Buscar

TAT Teste de Apercepcao tematica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Teste de Apercepção Temática (TAT)
Histórico
TAT foi desenvolvido pelos psicólogos americanos Henry A. Murray e Christiana D. Morgan em Harvard na década de 1930 para explorar a dinâmica da personalidade que subjaz aos comportamentos manifestos, como os conflitos internos, impulsos dominantes, interesses e motivos.
Após a II GM, o TAT foi amplamente adotado pelos psicanalistas e pelos psicólogos clínicos para avaliar pacientes emocionalmente comprometidos.
Posteriormente, na década de 1970, o Movimento pelo Potencial Humano encorajou os psicólogos a empregarem 
o TAT para auxiliar seus clientes a obter uma melhor compreensão de si mesmos de modo a estimular seu crescimento pessoal.
Henry A. Murray completou em Harvard o curso de História e uma década depois formou-se em medicina e biologia na Universidade de Columbia. Em Cambridge obteve seu PhD em bioquímica, e em função do seu amplo conhecimento da metodologia junguiana da psicologia analítica tornou-se responsável pela Psicologia Clínica de Harvard onde foi diretor de 1928 – 1937. 
Também dirigiu um programa para investigar os elementos constituintes da personalidade (e.g. emoções, preferências, tendências comportamentais e características das relações interpessoais), cujos resultados foram publicados em 1938. Também foi fundador da Sociedade Psicanalítica de Boston.
Em 1938, Murray foi recrutado pelas forças armadas americanas para criar o perfil psicológico de Adolph Hitler. Saiu de Harvard temporariamente para trabalhar com as agências americanas de inteligência na II GM investigando a adequação psicológica de seus agentes. 
Voltou para Harvard como professor palestrante em 1947 e Catedrático em Psicologia Clínica em 1951. De 1948 a 1952 trabalhou com colaboradores no desenvolvimento do Teste de Apercepção Temática, um teste projetivo usado para avaliar a personalidade individual e a auto-compreensão, empregado em vários estudos sobre personalidade e motivação e amplamente usado até hoje. 
Foi uma figura central no Departamento Interdisciplinar de relações Sociais (posteriormente transformado em Departamento de Psicologia. Defendeu fortemente a pesquisa da personalidade a qual incorporou múltiplos métodos para capturar as muitas facetas individuais possíveis.. Foi muito influente entre seus colaboradores e alunos e se aposentou em1962. 
Em 1976, o Arquivo de Pesquisa de Henry A. Murray foi fundado na Faculdade Radcliffe para homenagear seus princípios multidisciplinares e seu trabalho sobre teoria da personalidade, sempre atualizado e utilizado por pesquisadores que buscam informações em ciências sociais, ciências políticas, economia, psicologia, sociologia e desenvolvimento humano. 
Atualmente, o TAT está entre os testes projetivos verbais mais utilizados, pesquisados e ensinados mundialmente. Seus partidários alegam que ele é capaz de fornecer informações relevantes acerca do inconsciente subjetivo, revelando aspectos reprimidos da personalidade, motivos e necessidades (como poder, realização, intimidade) e capacidade de solucionar situações-problema (recrutamento e administração adequada dos recursos internos).
O TAT é popularmente conhecido como uma técnica de interpretaçãográfica, uma vez que emprega uma série de figuras padronizadas provocativas e ainda assim ambíguas, sobre as quais o examinando deve contar uma estória. 
Na maioria dos países a aplicação consiste em solicitar ao examinando – adultos ou adolescentes – que relatem uma estória para cada figura, contendo:
 O que levou à situação retratada?
 O que está acontecendo no momento?
 O que as personagens estão pensando e sentindo? 
 Qual o desfecho da estória? 
Ou seja, pode ser usado em indivíduos com capacidade dentro da média, sendo pedido que o sujeito conte uma estória que inclua o que aconteceu antes e o que acontecerá depois da cena representada e relate os sentimentos e pensamentos de cada personagem ao longo da estória, não deixando de encorajá-lo a dar um desfecho.
As 30 lâminas (pranchas ou cartões) são usadas em duas séries de 15 figuras. Porém, os estímulos da segunda série são propositalmente mais dramáticos, incomuns e bizarros. O tempo de administração sugerido é de uma hora para cada série com um ou dois dias de intervalo.
Várias lâminas foram criadas para gerar identificação gênero e/ou idade. Onze lâminas são consideradas universais (incluindo a branca), servem para ambos os sexos e todas as idades, pois tem ou não pessoas, tem pessoas de ambos os sexos ou indivíduos sem definição de gênero. Há no total 30 pranchas.
Murray percebeu uma diferença significativa nas estórias contadas por pessoas bem e mal sucedidas na vida (com recursos adaptativos mais ou menos desenvolvidos e adequados a sua fase desenvolvimental). 
Diante de um mesmo estímulo, os primeiros narravam estórias otimistas, com metas estruturadas e objetivos mais consistentes, enquanto os segundos duvidavam de seus objetivos ou nem sequer os apresentavam, além de se mostrarem pessimistas nos desfechos propostos para suas estórias.
Já a estória contada pelos sujeitos bem sucedidos é:
“Essa é a estória de um menino que quer tocar violino. 
É um desafio e tanto dominar um instrumento como esse, mas ele está determinado, nem que seja nota à nota. Ele já se imagina tocando para uma plateia que o escuta com atenção e admiração, fazendo concertos pelo mundo inteiro, recebendo muitos aplausos.
Por exemplo, ao mostrar a prancha 1 para pessoas mal sucedidas, elas normalmente contavam uma estória com os seguintes elementos:
“Essa é a estória de um garoto que está muito chateado, ele está se esforçando para aprender violino, mas não consegue. É muito difícil para ele. Ele já está irritado e vai falar com a mãe e o pai dele que não quer mais ter aulas de violino. Ele está se sentindo frustrado porque tenta e não consegue. Está muito desanimado com essa coisa toda.” 
Pensamento e Comportamento
Ao comparar as estórias, Murray percebeu uma ligação entre o mundo interior e o exterior do sujeito. Postulou uma ligação direta e observável entre pensamento e comportamento: aquilo que pensamos tende a se concretizar em ações. Assim trazemos nosso mundo interior diretamente para o exterior, através do discurso/ narrativa. 
Desta pesquisa, incluindo a análise do conteúdo, Murray (1938) desenvolveu uma lista de necessidades psicológicas que levavam a certos traços de personalidade, relevantes ao estudo da motivação e personalidade. Cada uma dessas necessidades resulta em uma tendência para se comportar de um modo característico:
Realização - Uma pessoa que age a partir desta necessidade se esforça para realizar algo difícil, fazer algo pela primeira vez, se destacar dos demais. Tal uma pessoa tende a ser um empresário ou trabalhar por conta própria. Ele ou ela gosta de ser medido por seus resultados.
Afiliação - Esta pessoa busca desenvolver relações íntimas com outros. Para essa pessoa é importante ser um amigo leal ou empregado. Ele ou ela prefere trabalhar em um grupo e gosta de formar relações íntimas com colegas de trabalho e se identifica com o trabalho do grupo.
Agressão - A tendência para atacar, ferir, ou punir os outros - superar a oposição vigorosamente - caracteriza uma pessoa com esta necessidade. Este indivíduo busca oportunidades para vencer competições e fazer com que os rivais pareçam ruins.
Ajuda/ autonomia - Agir independentemente e se livrar de impedimentos é a meta das pessoas com uma necessidade alta de autonomia. Eles querem estar no controle dos seus trabalhos ou de suas áreas de responsabilidade, e querem ter total responsabilidade pelos resultados. Podem ser empregados como gerentes de filiais, representantes de campo, consultores, e em pesquisa e trabalho de desenvolvimento. Por causa de sua aversão por supervisão estreita, muitos preferem ser autônomos.
Dominância - Pessoas com uma necessidade elevada de domínio tentam controlar os ambientes humanos. Tentam influenciar outros para aceitar sua forma depensamento, frequentemente através de métodos fortes. Eles se oferecerão ou tentarão liderar eventos grupais. Tais pessoas podem tentar manipular outros em vantagem própria.
Desvelo - A meta deste tipo de pessoa é deixar uma impressão nos demais - ser notado, excitar, entreter, ou extrair uma reação dos outros. Uma pessoa com esta necessidade fortalecida vai se dedicar à autopromoção. Se for emocionalmente imatura, se tornará o "bobo da corte" ou a “vida da festa. " 
Passividade - São pessoas que se tendem a se submeter aos outros por apatia ou inércia. Gozam de quietude, relaxamento, do sono.
Autoagressão – Tendência recriminar-se criticar-se ou despreza-se se por cometer erros, agir tolamente ou erroneamente. Sofrer de sentimentos de inferioridade culpa remorso. Punir-se fisicamente cometer suicídio.
Sexo- Buscar e desfrutar da companhia de pessoas para relacionamento afetivo/ sexual. Ter relações sexuais, apaixonar-se, casar. 
Degradação - Pessoas com uma necessidade de submeter-se à coerção ou imposições para evitar repreensões, punição, dor e morte. Sofrer uma pressão desagradável (insulto, injúria, malogro) sem fazer oposição. Confessar, desculpar-se, prometer fazer melhor, expiar, reformar-se. Render-se passivamente as condições difíceis de serem suportadas. Masoquismo. 
Outras necessidades são: afiliação, aquisição, autojustificação, autonomia, criação, deferência, exibição, hedonismo, reconhecimento etc. 
Referência: Murray, H.A. (1938) Explorations in Personality. New York: Oxford University Press
Sistemas de Pontuação
A avaliação é realizada a partir do material subjetivo projetado sobre o estímulo provocado pelas imagens ambíguas. Logo, uma avaliação deve incluir a análise cuidadosa de cada estória criada pelo sujeito, de modo a revelar suas necessidades, atitudes e padrões de reação subliminares. Foram criados diferentes métodos de pontuação e interpretação para a análise sistemática e consistente do TAT. Os dois métodos mais comumente empregados internacionalmente são:
O Manual de Mecanismos de Defesa (DMM). Busca mensurar três mecanismos de defesa básicos: negação (menos amadurecido), projeção (intermediário), e identificação (mais amadurecido, recursos adaptativos mais adequados à idade, fase de desenvolvimento, estímulos recebidos, etc). 
Escala de Cognição Social e Relações Objetais (SCOR). Avalia quatro dimensões diferentes de relações objetais: Complexidade das Representações das Pessoas, Tom Afetivo dos Modos de Relação, Capacidade para Investimento Emocional nas Relações e Padrões Morais, e Compreensão de Causalidade Social. 
Análise do TAT - Murray
 
Análise Formal - Deve-se observar a realização dos seguintes tópicos:
 
I. Execução da tarefa;
 
Quando a pessoa produz uma estória com facilidade é porque a temática não é geradora de ansiedade, ou seja, não está vinculada às dificuldades emocionais do sujeito. Entretanto, quando falta um segmento, ou não se sabe o início da estória ou o final, ocorre o contrário: o impasse diante do desenvolvimento da temática é sempre de ordem emocional, especialmente se houve facilidade no desenvolvimento das demais pranchas.
 
Descrições objetivas do tema indicam que a pessoa está se defendendo, evitando se envolver com a temática proposta.
O aplicador sabe se o aplicando está organizando adequadamente os pensamentos segundo sua formação, pois a aplicação do teste sempre ocorre após entrevistas, que conferem ao aplicador informações sobre a história de vida do indivíduo e permitem a avaliação de sua inteligência divergente (criatividade) e convergente (lógica), da sua capacidade de produzir insights, etc.
 
O completamento da tarefa exige que a estória contada apresente início, meio e fim. Quando isso acontece, conclui-se que aquele estímulo não provoca ansiedade desorganizadora. 
II . Adequação da estória à prancha.
Os temas discutidos nas pranchas foram citados na aula anterior. O avaliando deve ter uma percepção objetiva, enxergar o que de fato se mostra. Quando isso não acontece é porque ocorre uma distorção da realidade; a prancha evoca o envolvimento com os conteúdos internos. Devemos sempre lembrar que a percepção é subjetiva.
III. Estilo da narrativa.
O estilo fala não apenas da maneira como cada um de nós aborda as situações, mas fala também de alguns interesses: romântico, rebuscado, irônico, poético, etc.
	O esquizoide normalmente se comunica por frases curtas.
IV. Organização do pensamento.
É preciso haver coerência entre os diferentes momentos da estória. Podem ocorrer mecanismos de fuga. O desfecho incoerente tem a ver com os recursos que o sujeito se utiliza para resolver seus conflitos.
V. Acréscimo ou omissão de elementos. 
A omissão ou o acréscimo são sempre determinados de maneira inconsciente e estão ligados a elementos ansiogênicos.
2. Análise do Conteúdo : sempre que contamos uma estória, ela apresenta um elemento central, a principal figura da trama – O Herói. O herói não é necessariamente bom. O narrador costuma atribuir ao herói suas características pessoais.
 
1. Identificação do herói.
 
a. De modo geral, o herói é um dos personagens que aparece na figura.
b. De modo geral, o herói é um dos personagens do mesmo sexo do narrador, da mesma idade, com características similares.
 
No caso de existirem conteúdos ansiogênicos estimulados por um determinado tema, é comum o analisando situar o herói fora da prancha. A estória normalmente se desenrola em locais estranhos ao examinando. 
No geral, a estória é sempre contada do ponto de vista do herói.
Uma vez identificado o herói, é preciso conhecer o que ele sente, como se percebe, e que necessidades ele tem.
2. Sentimentos e estados emocionais. Qual o estado emocional do herói?
3. Necessidades do Herói.
4. Pressão Ambiental - Normalmente o herói está interagindo com outros elementos da cena. Esta ação do meio sobre o herói é conhecida como pressão ambiental.
	
5. Desfecho da estória - É muito comum que entre o herói e o meio se estabeleça um conflito.
 
É preciso identificar como o herói se propõe a resolver o conflito; o comportamento do herói frente ao conflito, frente às pressões ambientais. A sua forma de proceder que determina o desfecho da estória.
 
O herói forte é aquele que através de sua ação faz com que a estória tenha um final feliz, o que indica pessoas bem organizadas. O final é feliz quando as necessidades do narrador são atendidas.
Os finais infelizes correspondem à fragilidade inerente ao estado emocional do narrador. O final infeliz é aquele em que o herói não realiza o seu intento.
Podem ocorrer soluções mágicas, soluções de compromisso (condicionais), a felicidade fica condicionada a abrir mão de outra necessidade.
6. Catexias – as catexias são os investimentos afetivos do herói por sobre os objetos, podendo aproximá-los (catexias positivas) ou afastá-los (catexias negativas).
Ao analisar cada estória é preciso identificar os objetos, os investimentos positivos e os negativos.
O bom diagnóstico é aquele que fundamenta a estrutura e a dinâmica do indivíduo, observando sua forma de construir narrativas e projetar conteúdos inconscientes.

Continue navegando