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Ação Civil Pública (Lei 7347)

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LEI DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA – Lei 7.347/85
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: nenhuma.
Última atualização jurisprudencial: 01/10/2021 - Info 1012 (art. 16); Info 694 (art. 5º)
Última atualização questões de concurso: 25/04/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe Lei da Ação Civil Pública - LACP).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
LEI No 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985.
	
	Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.
	(DPESP-2012-FCC): A querela nullitatis pode ser deduzida em ação civil pública. (proc. civil)
##Atenção: Vejamos o seguinte julgado do STJ: “(...) A pretensão querela nullitatis pode ser exercida e proclamada em qualquer tipo de processo e procedimento de cunho declaratório. A ação civil pública, por força do que dispõe o art. 25, IV, “b”, da Lei n.º 8.625/93 (Lei Orgânica do MP), pode ser utilizada como instrumento para a anulação ou declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio público. (...) A ação civil pública surge, assim, como instrumento processual adequado à declaração de nulidade da sentença, por falta de constituição válida e regular da relação processual. A demanda de que ora se cuida, embora formulada com a roupagem de ação civil pública, veicula pretensão querela nullitatis, vale dizer, objetiva a declaração de nulidade da relação processual supostamente transitada em julgado por ausência de citação da União ou, mesmo, por inexistência da própria base fática que justificaria a ação desapropriatória, já que a terra desapropriada, segundo alega o autor, já pertencia ao Poder Público Federal. (STJ, REsp 1.015.133/MT, Rel.p/ Acórdão Min. Castro Meira, 2ª Turma, j. 02/03/2010).
##Atenção: ##MPAP-2021: ##DPERJ-2021: ##CESPE: ##FGV: O primeiro diploma normativo a conferir legitimidade para que o Ministério Público pudesse propor ação de natureza cível para reparação de danos causados ao meio ambiente foi a Lei nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
##Atenção: ##TRF5-2013: A Lei 7.347/85, que regula a Ação Civil Pública, contém normas predominantemente de direito processual. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º  Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). (TJMS-2008) (PGESP-2009) (MPSC-2010) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (TRT4-2012) (MPMG-2013) (MPPR-2013) (MPSP-2013) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (DPEPR-2014) (MPMS-2013/2015) (TJAL-2015) (DPEPA-2015) (DPERN-2015) (DPEBA-2016) (TRF5-2015/2017) (DPEAL-2017) (DPEPE-2015/2018) (DPERJ-2021)
	##Atenção: ##MPMS-2013: ##DPEPR-2014: ##DPEPA-2015: ##DPEPE-2015: ##CESPE: ##FMP: A existência da ação civil pública “não prejudica a da ação popular”, expressão essa que deve ser entendida da seguinte forma: não existe litispendência entre ação civil pública e ação popular, mesmo que causa de pedir, pedido e sujeito passivo sejam os mesmos, somente existindo diferença no que se refere ao polo ativo, em que se verão diferentes representantes da mesma coletividade (ex: na ação popular, o cidadão Pedro; na ação civil pública, o MP). Portanto, “embora o mesmo fato possa ensejar o ajuizamento simultâneo de ação civil pública e ação popular, as finalidades de ambas as demandas não se confundem. Uma ação não se presta a substituir a outra. Tendo em vista a redação do art. 11 da Lei 4.717/65, a ação popular é predominantemente desconstitutiva, e subsidiariamente condenatória (em perdas e danos). A ação civil pública, por sua vez, como decorre da redação do art. 3º da Lei 7.347/85, é preponderantemente condenatória, em dinheiro ou em obrigação de fazer ou não fazer” (Hely Lopes Meirelles). 
I - ao meio-ambiente; (DPEES-2009) (PGESP-2009) (TRF3-2011) (MPAP-2012) (MPMT-2012) (TRF2-2011/2013) (DPESP-2012/2013) (TJMA-2013) (MPPR-2013) (MPMG-2013) (MPSP-2013) (TJCE-2014) (MPMA-2014) (MPPE-2014) (MPSC-2014) (MPMS-2013/2015) (MPF-2015) (TRF4-2012/2016) (MPGO-2016) (DPEBA-2016) (TRF5-2015/2017) (DPEAL-2017) (MPBA-2018) (TJPA-2012/2019)
	(TJBA-2019-CESPE): O MP de determinado estado da Federação propôs ação civil pública consistente em pedido liminar para obstar a construção de empreendimento às margens de um rio desse estado. No local escolhido, uma área de preservação permanente, a empresa empreendedora desmatou irregularmente 200 ha para instalar o empreendimento. A liminar incluiu, ainda, pedido para que a empresa fosse obrigada a iniciar imediatamente replantio na área desmatada. Nessa situação hipotética, a ação civil pública proposta deverá discutir apenas a responsabilidade civil da empresa. BL: art. 1º, I, LACP. (ambiental)
##Atenção: ##TJPA-2019: ##CESPE: A Responsabilidade Criminal depende, obrigatoriamente, de ação penal pública incondicionada específica para apurar eventual prática de crime ambiental (art. 26 da Lei de Crimes Ambientais). A Responsabilidade Administrativa, nos termos do art. 70, §1º da Lei de Crimes Ambientais, são autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha. Logo, não poderia o MP propor ACP para discutir a responsabilidade administrativa da empresa. Portanto, a ACP proposta, no caso em exame, somente poderia discutir a Responsabilidade Civil da empresa.
##Atenção: ##STJ: ##TRF5-2017: ##DPEDF-2019: ##CESPE: A pretensão ministerial na ação civil pública, voltada à tutela ao meio ambiente, direito transindividual de natureza difusa, consiste em obrigação de fazer e não fazer e, apesar de dirigida a partidos políticos, demanda uma observância de conduta que extravasa período eleitoral, apesar da maior incidência nesta época, bem como não constitui aspecto inerente ao processo eleitoral. A ACP ajuizada imputa conduta tipificada no art. 65 da Lei 9.605/98 em face do dano impingido ao meio ambiente, no caso especificamente, artificial, formado pelas edificações, equipamentos urbanos públicos e comunitários e todos os assentamentos de reflexos urbanísticos, conforme escólio do Professor José Afonso da Silva. Não visa delimitar condutas regradas pelo direito eleitoral; visa tão somente a tutela a meio ambiente almejando assegurar a função social da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, nos termos do art. 182 da CF/1988. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito da 2ª Vara Cível de Maceió - AL, ora suscitado. STJ. 1ª S., CC 113.433/AL, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, . 24/08/11. Em resumo, resta claro que o caso em tela não é de competência da Justiça Eleitoral, até porque o tema debatido não é questão eleitoral, mas sim questão ambiental, de competência da Justiça Estadual.
II – ao consumidor; (DPEMA-2009) (MPBA-2010) (MPSE-2010) (DPEBA-2010) (DPERS-2011) (DPEES-2012) (DPESP-2012/2013) (MPSP-2013) (MPAC-2014) (MPPE-2014) (MPSC-2014) (TRF5-2015) (DPEAL-2017) (PCSE-2018)
	(TJMS-2008-FGV): Tomando em consideração a legitimidade ativa e a causa de pedir, bemcomo a jurisprudência do STJ, a Ação Civil Pública poderá ser legitimamente ajuizada nos termos da Lei 7347/85 pelo Procurador Geral do Município, tendo por causa de pedir relativa à proteção do consumidor. (difusos)
##Atenção: Por força constitucional, é dever do Estado a tutela do consumidor, tanto administrativamente, por meio dos Procons, quanto judicialmente. Extrai-se tal dever da regra inscrita no art. 5º, XXII da CF. Além disso, um dos princípios gerais da atividade econômica, prevista no art. 170, V da CF, é a defesa do consumidor. Deixe-se claro que a expressão “Estado” engloba todas as esferas do federalismo brasileiro, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; (TRT4-2012) (MPSP-2013) (DPESP-2013) (MPPE-2014) (DPEMG-2014) (DPEPR-2014) (DPEBA-2016)
	(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: Ainda que um bem de valor histórico ou cultural não tenha sido tombado, poderá ele ser objeto de proteção via ação civil pública. BL: art. 1º, III, LACP.
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. (Incluído pela Lei nº 8.078 de 1990) (PGESP-2009) (DPEAM-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (DPESP-2012) (MPSP-2011/2013) (DPESP-2013) (TJCE-2014) (MPPE-2014) (MPPR-2014) (MPSC-2014) (DPEBA-2016) (MPRO-2017) (MPBA-2018) (DPEPE-2018) (MPMG-2019)
V - por infração da ordem econômica; (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011). (TRT4-2012) (MPPR-2013) (MPSP-2013) (TJCE-2014) (MPPE-2014) (TJDFT-2015) (DPEPE-2015) (DPEAL-2017) (MPMG-2019)
	(PGEPR-2015-PUCPR): Sobre as hipóteses de tutela frente à lesão do patrimônio público pela prática de ato ilícito por parte de agente público, assinale a alternativa correta: A ação de improbidade administrativa, considerada espécie de ação civil pública, pode ser utilizada para reparação do dano e punição do agente. BL: art. 1º, VIII, LACP.
(MPPR-2014): Sobre a legitimidade do MP para a propositura da ação civil pública na visão do STJ, assinale a alternativa correta: O MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando a cessação dos jogos de azar. BL: art. 1º, VIII, LACP e Tese 09 da Jurisprudência Teses/STJ.
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 19: ##MPPR-2014: ##MPMG-2019: Tese 09: O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública objetivando a cessação dos jogos de azar.
##Atenção: ##STJ: ##MPGO-2012: ##MPMG-2019: ##TRF1-2013: ##CESPE: Vejamos o seguinte julgado do STJ sobre o assunto: “(...) Cuidam os autos de ACP proposta pelo Ministério Público Estadual com o objetivo de coibir atividade de exploração de máquinas caça-níqueis. A LC 116/03 não legitima a prática de jogos de azar, como os denominados caça-níqueis, deixando de prever, expressamente, que se enquadram no conceito de diversões eletrônicas. Ademais, ela não revogou a norma contida no art. 50 da Lei de Contravenções Penais. A realização de jogos de azar, sem amparo legal, vulnera a ordem pública, a economia popular e o direito dos consumidores, além de infringir a legislação penal, notadamente os arts. 50 e 51 da Lei de Contravenções Penais. A ACP tem por finalidade a repreensão a ilícito civil, bem como a prevenção e a reparação de eventuais danos dele decorrentes, daí a irrelevância da caracterização do fato como crime ou contravenção. E se crime ou contravenção existir, nada impede a concorrência simultânea das duas investigações (inquérito penal e inquérito civil) ou ações (criminal e civil), inclusive com o empréstimo e aproveitamento, por uma, de provas geradas pela outra, mesmo interceptações autorizadas, desde que assegurados o contraditório e a ampla defesa. Corolário dessa compreensão do sistema jurídico brasileiro, ou seja, da diversidade e autonomia das duas jurisdições, é o fato de que medidas assecuratórias e tutela inibitória, análogas entre si ou de índole similar, podem ser deferidas tanto na instância civil, como na penal - simultânea, isolada ou consecutivamente.” (REsp 813.222/RS, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 8/9/09, DJe 4/5/11).
VI - à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) (DPEMA-2009) (MPPI-2012) (DPEAC-2012) (MPSP-2013) (MPPE-2014) (DPEAL-2017) (DPEPR-2017) (DPESP-2012/2013/2019) (MPGO-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEPR-2017: ##MPGO-2019: ##DPESP-2019: ##FCC: Cabe ACP com o objetivo de proibir tráfego de veículos pesados no Município: É cabível ação civil pública proposta por Ministério Público Estadual para pleitear que Município proíba máquinas agrícolas e veículos pesados de trafegarem em perímetro urbano deste e torne transitável o anel viário da região. STJ. 2ª T. REsp 1.294.451-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 1/9/16 (Info 591).
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: ##STJ: Poder Judiciário pode intervir quando a Administração deixa de promover políticas públicas: Os Poderes da República são independentes e harmônicos entre si (art. 2º da CF/88). O Poder Executivo tem prioridade na implementação de políticas públicas. No entanto, em termos abstratos, o ordenamento jurídico em vigor permite que o Poder Judiciário seja chamado a intervir em situações nas quais exista uma ação ou uma omissão ilegítima do administrador público. Assim, não é vedado ao Poder Judiciário debater o mérito administrativo. Se a Administração deixar de promover políticas públicas, de proteger hipossuficientes, de garantir o funcionamento dos serviços públicos, haverá vício ou flagrante ilegalidade a justificar a intervenção judicial STJ. 2ª T. REsp 1176552/PR, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 22/2/11.
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: ##STJ: ACP é o meio próprio de se buscar a implementação de políticas públicas com relevante repercussão social: O STJ tem admitido o debate de políticas públicas no bojo de ações civis públicas propostas pelo MP: “(...) O MP detém legitimidade ativa para o ajuizamento de ação civil pública que objetiva a implementação de políticas públicas ou de repercussão social, como o saneamento básico ou a prestação de serviços públicos. (...)” STJ. 1ª T. AgRg no AREsp 50.151/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, j. 03/10/13.[footnoteRef:1] [1: (DPESP-2019-FCC): O acesso à justiça e às formas de tutela coletiva desses direitos assume funções essenciais e irrenunciáveis. Sobre esse tema, considere a assertiva a seguir: A tutela coletiva é meio hábil e adequado para se exigir o devido e satisfatório cumprimento de políticas públicas voltadas à realização de direitos fundamentais, especialmente quando está em questão a dignidade da pessoa humana.] 
##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Lei prevê a ACP como meio para discutir ordem urbanística: O art. 1º, VI e o art. 3º da Lei 7.347/85 preveem que a ação civil pública é meio processual adequado para discutir temas relacionados com a ordem urbanística e para a obtenção de provimento jurisdicional condenatório de obrigação de fazer. Existe precedente do STJ afirmando que a ACP é ação adequada para discutir tema relacionado com a segurança no trânsito: STJ. 1ª T. REsp 725257/MG, Rel. Min. José Delgado, j. 10/04/07.
##Questões de concurso:
(MPGO-2019): O Promotor de Justiça da Comarca de Maurilândia/GO ingressou com uma ação pública (Lei 7.347/85) para pleitear que o Município proíba máquinas agrícolas e veículos pesados e trafegarem em perímetro urbano, pois o intenso tráfego desses veículos tem causado inúmeros acidentes fatais, além de problemas de saúde decorrentes de poeira e poluição sonora. Na ação, o membro do “Parquet” defendeu que o Município tornasse transitável, para esses veículos, o anel viário da região. De acordo com a legislação correlata ao tema e com a jurisprudência dominante âmbito do STJ, a pretensão ministerial: É cabível, pois o MP detém legitimidade ativa para o ajuizamento de ação civil pública que objetiva a implementação de políticas públicas ou de repercussão social, inserindo-se, nesse contexto, o ordenamento do trânsito de veículos no perímetro da cidade. BL: Info 591, STJ.
 
VII – àhonra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. (Incluído pela Lei nº 12.966, de 2014) (MPPE-2014) (MPPR-2014) (PCDFT-2015)
VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído pela  Lei nº 13.004, de 2014) (MPPE-2014) (MPPR-2014) (DPEPE-2015) (DPEBA-2016) (DPERO-2017) (MPBA-2018) (MPMT-2019) 
	(PGEPR-2015-PUCPR): Sobre as hipóteses de tutela frente à lesão do patrimônio público pela prática de ato ilícito por parte de agente público, assinale a alternativa correta: A ação de improbidade administrativa, considerada espécie de ação civil pública, pode ser utilizada para reparação do dano e punição do agente. BL: art. 1º, VIII, LACP. (proc. civil).
Parágrafo único.  Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos, contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) (MPRR-2008) (TRT15-2008) (DPEAL-2009) (TRF1-2009) (TRF4-2009) (MPSE-2010) (DPEBA-2010) (MPCE-2011) (DPEMA-2011) (TRF3-2011) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (DPERO-2012) (DPESE-2012) (TRT4-2012) (MPDFT-2013) (MPGO-2013) (MPMS-2013) (MPSP-2013) (DPEDF-2013) (TRF5-2013) (MPPR-2013/2014) (TJPR-2014) (MPAC-2014) (MPMA-2014) (MPMG-2014) (MPPA-2014) (TJMS-2008/2015) (MPBA-2010/2015) (DPESP-2013/2015) (TJDFT-2015) (MPAM-2015) (MPBA-2018) (MPPB-2018) (TJAC-2019) (DPETO-2022)
	##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tema 850: ##DOD: ##MPGO-2019: O MP tem legitimidade para a propositura de ação civil pública em defesa de direitos sociais relacionados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). STF. Plenário. RE 643978/SE, Rel. Min. Alexandre de Moraes, j. 9/10/19 (Info 955).
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Em provas, tenha cuidado com a redação do art. 1º, parágrafo único, da Lei 7.347/85: Se for cobrada a mera transcrição literal deste dispositivo em uma prova objetiva, provavelmente, esta será a alternativa correta.
##Atenção: ##Reperc. Geral./STF – Tema 645: ##MPDFT-2013: ##MPAC-2014: ##CESPE: ##MPMA-2014: ##MPPA-2014: ##FCC: ##MPGO-2019: O MP não possui legitimidade ativa ad causam para, em ação civil pública, deduzir em juízo pretensão de natureza tributária em defesa dos contribuintes, que vise questionar a constitucionalidade/legalidade de tributo. STF. Plenário. ARE 694294 RG, Rel. Min. Luiz Fux, j. 25/04/13.
	(MPGO-2019): Assinale a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: O MP não possui legitimidade ativa ad causam para, em ação civil pública, deduzir em juízo pretensão de natureza tributária em defesa dos contribuintes, que vise questionar a constitucionalidade/legalidade de tributo. BL: Info 595, STF.
##Atenção: ##Reperc. Geral./STF: ##DOD: ##DPEBA-2010: ##MPPI-2012: ##DPERO-2012: ##MPDFT-2013: ##MPPR-2013: ##MPMA-2014: ##MPGO-2013/2019: ##DPEDF-2019: ##CESPE: ##VUNESP: ##STF: O Termo de Acordo de Regime Especial – TARE, não diz respeito apenas a interesses individuais, mas alcança interesses metaindividuais, pois o ajuste pode, em tese, ser lesivo ao patrimônio público. A CF/88 estabeleceu, no art. 129, III, que é função institucional do MP, dentre outras, “promover o inquérito e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”. O MP tem legitimidade para propor ACP com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime Especial, em face da legitimação ad causam que o texto constitucional lhe confere para defender o erário. Logo, não se aplica à hipótese o § único do art. 1º da LACP. Em outras palavras, a ACP ajuizada contra o TARE em questão não se cinge à proteção de interesse individual, mas abarca interesses metaindividuais, visto que tal acordo, ao beneficiar uma empresa privada assegurando-lhe o regime especial de apuração do ICMS, pode, em tese, mostrar-se lesivo ao patrimônio público, o que, por si só, legítima a atuação do MP. STF. Plenário. RE 576155, Min. Rel. Ricardo Lewandowski j. 12/8/10 (repercussão geral) (Info 595) (...) ##Jurisprud. Teses/STJ Ed. 22 - Tese 08: O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime Especial – TARE.
	(MPGO-2019): Assinale a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: O MP tem legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime Especial firmado entre o Poder Público e contribuinte. BL: Info 595, STF.
(DPEDF-2019-CESPE): O MP detém legitimidade ativa ad causam para propor ação civil pública que vise anular termo de acordo de regime especial (TARE) firmado entre ente federativo e determinados contribuintes. BL: Info 595, STF e Tese 08, Ed. 22 da Jurisp. em teses do STJ.
(MPPR-2013): Em decisão de 12/08/10, o STF, em sua composição plenária, julgou o recurso extraordinário n. 576155/DF, em que se discutia a legitimidade do MP para propor ação civil pública em matéria tributária, em hipótese em que o MP do Distrito Federal questionava judicialmente Termo de Acordo de Regime Especial (TARE), firmado pelo Governo do Distrito Federal e determinada empresa, estabelecendo regime especial de apuração do ICMS. Qual das alternativas abaixo corresponde à decisão majoritária do Pleno do STF no aludido caso? Concluiu pela legitimidade do MP para propor referida ação civil pública, apoiando-se, basicamente, nas funções institucionais do MP genericamente estabelecidas na Constituição Federal. BL: Info 595, STF e Tese 08, Ed. 22 da Jurisp. em teses do STJ.
(MPPI-2012-CESPE): O estado do Piauí celebrou TARE com empresa privada, visando conferir regime especial de apuração do ICMS, para incentivar a instalação de empresas no estado. O MPE/PI, em sede de inquérito civil público aberto para investigar a celebração do contrato, constatou que o ajuste causara prejuízo aos cofres públicos, razão por que ajuizou ACP com o objetivo de anular acordos firmados com base nesse termo. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da jurisprudência do STF: A defesa da integridade do erário público e da higidez do processo de arrecadação tributária consiste em direito metaindividual do contribuinte, o que legitima a atuação do MPE/PI nesse caso. BL: Info 595, STF.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJDFT-2014: ##CESPE: ##MPMS-2018: O MP tem legitimidade para ajuizar ACP cujo pedido seja a condenação por improbidade administrativa de agente público que tenha cobrado taxa por valor superior ao custo do serviço prestado, ainda que a causa de pedir envolva questões tributárias. STJ. 1ª T. REsp 1.387.960-SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 22/5/14 (Info 543).
	(MPMS-2018): Assinale a alternativa correta: De acordo com o STJ, o MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública cujo pedido seja a condenação por improbidade administrativa de agente público que tenha cobrado taxa por valor superior ao custo do serviço prestado, ainda que a causa de pedir envolva questões tributárias. BL: Info 543, STJ.
##Atenção: ##STF: ##MPDFT-2013: Esta Corte fixou orientação no sentido de que o MP é parte legítima para questionar, em sede de ação civil pública, a validade de benefício fiscal concedido pelo Estado a determinada empresa. STF. 2ª T., RE 586.705-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 23/8/11.
##Atenção: ##STJ: ##DPEMA-2011: ##MPPI-2012: ##MPDFT-2013: ##DPEDF-2013: ##MPMA-2014: ##MPRO-2017: ##MPBA-2018: ##MPGO-2019: ##CESPE: ##FMP: Para fins de tutela jurisdicional coletiva, os interesses individuais homogêneos classificam-se como subespécies dos interesses coletivos, previstos no art. 129, inciso III, da CF/88. Por sua vez, a LC n.º 75/93 (art. 6.º, VII, a) e a Lei 8.625/93 (art. 25, IV, a) legitimam o MP à propositura de ACP para a defesa de interesses individuais homogêneos, sociais e coletivos. Não subsiste, portanto, a alegação de falta de legitimidade do Parquet para a ACP pertinente à tutela de direitos individuais homogêneos, ao argumento de que nem a LeiMaior, no aludido preceito, nem a LC 75/93, teriam cogitado dessa categoria de direitos. A ACP presta-se à tutela não apenas de direitos individuais homogêneos concernentes às relações consumeristas, podendo o seu objeto abranger quaisquer outras espécies de interesses transindividuais (REsp 706.791/PE, 6.ª T, Rel.ª Min. Maria Thereza de Assis Moura, DJe 02/03/09). Restando caracterizado o relevante interesse social, os direitos individuais homogêneos podem ser objeto de tutela pelo MP mediante a ACP. Precedentes. No âmbito do direito previdenciário (um dos seguimentos da seguridade social), elevado pela CF/1988 à categoria de direito fundamental do homem, é indiscutível a presença do relevante interesse social, viabilizando a legitimidade do Órgão Ministerial para figurar no polo ativo da ACP, ainda que se trate de direito disponível (STF, AgRg no RE AgRg/RE 472.489/RS, 2.ª T., Rel. Min. Celso de Mello, DJe 29/08/08). Trata-se, como se vê, de entendimento firmado no âmbito do STF, a quem a CF/1988 confiou a última palavra em termos de interpretação de seus dispositivos, entendimento esse aplicado no âmbito daquela Excelsa Corte também às relações jurídicas estabelecidas entre os segurados da previdência e o INSS, resultando na declaração de legitimidade do Parquet para ajuizar ACP em matéria previdenciária (STF, AgRg no AI 516.419/PR, 2.ª T., Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 30/11/10). O reconhecimento da legitimidade do MP para a ACP em matéria previdenciária mostra-se patente tanto em face do inquestionável interesse social envolvido no assunto, como, também, em razão da inegável economia processual, evitando-se a proliferação de demandas individuais idênticas com resultados divergentes, com o consequente acúmulo de feitos nas instâncias do Judiciário, o que, certamente, não contribui para uma prestação jurisdicional eficiente, célere e uniforme. Após nova reflexão sobre o tema em debate, deve ser restabelecida a jurisprudência desta Corte, no sentido de se reconhecer a legitimidade do MP para figurar no polo ativo de ação civil pública destinada à defesa de direitos de natureza previdenciária. STJ. 5ª T., REsp 1142630/PR, Rel. Mini. Laurita Vaz, j. 07/12/10 (Info 459)
	(MPGO-2019): Acerca da legitimidade ativa do MP para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos, bem como do posicionamento dominante no âmbito do STJ acerca do tema, assinale a alternativa correta: O MP possui legitimidade para figurar no polo ativo de ação civil pública destinada à defesa de direitos individuais homogêneos de natureza previdenciária. BL: Info 459, STJ.
##Atenção: ##TRF5-2013: As tarifas públicas não entram na vedação prevista no § único do art. 1º da LACP. 
	(DPERS-2018-FCC): Com relação à defesa do consumidor em juízo, é correto afirmar: É incabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos. BL: art. 1º, § único, LACP.
(MPSC-2016): A Ação Civil Pública constitui-se em ação de responsabilidade por danos morais e patrimoniais, a qual não poderá veicular matéria que envolva tributos ou outros fundos de natureza institucional cujos beneficiários sejam individualmente determinados, conforme excepciona a Lei n. 7.347/85. BL: art. 1º, caput e § único, LACP.
(TJRR-2008-FCC): O MP do Estado de Roraima, através de Promotor de Justiça, propõe ação civil pública em face do Município de Boa Vista, que instituiu taxa de coleta de lixo, cuja alíquota é 0,25% do valor venal do imóvel e contribuinte é o proprietário de imóvel urbano. É correto afirmar que não é cabível ação civil pública em matéria tributária por expressa vedação legal, apesar de ser o direito do contribuinte um direito individual homogêneo. BL: art. 1º, § único, LACP. (trib.)
Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional [= Competência Absoluta] para processar e julgar a causa. (TJSE-2008) (MPRO-2008) (MPRN-2009) (DPEMA-2009) (TJMS-2008/2010) (DPESP-2010) (PGEAM-2010) (TJPE-2011) (MPCE-2011) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (DPEMS-2012) (DPESE-2012) (MPSC-2010/2013) (MPGO-2010/2012/2013) (TRF1-2013) (TRF2-2013) (MPMT-2008/2014) (MPPE-2014) (MPMS-2015) (DPEPE-2015) (MPPR-2008/2011/2012/2016) (TJRJ-2014/2016) (MPSP-2012/2017) (TRF5-2013/2017) (MPBA-2018) (MPMG-2018) (MPPB-2018) (MPPI-2012/2019) (TJPA-2019) (MPDFT-2013/2015/2021)
	Súmula 489-STJ: Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações civis públicas propostas nesta e na Justiça estadual.
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: A competência para processar e julgar ACP é absoluta e se dá em função do local onde ocorreu o dano. STJ. 1ª Seção. AgRg nos EDcl no CC 113.788-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 14/11/2012.
##Atenção: ##STJ: ##TRF2-2013: ##CESPE: O STJ orienta-se no sentido de que a competência da Justiça Federal, prevista no art. 109, I, da CF/88, é fixada, em regra, em razão da pessoa (competência ratione personae), levando-se em conta não a natureza da lide, mas, sim, a identidade das partes na relação processual. Na hipótese, cuida-se de ACP em que figura como um dos autores o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, autarquia federal criada pelas Leis 8.029/90 e 8.113/90, na qual se busca a proteção do imóvel conhecido como "Casa do Barão de Vassouras", localizado no município de Vassouras-RJ, tombado pelo Poder Público federal. Figurando como parte uma autarquia federal, a competência para processar e julgar a ação é da Justiça Federal, consoante disposto no art. 109, I, da CF/88. 4. A interpretação do art. 2º da Lei 7.347/85 - que disciplina a ACP de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico -, deve ser realizada à luz do disposto no art. 109, I, § 3º, da CF/88, consoante precedentes do STF e desta Corte. Conflito conhecido para declarar competente a Justiça Federal, anulando-se a decisão proferida pelo Juízo estadual. (CC 105.196/RJ, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª Seção, j. 9/12/09)”
	(DPEDF-2019-CESPE): Acerca do direito coletivo, julgue o item a seguir: Conforme previsão legal, é competente para a propositura de ação civil pública o foro do local do dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. BL: art. 2º, LACP.
(MPRR-2017-CESPE): Julgue os itens a seguir, referentes à tutela coletiva: I Se ACP for ajuizada em comarca diversa daquela em que tiver ocorrido o dano, o juízo deverá declinar, de ofício, de sua competência. BL: art. 2º, LACP.
(MPMG-2017): Parte integrante da Cadeia do Espinhaço, a Serra do Carretão, situada na região do Campo das Vertentes, estende-se pelo território de municípios, distritos e povoados pertencentes a duas comarcas distintas, a saber: Desterro de Entre Rios e Resende Costa. Em virtude do acesso dificultado pela inexistência de vias pavimentadas, ainda é refúgio para diversas espécies raras da fauna silvestre, algumas delas ameaçadas de extinção, tais como lobo-guará, bugio, veado-campeiro, etc., além de vegetação típica do bioma de mata atlântica. Dono de uma propriedade rural voltada para a criação de bovinos situada ao pé da referida serra, no município de Entre Rios de Minas, o Sr. Juquinha promoveu uma queimada com a intenção de limpar e propiciar a rebrota de pastos, técnica agrícola rudimentar altamente nociva, mas, infelizmente, ainda muito em uso em Minas Gerais. Como resultado de sua desídia em não providenciar um aceiro, as chamas se alastraram de forma descontrolada, devastando uma ampla área da referida serra, sendo contida pelos bombeiros, todavia, atingindo o território das duas comarcas mencionadas. Como resultado, verificou-se elevada mortandade de animais silvestres e queima de espécies vegetais nativas típicas de mata atlântica. Nesse contexto, é correto afirmar que a competência para processar e julgar a ACP para reparação dos danos ambientais e morais: É absoluta, em atenção à concomitânciados critérios territorial e funcional, e definida pelo local do dano, fixando-se pela prevenção. BL: art. 2º, LACP.
##Atenção: A mencionada competência tem natureza absoluta. Isso porque, nos termos deste dispositivo, trata-se de COMPETÊNCIA FUNCIONAL, não estabelecida no interesse das partes, mas sim no interesse público na eficiência da função jurisdicional. A ratio deste modelo é atribuir a jurisdição ao órgão que possa mais eficazmente exercer sua função, em virtude de sua proximidade com as vítimas, com o bem afetado e com a prova. O STF e o STJ têm denominado a competência estabelecida no art. 2º da LACP como competência territorial e funcional, nos moldes da clássica classificação chiovendiana. Como na hipótese o dano se alastrou pelo território de duas comarcas, a competência deve ser fixada pelo critério da prevenção, nos termos do art. 2º, § único, da LACP.
##Atenção: Curiosidade - Classificação de Chiovenda:  
· Competência funcional em relação à competência material: diz respeito à repartição de funções entre diversos órgãos jurisdicionais em um mesmo processo (v.g. competência por fase do processo, como no se dá no Tribunal do Júri; competência recursal);
· Competência funcional em relação à competência territorial: diz respeito à fixação da competência ao órgão jurisdicional localizado onde o exercício da jurisdição se dá de forma mais fácil (caso do art. 2º da LACP). (FONTE: Adriano Andrade, Cleber Masson e Landolfo Andrade. Interesses Difusos e Coletivos. Editora Método, 2017).
Parágrafo único  A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001) (TJAL-2008) (TJMS-2008) (TJSE-2008) (MPRO-2008) (DPESP-2010) (PGEAM-2010) (TJPE-2011) (MPCE-2011) (MPPR-2011/2012) (MPAL-2012) (MPAP-2012) (MPSP-2012) (DPEMS-2012) (DPESE-2012) (DPESP-2009/2013) (MPMT-2014) (DPEPR-2014) (MPGO-2010/2015) (MPDFT-2015) (DPEPE-2015) (TRF3-2016) (TRF5-2013/2017) (MPPB-2018) (MPPI-2019) (DPEDF-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: No caso em que duas ações coletivas tenham sido propostas perante juízos de competência territorial distinta contra o mesmo réu e com a mesma causa de pedir e, além disso, o objeto de uma, por ser mais amplo, abranja o da outra, competirá ao juízo da ação de objeto mais amplo o processamento e julgamento das duas demandas, ainda que ambas tenham sido propostas por entidades associativas distintas. STJ. 4ª Turma. REsp 1.318.917-BA, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, j. 12/3/13 (Info 520).
	(TJAC-2019-VUNESP): Assinale a alternativa correta, em relação à ação civil pública, que representa um dos instrumentos processuais da tutela ambiental: A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. BL: art. 2º, § único, LACP. (proc. civil)
(TJRJ-2016-VUNESP): Foram propostas várias ações civis públicas em que a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL também figurou no polo passivo, perante diversas Varas da Seção Judiciária dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Pernambuco e Piauí. As ações foram propostas pelo MPF e várias Associações de Defesa de Consumidores de Energia, sendo que todas as ações discutem a mesma matéria, qual seja, a metodologia do reajuste tarifário aplicado pela ANEEL, desde 2002 às concessionárias de distribuição de energia elétrica. Visando evitar decisões divergentes acerca da mesma matéria, a ANEEL suscitou conflito de competência positivo perante o Superior Tribunal de Justiça para reconhecer competente em razão de conexão o juízo da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, em caráter provisório, para análise das medidas urgentes em todos os processos, por ter sido nesta vara proposta a primeira ação coletiva, para evitar decisões conflitantes em âmbito nacional. Diante disso, assinale a alternativa correta, de acordo com a jurisprudência do STJ: Há conexão e em aplicação do disposto na Lei da Ação Civil Pública, tendo sido o juízo da 1ª Vara Federal do Rio Grande do Sul a primeira vara em que foi proposta a ação coletiva, esta está preventa para julgamento de todas as ações coletivas posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. BL: art. 2º, § único, LACP.
Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer. (MPRO-2008) (TCU-2008) (MPRN-2009) (DPEAL-2009) (DPEMA-2009) (TRF1-2009) (MPMG-2010) (MPSE-2010) (PGEAM-2010) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (MPAL-2012) (DPEAC-2012) (DPEES-2012) (DPESP-2009/2013) (MPDFT-2013) (MPMT-2008/2014) (MPPE-2008/2014) (TJCE-2014) (TJRJ-2014) (MPMT-2014) (MPSP-2005/2008/2015) (TJMS-2015) (TJAL-2015) (DPEPA-2015) (MPF-2015) (TRF4-2012/2016) (MPGO-2016) (TRF3-2016) (TRF2-2013/2017) (TRF5-2013/2015/2017) (TJPR-2017) (MPPB-2018) (PCMA-2018) (TJRO-2011/2019) (MPPR-2012/2019) (TJPA-2019) (MPSC-2019) (DPETO-2022)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEPA-2015: ##TRF4-2016: ##TRF5-2015/2017: ##CESPE: ##FMP: É possível que a empresa seja condenada, cumulativamente, a recompor o meio ambiente e a pagar indenização por dano moral coletivo? SIM. Isso porque vigora em nosso sistema jurídico o princípio da reparação integral do dano ambiental, de modo que o infrator deverá ser responsabilizado por todos os efeitos decorrentes da conduta lesiva, permitindo-se que haja a cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar. O art. 3º da Lei 7.347/85 afirma que a ACP “poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”. Para o STJ, essa conjunção “ou” – contida no citado artigo, tem um sentido de adição (soma), não representando uma alternativa excludente. Em outras palavras, será possível a condenação em dinheiro e também ao cumprimento de obrigação de fazer/não fazer. Veja precedente nesse sentido: “(...) Segundo a jurisprudência do STJ, a logicidade hermenêutica do art. 3º da Lei 7.347/1985 permite a cumulação das condenações em obrigações de fazer ou não fazer e indenização pecuniária em sede de ACP, a fim de possibilitar a concreta e cabal reparação do dano ambiental pretérito, já consumado. Microssistema de tutela coletiva. (...) 4. O dano moral coletivo ambiental atinge direitos de personalidade do grupo massificado, sendo desnecessária a demonstração de que a coletividade sinta a dor, a repulsa, a indignação, tal qual fosse um indivíduo isolado.” (...) (REsp 1269494/MG, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T, j. 24/9/13)
	(TRF4-2016): Segundo a jurisprudência dominante do STJ, assinale a alternativa correta: O dano moral coletivo prescinde da comprovação de dor e abalo psíquico, em se tratando de lesão a direitos difusos e coletivos. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##DOD: Cumpre esclarecer que não há “bis in idem” neste caso, considerando que as condenações possuem finalidades e naturezas diferentes. Vale ressaltar, por fim, que, apesar dessa possibilidade existir em tese, a condenação, no caso concreto, e o seu eventual valor dependerão da situação: “O STJ tem entendimento consolidado segundo o qual é possível a cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar nos casos de lesão ao meio ambiente, contudo, a necessidade do cumprimento de obrigação de pagar quantia deve ser aferida em cada situação analisada.” STJ. 1ª Turma. AgInt no REsp 1538727/SC, Rel. Min. Regina Helena Costa, j. 07/08/18.
##Atenção: ##Dir. Ambiental: ##STJ: ##MPMT-2014: ##DPEPA-2015: ##TRF3-2016: ##TRF4-2016: ##TRF5-2015/2017: ##TJPR-2017: ##TRF2-2017: ##CESPE: ##FMP: A cumulação de obrigação de fazer, não fazer e pagar não configura bis in idem, porquanto a indenização, em vez de considerar lesão específica já ecologicamente restaurada ou a ser restaurada, põe o foco em parcela do dano que, embora causada pelo mesmo comportamento pretérito do agente, apresenta efeitos deletérios de cunho futuro, irreparávelou intangível. (STJ. 2ª T., REsp 1454281/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 16/08/16).
##Atenção: ##Súmula Nova do STJ: 
Súmula 629-STJ: Quanto ao dano ambiental, é admitida a condenação do réu à obrigação de fazer ou à de não fazer cumulada com a de indenizar.
	(DPEMG-2014-FUNDEP): Sobre ação civil pública, assinale a alternativa correta: Com base na interpretação sistemática do ordenamento jurídico, admite-se a cumulação das condenações em obrigações de fazer ou não fazer e indenização pecuniária em sede de ação civil pública. BL: art. 3º, LACP e jurisprudência (vide quadro acima). (proc. civil)
Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.  (Redação dada pela  Lei nº 13.004, de 2014) (TJSP-2008) (MPMT-2008) (MPSP-2008) (DPEMA-2009) (MPBA-2010) (TRF3-2011) (MPPR-2011/2012) (MPAL-2012) (DPESE-2012) (DPESP-2013) (MPPE-2014) (DPEPA-2015) (TRF5-2017) (MPMG-2011/2019)
	(DPEMS-2014-VUNESP): Em relação à ação civil pública, é correto afirmar que poderá ser ajuizada ação cautelar objetivando, inclusive, evitar o dano à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, dentre outros. BL: art. 4º, LACP. (CPC)
Art. 5o  Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPSE-2010) (MPRO-2010) (TJPE-2011) (TRF5-2011) (TJRS-2012) (MPAL-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (MPES-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (MPMG-2014) (MPPE-2014) (DPEPR-2014) (MPBA-2010/2015) (DPEPE-2015) (MPSC-2013/2016) (MPPR-2008/2012/2017) (DPEAC-2017) (DPEAL-2017) (DPERO-2017) (MPBA-2010/2015/2018) (MPGO-2012/2019) (DPESP-2012/2015/2019) (TJAC-2019) (MPMT-2019) (DPEDF-2019) (DPEBA-2016/2021) (MPAP-2021) 
	(MPPB-2018-FCC): Promovido o arquivamento do inquérito civil por membro do MP, por entender não ter havido dano a interesse difuso e homologado pelo Conselho Superior, Ação Civil Pública a respeito dos mesmos fatos poderá ser ajuizada, porque como a legitimação no Direito Coletivo Brasileiro é concorrente e disjuntiva, o colegitimado não fica impedido de aforar a ação. BL: art. 5º, LACP.
##Atenção: ##MPGO-2012: ##MPRR-2012: ##MPMG-2014: ##MPPE-2014: ##DPEPR-2014: ##DPEPE-2015: ##DPERO-2017: ##DPESP-2015/2019: ##DPEDF-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Nesse sentido é o entendimento de Hugo Nigro Mazzilli: “É concorrente e disjuntiva a legitimação para a propositura de ações civis públicas ou coletivas em defesa de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos, pois cada um dos co-legitimados pode ajuizar essas ações, quer litisconsorciando-se com outros, quer fazendo-o isoladamente. É concorrente, porque todos os co-legitimados do art. 5º da LACP ou do art. 82 do CDC podem agir em defesa de interesses transindividuais; é disjuntiva porque não precisam comparecer em litisconsórcio”. (A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outros interesses. 17ª ed., Saraiva, 2004, pág. 289). Portanto, na legitimidade concorrente (art. 82, CDC), preenchidos os requisitos legais, qualquer um dos legitimados pode ajuizar a ACP). [footnoteRef:2] Por outro lado, na legitimidade disjuntiva (art. 5º, §2º e 5º, da LACP), cada um dos legitimados pode atuar de forma independente, sem prejuízo de eventual formação de litisconsórcio facultativo. [2: Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: I - o Ministério Público; II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código; IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear. § 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.] 
##Atenção: ##DPEPR-2014: ##DPEDF-2019: ##DPEBA-2021: ##CESPE: ##FCC: Para os autores que adotaram a categoria da legitimação autônoma para condução do processo, trata-se de uma terceira espécie (tertium genus) de legitimação ad causam, aplicável às tutelas coletivas, que não se confunde com a dicotomia legitimação ordinária-legitimação extraordinária. A proposta justifica-se da seguinte maneira: o legitimado não vai a juízo na defesa do próprio interesse, portanto, não é legitimado ordinário, nem vai a juízo na defesa de interesse alheio, pois não é possível identificar o titular do direito discutido. (FONTE: CESPE).
(TCERN-2015-CESPE): A ação popular e a ação civil pública diferem no que se refere à legitimidade ativa; quanto ao objeto, ambas tutelam interesses similares. BL: art. 1º, LAP e art. 5º, LXXIII, CF e art. 5º, LACP.
##Atenção: De forma bem simples, a ação popular tem como legitimado ativo  o CIDADÃO em pleno gozo dos direitos políticos; Já a ação civil pública tem um rol mais amplo de legitimados ativos como, por exemplo, o MP e a Defensoria Pública. Ambos tutelam direitos coletivos. 
##Atenção: ##MPSC-2016: ##MPBA-2018: ##MPGO-2019: Os cidadãos não possuem legitimidade para propor ACP (art. 5º, Lei nº 7.347/85).
(TJMA-2013-CESPE): O ajuizamento da ação coletiva pelas entidades legalmente autorizadas configura legitimação concorrente e disjuntiva, ou seja, qualquer legitimado pode ajuizar a ação, independentemente dos outros, sem prevalência alguma entre eles. BL: art. 5º, LACP e art. 82, CDC.
##Atenção: ##TJMA-2013: ##DPEPR-2014: ##DPEPE-2015: ##DPERO-2017: ##DPESP-2015/2019: ##MPAP-2021: ##DPEBA-2021: ###CESPE: ##FCC: ##VUNESP: Isto significa que há mais de um legitimado (legitimidade concorrente). Além disso, podem agir de forma autônoma, isto é, um não depende da iniciativa do outro (legitimidade disjuntiva). (Fonte: Caderno aulas curso G7 Jurídico).
I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPPE-2008) (MPRO-2008/2010) (MPSE-2010) (TJPE-2011) (TRF3-2011) (TJBA-2012) (MPAP-2012) (MPPI-2012) (MPPR-2012) (MPAL-2012) (MPTO-2012) (DPEMS-2012) (DPESE-2012) (TJMA-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (MPMG-2014) (DPEPR-2014) (TRF5-2011/2015) (DPEPE-2015) (DPERN-2015) (MPT-2015) (DPEES-2012/2016) (DPEBA-2016) (TJSC-2017) (MPGO-2012/2019) (MPBA-2010/2015/2018) (DPESP-2015/2019) (MPMT-2019) (DPEDF-2019) (Cartórios/TJDFT-2019) (MPSC-2014/2019/2021) (MPDFT-2021) (DPERJ-2021) 
	##Atenção: ##STJ: ##MPDFT-2021: 1. Cuida-se, na origem, de ACP proposta pelo MPF contra o Conselho Federal da OAB e a Fundação Getúlio Vargas, objetivando, em síntese, que seja determinada nova correção e divulgação dos espelhos de todas as provas prático-profissionais dos candidatos que optaram pela Subseção da OAB no Rio de Janeiro, reprovados no Exame da OAB 2010.2. (...) 8. É evidente que a CF/1988 não poderia aludir, no art. 129, II, à categoria dos interesses individuais homogêneos, que foi criada pela lei consumerista. A propósito, o STF já enfrentou o tema e, adotando o comando constitucional em sentido mais amplo, posicionou-se a favor da legitimidade do Ministério Público para propor ação civil pública para proteção dos mencionados direitos. Precedentes. 9. No presente caso, de acordo com a jurisprudência do STJ, é patente a legitimidade do MPF para propor ACP em defesa de direitos individuais disponíveis de candidatos específicos em exame da OAB, dado o relevante interesse social, na medida em que busca a proteção das garantias constitucionais da publicidade e acesso à informação (CF,art. 5º, XIV e XXXIII), da ampla defesa (CF, art. 5º, LV), da isonomia (CF, art. 5º, caput) e do direito fundamental ao trabalho (CF, art. 6º). 10. Assim, atua o MP na defesa de típico direito individual homogêneo, por meio da ação civil pública, em contraposição à técnica tradicional de solução atomizada, a qual se justifica para I) evitar as inumeráveis demandas judiciais (economia processual), que sobrecarregam o Judiciário, e decisões incongruentes sobre idênticas questões jurídicas, mas sobretudo para II) buscar a proteção do acesso à informação, interesse social relevante, cuja disciplina mereceu atenção inclusive em diplomas normativos próprios - Lei 12.527/11 e Decreto 7.724/12 (este, aliás, prevê a gratuidade para a busca e o fornecimento da informação no âmbito de todo o Poder Executivo Federal). 11. Nesse sentido, é patente a legitimidade do MP seja em razão da proteção contra eventual lesão ao interesse social relevante, seja para prevenir a massificação do conflito. STJ. 2ª T., AgInt no REsp 1701853/RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 15/03/21.
	(MPDFT-2021): Considere a hipótese descrita a seguir e assinale a alternativa correta: “As provas específicas à obtenção do registro como Advogado nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil compõem uma prova objetiva e uma prova subjetiva. Algumas das provas são formuladas pela Fundação Getúlio Vargas. Na hipótese de a correção da prova subjetiva, de natureza discursiva – provas prático-profissionais – atingir as provas de uma Subseção da OAB e tornar aprovados alguns candidatos e eliminar outros, decorrente de erro da análise do espelho de gabarito, o Ministério Público”: O MPF possui legitimidade e interesse para pleitear uma nova correção e divulgação de todas as provas prático profissionais, pois a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça está sedimentando-se em favor da legitimidade do MP para promover Ação Civil Pública visando à defesa de direitos individuais homogêneos, ainda que disponíveis e divisíveis, quando há relevância social objetiva do bem jurídico tutelado. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF – Tese 561: ##DOD: ##TJSC-2019: ##CESPE: ##MPGO-2019: O MP tem legitimidade para ajuizar ACP que vise anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público (art. 129, III, CF). STF. Plenário. RE 409356/RO, Rel. Min. Luiz Fux, j. 25/10/18 (Info 921).
	(MPGO-2019): Assinale a alternativa que corresponde à jurisprudência do STF: O MP é parte legítima para o ajuizamento de ação coletiva que visa anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão ao patrimônio público. BL: Info 921, STF.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPPR-2019: ##MPSC-2021: ##CESPE: Vejamos o seguinte do julgado do STJ: "(...) Já o acórdão paradigma, da Corte Especial, entendeu ter o MP legitimidade para reclamar a defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos em ACP, ainda que se estivesse diante de interesses disponíveis. Tal orientação, ademais, é a que veio a prevalecer neste Tribunal Superior, que aprovou a Súmula 601, de seguinte teor: "o Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público." Além disso, tanto a Lei da Ação Civil Pública (arts. 1º e 5º) como o CDC (arts. 81 e 82) são expressos em definir o MP como um dos legitimados a postular em juízo em defesa de direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos do consumidor. Incumbe verificar, então, se tal legitimidade ampla definida expressamente em lei (Lei n. 7.347/85 e Lei n. 8.078/90) é compatível com a finalidade do MP, como exige o inc. IX do art. 129 da CF/88. Nos termos da jurisprudência desta Corte, a finalidade do MP é lida à luz do preceito constante do caput do art. 127 da CF/88, segundo o qual incumbe ao MP "a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis". Daí porque se firmou a compreensão de que, para haver legitimidade ativa do MP para a defesa de direitos transindividuais não é preciso que se trate de direitos indisponíveis, havendo de se verificar, isso sim, se há "interesse social" (expressão contida no art. 127 da Constituição) capaz de autorizar a legitimidade do MP". (STJ. REsp 1126316 / ES. Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca. DJe 21/3/18)
	(MPPR-2019): A jurisprudência do STJ tem reconhecido a legitimidade ativa do MP para as ações civis públicas que tenham por objeto direitos individuais homogêneos, ainda que disponíveis, mas que assumem caráter de indivisibilidade e indisponibilidade por dizerem respeito a relevantes interesses sociais, cuja violação repercute negativamente na ordem social.
##Atenção: ##STJ e STF: ##DOD: ##MPBA-2018: ##MPGO-2019: ##MPPR-2019: ##MPPI-2019: ##TJSC-2019: ##MPSC-2019/2021: ##MPCE-2020: ##MPDFT-2021: ##CESPE: ##STJ: O MP é parte legítima para pleitear tratamento médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados, porque se refere a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei 8.625/93 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público).[footnoteRef:3] STJ. 1ª S. REsp 1682836-SP, Rel. Min. Og Fernandes, j. 25/4/18 (recurso repetitivo) (Info 624). ##STF: O MP é parte legítima para ajuizamento de ação civil pública que vise o fornecimento de remédios a portadores de certa doença. STF. Plenário. RE 605533/MG, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 15/8/18 (repercussão geral) (Info 911) [3: Art. 1º O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.] 
	(MPCE-2020-CESPE): Em demanda na qual beneficiários individualizados pretendem o fornecimento público de medicamento necessário ao próprio tratamento de saúde, o MP é parte legítima para pleitear a entrega do medicamento, porque se trata de direitos individuais homogêneos indisponíveis. BL: Info 624, STJ e Info 911, STF.
(MPSP-2019): Assinale a alternativa correta: O direito à saúde, consequência do direito à vida, constitui direito fundamental, direito individual indisponível, que legitima o Ministério Público para a propositura de ação em defesa desse direito por meio da ação civil pública, que lhe permite invocar a tutela jurisdicional do Estado com o objetivo de fazer com que os Poderes Públicos respeitem, em favor da coletividade, os serviços de relevância pública. BL: Info 624, STJ e Info 911, STF.
(MPSC-2019): O MP é parte legítima para propor demandas de saúde com beneficiários individualizados, contra entes federativos, ainda que não se tratem de direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos. BL: Info 624, STJ.
(MPSC-2019): Segundo entendimento do STJ, tratando-se de direito individual indisponível ou de relevância social, o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar demanda individual, mesmo sem repercussão para interesses difusos ou coletivos. BL: Info 624, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPESP-2019: ##FCC: MPF não possui legitimidade para ajuizar ACP contra Município pedindo que sejam realizadas audiências públicas antes do envio do projeto de Lei do Plano Diretor: O MPF é parte ilegítima para ajuizar ação civil pública que visa à anulação da tramitação de Projeto de Lei do Plano Diretor de município, ao argumento da falta de participação popular nos respectivos trabalhos legislativos. No caso concreto, o MPF ajuizou ACP contra o Município de Florianópolis e a União argumentando que o Poder Executivo Municipal teria encaminhado à Câmara de Vereadores o projeto de Lei do Plano Diretor da cidade sem a realização das necessárias audiências públicas, o que violaria o Estatuto da Cidade. O STJ entendeu que a legitimidade para essa demanda seria do Ministério Público estadual (e não do MPF). STJ. 1ª T. REsp 1.687.821-SC, Rel. Min. SérgioKukina, j. 07/11/17 (Info 616).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo de garantir o acesso a critérios de correção de provas de concurso público. STJ. 2ª T. REsp 1362269-CE, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 16/5/2013 (Info 528).
##Atenção: ##STF: ##DOD: O MP tem legitimidade para promover ACP sobre direitos individuais homogêneos quando presente o interesse social. STF. 2ª T. RE 216443/MG, rel. orig. Min. Menezes Direito, red. p/ o acórdão Min. Marco Aurélio, j. 28/8/12 (Info 677).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O MP tem legitimidade para propor ACP objetivando a liberação do saldo de contas PIS/PASEP, na hipótese em que o titular da conta — independentemente da obtenção de aposentadoria por invalidez ou de benefício assistencial — seja incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, bem como na hipótese em que o próprio titular da conta ou quaisquer de seus dependentes for acometido das doenças ou afecções listadas na Portaria Interministerial MPAS/MS 2.998/01. Esse pedido veiculado diz respeito a direitos individuais homogêneos que gozam de relevante interesse social. Logo, o interesse tutelado referente à liberação do saldo do PIS/PASEP, mesmo se configurando como individual homogêneo, mostra-se de relevante interesse à coletividade, tornando legítima a propositura de ACP pelo MP, visto que se subsume aos seus fins institucionais. STJ. 2ª Turma. REsp 1.480.250-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 18/8/2015 (Info 568).
##Atenção: ##STJ: ##DPERN-2015: ##CESPE: Hipótese em que o MP ajuizou ACP em defesa de mutuários de baixa renda cujos imóveis foram construídos em sistema de mutirão, com compromisso de compra e venda firmado com o Município de Andradas, pelo prazo de 15 anos. Após o pagamento por 13 anos na forma contratual, o Município editou lei que majorou as prestações para até 20% da renda dos mutuários. O Tribunal de origem declarou a ilegitimidade ad causam do MP. O art. 127 da CF e a legislação federal autorizam o MP a agir em defesa de interesse individual indisponível, categoria na qual se insere o direito à moradia, bem como na tutela de interesses individuais homogêneos, mesmo que disponíveis, como, p. ex., na proteção do consumidor. O direito à moradia contém extraordinário conteúdo social, tanto pela ótica do bem jurídico tutelado - a necessidade humana de um teto capaz de abrigar, com dignidade, a família -, quanto pela situação dos sujeitos tutelados, normalmente os mais miseráveis entre os pobres. STJ. 2ª T., REsp 950.473/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 25/08/09.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPPA-2014: ##FCC: ##TRF2-2009/2018: ##CESPE: O MP tem legitimidade ad causam para propor ACP com a finalidade de defender interesses coletivos e individuais homogêneos dos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação. O STJ entende que os temas relacionados com SFH possuem expressão para a coletividade e que o interesse em discussão é socialmente relevante. STJ. 3ª T. REsp 1.114.035-PR, Rel. orig. Min. Sidnei Beneti, Rel. p./ Ac. Min. João Otávio de Noronha, j. 7/10/14 (Info 552). O MP tem legitimidade para propor ACP na defesa de interesses individuais homogêneos referentes aos contratos de mútuo vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação, porquanto é interesse que alcança toda a coletividade a ostentar por si só relevância social. O CDC incide nos contratos vinculados ao Sistema Financeiro de Habitação. STJ. 3ª T., REsp 635.807/CE, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 05/05/05.
	(TRF2-2009-CESPE): Acerca dos bens públicos e do SFH, assinale a opção correta: O STJ entende que o MP tem legitimidade para ajuizar ação civil pública na defesa de mutuários do SFH. BL: Info 552, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPAM-2015: ##FMP: O MP tem legitimidade para ajuizar ACP contra a concessionária de energia elétrica com a finalidade de evitar a interrupção do fornecimento do serviço à pessoa carente de recursos financeiros diagnosticada com enfermidade grave e que dependa, para sobreviver, da utilização doméstica de equipamento médico com alto consumo de energia. Conforme entendimento do STJ, o MP detém legitimidade para propor ACP que objetive a proteção do direito à saúde de pessoa hipossuficiente, porquanto se trata de direito fundamental e indisponível, cuja relevância interessa à sociedade. STJ. 1ª Turma. AgRg no REsp 1.162.946-MG, Rel. Ministro Sérgio Kukina, j. 4/6/2013 (Info 523).
##Atenção: ##STJ: Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de serviço público.
	(MPDFT-2015): O MPDFT propôs ação civil pública de responsabilidade, em favor de pessoas que utilizaram a rede mundial de computadores, sítio de uma empresa aérea, para a compra de passagens aéreas, mas que acabaram comprando, sem perceberem, um seguro de viagem cuja opção de compra já estava pré-selecionada. Assinale a alternativa correta: O MPDFT tem legitimação ativa extraordinária, do tipo substituição processual, para propor a ação civil pública em defesa dos consumidores, porque estamos diante de direitos individuais homogêneos. BL: art. 5º, I, LACP c/c art. 82, I, CDC.
##Atenção: ##DPEES-2012: ##DPEPR-2014: ##MPDFT-2015: ##CESPE: É evidente que estamos diante de direitos individuais homogêneos, a saber: a) Há divisibilidade do objeto, isto é, a lesão sofrida a cada titular pode ser reparada na proporção da respectiva ofensa, o que possibilita ao lesado optar pelo ressarcimento de seu prejuízo através de ação individual. Nesse sentido, cada consumidor que se sentir prejudicado poderá ajuizar ação individual para obter o ressarcimento do seguro contratado sem seu consentimento; b) A origem é comum. No caso em tela, o fato de todos terem comprado passagens aéreas da mesma companhia e contratado, de forma irregular, o seguro-viagem; c) Os titulares são determinados. É possível facilmente determinar as pessoas que compraram a passagem aérea. Dito isto, é possível concluir que, em relação ao que foi exigido na assertiva, há consenso doutrinário quanto à natureza da legitimidade para defesa coletiva de direitos individuais homogêneos: trata-se de legitimação extraordinária. Isso porque os direitos individuais homogêneos, ainda que defendidos em ação coletiva, continuam sendo direitos individuais, divisíveis, e, portanto, com titulares individualmente determináveis. Desse modo, o ente que busca defendê-los em uma ACP, apesar de fazê-lo em nome próprio, defende interesses alheios. Portanto, amparado pelo art. 82, I do CDC c/c art. 5º, I da LACP, tudo isto no âmbito do microssistema processual coletivo, é possível que o MPDFT tenha legitimação extraordinária para pleitear em juízo a reparação dos consumidores na situação exposta.
(MPSC-2014): O MP, ao atuar judicialmente na defesa de direitos e interesses difusos ou coletivos, o faz como substituto processual. BL: art. 5º, I, LACP.
##Atenção: ##TRF3-2011: ##DPEES-2012: ##DPEPR-2014: ##CESPE: Ocorre substituição processual quando alguém, autorizado pelo ordenamento jurídico, em nome próprio, pleiteia em juízo a tutela de direito alheio (art. 18, CPC/15). Substituto processual é, portanto, aquele que em juízo pleiteia, em nome próprio, a tutela de direito alheio; e substituído é o titular do direito cuja tutela é pleiteada por outrem. É exatamente o que ocorre nas hipóteses de legitimação extraordinária do MP. De modo geral, na jurisprudência, entende-se que, sejam os direitos difusos, coletivos ou individuais homogêneos, a legitimação para sua defesa na ACP é extraordinária, havendo substituição processual. Entretanto, a doutrina moderna diverge quanto à natureza da legitimação nas ações civis públicas, entendendo que, se o direito for individual homogêneo, a legitimação será extraordinária; no caso dos direitos difusos e coletivos em sentido estrito, a legitimidade ativa, inspirada no direito alemão, será autônoma para a conduçãodo processo (legitimação anômala).
(TJSP-2011-VUNESP): O som produzido por templo religioso durante os ofícios causa desconforto a moradores da vizinhança. O MP propõe ação civil pública e a defesa argui sua ilegitimidade, além de invocar a liberdade de culto – inciso VI do art. 5º da CF/88. A decisão adequada à espécie deverá julgar procedente a ação civil pública, pois o MP é parte legítima e o som excessivo configura poluição sonora. BL: art. 5º, LACP e art. 129, I e III da CF/88 e art. 54, caput da Lei 9605/98. (amb.)
##Atenção: Consoante o art. 129, I, CF/88, é função institucional do MP, privativamente, promover ação penal pública, na forma da lei. De acordo com o art. 129, III, CF, é função institucional do MP “promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos”. Além disso, o art. 54 da Lei 9605/98 prevê a configuração do crime de poluição para o ato causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar à saúde humana.
II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPSE-2010) (TJES-2011) (DPEES-2009/2012) (TJPA-2012) (TJBA-2012) (MPPR-2012) (MPRR-2012) (MPTO-2012) (DPEAC-2012) (DPEES-2012) (DPESE-2012) (MPRO-2010/2013) (MPES-2013) (TRF2-2013) (DPEPR-2012/2014) (TJCE-2014) (MPSC-2014) (DPECE-2014) (DPEGO-2014) (DPEPB-2014) (DPEPA-2015) (MPT-2015) (DPEBA-2010/2016) (DPEMT-2016) (TRF5-2011/2015/2017) (DPU-2015/2017) (TJSC-2017) (DPEAC-2017) (DPEAL-2017) (DPERO-2017) (DPESC-2017) (DPERS-2011/2018) (DPEAM-2011/2013/2018) (MPBA-2010/2015/2018) (DPEPE-2015/2018) (MPPI-2012/2019) (DPEDF-2013/2019) (DPEMG-2009/2014/2019) (DPESP-2009/2010/2012/2013/2015/2019) (MPGO-2019) (MPCE-2020) (MPAP-2021) (DPERJ-2021)
	##Atenção: ##STJ: ##DPEDF-2019: ##CESPE: Tem-se Ação Civil Pública ajuizada pelo Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública Estadual em favor de servidores públicos estaduais e municipais da capital do Estado do Rio de Janeiro, ativos, inativos e pensionistas, da administração pública direta e indireta, que mantêm contratos de abertura de conta-corrente nos bancos réus para receberem sua remuneração mensal e contraem variadas modalidades de empréstimos com amortização mediante retenção das verbas de natureza alimentar depositadas na conta-corrente, o que constituiria cláusula contratual abusiva a ser vedada pelo Judiciário. Mostra-se, assim, correto o v. acórdão estadual ao decretar a carência de ação, por entender que, apesar de se vislumbrar, na hipótese, um grupo determinável de indivíduos, ligados por circunstâncias de fato comuns, já que todos são servidores públicos, ativos, inativos ou pensionistas, e são obrigados a abrir conta-corrente nas instituições bancárias rés indicadas pelo órgão pagador, para recebimento dos vencimentos, proventos ou pensões e outros benefícios, o direito dessas pessoas não pode ser conceituado como coletivo ou individual homogêneo, pois diz respeito a variadas modalidades de empréstimos e seus interesses, e supostos prejuízos são heterogêneos e disponíveis. (...) Agravo interno provido para conhecer do agravo e negar provimento ao recurso especial, mantendo-se a extinção da ação civil pública, sem resolução do mérito. STJ. 4ª T., AgInt no AREsp 197.916/RJ, Rel. Min. Raul Araújo, j. 06/11/18.
	(DPEDF-2019-CESPE): Julgue o próximo item, acerca de direitos do consumidor e da defesa do consumidor em juízo, segundo a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores: Defensoria Pública estadual ou a distrital não têm legitimidade para ajuizar demanda que tutele direitos coletivos quando, apesar da existência de circunstâncias de fato comuns, os interesses e supostos prejuízos forem heterogêneos e disponíveis para os possíveis beneficiários da demanda coletiva. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##DPEAL-2017: ##DPESC-2017: ##DPEPE-2018: ##DPESP-2019: ##CESPE: ##FCC: O direito à educação legitima a propositura da Ação Civil Pública, inclusive pela Defensoria Pública, cuja intervenção, na esfera dos interesses e direitos individuais homogêneos, não se limita às relações de consumo ou à salvaguarda da criança e do idoso. Ao certo, cabe à Defensoria Pública a tutela de qualquer interesse individual homogêneo, coletivo stricto sensu ou difuso, pois sua legitimidade ad causam, no essencial, não se guia pelas características ou perfil do objeto de tutela (= critério objetivo), mas pela natureza ou status dos sujeitos protegidos, concreta ou abstratamente defendidos, os necessitados (= critério subjetivo). STJ, 2ª T., AgInt no REsp 1573481/PE, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 26/04/16.
##Atenção: ##Reperc. Geral/STF - Tema 607: ##DOD: ##TJES-2011: ##DPEDF-2013: ##DPEPR-2014: ##DPESP-2012/2015: ##DPEPA-2015: ##DPEMT-2016: ##DPEAL-2017: ##DPU-2017: ##DPEAM-2018: ##DPEPE-2018: ##TJSC-2019: ##DPERJ-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FMP: ##FGV: A Defensoria Pública tem legitimidade para a propositura de ACP em ordem a promover a tutela judicial de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares, em tese, as pessoas necessitadas. STF. Plenário. RE 733433/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, j. 4/11/15 (Info 806).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPERN-2015: ##DPEMT-2016: ##DPU-2015/2017: ##DPESC-2017: ##PGESE-2017: ##DPEAM-2018: ##DPEPE-2018: ##DPESP-2015/2019: ##TJSC-2019: ##DPEDF-2019: ##DPEMG-2019: ##MPAP-2021: ##CESPE: ##FCC: A Defensoria Pública tem legitimidade para propor ação civil pública em defesa de interesses individuais homogêneos de consumidores idosos que tiveram plano de saúde reajustado em razão da mudança de faixa etária, ainda que os titulares não sejam carentes de recursos econômicos. A atuação primordial da Defensoria Pública, sem dúvida, é a assistência jurídica e a defesa dos necessitados econômicos. Entretanto, também exerce suas atividades em auxílio a necessitados jurídicos, não necessariamente carentes de recursos econômicos. A expressão "necessitados" prevista no art. 134, caput, da CF/88, que qualifica e orienta a atuação da Defensoria Pública, deve ser entendida, no campo da Ação Civil Pública, em sentido amplo. Assim, a Defensoria pode atuar tanto em favor dos carentes de recursos financeiros como também em prol do necessitado organizacional (que são os "hipervulneráveis"). STJ. Corte Especial. EREsp 1.192.577-RS, Rel. Min. Laurita Vaz, j. 21/10/15 (Info 573)
	(TJSC-2019-CESPE): A respeito da defesa do consumidor em juízo, assinale a opção correta: A Defensoria Pública tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa de direitos individuais homogêneos de consumidores idosos, independentemente da comprovação de hipossuficiência econômica dos beneficiários. BL: Info 573, STJ.
(DPEPE-2018-CESPE): A respeito do ajuizamento de ação civil pública pela Defensoria Pública para tutela de defesa de interesses individuais homogêneos de consumidores, assinale a opção correta de acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ: A legitimidade da Defensoria Pública abrange diversas formas de vulnerabilidades sociais, não se limitando à atuação em nome de carente de recursos econômicos. BL: Info 573, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DPEAL-2017: ##DPESC-2017: ##DPERO-2017: ##DPESC-2017: ##DPU-2017: ##DPEAM-2018: ##DPEPE-2018: ##DPERS-2018: ##DPEDF-2019: ##DPEMG-2019: ##CESPE: ##FCC: ##VUNESP: O STF, ao julgar a ADI 3.943/DF, declarou a constitucionalidade do art. 5º, II, da Lei 7.347/85, com redação dada pela Lei 11.448/07, consignando ter a Defensoria Pública legitimidade para propor ação civil pública em defesa de direitos difusos, coletivos, e individuais homogêneos. O STJ, ao interpretar os requisitos legais para a atuação coletiva da Defensoria Pública, encampa exegese ampliativa da condição jurídica de "necessitado", de modo a possibilitar sua atuação em relação aos necessitados jurídicos em geral, não apenas dos hipossuficientes sob o aspecto econômico. Caso concreto que se inclui no conceito apresentado. STJ. 1ª T., AgInt no REsp 1510999/RS, Rel. Min. Regina Helena Costa, j.08/06/17.
##Atenção: ##STJ: ##DPEDF-2013: ##CESPE: O STJ entende que a Defensoria Pública possui legitimidade para ajuizar ACP na defesa de interesses transindividuais de hipossuficientes. O recolhimento das contribuições previdenciárias devidas em razão do trabalho doméstico é da responsabilidade do empregador. STJ. 6ª T., AgRg no REsp 1243163/RS, Rel. Min. Og Fernandes, j. 19/02/13.
	(DPEDF-2013-CESPE): No que se refere à ACP, julgue o item seguinte à luz do entendimento do STJ: A DP tem legitimidade para ajuizar ACP para discutir a responsabilidade pelo recolhimento de contribuições previdenciárias devidas em razão do desempenho de trabalho doméstico, por se tratar de defesa de interesses transindividuais de categoria presumidamente hipossuficiente. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STF: ##DOD: ##DPEPA-2015: ##DPESP-2015: ##DPEBA-2016: ##DPEMT-2016: ##DPEAL-2017: ##DPESC-2017: ##DPU-2017: ##DPEPE-2015/2018: ##DPEAM-2018: ##DPERS-2018: ##TJSC-2019: ##DPEDF-2019: ##DPEMG-2019: ##MPCE-2020: ##DPERJ-2021: ##CESPE: ##FCC: ##FGV: ##FMP: A Defensoria Pública pode propor ACP na defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos. É constitucional a Lei 11.448/07, que alterou a Lei 7.347/85, prevendo a Defensoria como um dos legitimados para propor ACP. STF. Plenário. ADI 3943/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 6 e 7/5/15 (Info 784).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##DPEES-2009: ##MPMT-2014: ##DPEAL-2017: ##TRF5-2017: ##TJMT-2018: ##CESPE: ##VUNESP: A jurisprudência do STJ está firmada no sentido da viabilidade, no âmbito da Lei 7.347/85 e da Lei 6.938/81, de cumulação de obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar na reparação integral do meio ambiente (REsp 1.145.083/MG, Rel. Ministro Herman Benjamin, 2ª T., DJe 4.9.12). Além disso, para o STJ, na hipótese de ação civil pública proposta em razão de dano ambiental, é possível que a sentença condenatória imponha ao responsável, cumulativamente, as obrigações de recompor o meio ambiente degradado e de pagar quantia em dinheiro a título de compensação por dano moral coletivo. STJ. 2ª T. REsp 1328753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 28/5/13 (Info 526).
##Atenção: ##STJ: ##DPESP-2013: ##DPEPR-2012/2014: ##DPEGO-2014: ##DPERJ-2021: ##FCC: ##FGV: É imperioso reiterar, conforme precedentes do STJ, que a legitimatio ad causam da Defensoria Pública para intentar ação civil pública na defesa de interesses transindividuais de hipossuficientes é reconhecida antes mesmo do advento da Lei 11.448⁄07, dada a relevância social (e jurídica) do direito que se pretende tutelar e do próprio fim do ordenamento jurídico brasileiro: assegurar a dignidade da pessoa humana, entendida como núcleo central dos direitos fundamentais. STJ. 1ª T., REsp 1.106.515⁄MG, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, DJe 2⁄2⁄11. Portanto, antes da alteração dos legitimados da ACP, a Defensoria Pública já era legitimada para atuar na tutela coletiva. Acerca do tema, Hugo Mazzilli (2010, p. 312), explica que a Defensoria Pública já era parte legítima para propor ações civis públicas ou coletivas, mesmo antes da Lei nº 11.448/07, diante da permissão concedida pelo art. 82, III, do CDC, principalmente por ser órgão público destinado a exercer defesa dos necessitados (CR, arts. 134 e 5º, LXXIV).
	Parte superior do formulário(DPESC-2017-FCC): No plano legislativo, o primeiro diploma a atribuir expressamente legitimidade à Defensoria Pública para a propositura de ação civil pública foi a Lei 11.448/07. BL: art. 5º, II, LACP.
Parte inferior do formulário
##Atenção: A cronologia relativa à legitimidade da Defensoria Pública é a seguinte: 1º) Lei 11.448/07 altera a lei que disciplina a Ação Civil Pública (Lei 7.347/85), incluindo, de forma expressa, a instituição no rol de legitimados para o exercício da ACP; 2º) LC 132/2009 altera LONDP (LC 80/94) prevendo a legitimidade da DP para ajuizar ACP; e 3º) Emenda Constitucional nº 80/14 prevê a atuação da DP na tutela coletiva.
(TJMT-2009-VUNESP): Tem legitimidade para propositura de Ação Civil Pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente: a Defensoria Pública. BL: art. 5º, II, LACP. 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). (PGESP-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TRF5-2011) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (MPES-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (TJCE-2014) (TJRJ-2014) (MPDFT-2013) (MPSC-2014) (MPT-2015) (PGEPR-2015) (DPEBA-2016) (TJSC-2017) (MPBA-2015/2018) (MPGO-2019) (MPPI-2019) (DPEDF-2019) (DPESP-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: O Município tem legitimidade ad causam para ajuizar ACP em defesa de direitos consumeristas questionando a cobrança de tarifas bancárias. Em relação ao MP e aos entes políticos, que têm como finalidades institucionais a proteção de valores fundamentais, como a defesa coletiva dos consumidores, não se exige pertinência temática e representatividade adequada. STJ. 3ª T. REsp 1.509.586-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 15/5/18 (Info 626).
	(TJSP-2008-VUNESP): Sendo sabido que a Constituição Federal e a Constituição Estadual estabelecem normas sobre direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, assinale a alternativa correta. O próprio Município, a União e os Estados podem propor ação civil pública de responsabilidade de particular ou de ente público por danos causados ao meio ambiente, embora sabido que o MP é a instituição que mais toma a iniciativa sobre o caso. BL: art. 5º, III, LACP (CPC).
(TJMS-2008-FGV): Tomando em consideração a legitimidade ativa e a causa de pedir, bem como a jurisprudência do STJ, a Ação Civil Pública poderá ser legitimamente ajuizada nos termos da Lei 7347/85 pelo Procurador Geral do Município, tendo por causa de pedir relativa à proteção do consumidor. BL: art. 5º, III, LACP
##Atenção: Por força constitucional, é dever do Estado a tutela do consumidor, tanto administrativamente, por meio dos Procons, quanto judicialmente. Extrai-se tal dever da regra inscrita no art. 5º, XXII da CF. Além disso, um dos princípios gerais da atividade econômica, prevista no art. 170, V da CF, é a defesa do consumidor. Deixe-se claro que a expressão “Estado” engloba todas as esferas do federalismo brasileiro, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Dentre os legitimados a propor ACP, estão os Municípios que, por óbvio, são representados por seus Procuradores Municipais.
IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007). (MPRN-2009) (DPEAL-2009) (MPRO-2010) (MPSE-2010) (TRF5-2011) (TJPA-2012) (MPTO-2012) (DPESE-2012) (TJRN-2013) (MPES-2013) (MPMS-2013) (MPSP-2013) (DPEAM-2013) (TRF2-2013) (TJRJ-2014) (MPSC-2014) (DPEMS-2014) (TJPB-2015) (MPT-2015) (DPEBA-2016) (MPPR-2012/2017) (TJSC-2017) (MPBA-2015/2018) (MPMG-2018) (MPGO-2019) (DPEDF-2019) (DPESP-2019)
	(DPERJ-2021-FGV): Sobre a legitimidade ativa para ações coletivas no direito brasileiro, é correto afirmar que: as empresas públicas e as sociedades de economia mista têm legitimidade ativa para a ação civil pública. BL: art. 5º, IV, LACP.
(TJSC-2017-FCC): Lavrado Auto de Infração Ambiental por supressão ilegal de vegetação nativa em área de preservação permanente, aplicou-se pena de multa, que foi adimplida pelo autuado. A Administração Pública, neste caso, deverá noticiar o fato aos órgãos competentes (MP e Polícia Civil) para verificar eventual prática de crime ambiental e buscar, administrativamente ou por meio do Poder Judiciário, a reparação do dano ambiental. BL: art. 129, I[footnoteRef:4] c/c art. 225, §3º CF e art. 5º, III e IV[footnoteRef:5], LACP. (amb.) [4: Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; (...)] [5: Art. 225. (...). § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.] 
(TJSE-2015-FCC): Determinada empresa pública do Estado

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