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BÓCIO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS • Bócio > aumento da glândula • Simples ou tóxico • Simples > quando não há hipertireoidismo, doença autoimune ou malignidade • Tóxico > hipertireoidismo • Endêmico ou esporádico • Endêmico em onde há deficiência alimentar de iodo e a prevalência em crianças de 6 a 12 anos maior que 5% • Difuso ou nodulares • Nodulares > uni ou multinodular Bócios C PREVALÊNCIA Nódulos tireoidianos são muito comuns. É a doença endócrina mais comum (500-600 milhões de pessoas no mundo), 5% deles são malignos •Mesmo regiões sem deficiência de iodo 4-7% da população tem nódulo palpável e 50% ou mais tem nódulos não palpáveis • Prevalência depende do método utilizado para detecção: • Palpação > 5% das pessoas • USG > 50% das pessoas com mais de 50 anos ETIOLOGIA • Fatores ambientais e genéticos • Relação familiar porém com transmissão complexa e não previsível) • Deficiência de iodo • Sexo feminino (5-10:1) • Possíveis: fumo, obesidade, drogas BÓCIO SIMPLES • Variável, depende do tamanho e localização • Maioria assintomática • Alguns com nódulo visível por longo tempo e assintomáticos • Hipertireoidismo subclínico em até 25% dos casos • Sintomas compressivos: • Mergulhantes com compressão, dispneia posicional ou de exercício • Disfagia, tosse, disfonia • Variam de leves a extremos dependendo da compressão DIAGNÓSTICO • Avaliação clínica • Laboratoriais • Ultrassonografia • Punção aspirativa com agulha fina • Laboratoriais: • TSH: • TSH > Cintilografia > Não puncionar nódulos “quentes” > Bethesda IV • Elevado pode ser fator de risco para malignidade (alguns estudos sugerem) • Anticorpos antitireoidianos: • Anti-TPO, Anti-Tg • Tireoidite de hashimoto podem apresentar pseudonodulos. Ultrassonografia • Palpação do pescoço imprecisa quanto ao tamanho e número de nódulos • Sensibilidade muito alta (95%) capaz de detectar nódulos até 1mm • Volume tireoidiano • Linfonodos • Guiar PAAF • Sinais suspeitos malignidade. Anecoico: Não emite eco. PAAF: Aspira o conteúdo do nódulo para gerar uma hipótese diagnóstica por meio das células encontradas BÓCIOS TÓXICOS • Tireotoxicose vs hipertireoidismo • Prevalência 2% feminino 0,2% homens • 15% > 60 anos • Manifestações variáveis dependendo da idade do paciente, duração, magnitude da elevação, comorbidades FORMAS CLÍNICAS Doença de graves • Causa mais comum • 80% dos casos, • Doença autoimune > TRAB • Associação familiar e outras doenças autoimunes • Oftalmopatia Bócio multinodular tóxico • 5% dos casos, acima dos 40 anos, insidioso, media de idade 65 anos • 3:1 mulheres • Associado a bócios de longa duração • Parênquima normal hiperfuncionante e não os nódulos Adenoma tóxico (Doença de Plummer) • Pacientes jovens em áreas com deficiência alimentar de iodo • Manifestações em idosos pois demora a crescer Outras: Tireoidites • Hipertireoidismo induzido por drogas (amiodarona, interferon, IL-2) • Factícia • Tumores (metástase câncer de tireoide, struma ovari, tumores trofoblásticos que produzem HCG, tumores pituitários. QUADRO CLÍNICO Perda ponderal, Fadiga, Intolerância ao calor, Sudorese, Agitação, Ansiedade, Insônia, Tremor, Dispneia, EXOFTALMIA (Principal diferença do bócio simples) DIAGNÓSTICO • Clínico, TSH, Anticorpos antitireoidianos (TRAB, Anti-TPO, Anti-Tg), Cintilografia, Anemia, linfocitose, hipercalcemia, elevação transaminases e fosfatase alcalina • Exames de imagem > planejamento cirúrgico CONDUTA Tratamento depende da causa e gravidade: • Drogas antitireoidianas (propiltiouracil, metimazol) • Betabloqueadores (sintomático) • Lugol (efeito Wolff-Chaikoff) • Corticosteróides • Radioiodoterapia • Cirurgia CÂNCER DE TIREÓIDE • Tipos de câncer (diferenciado, medular, anaplásico). CARCINOMA BEM DIFERENCIADO Epidemiologia: Incidência aumentando desde 1990 em ambos os sexos, mais em homens, Media anual do incidência 45-50 anos em mulheres 60-65 anos homens, Fatores etiológicos: radiação ionizante, antecedentes familiares de tireoideopatias e procedência. Tipos histológicos: Carcinoma papilífero, folicular, células de Hurthle e células oxifílicas, Folicular minimamente invasivo ou extensamente QUADRO CLÍINICO Carcinoma Papilífero • Em geral curso indolente • Metástases linfáticas regionais frequentes • Metástase a distância com menor frequência (pulmões, ossos) Carcinoma Folicular • Metástases hematogênicas 5-20% (pulmões, ossos) • Faixas etárias mais elevadas • Min invasivo cura ate 100% e extensamente invasivo 25-45% • Carcinoma de células de Hurthle é variante do carcinoma folicular mais agressiva DIAGNÓSTICO Avaliação clínica detalhada • Queixas como disfonia, dispneia, disfagia, crescimento • Dor ou sinais de compressão incomum, disfonia raro • Palpação do nódulo e cadeias linfáticas cervicais. Exames complementares: • TSH, USG, PAAF • Estadiamento CONDUTA Tratamento: Tireoidectomia, Supressão hormonal, Radioiodoterapia, Esvaziamento cervical, Seguimento: Exame físico, Tireoglobulina, USG. PROGNÓSTICO • Idade 45 anos • Em geral bom prognostico • Mortalidade 20 anos nula para tumores de baixo risco, 0,7% risco moderado e 10% alto risco • Recidiva 20 anos 4%, 5,5% e 16% • Em media 10% de recidiva sem impacto na sobrevida. CARCINOMA MEDULAR 4-10% dos carcinomas de tireoide Células C (parafoliculares) Produz diversos peptídeos: Calcitonina, CEA, cromogranina A Formas esporádica e familiar (75% e 25%): • Familiar pode ser isolado ou relacionado as NEM tipo 2 • Outros tumores que podem ser encontrados: adenoma paratireoide, feocromocitoma, tumor suprarrenal e na 2B neuromas de mucosa) • Formas familiares: mutação autossômicas dominantes no proto-oncogene RET Caso tenha essas células deve tratar como maligno QUADRO CLÍNICO Variável • Mais comum em mulheres (familiar mais jovens- forma esporádica – 4-5 década de vida) • Abaulamento região cervical central de crescimento lento - rápido • Sintomas compressivos - dispneia ao decúbito, disfagia • Metástases linfonodais frequentes e precoces • Sintomas sistêmicos podem ocorrer - diarreia, emagrecimento, rubor facial, dores ósseas • Metástase a distancia - mediastino, pulmões, ossos, sistema nervoso central e fígado. DIAGNÓSTICO Avaliação clínica, USG, PAAF + calcitonina, CEA • TC pescoço + tórax + abdome ( Por conta do estadiamento) • Sequenciamento genético( caso tenha q tratar a família) • Paciente e familiares diretos – tratamento profilático efetivo ate 5 anos de idade CONDUTA Tratamento • Tireoidectomia total com Esvaziamento cervical • Radioterapia • Inibidores tirosina-quinase e vias de sinalização intracelular Seguimento • Calcitonina • Exame físico • Exames de imagem (USG, TC, PET-CT) Prognóstico • Depende da mutação • Extensão da doença • Tempo de duplicação da calcitonina CARCINOMA INDIFERENCIADO • Anaplasico • Incapacidade de captar iodo e produzir tg • Um dos tumores mais letais • Menos de 15% sobrevivem após 6 meses QUADRO CLÍNICO 6-7 decada e 55-77% em mulheres • Pode ser precedido por bocio de longa duracao ou carcinoma bem diferenciado • Aumento rapido e acentuado do volume cervical acompanhado de dispneia • Diagnostico diferencial com hemorragia dentro de nodulo de bocio • EF paciente MEG, caquetico, lesao endurecida, aderida a traqueia e laringe, podendo invadir e ulcerar pele alem de metastases linfonodais. • Diagnóstico diferencial: Hemorragia dentro do nódulo CONDUTA Tratamento • Tireoidectomia + QT + RDT • Traqueostomia • Tratamento paliativo - prótese endo brônquica,ressecção endoscópica do tumor na traqueia • Tratamentos dirigidos alvos moleculares (VEGF-R axitinib) bloqueadores BRAF e VEGF-R (sorafenib) • As condutas servem para aliviar os sintomas do paciente apenas como cuidado paliativo
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