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PRÁTICA DE GESTÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS, NOTARIAIS E REGISTROS 
	
ACADÊMICO(A): THAYSLINE ESCOBAR MEDEIROS 
 Nome completo legível
CÓDIGO DO ACADÊMICO(A): 3413441
UNIDADE: NAVIRAÍ, MATO GROSSO DO SUL 
	ATIVIDADE 
Agora você, com o auxílio de seu tutor local, está apto para realizar sua atividade prática.
O objetivo é você, neste momento, aprofundar melhor seus estudos. 
Sugere-se a utilização de sites especializados, tais como: 
http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/conheca-os-orgaos-que-formam-o-poder-judiciario
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaGlossarioMirim/anexo/Cartilha_Glossrio_STF16042018_FINAL__ELETRNICO.pdf
http://www.brasil.gov.br/governo/2010/01/ministerio-publico
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/77307-defensoria-publica-e-ministerio-publico-o-que-faz-cada-um
	I. Poder Judiciário
Após o estudo realizado e com pesquisa em sites especializados e considerando o organograma do Poder Judiciário abaixo, descreva, de maneira fundamentada, a atuação de cada uma das distintas esferas hierárquicas, conforme a previsão constitucional.
 
Fonte:www.eb.mil.br
A estrutura do Judiciário
Funcionamento do Poder Judiciário se dá por meio de instâncias judicantes, as quais visam a concretização dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. 
Em regra, a primeira instância corresponde ao órgão que analisará e julgará inicialmente a ação apresentada ao Poder Judiciário.
Divisão de competência
A organização do Poder Judiciário está fundamentada na divisão da competência entre os vários órgãos que o integram nos âmbitos estadual e federal.
A Justiça Federal é composta pelos tribunais regionais federais e juízes federais, e é de sua competência julgar ações em que a União, as autarquias ou as empresas públicas federais forem interessadas. Existe a Justiça federal comum e a especializada, que é composta pelas Justiças do Trabalho, Eleitoral e Militar.
À Justiça Estadual cabe o julgamento das ações não compreendidas na competência da Justiça Federal, comum ou especializada. É, portanto, competência residual. Os Estados também têm sua Justiça Militar, cuja função é julgar os crimes próprios cometidos pelos policiais militares.
Supremo Tribunal Federal
O Supremo Tribunal Federal (STF), órgão máximo do Poder Judiciário, é composto por 11 ministros, brasileiros natos, e escolhidos entre cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. São nomeados pelo presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Entre suas principais atribuições está a de julgar ações diretas de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual; ações declaratórias de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da própria Constituição e a extradição solicitada por Estado estrangeiro. Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, o presidente da República e seu vice, os membros do Congresso Nacional, seus próprios ministros e o procurador-geral da República. O presidente e o vice do STF são eleitos pelo plenário do tribunal e têm mandato de dois anos. É dividido em duas turmas, cada uma constituída por cinco ministros.
Superior Tribunal de Justiça
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), composto por 33 ministros, é a corte responsável por uniformizar a interpretação da lei federal em todo o Brasil, seguindo os princípios constitucionais. O STJ é a última instância da Justiça brasileira para as causas infraconstitucionais, sendo o órgão de convergência da Justiça comum.
Julga crimes comuns praticados por governadores dos Estados e do Distrito Federal, crimes comuns e de responsabilidade de desembargadores dos tribunais de Justiça e de conselheiros dos tribunais de contas estaduais, dos membros dos tribunais regionais federais, eleitorais e do trabalho. Julga também habeas corpus que envolvam essas autoridades ou ministros de Estado, exceto em casos relativos à Justiça eleitoral. Pode apreciar ainda recursos contra habeas corpus concedidos ou negados por tribunais regionais federais ou dos Estados, bem como causas decididas nessas instâncias, sempre que envolverem lei federal. Analisa a concessão de cartas rogatórias e julga a homologação de sentenças estrangeiras.
Tribunal Superior Eleitoral
Com sede na capital federal, Tribunal Superior Eleitoral tem a função de acompanhar a legislação eleitoral juntamente com os Tribunais Regionais Eleitorais. É encarregado de expedir instruções para a execução da lei que rege o processo eleitoral. Dessa maneira, assegura a organização das eleições e o exercício dos direitos políticos da população. É composto por no mínimo sete membros: três deles são escolhidos por meio de votação entre os ministros do STF; dois, entre os do STJ; e os outros dois são nomeados pelo presidente da República.
Tribunal Superior do Trabalho
Composto por 27 ministros nomeados pelo presidente da República e aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem por principal função uniformizar a jurisprudência trabalhista no país. O TST julga recursos contra decisões de Tribunais Regionais do trabalho (TRTs) e dissídios coletivos de categorias organizadas em nível nacional, além de mandados de segurança, embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias.
Superior Tribunal Militar
Sendo a mais antiga corte superior do país, o Superior Tribunal Militar tem funções judiciais e administrativas, mas é especializada em processar e julgar crimes que envolvam militares da Marinha, Exército e Aeronáutica. É composto por 15 ministros vitalícios, nomeados pelo presidente da República, com indicação aprovada pelo Senado Federal. Três ministros são da Marinha, quatro do Exército e três da Aeronáutica, os outros cinco são civis.
Tribunais Regionais Federais
Existem cinco Tribunais Regionais Federais (TREs) no país, com sedes em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Recife. São compostos por sete juízes nomeados pelo presidente da República. É de competência desses tribunais processar e julgar os juízes federais da sua área e os membros do Ministério Público da União.
Tribunais Regionais do Trabalho
Os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) fazem parte da Justiça do Trabalho no Brasil, em conjunto com as Varas do Trabalho e com o Tribunal Superior do Trabalho. Usualmente, correspondem à segunda instância na tramitação, mas detém competências originárias de julgamento, em casos de dissídios coletivos, ações rescisórias, mandados de segurança, entre outros. Os TRTs, atualmente 24, estão distribuídos pelo território nacional, e sua área de jurisdição normalmente corresponde aos limites territoriais de cada Estado-membro.
No Estado de São Paulo, há dois Tribunais Regionais do Trabalho: o da 2ª Região, localizado na capital do Estado, com jurisdição sobre a Região Metropolitana de São Paulo e parte de Região Metropolitana da Baixada Santista, e o da 15ª Região, com sede em Campinas, com jurisdição sobre os demais municípios paulistas.
Tribunais Regionais Eleitorais
Existe um Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em cada uma das 26 capitais da União e no Distrito Federal, que são responsáveis pela organização, fiscalização e execução do processo eleitoral nas áreas sob sua jurisdição. De forma simplificada, os TREs são compostos por sete julgadores: dois desembargadores do Tribunal de Justiça; um juiz do Tribunal Regional Federal, dois juízes de direito e dois advogados indicados pelo Tribunal de Justiça. As deliberações são feitas por maioria de votos, estando presentes ao menos quatro de seus membros.
Tribunais de Justiça
Os Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal são organizados de acordo com os princípios e normas das constituições estaduais e da Lei Orgânica do Distrito Federal. 
Apreciam, em grau de recurso ou em razão de sua competência originária, asmatérias comuns que não se encaixam na competência das justiças federais ou especializadas.
Juízes singulares
Os juízos de primeira instância são onde se iniciam, na maioria das vezes, as ações judiciais estaduais e federais (comuns e especializadas).
Conselho Nacional de Justiça
No Brasil, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o órgão do Poder Judiciário encarregado de controlar a atuação administrativa e financeira dos demais órgãos daquele poder, bem como de supervisionar o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
II. Ministério Público.
Considerando o estudo realizado, elabore um organograma do Ministério Público especificando, de maneira fundamentada, a estrutura hierárquica e as distintas funções.
 Ministério Público no Brasil
 1. Conselho Nacional Do Ministério Público
 |
 2. Procurador Geral da República - Procuradoria Geral da República (PGR)
 | 
 3. Ministério Público da União - Ministério Público Estadual (27 Estados)
 |
 MPF MPT MPM MPDFT 
• MPF > Ministério Público Federal. (Fiscaliza os Ministérios do estados)
• MPT > Ministério Público do Trabalho. (Fiscaliza as atividades trabalhistas)
• MPM > Ministério Público Militar. (Fiscaliza as atividades militares)
• MPDFT > Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. (Fiscaliza DF e demais territórios.
 
 O Ministério Público é o órgão independente responsável pela manutenção
 da ordem jurídica nos estados e a fiscalização do poder público em todas as
 esferas. O Ministério Público em si não faz parte dos três poderes que são estes:
 (Legislativo, Executivo e Judiciário), mas está ligado aos mesmos com função 
 fiscalizadora jurisdicional de contribuir para boa administração da lei e justiça
 porém não intervém em todas as ações da justiça, somente quando há partes
 envolvidas que lhe cabe defender representando a sociedade em geral.
 O Ministério Público está dividido em Ministério Público da União e Ministério Pú-
 dos Estados, apesar da divisão os dois possuem a mesma função que estão nas
 os princípios de defender a ordem jurídica, o regime democrático, os interesses 
 ciais e os interesses individuais e indisponíveis.
 
 O Procurador Geral Da República conhecido como GPR está diretamente relacionado
 ao Ministério Público que tem a função de fiscalizar os três poderes, o procurador tem
 a função de representar e defender os interesses da sociedade junto ao STF (Supre-
 mo Tribunal Federal), STJ (Supremo Tribunal de Justiça) e TSE (Tribunal Supremo E-
 leitoral.
 
 O Concelho Nacional do Ministério Publico tem a função de fortalecer o Ministério Pú-
 blico, assessorando o órgão para melhor funcionamento dos serviços e atividades.
III. Defensoria Pública.
Considerando o estudo realizado descreva, com base na previsão legal, as funções da Defensoria Pública e sua finalidade. 
 
A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados.
A Constituição Federal versa que ao Estado incumbe prestar assistência jurídica, integral e gratuita, aos que comprovarem insuficiência de recursos. É por isto que os serviços prestados pela Defensoria Pública são gratuitos, porque são pagos pelo Estado.
Considera-se juridicamente necessitado o declaradamente pobre na forma da lei, ou seja, todo aquele que declarar que não pode arcar com as custas, despesas processuais e honorários de advogado sem prejuízo de seu sustento e de sua família.
À Defensoria Pública é conferido o direito de apurar o estado de carência dos seus assistidos.
Defensor Público – É um advogado que foi aprovado em concurso público de provas e títulos para seguir a carreira de Defensor Público do Estado.
A Defensoria Pública atua em todos os casos onde houver desrespeito aos direitos do cidadão, individuais ou coletivos.
Em razão de ser a Defensoria Pública do Estado, não pode atuar junto à Justiça Federal, Juizados Especiais Federais ou mesmo Justiça do Trabalho e junto ao INSS.
Competência da Defensoria
A Defensoria Pública atua junto à Justiça Estadual, sendo sua obrigação legal:
1. Promover conciliação extrajudicial entre as partes em conflito de interesses
2. Patrocinar a ação penal privada e a subsidiária da pública
3.Patrocinar a ação civil
4. Patrocinar defesa em ação civil
5.Patrocinar defesa em ação penal
6.Atuar como curador especial, nos casos previstos em lei
7.Exercer a defesa da criança e do adolescente
8. Atuar junto aos estabelecimentos policiais e penitenciários, assegurando à pessoa pobre, sob quaisquer circunstâncias, o exercício dos direitos e garantias individuais compatíveis com a situação jurídica do patrocinado
9. Assegurar aos seus assistidos sem processo judicial ou administrativo e aos acusados em geral, o contraditório e a ampla defesa
10. Atuar junto aos juizados especiais cíveis e criminais
11. Patrocinar os direitos e interesses do consumidor necessitado lesado.
O Defensor Público orienta as partes em conflito, procurando a conciliação dos interesses, evitando, assim, que seja necessário se recorrer à Justiça. Além de representar uma solução mais rápida, a Conciliação evita que o caso vá ao Judiciário.
Os acordos que foram referendados, ou seja, assinados, pelos Defensores Públicos são legalmente títulos executivos extrajudiciais, podendo ser executados se não forem cumpridos. Contudo, caso não haja possibilidade de acordo entre as partes, o Defensor Público entrará com ação competente em cada caso.
IV. Advocacia.
Tendo como base o Estatuto da OAB (Lei nº 8.906 de 04 de Julho de 1994) e leis complementares, descreva de maneira fundamentada:
1. As atividades privativas da advocacia: 
2. Os direitos e deveres do advogado
3. Os pressupostos necessários para o exercício da advocacia:
4. As incompatibilidades e impedimentos para o exercício da advocacia;
As infrações disciplinares e sanções a que um advogado está sujeito.
1°As atividades privativas da advocacia:
 O advogado é indispensável à administração da justiça. No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. No processo judicial, o advogado contribui, na postulação de decisão favorável ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem múnus público.
1* São atividades privativas da advocacia;
° A postulação a qualquer órgão do poder judiciário e aos juizados especiais;
° As atividades de consultoria, assessoria e direção jurídica.
1° Não se incluí na atividade privativa da advocacia a impetração de Habeas corpus em qualquer instância ou tribunal; 
2° Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados;
3° É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade.
2. Os direitos e deveres do advogado:
DIREITO DOS ADVOGADOS
Exercer livremente a profissão em qualquer lugar do país;
Lembrando que cada advogado só pode atuar em até 5 processo por ano fora do estado no qual está inscrito;
Caso precise de um número superior, poderá ter uma inscrição suplementar e para tanto basta pagar a taxa estipulada por cada OAB.
O escritório e objetivos utilizados para o trabalho (agendas, computadores, arquivos, celulares etc.) que tenham relação direta com a profissão não podem ser violados, salvo por determinação legal;
Se for preso em flagrante por algum motivo relacionado a profissão, é obrigatório a presença de um representante da OAB;
Se não houver representante, a prisão poderá ser anulada;
Uma vez preso, deverá ficar em salaespecial até o trânsito em julgado da sentença.
Livre acesso:
Nas salas de sessões dos tribunais;
Nas salas de audiência, secretarias, cartórios;
Nas delegacias e prisões (mesmo fora do horário de expediente: 09:00 às 18:00);
Nos prédios que funcionem órgãos do judiciário (mesmo fora do horário de expediente: 09:00 às 18:00);
Em qualquer reunião para representar seus clientes.
Independentemente de autorização, poderá em qualquer órgão do judiciário:
Se manter sentado;
Se manter em pé;
Se retirar;
Falar sentado ou em pé.
Mesmo sem hora marcada despachar diretamente com qualquer juíz;
Nesse caso, cabe o bom senso. Por questões de educação, pergunte se o magistrado pode atendê-lo, mas caso ele se recuse, poderá exigir seu direito. 
Sempre que precisar fazer alguma intervenção em juízo ou tribunal, poderá usar “pela ordem” para:
Esclarecer um equívoco ou dúvida quanto aos fatos, documentos ou afirmações;
Replicar censura ou acusação que lhe for feita.
Reclamar por escrito ou oralmente contra inobservância de lei, regulamento ou regimento;
Mesmo sem procuração:
Examinar e tirar cópias de processos (ativo ou arquivado);
Examinar autos de flagrante ou investigação;
Fazer carga de processos arquivados pelo prazo de 10 dias.
Se tiver algum cliente preso, poderá conversar pessoalmente e de maneira reservada.
Lembrando, que nesse caso o advogado não poder entrar com aparelho celular no presídio e isso não caracteriza violação de objeto de trabalho, mas sim de medida de segurança.
Fazer carga de processos judiciais ou administrativos pelo prazo concedido;
Receber desculpas públicas quando for ofendido por sua profissão;
Usar imagens exclusivas da advocacia (malhete, deusa da justiça etc.);
Recusar a testemunhar contra seus atuais ou antigos clientes;
Caso a audiência não se inicie em até trinta minutos do horário marcado, poderá se retirar após protocolar uma comunicação;
Acompanhar seus clientes durante interrogatórios, depoimentos ou qualquer outra fase de investigação, sob pena de nulidade absoluta do ato.
DEVERES DOS ADVOGADOS
Art. 33. O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres consignados no Código de Ética e Disciplina.
Parágrafo único. O Código de Ética e Disciplina regula os deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o dever de assistência jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares.
O Código de Ética e Disciplina da OAB visa nortear a conduta do advogado através dos seguintes princípios:
- A de lutar sem receio pelo primado da Justiça;
- De pugnar pelo cumprimento da Constituição e pelo respeito à Lei fazendo com que esta seja interpretada com retidão, em perfeita sintonia com os fins sociais a que se dirige e as exigências do bem comum;
- Ser fiel à verdade para poder servir à justiça como um dos seus elementos essenciais;
- Proceder com lealdade e boa fé em suas relações profissionais e em todos os atos do seu ofício;
- Empenhar-se na defesa das causas confiadas ao seu patrocínio, dando ao Constituinte o amparo do Direito, proporcionando-lhe a realização prática de seus legítimos interesses;
- Comportar-se com independência e altivez, defendendo com o mesmo denodo os humildes e os poderosos;
- Exercer a advocacia com o indispensável senso profissional, mas também com desprendimento, jamais permitindo que o anseio de ganho material sobreleve a finalidade social do seu trabalho;
- Aprimorar-se no culto dos princípios éticos e no domínio da ciência jurídica, de modo, a tornar-se merecedor da confiança do cliente e da sociedade como um todo, pelos atributos intelectuais e pela probidade pessoal;
- Agir, em suma, com a dignidade das pessoas de bem e a correção dos profissionais que honram e engrandecem a sua classe.
 3.Os pressupostos necessários para o exercício da advocacia:
 a) capacidade civil;
 b) diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
c) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
d) aprovação em Exame de Ordem;
e) não exercer atividade incompatível com a advocacia;
f) idoneidade moral;
g) prestar compromisso perante o conselho.
 4. As incompatibilidades e impedimentos para o exercício da advocacia:
A incompatibilidade é a proibição total do exercício da advocacia sincronicamente com as atividades explicitas que estão enumeradas no artigo 28 e incisos da Lei 8.906 de 04 de julho de 1994 – Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O impedimento é a interdição parcial, limitando a representação do advogado, como por exemplo, o procurador do município não será capaz de atuar frente a imparcialidade de quem o renumera.
"Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I - Os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora."
"Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas."
 5. As infrações disciplinares e sanções a que um advogado está sujeito:
 As infrações disciplinares são agrupadas em um único artigo (art. 34) da lei supra, distribuídas em vinte e nove incisos. Para cada um dos tipos, o Estatuto prevê sanções específicas (art. 35), quais sejam, CENSURA, SUSPENSÃO, EXCLUSÃO E MULTA, sendo a última uma sanção acessória às demais. As sanções estão disciplinadas separadamente (art. 36 a 39) do EAOAB.
CENSURA
Trata-se da sanção mais branda, assim, é aplicada para infrações menos graves. Tal sanção não é publicada, ou seja, ninguém além do advogado e da OAB ficam sabendo do fato. Entretanto, será registrada nos assentamentos do inscrito (deixa de ser primário).
Atenção para não confundir censura com a advertência!
A advertência, prevista no artigo 40 do Estatuto da Advocacia e da OAB, é uma alternativa à sanção de censura diante de circunstância atenuante.
A advertência não é publicada e, por sua vez, não vai ser registrada nos assentamentos do inscrito mas consta em ofício reservado (só a OAB sabe do caso). Além disso, a advertência não é considerada para fins de primariedade.
Infrações puníveis com censura:
a) violar sigilo profissional sem justa causa;
b) Violar o Código de Ética e Disciplina.
SUSPENSÃO
Trata-se de uma sanção para infrações na maioria relacionados a honorários. Como regra geral, impede o exercício da advocacia em todo o território nacional por 30 dias a 12 meses.
Exceções:
a) Deixar de pagar anuidade da OAB (suspenso de 30 a 12 meses e permanecerá suspenso até prestar contas);
b) Deixar de prestar contas ao cliente (suspenso de 30 a 12 meses e permanecerá suspenso até prestar contas);
c) Erros reiterados – inépcia profissional (suspenso por 30 a 12 meses até que seja aprovado em novas provas de habilitação, ou seja, em novo Exame da OAB).
A suspensão é publicada para que todos saibam e será registrada nos assentamentos do inscrito.
Infrações puníveis com suspensão:
a) reter autos de forma abusiva;
b) Reincidência em infração;
c) Conduta incompatível com a Advocacia;
d) Incontinência pública e escandalosa (de forma frequente).
EXCLUSÃO
Trata-se da sanção mais grave que a OAB pode aplicar. Para ser aplicada, depende da aprovação de 2/3 do Conselho. Implica no cancelamento da inscrição do advogado, ou seja, deixa de ser advogado. Será publicada e registrada nos assentamentos do inscrito.
Infrações puníveis com exclusão (4 hipóteses):
a) Condenação com base em falsa prova para a inscrição (ex.: falsificar o diploma do curso de Direito);
b) Crime;
c) Diante de terceira suspensão;
d) Perda da idoneidade moral.
MULTA
A multa poderá ser estabelecia no valor de 1 a 10 anuidades, podendo ser aplicada apenas de forma cumulativa, ou seja, não poderá ser aplicada isoladamente (multa mais censura ou multa mais suspensão). Trata-se de uma sanção agravante.
ADVOGADOS:
*THIAGO MOREIRARODRIGUES (GRAA- ADVOGADOS ASSOCIADOS PL)
*RAMÃO WILSON JUNIOR (RJ RAMÃO WILSON JUNIOR)
5. 
V. Serviços Notariais e Registros.
Considerando o estudo realizado você deverá:
1. Identificar e descrever com base na fundamentação legal as funções específicas de cada um dos serviços notariais e de registros estudados;
2. Os serviços extrajudiciais fazem parte da Administração Pública como atividade jurídica. Com a Constituição Federal de 1988 os serviços notariais e de registros públicos tiveram suas competências ampliadas colaborando para a prevenção e solução de litígios ao oferecer segurança jurídica aos atos e fatos formalizados em razão da sua competência. Desde tal consideração, cite um exemplo de atividade extrajudicial feita por um serviço extrajudicial que torna mais rápido e eficiente a garantia de um direito. 
 1)Identificar e descrever com base na fundamentação legal as funções específicas de cada um dos serviços notariais e de registros estudados;
A Lei 8935/94, em seu artigo 5º, dispõe sobre seus titulares:
Art. 5º Os titulares de serviços notariais e de registro são os:
I – tabeliães de notas;
II – tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos;
III – tabeliães de protesto de títulos;
IV – oficiais de registro de imóveis;
V – oficiais de registro de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas;
VI – oficiais de registro civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas;
VII – oficiais de registro de distribuição
I - Tabelião de notas;
Aos Tabeliães (ou notários) compete formalizar juridicamente a vontade das partes, intervir nos atos e negócios jurídicos os quais as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade e autenticar fatos. Exclusivamente aos Tabeliães cabe lavrar escrituras e procurações públicas, lavrar testamentos públicos e aprovar os cerrados, lavrar atas notariais, reconhecer firmas e autenticar cópias.
Não é órgão público e não pertence à administração pública direta ou indireta. É um particular que colabora, de acordo com o art. 236 da CF.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE CARTÓRIO E TABELIONATO.
Eles não são a mesma coisa, mesmo apresentando algumas características em comum como a autenticidade, a publicidade, a segurança e a eficácia dos atos jurídicos. 
Cartório
Os cartórios são repartições que prestam serviços públicos necessários. Podem ser judiciais, caso em que auxiliam os juízes a efetivarem os processos e as sentenças, ou extrajudiciais, caso em que formalizam negócios ou registros públicos. Por isso, os extrajudiciais se dividem em serviço notarial ou serviço registral.
Tabelionato
No Tabelionato de Notas, também denominado Cartório de Notas, Ofício de Notas ou Serviço Notarial, são realizados serviços como: testamento, ata notarial, procuração, escritura pública, autenticação de documentos e reconhecimento de firma.
Aqui, o responsável por essas atividades é um tabelião, ou notário (as expressões são sinônimo), que atenderá auxiliado por seus escreventes e auxiliares.
Registros
Os Serviços de Registro, chamados de Cartório de Registro, são delegados pelo poder público e realizados pelo oficial de registro ou registrador, que tem como função realizar registros de:
● Pessoas jurídicas
● Pessoas naturais
● Títulos e documentos
● Imóveis
 Assim, esses serviços têm a missão de registrar o nascimento de uma pessoa ou adoção, registrar empresas, negócios com imóveis, casamento, união estável etc.
II- Tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos;
É o contrato pelo qual alguém se obriga, mediante o pagamento do frete, a transportar em um navio mercadorias de um porto a outro determinado, à escolha do carregador.
Compete ao Tabelião e Oficial de Registros de Contratos Marítimos:
I. lavrar os atos, contratos e instrumentos relativos a transações de embarcações a que as partes devam ou queiram dar forma legal de escritura pública;
II. registrar os documentos da mesma natureza;
III. reconhecer firmas em documentos destinados a fins de direito marítimo;
IV. expedir os respectivos traslados e certidões dos atos por ele praticados;
Tabelião de protestos de títulos;
Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento da obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida.
É um instrumento de cobrança e possui duas finalidades principais: provar publicamente o atraso do devedor e resguardar o direito de crédito. 
Importante destacar que o protesto em questão é o extrajudicial, que não se confunde com o protesto judicial, o qual é realizado na presença do Juiz.
IV- Oficiais de registro de imóveis;
O Oficial de Registro de Imóveis é o profissional do Cartório de Registro de Imóveis responsável pela divisão territorial imobiliária para a qual recebeu delegação de autoridade. Isso significa que este profissional só realiza atividades que estejam relacionadas a imóveis localizados dentro de um determinado território, com base na regulamentação da 8.935/94. 
Para realizar o registro é necessário que o interessado compareça ao Cartório de Registro de Imóveis e realize o cadastro de propriedade imobiliária.
O Cartório de Registro de Imóveis é o órgão que recebeu atribuição judicial para arquivo do histórico completo do imóvel e informações da propriedade imobiliária.
O serviço de registro de imóveis é exercido em caráter privado, por delegação do poder público, para o arquivamento de todo histórico do imóvel, bem como, as informações de propriedade imobiliária, para garantir a autenticidade e segurança sobre:
Quem pertence; Quais as modificações existentes; Ônus que possam existir sobre o imóvel.
Dessa forma, qualquer manifestação de vontade que produza efeitos jurídicos sobre o imóvel deve sempre ser relatados no livro de serviço de registro para que possa ser prova de que o declarado pertence ao proprietário.
V- Oficiais de registro de títulos e documentos e Civis das pessoas jurídicas;
 
Onde se registram as pessoas jurídicas não empresariais (as empresariais são registradas na Junta Comercial de cada Estado). Ex: Associações, fundações, etc. Por meio deste cartório qualquer pessoa pode saber qual a situação jurídica das pessoas jurídicas nele registradas (ex: pode-se ver o estatuto e todas as suas alterações, descobrir-se quem pode representá-la, etc) 
O Ofício De Registro Civil, Títulos E Documentos E De Pessoas Jurídicas presta serviços como Cartório Civil, Nascimentos, Casamentos, 
Os Oficiais de registro civil de pessoas jurídicas realizam o registro de fundação, estatuto, atas e dissolução de sociedades civis, religiosas, científicas, políticas, de notícias, dentre outras atividades que são realizadas no próprio Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas. 
VI – Oficiais de registro civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas;
Nesse cartório todos têm noticiadas a história de sua vida. Nele são registrados o Nascimento, Casamento, Óbito e interdição e todas as alterações desses registros que possam vir a ocorrer (ex: alteração de nome, divórcio). Então é esse cartório a verdadeira fonte que dirá qual o nome exato de uma pessoa, se ela é casada, quantos casamentos já contraiu, se é ou foi interditada, etc. Tanto que para a prática de averbações dessas informações no Cartório de Registro de Imóveis é preciso certidão do RCPN (x: alteração de estado civil, interdição, óbito, alteração de nome).
 
Oficiais de registro de distribuição;
Os Ofícios do Registro de Distribuição são Serviços Extrajudiciais, privatizados, de organização técnica e administrativa, destinados a dar publicidade, com autenticidade e fé pública, aos feitos ajuizados, distribuídos ao Poder Judiciário.
2)Os serviços extrajudiciais fazem parte da Administração Pública como atividade jurídica. Com a Constituição Federal de 1988 os serviços notariais e de registros públicos tiveram suas competências ampliadas colaborando para a prevenção e solução de litígios ao oferecer segurança jurídica aos atos e fatos formalizados em razão da sua competência. Desde talconsideração, cite um exemplo de atividade extrajudicial feita por um serviço extrajudicial que torna mais rápido e eficiente a garantia de um direito. 
Inventario extrajudicial
A lei criou um meio pelo qual quando uma pessoa morre e deixa herança, esta será transmitida para os herdeiros. Esse meio é conhecido como inventário que pode ser judicial e extrajudicial.
Assim, cada um dos heredeiros pode contratar seu próprio advogado ou, se preferirem, podem contratar um só para representar a todos.
Em 2007, foi criada a Lei 11.441 a qual inovou o ordenamento jurídico brasileiro ao autorizar que o inventário poderia ser feito no cartório se preenchesse alguns requisitos através de um advogado.
O Inventário Extrajudicial é o procedimento em cartório de regularização do conjunto de bens deixados pelo de cujus, nessa modalidade de inventário, todas as fases do procedimento são feitas em cartório.
só os heredeiros levarem ao cartório toda a documentação necessária, pagando o imposto devido (ITCMD – Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações
O tabelião, acompanhado do advogado dos heredeiros, faz todo o levantamento de dívidas, bens e direitos do falecido.
É importante frisar que a lei exige que o procedimento seja acompanhado por advogado.
No inventário judicial os heredeiros contratam um advogado para ingressar na justiça a fim de estabelecer a fração que cada heredeiro tem direito. Importante dizer que é o meio mais demorado para as partes serem legalmente donas dos bens deixado pelo de cujus.
Já o inventário extrajudicial é bem mais célere, pois se preenchido alguns requisitos determinados pela lei, pode ser feito no cartório de maneira mais célere, menos burocrático e por meio de escritura pública.
Posteriormente, cada heredeiro receberá a fração que corresponde a ele de acordo como a lei determina. Essa divisão é chamada de partilha.
Mas não é qualquer sucessão que pode ser feita pelo cartório, pois é necessário que estejam presentes os requisitos abaixo:
•A presença de um advogado;
•Todos os sucessores devem ser maiores e capazes;
•Não deve haver divergências sobre a partilha;
•O falecido não pode ter deixado testamento, salvo se o documento estiver caduco ou for revogado.
O primeiro passo é contratar um excelente advogado especialista em inventário e escolher um Cartório de Notas que tenha credibilidade, pois depois de se registrar a partilha no cartório, dificilmente, poderá ser revogado na justiça.O inventário extrajudicial pode ser feito no domicílio das partes ou no do local do óbito.
Documento necessário para se fazer o inventário extrajudicial.
Documentação do de cujus/falecido
•Certidão de óbito;
•Documentos pessoais (RG e CPF);
•Cópia da certidão de casamento atualizada (se houver);
•Escritura de pacto antenupcial (se existir);
•Certidão negativa conjunta da Receita •Federal e da Procuradoria da Fazenda Nacional; e
•Certidão comprovando a inexistência de testamento expedida pelo Centro Nacional de Serviços Compartilhados (CENSEC).
Documentação dos herdeiros
•Documentos pessoais dos herdeiros e seus respectivos cônjuges; 
•Informações sobre profissão, endereço, certidão de nascimento e de casamento atualizado.
Documentação dos imóveis rurais
•Certidão de ônus expedida pelo cartório de registro de imóveis competente atualizada;
•Cópia autenticada dos últimos 5 anos referente ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) ou certidão negativa de débitos emitida pela Receita Federa;
•Cadastro de imóvel rural expedido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), se houver.
Documentação dos imóveis urbanos
•Certidão negativa de ônus do cartório de registro de imóveis competente;
•Certidão negativa expedida pelo município sobre o pagamento de impostos; e
No caso de condomínios, declaração de inexistência de débitos condominiais.
Documentação dos bens móveis
•Extratos bancários;
•Documentação de veículos;
•Notas fiscais de bens e joias; e
Se pessoa jurídica, certidão da junta comercial ou do Cartório de Registros Civis de Pessoas Jurídicas.
É caro fazer um inventário extrajudicial?
Normalmente, é mais barato do que um inventário judicial. Entretanto, é impossível dizer exatamente o valor que os heredeiros irão desprender com o procedimento, pois, além de depender do valor dos impostos cobrados, os quais se relacionam-se com o valor do patrimônio a ser partilhados, também as custas dos emolumentos cartorários variam de estado para estado.
Ah! Se liga que a lei também estabelece um prazo de 60 (sessenta) dias após o falecimento para que os sucessores iniciem o procedimento em estudo sob pena de multa de até 10% (dez por cento) do valor do imposto de Transmissão Causa Mortis (ITCMD) devido.
Qual o valor do inventário extrajudicial?
O valor a ser pago no inventário extrajudicial depende da tabela de emolumentos do Poder Judiciário de cada Estado.
O preço é calculado de acordo com o valor dos bens deixados pelo falecido. Quanto mais alto o montante pecuniário dos bens, mais alto será o valor do inventário.
No Estado de São Paulo, por exemplo, a tabela de custas do inventário extrajudicial para 2021 é a seguinte:
	Valor do patrimônio
	Valor do Inventário Extrajudicial
	Até R$ 50.000,00
	Até R$ 1.444,35
	De R$ 50.000,00 a 500.000,00
	Até R$ 4.109,41
	De R$ 500.000,00 a 2 milhões
	Até R$ 7.765,37
	De R$ 2 milhões a 5 milhões
	Até R$ 12.424,58
	Acima de R$ 5 milhões
	Até R$ 49.698,28
O que o advogado faz no inventário extrajudicial?
• Representar os herdeiros:
É responsabilidade do advogado representá-los durante todo o inventário extrajudicial.
• Garantir a consensualidade:
É função do advogado garantir o consenso dos herdeiros com relação à divisão dos bens do falecido.
Caso os herdeiros tenham advogados diferentes, os profissionais devem atuar em prol dessa consensualidade, visto que é requisito para o inventário realizado em cartório.
•Fiscalizar a correta tributação e custas:
No inventário extrajudicial, as partes deverão arcar com diferentes custas. Entre elas, estão: os emolumentos do cartório e o ITCMD, sendo que ambos variam de acordo com o Estado.
Até a finalização, poderão ser realizadas, também, outras escrituras (como cessão de herança) ou procurações públicas, as quais também serão arcadas pelos envolvidos.
Para que nada seja cobrado além do legalmente exigido, cabe ao advogado garantir que os valores cobrados estão corretos e dentro das leis de cada Estado.
•Assinar a escritura pública:
É requisito que o advogado assine a escritura pública de inventário extrajudicial, junto com os herdeiros.
É nesse documento que estará exposta a vontade dos sucessores, sua partilha consensual, a constituição do advogado por eles e os dados do pagamento do ITCMD.
O que é o ITCMD
De acordo com a Constituição Federal de 1988, o ITCMD é um tributo da espécie imposto e é de competência dos Estados e do Distrito Federal:
 Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I – transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
 o ITCMD é o imposto devido quando ocorre a mudança (transmissão) de propriedade de bens ou direitos em razão do óbito ou em razão de doação.
MODELO DE PETIÇÃO DE INVENTÁRIO EXTRAJUDICAL
ILUSTRÍSSIMO (A) SENHOR (A) OFICIAL CARTORÁRIO DO REGISTRO CIVIL E TABELIONATO DE NOTAS ** - COMARCA DE _______/SC
ESPOSA, brasileira, viúva, aposentada, inscrita no CPF nº **, RG nº **, residente e domiciliada na rua **, por intermédio de sua Procuradora (com procuração anexa), Advogada brasileira, solteira, CPF *, Advogada inscrita na OAB/SC nº **, com endereço profissional na rua **, vem respeitosamente a presença de Vossa Senhoria, com fulcro no art. 640, § 1º do CPC, propor o presente INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL pelos fatos e fundamentos a seguir:
I - DOS FATOS
No dia 29 de maio de 2020 às 22h15, faleceu no Hospital ** nesta cidade, o Sr. FALECIDO, conforme Atestado de Óbito anexo.
Na época dos fatos, o de cujus era casado com a Sra. ** sob o regime de comunhãouniversal de bens (certidão de casamento anexa), deixando uma esposa, 05 filhos e nenhum testamento conhecido para a sucessão, porém, deixou saldo positivo em conta bancária e um automóvel a inventariar.
II - DOS BENS
De acordo com o Certificado de Registro de Licenciamento Veicular, o de cujos era proprietário do veículo Fiat Palio, ano/modelo 1997, cor vermelha, placa **, Renavam **, cujo valor na tabela FIPE é de R$ **.
Há também saldo positivo em uma conta bancária do de cujos junto ao Banco do Brasil, agência **, conta: **, cujo saldo em 28.07.2020 era de R$ **.
III - DOS HERDEIROS
No momento da abertura da sucessão, o de cujus era casado com a Sra. **, ora viúva, e deixou 05 filhos, quais sejam:
FILHO 1, qualificação
FILHO 2, , qualificação
FILHO 3, qualificação
FILHO 4, qualificação
FILHO 5, qualificação
IV - DO INVENTARIANTE
O inventariante será o herdeiro **.
V - DA INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO
Os herdeiros e a viúva declaram desconhecer a existência de testamento bem como a existência de outros herdeiros.
VI – DO PLANO DE PARTILHA
O de cujus deixou 05 (cinco) filhos herdeiros e uma viúva meeira, com patrimônio avaliado em R$ ** , dando-se a partilha a seguinte forma:
Á viúva meeira, **, pertencerá 50% dos bens do de cujus, a título de meação;
Aos herdeiros, **, dividir-se-á os 50% restantes, pertencendo a cada um 10% dos bens aqui partilhados.
VII - DAS DÍVIDAS
Os herdeiros e viúva declaram desconhecer a existência de dívidas deixadas pelo de cujos.
VIII - DO ITCMD
O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação será apurado após o protocolo do presente inventário e em seguida, apresentar-se-á o comprovante de quitação nestes autos.
IX – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer a Vossa Senhoria a abertura de inventário dos bens do de cujus, com a expedição de termo de inventariante, para que, ao final, seja lavrada escritura pública de inventário com a partilha dos bens descritos na forma exposta, servindo a própria escritura como instrumento hábil a transferir a titularidade dos bens e direitos para os herdeiros.
Nestes termos, Pede deferimento.
Cidade/SC, 21 de Setembro de 2021.
ADVOGADO - OAB/SC

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