua língua materna e as proferem na língua corrente da sociedade nacional. Mesmo nas sociedades indígenas, não há uma homogeneidade de conceitos. - A relação da fala com o poder: em sociedades onde o poder é instituído familiarmente e de maneira patriarcal, não são todos que detêm o poder de falar tábua. ● Encantados ou encantes - seres sobrenaturais e místicos que poderiam ter ligação com elementos da natureza, magia e também entidades monstruosas. (EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço. ● A Pajé Raimunda Teixeira Rodrigues é a principal representante e porta-voz do Povo Tapeba, do município de Caucaia, Ceará. Seus conhecimentos medicinais já foram responsáveis por curas e milagres inexplicáveis, além de ser a responsável pelo início da luta pela demarcação da terra indígena no estado. A Pajé Raimunda tem o título de Mestre da Cultura pela Universidade Estadual do Ceará devido às suas contribuições. Referências Bibliográficas BRINGMANN, Sandor Fernando. História Oral e História Indígena: Relevância social e problemática das pesquisas nas Terras Indígenas brasileiras. Revista Latino-Americana de História, v. 1, n. 4, p. 7-23, 2012. https://patrimonioparatodos.wordpress.com/2013/10/16/lagoa-dos-tapebas/ https://projetocolabora.com.br/author/paje-raimunda-tapeba/ CAVALCANTE, Gustava Bezerril. A natureza encantada que encanta: histórias de seres dos mangues, rios e lagoas narradas por índios Tapeba. 2010.
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