Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 IPTU AVANÇADO INSTRUTORA: DRA. JULIANA FERNANDINO COSTA Consultora nos setores de Gestão do Solo Urbano e de Tributos Municipais em vários municípios do Estado de Minas Gerais. É palestrante, especialista em Direito Tributário e em Direito Urbanístico. Atua principalmente no diagnóstico das receitas municipais e na elaboração de legislações e planos de intervenção para o aumento da arrecadação própria dos municípios. 2 3 PARA REFLETIR “É PATENTE A NECESSIDADE DOS MUNICÍPIOS, SEJA DE QUE PORTE FOREM, DE ENFRENTAREM, COM RESPONSABILIDADE E CORAGEM, A FISCALIZAÇÃO DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS. JÁ NÃO É MAIS UMA QUESTÃO DE ESCOLHA, MAS SIM DE PROVÁVEL REPREENSÃO DOS GESTORES PÚBLICOS, PELA RENÚNCIA DE RECEITA. POR OUTRO LADO, QUALQUER MUNICÍPIO QUE TEM FRACA FISCALIZAÇÃO, TEM RECEITA MUNICIPAL DESPREZADA. ISSO REFLETE NOS SERVIÇOS QUE O GESTOR TEM A POSSIBILIDADE DE DISPOR PARA OS MUNICÍPES. É PRECISO DIMINUIR A DEPENDÊNCIA DAS TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS.” Juliana Fernandino Costa 4 QUER FICAR POR DENTRO DE TUDO O QUE ACONTECE NO MUNDO DO DIREITO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL? SIGA ESSES PASSOS: 1. Siga a Pauta no FACEBOOK e no INSTAGRAM e participe dos nossos sorteios. 2. Cadastre nosso WHATTSAPP 31-99650-4700 e receba as dicas semanais de fiscalização. 3. As dicas também são enviadas por e-mail, vá até a Caixa de Spam e avise que a Pauta “NÃO É SPAM”. Somos dicas valiosas para o aumento da arrecadação municipal. 4. Participe dos nossos grupos de debates e trocas de experiências de alunos. Os grupos de WHATTSAPP são divididos nos seguintes temas: Tributos, Regularização Fundiária, Obras e Posturas e Licitação. 5. Inscreva-se no nosso canal do YOUTUBE e confira as dicas da Dra. Juliana. 6. Confira os textos publicados pela Dra. Juliana no JUSBRASIL. 7. E O MAIS IMPORTANTE, PARTICIPE DOS CURSOS. NOSSA PROGRAMAÇÃO ESTÁ NO SITE WWW.PAUTAMUNICIPAL.COM.BR. http://www.pautamunicipal.com.br/ 5 6 SUMÁRIO IPTU – AS POSSIBILIDADES DE AUMENTO DE RECEITA ............................................................ 8 O CRITÉRIO FINALÍSTICO DO IMÓVEL PARA A DEFINIÇÃO DE COBRANÇA DO IPTU ...... 9 ZONA URBANA – ZONA RURAL ...................................................................................................... 10 CONVERSÃO DE ZONA RURAL EM ZONA URBANA .................................................................. 13 STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp 191311 SP 1998/0075224-2 (STJ) ....................................................................................................................... 19 TJ-SC - Apelação Cível AC 424957 SC 2007.042495-7 (TJ-SC) ......................................................... 20 A BASE DE CÁLCULO DO IPTU ...................................................................................................... 22 O QUE É A PLANTA GENÉRICA DE VALORES? ............................................................................ 22 O QUE É CADASTRO? ....................................................................................................................... 26 RECADASTRAMENTO IMOBILIÁRIO ......................................................................................... 28 PREENCHENDO O BOLETIM DE CADASTRO IMOBILIÁRIO ..................................................... 33 AS REFERÊNCIAS CADASTRAIS ...................................................................................................... 34 GERAÇÃO DO BANCO DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA ................................. 35 AS INFORMAÇÕES ............................................................................................................................. 35 A PLANTA GENÉRICA DE VALORES – PASSO A PASSO .............................................................. 35 MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO EM MASSA – PLANTA DE VALORES GENÉRICOS ................. 36 VALOR DO TERRENO ....................................................................................................................... 38 DA COLETA DE DADOS .................................................................................................................... 38 PLANTA GENÉRICA DE VALORES COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO .......................... 38 ENTENDENDO A BASE DE CÁLCULO DO IPTU – CASO PRÁTICO.......................................... 40 PLANTA GENÉRICA DE VALORES .................................................................................................. 40 TABELA I .......................................................................................................................................... 40 PREÇOS DE M² DE TERRENOS .................................................................................................... 40 TABELA II ........................................................................................................................................ 46 FATORES CORRETIVOS DE TERRENO ...................................................................................... 46 TABELA III ....................................................................................................................................... 50 ZONAS FISCAIS ............................................................................................................................... 50 TABELA IV ....................................................................................................................................... 55 PREÇO DAS CONSTRUÇÕES E CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO .............................................. 55 7 RESIDÊNCIA/COMÉRCIO/PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS POR ZONA FISCAL ..................... 55 TABELA VI ....................................................................................................................................... 63 FÓRMULA DE CÁLCULO DO IPTU ............................................................................................ 63 10 ANOS DE EXCELÊNCIA EM ASSESSORIAS E CURSOS ...................................... 65 8 IPTU – AS POSSIBILIDADES DE AUMENTO DE RECEITA Tradicionalmente, pequenos municípios costumavam não dar a devida importância à questão da tributação imobiliária. Questões políticas faziam ou ainda fazem com que muitos destes municípios optem por isentar a população ou minorar os valores dos tributos, especialmente do imposto territorial, pouco interessante do ponto de vista eleitoral, uma vez que, no passado, estes municípios viviam tranquilamente com os repasses federais e estaduais. MAS ESTA REALIDADE MUDOU. A receita dos tributos locais sempre foi muito pequena frente às transferências intergovernamentais, onde se destacam o FPM - Fundo de Participação dos Municípios - e o repasse de arrecadação do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços. Para que, então, criar uma impopularidade, mexendo num tributo (IPTU) com reflexo pequeno em toda a arrecadação do município? NO ENTANTO, NÃO MAIS HÁ COMO OS MUNICÍPIOS VIVEREM SEM QUE IMPLEMENTEM RECEITAS PRÓPRIAS. Além disto, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, os municípios que não zelarem por sua receita própria não poderão receber transferências voluntárias, ou seja, receitas oriundas do governo federal e estadual sem ônus para a municipalidade, fato que está começando a ser cobrado dos pequenos municípios pela Promotoria Pública. Não é raro municípios receberem ofícios do Ministério Público, solicitando informações sobre a cobrança da dívida ativa, sobre a Planta Genérica de Valores, etc. Portanto a importância da implantação e manutenção dos cadastros imobiliários urbanos, com a implantação de uma Planta Genérica de Valores minimamente coerente e eficiente, começa a ser compreendida também pelos administradoresde pequenos municípios. O que também incentiva a utilização de processos mais efetivos de tributação municipal é a Lei 10.257/01, o Estatuto da Cidade, que denota a responsabilidade do gestor que não cobra corretamente o Imposto Predial e Territorial Urbano. Muitos municípios de médio porte e praticamente todos os de grande porte já possuem sistemas cadastrais em funcionamento, embora muitos deles sejam precários ou ineficientes. 9 Os pequenos municípios, mais carentes de recursos, necessitam de apoio técnico e de estudos voltados especificamente para o desenvolvimento de sistemas mais simples, que considerem a estrutura existente (carente tanto em termos de recursos humanos como de ambiente computacional). Hoje, a arrecadação do IPTU e do ITBI constitui importante fonte de recursos próprios, fundamental para a manutenção, operação e planejamento da máquina administrativa dos municípios. A base de cálculo destes impostos é o valor venal dos imóveis, que por sua vez são derivados do valor de mercado. Muito embora, jurisprudencialmente, exista diferenciação sobre a base de cálculo destes tributos. O CRITÉRIO FINALÍSTICO DO IMÓVEL PARA A DEFINIÇÃO DE COBRANÇA DO IPTU Da análise do parágrafo primeiro do artigo 32 do Código Tributário Nacional, emerge que o município tem autonomia para definir os limites da zona urbana em legislação específica, obedecendo-se ao requisito mínimo de se ter no local pelo menos dois dos melhoramentos dispostos nos incisos, quais sejam: meio-fio ou calçamento com canalização de águas pluviais; abastecimento de água; sistema de esgotos sanitários; rede de iluminação pública, com ou sem postes para distribuição aos domicílios; e escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de três quilômetros do local. Ocorre que da leitura do §2º, vê-se que é possível considerar urbanas as áreas de expansão urbana ou urbanizáveis, mesmo que localizadas fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior. Senão vejamos a redação, in verbis: “§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.” 10 ZONA URBANA – ZONA RURAL Segundo o professor José Afonso da Silva, o zoneamento consiste na repartição do território municipal de acordo com a destinação da terra, o uso do solo ou as características arquitetônicas. Sob o primeiro aspecto, dividimos o território do Município em zona urbana, zonas de expansão urbana, zona de urbanização especifica e zona rural. O segundo aspecto divide o território do Município em zonas de uso do solo. Já o terceiro fixa as características que as construções deverão ter em cada zona1. Zona urbana é constituída por imóveis destinados a fins urbanos. Entende-se por fins urbanos os destinados a uso (residencial, comercial, de lazer, industrial- exceto agroindústria - e extrativas minerais), dotados ou não de equipamentos urbanos. A zona rural, por sua vez, é constituída por imóveis destinados a fins rurais. A Lei Federal nº 4.504/64 (Estatuto da Terra), no artigo 4º, inciso I, e o Decreto Federal nº 59.428/66, que regulamenta o Estatuto da Terra, define eu seu artigo 93 o imóvel rural como sendo o prédio rústico de área contínua, localizado em perímetro urbano ou rural dos Municípios, que se destine a exploração extrativa, agrícola, pecuária ou agroindustrial, através de planos púbicos ou particulares de valoração. Fins urbanos são os que se obtêm por exclusão, já que o ordenamento jurídico só indica os rurais. Tudo aquilo que não está inserido no conceito de imóvel rural, é considerado como imóvel urbano. A Lei Federal nº 8.629/93 (Lei de Reforma Agrária) manteve o conceito de imóvel rural, como sendo o prédio rústico de área contínua, qualquer que seja a sua localização, que se destine ou possa se destinar à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal, florestal ou agroindustrial. Segundo o Professor Toshio Mukai, “tem se concluído daí, por exclusão que os imóveis não enquadrados nessas características, independente de sua localização, se no meio urbano ou rural, são urbanos. Na sistemática legal brasileira, o critério 1 José Afonso da Silva. Direito Urbanístico Brasileiro. Editora Malheiros. 11 geotopográfico, como diferenciador da divisão dos imóveis em rurais ou urbanos, cede lugar ao critério teleológico ou finalístico”2. Uma lei municipal deve declarar áreas municipais como zonas de expansão urbana destinadas à habitação, à indústria, à indústria extrativa mineral, ao lazer ou ao comércio, mesmo que fora dos critérios definidos no §1º, do artigo 32, do Código Tributário Nacional, POR SE TRATAR ESTAS ÁREAS DE USO URBANO. O parcelamento para fins urbanos é o que se destina à urbanização, edificação e ocupação, com a finalidade de habitação, indústria (inclusive extrativa mineral), lazer ou comércio, enquanto parcelamento para fins rurais é o que se destina à exploração econômica da terra – agrícola, pecuária, extrativa vegetal ou agroindustrial. Portanto, O CRITÉRIO FINALÍSTICO SE SOBREPÕE. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas de expansão urbana (ou de urbanização específica), assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal (artigo 3º, Lei Federal nº 6.766/79). Não é possível, portanto, o parcelamento para fins urbanos de zona rural. Também não é mais possível que se admita tratar como zona urbana conglomerados urbanos (o que chamamos hoje de Distritos Rurais, Comunidades Rurais, Chacreamentos Rurais ou glebas onde funcionem atividades tipicamente urbanas (comércio, indústria - inclusive extrativa mineral - atividades de lazer, de prestação de serviços diversos) O artigo 14, do Decreto-lei nº57/66, incluiu as chácaras ou sítios de recreio, em zona rural, na competência tributária do Município. Todavia este artigo foi expressamente revogado pelo artigo 12, da Lei Federal nº 5.868/73, veja, anterior a lei 6.766/79. A lei federal nº 6.766/79 chamou para si e unicamente para si a disciplina relativa ao pedido, aprovação, registro e execução dos parcelamentos para fins urbanos. Assim, as zonas rurais, por exclusão, não podem servir para a implantação de parcelamentos destinados a fins urbanísticos. Sobre a ilegalidade dos sítios de recreio em imóveis qualificados como de destinação rural, não é outro o entendimento jurisprudencial a respeito: 2 Toshio Mukai. Alaor Caffé Alves. Paulo José Villela Lomar. Loteamentos e Desmembramentos Urbanos. Editora Sugestões Literárias S.A. 12 Ação Civil Pública – Loteamento Clandestino de imóvel rural de fins urbanos – Sítio de Recreio. (...) Parcelamento do solo para fins urbanos – Aplicação da Lei 6.766/79 a imóveis rurais. Importante verificar a finalidade do imóvel. Hipótese em que estão configurados os usos urbanos do imóvel rural. (...) Obrigação de fazer. Devida. Condenação dos réus em regularizar o empreendimento, no prazo de dois anos, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00. (Ação Civil Pública promovida pelo Ministério Público – Apelação nº9256425-32.2008.8.26.0000 – TJSP) Não bastasse isso, a Lei Federal nº 5.868/72, portanto posterior ao Decreto Federal nº 62.504/68, estabeleceu que para fins de transmissão, a qualquer título, na forma do artigo 65 da Lei Federal nº 6.504/68, nenhum imóvel rural poderá ser desmembrado ou dividido em área de tamanho inferior à do módulo calculado para o imóvel ou da fração mínima de parcelamento. Nesse contexto, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região decidiu que embora o Decreto Federal nº 62.504/68, em seu artigo 4º, trata da autorização do INCRApara a efetivação de desmembramentos, a Lei Federal nº 5.868/72, artigo 8º, caput, e §3º, destaca o conceito de fração mínima de parcelamento, demonstrando a nulidade dos desmembramentos dos imóveis rurais abaixo das extensões correspondentes ao módulo rural ou à fração mínima3. O parcelamento do solo (loteamento e desmembramento) para fins urbanos (residência, comércio, indústria, lazer, serviços e instituições) passou a ser integralmente regido pela Lei Federal nº 6.766/79, tal como constou do seu artigo 1º: “O parcelamento do solo para fins urbanos será regido por esta Lei.” E o seu artigo 3º estabelece que “somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal”. Se o Município pretende que atividades urbanas (restaurantes, hotéis, residências, lojas, padarias, lanchonetes, postos de combustíveis, oficinas mecânicas, minerações, etc) sejam licenciado, inclusive autorizados a funcionamento, deve transformar a zona rural em zona urbana, de acordo com os critérios definidos na legislação de regência. É completamente desarrazoado e patentemente ilegal que o Município licencie e autorize o funcionamento de uma atividade tipicamente urbana (posto de combustível, colégio, lanchonete, indústria, mineração, chácaras de lazer, etc) 3 Apelação Civel nº213786 PB (2000.05.00020450-8). TRF 5ª Região Relator Desembargador Frederico Azevedo 24.10.02 13 em zona rural. Fazendo isso o Município está afrontando leis federais e a própria lógica da ordenação do solo urbano – que é de sua competência). É preciso que os Municípios adequem-se imediatamente e transformem em zona urbana os locais onde já acontecem atividades tipicamente urbanas. Isto é de absoluta competência municipal e caberá ao INCRA proceder a alteração dos cadastros, emitindo a respectiva certidão. A competência do Município para tratar desse assunto, é absoluta, mas a forma como o Poder Público define o zoneamento urbano é por lei, atendendo aos requisitos do artigo 42-B, do Estatuto da Cidade e o artigo 32, do Código Tributário Nacional. Importante destacar que quanto aos Municípios que ainda não possuem Plano Diretor ou leis de zoneamento urbano é imperioso que a leitura do Art. 42B seja feita de forma objetiva e prática, ou seja, que o Município atenda o possível para adequação do seu perímetro urbano, já que, é imperioso que esta medida seja tomada para o licenciamento das atividades de forma correta. CONVERSÃO DE ZONA RURAL EM ZONA URBANA Como vimos acima, o parcelamento para fins urbanos é o que se destina à urbanização, edificação e ocupação, com a finalidade de habitação, indústria, lazer ou comércio, enquanto parcelamento para fins rurais é o que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agroindustrial, quer através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa privada (artigo 4º, I, do Estatuto da Terra). OBS: A agroindústria é o conjunto de atividades relacionadas à transformação de matérias-primas provenientes da agricultura, pecuária, aqüicultura ou silvicultura. O grau de transformação varia amplamente em função dos objetivos das empresas agroindustriais. Para cada uma dessas matérias-primas, a agroindústria é um segmento da cadeia que vai desde o fornecimento de insumos agrícolas até o consumidor. Em comparação a outros segmentos industriais da economia, ela apresenta uma certa originalidade decorrente de três características fundamentais das matérias- primas: sazonabilidade, perecibilidade e heterogeneidade. 14 A competência para definir o zoneamento é do Município. Cabe a ele definir o que é zona urbana dentro do perímetro municipal. Todas as áreas não consideradas pelo Município como zona urbana serão, por exclusão, zona rural. O Poder Executivo Municipal deverá fundamentar a sua decisão de mudança de qualificação urbanística, de zona rural, para zona urbana. Além da zona urbana, o §2º, do mencionado artigo 32, autoriza o Município a declarar, por lei, áreas municipais como zonas de expansão urbana e zonas de urbanização específica, destinadas à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que fora dos critérios definidos no §1º, do citado artigo 32, os quais somente devem ser exigidos para definição da zona urbana. A zona de expansão urbana é área reservada para o crescimento das cidades e vilas, adjacentes a zona urbana. A zona de urbanização específica (uma definição doutrinária – podendo ser definida também como zona urbana ou zona de expansão urbana) está relacionada a possibilidade ou a já existência de atividades tipicamente urbanas em determinado terreno da cidade, isolado, separado, não contíguo as demais zonas urbanas do Município. Portanto, pretende o Poder Público autorizar a instalação de parcelamentos (desmembramento ou loteamento) em zona rural, deverá promover a sua transformação para zona urbana, por lei, fundamentando a decisão e também observando o procedimento do artigo 42-B, do Estatuto da Cidade. A lei municipal exigida para alterar a qualificação urbanística de rural para urbana, ampliando o perímetro urbano do Município, deverá ser precedida de um projeto específico, identificando em linhas gerais se a área a ser transformada em urbana tem condições de ocupação, sem colocar em risco as pessoas, os prédios e as instalações que ocuparão o local, tal como exigido no artigo 42-B, do Estatuto da Cidade. A aprovação de projetos de parcelamento do solo no novo perímetro urbano ficará condicionada à existência do projeto específico e deverá obedecer às suas disposições. O projeto específico deverá ser instituído por lei municipal e atender às diretrizes do plano diretor, quando houver. Quando o plano diretor contemplar tais exigências, o Município ficará dispensado da elaboração do projeto específico. 15 O projeto específico deverá conter, no mínimo: I – demarcação do novo perímetro urbano; II – delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos a controle especial em função de ameaça de desastres naturais; III – definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para infraestrutura, sistema viário, equipamento e instalações públicas, urbanas e sociais; IV – definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda; V – a previsão de áreas para habilitação de interesse social por meio de demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, quando o uso habitacional for permitido; VI – definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do patrimônio histórico e cultural; e VII – definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrente do processo de urbanização do território de expansão urbana e a recuperação para a coletividade da valorização imobiliária resultante da ação do poder público. (artigo 42-B, incluído no Estatuto da Cidade pela Lei nº 12.608/12) Portanto, para que ocorra a alteração de zona rural para zona urbana, é necessário que haja um projeto especifico, tal como definido no artigo 42-B, do Estatuto da Cidade, que deverá acompanhar o projeto de lei a ser submetido para deliberação dos Vereadores. Aprovado o projeto de lei municipal, sancionado, promulgado e publicado, deverá ser elaborado requerimento ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) solicitando a alteração cadastral, para qualificar a área pretendida como zona urbana. Alterados os cadastros, deverá ser emitida certidão pelo INCRA. A jurisprudência dos Tribunais de Justiça dos Estados segue nessa direção, com inúmeros julgados sobre o tema.16 “Art. 42-B. Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano após a data de publicação desta Lei deverão elaborar projeto específico que contenha, no mínimo: (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) I - demarcação do novo perímetro urbano; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) II - delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos trechos sujeitos a controle especial em função de ameaça de desastres naturais; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para infraestrutura, sistema viário, equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) IV - definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) V - a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de política urbana, quando o uso habitacional for permitido; (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do patrimônio histórico e cultural; e (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes do processo de urbanização do território de expansão urbana e a recuperação para a coletividade da valorização imobiliária resultante da ação do poder público. 17 § 1o O projeto específico de que trata o caput deste artigo deverá ser instituído por lei municipal e atender às diretrizes do plano diretor, quando houver. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) § 2o Quando o plano diretor contemplar as exigências estabelecidas no caput, o Município ficará dispensado da elaboração do projeto específico de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012) § 3o A aprovação de projetos de parcelamento do solo no novo perímetro urbano ficará condicionada à existência do projeto específico e deverá obedecer às suas disposições. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)” VEJA ABAIXO RECENTE DECISÃO DO STF Decisão: Trata-se de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, ementado nos seguintes termos: “ADIN. LEI MUNICIPAL. IPTU. ITR. DEC-LEI 57/66. DESTINAÇÃO DO IMÓVEL. A partir do Dec.-lei 57/66, a jurisprudência pátria passou a adotar o critério topográfico para disciplinar a incidência do IPTU e do ITR sobre a propriedade imóvel. Analisa-se nas vias ordinárias, não podendo ser objeto de ação declaratória de inconstitucionalidade, lei municipal que prevê a incidência de IPTU em imóvel localizado na zona rural, mas utilizado como ‘sítio de recreio’. Ação improcedente.” (fl. 79) No recurso extraordinário, interposto com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal, aponta-se violação aos arts. 146, III, e 156, I, do texto constitucional. Nas razões recursais, alega-se, em síntese, a inconstitucionalidade do art. 4º, §3º, da Lei Municipal 2069/90, de Viamão, que dispõe acerca da incidência do IPTU sobre sítios de recreios localizados na Zona Rural. (fls. 136-144) 18 Decido. A irresignação não merece prosperar. O Tribunal de origem, ao examinar a legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Decreto-Lei 57/66 e Lei Municipal 2069/90 e o Código Tributário Nacional) e o conjunto probatório constante dos autos, consignou que o critério vigente para delimitar a incidência do IPTU e do ITR é o da destinação econômica do imóvel, independentemente de sua localização geográfica. Nesse sentido, cito trecho do voto do redator para o acórdão impugnado, in verbis: “DES. GASPAR MARQUES BATISTA (REDATOR PARA O ACÓRDÃO) – A princípio, o legislador pátrio, ao disciplinar o fato gerador sobre a propriedade imóvel, erigiu a localização como critério, fazendo incidir o IPTU ao imóvel situado na zona urbana do município e o ITR, para o imóvel situado fora dela. Entretanto, a partir do Dec.-lei 57/66, recepcionado como lei complementar e em vigor até hoje, passou a prevalecer o critério da destinação econômica do imóvel, independentemente da localização geográfica, para determinar a incidência do ITR. De acordo com esse decreto, em relação ao imóvel comprovadamente utilizado para exploração extrativa, vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, incidirá o ITR, mesmo que localizado no perímetro urbano. Assim, embora a questão discutida nos autos não diga respeito, especificamente, à incidência do ITR, mas à previsão, na Lei Municipal nº 2069/90 (Código Tributário Municipal), de Viamão, sobre a incidência do IPTU, em imóvel que, mesmo localizado na zona rural, seja comprovadamente utilizado como sítio de recreio, tendo que o mesmo critério – topográfico – deve ser aplicado nesse caso. Nesse contexto, a análise da hipótese prevista na lei municipal não deve ser realizada em ação direta de inconstitucionalidade, pois, a violação porventura existente, será em relação à legislação ordinária, infraconstitucional. Portanto, Senhor Presidente, vou acompanhar o eminente Des. Arno Werlang.” (fls. 84-85) 19 (grifo nosso) Assim, verifica-se que a matéria debatida no acórdão recorrido restringe-se ao âmbito infraconstitucional, de modo que a ofensa à Constituição, se existente, seria reflexa ou indireta, o que inviabiliza o processamento do presente recurso. Além disso, divergir do entendimento firmado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento do acervo fático-probatório, providência inviável no âmbito do recurso extraordinário. Nesses termos, incide no caso as Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se, a propósito, as seguintes decisões monocráticas: ARE 1.001.304, Rel. Min. Edson Fachin, Dje 17.10.2016, e AI 773.785, Rel. Joaquim Barbosa, Dje. 24.9.2010. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso (art. 932, VIII, do NCPC c/c art. 21, §1º, do RISTF). Publique-se. Brasília, 2 de fevereiro de 2017. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente (CONSULTA: www.stf.jus.br/portal/diarioJustica/verDecisao.asp?numDj=23...6. ..) VEJA AINDA ENTENDIMENTO DO STJ A RESPEITO DO TEMA: STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp 191311 SP 1998/0075224-2 (STJ) Data de publicação: 24/05/2004 Ementa: TRIBUTÁRIO. IPTU. INCIDÊNCIA. IMÓVEL SITUADO EM ÁREA DE EXPANSÃO URBANA. MELHORAMENTOS. DESNECESSIDADE. ART. 32 , § 1º , CTN . I - Esta Corte possui entendimento reiterado no sentido de que incide o IPTU sobre as áreas consideradas como de expansão urbana por lei municipal, mesmo quando não providas dos https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/190183/agravo-regimental-no-recurso-especial-agrg-no-resp-191311-sp-1998-0075224-2 https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/190183/agravo-regimental-no-recurso-especial-agrg-no-resp-191311-sp-1998-0075224-2 20 melhoramentos previstos no art. 32 , § 1º , do CTN . II - Precedentes. III - Agravo regimental improvido Encontrado em: . Ministro Relator. T1 - PRIMEIRA TURMA DJ 24.05.2004 p. 153 RDDT vol. 107 p. 151 - 24/5/2004 CTN-66... LEG:FED LEI: 005172 ANO:1966 ART : 00032 PAR: 00001 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL STJ - RESP 433907 –DF. OUTRAS JURISPRUDÊNCIAS A RESPEITO. TJ-SC - Apelação Cível AC 424957 SC 2007.042495-7 (TJ-SC) Data de publicação: 14/09/2009 Ementa: TRIBUTÁRIO - IPTU OU ITR - IMÓVEL URBANO OU RURAL - CRITÉRIOS DE DIFERENCIAÇÃO – LOCALIZAÇÃOOU DESTINAÇÃO - PREVALÊNCIA DA DE STINAÇÃO ECONÔMICA DO IMÓVEL - EXEGESE DO ART. 15 , DO DECRETO-LEI N. 57 /1966. O art. 15 , do Decreto-lei n. 57 , de 18/11/1966, determina que "o disposto no art. 32 da Lei n. 5.172 , de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvelde que,comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, incidindo assim, sobre o mesmo o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados", vale dizer, adotou o critério da destinação em detrimento do da localização e, por isso, comprovada a utilização/destinação do imóvel à exploração de uma das atividades indicadas no citado dispositivo legal, sobre o imóvel não incidirá o IPTU, mas o ITR , ainda que a lei municipal o considere inserido no perímetro urbano e seja servido por pelo menos dois melhoramentos urbanos. TRIBUTÁRIO - IPTU OU ITR - IMÓVEL URBANO OU RURAL - CRITÉRIOS DE DIFERENCIAÇÃO - LOCALIZAÇÃO OU DESTINAÇÃO - PREVALÊNCIA DA DESTINAÇÃO ECONÔMICA DO IMÓVEL - EXEGESE DO ART. 15, DO DECRETO-LEI N. 57/1966 - AUSÊNCIA DE PROVA DE FINALIDADE AGRÍCOLA - INCIDÊNCIA DE IPTU - CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO QUE NÃO FAZ PROVA DA QUITAÇÃO - VÍCIOS APONTADOS PELO ENTE PÚBLICO O art. 15, do Decreto-lei n. 57, de 18/11/1966, determina que "o disposto no art. 32 da Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, não abrange o imóvel de que, comprovadamente, seja utilizado em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agroindustrial, incidindo assim, sobre o https://tj-sc.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/6714936/apelacao-civel-ac-424957-sc-2007042495-7 21 mesmo o ITR e demais tributos com o mesmo cobrados", vale dizer, adotou o critério da destinação em detrimento do da localização e, por isso, comprovada a utilização/destinação do imóvel à exploração de uma das atividades indicadas no citado dispositivo legal, sobre o imóvel não incidirá o IPTU, mas o ITR, ainda que a lei municipal o considere inserido no perímetro urbano e seja servido por pelo menos dois melhoramentos urbanos. Cabe ao contribuinte comprovar que o imóvel localizado em área urbana possui finalidade rural que justifique o enquadramento no ITR, sob pena de, não o fazendo, sujeitar-se à incidência do IPTU.(TJ-SC - AC: 48152 SC 2011.004815-2, Relator: Jaime Ramos, Data de Julgamento: 02/09/2011, Quarta Câmara de Direito Público, Data de Publicação: Apelação Cível n. , de Campo Belo do Sul.) MINERADORAS DEVEM SIM ESTAREM INSERIDAS NA ZONA URBANA E PAGAREM IPTU. As atividades extrativas minerais não estão entre as atividades consideradas rurais pelo Estatuto da Terra. Portanto a mineração é atividade tipicamente urbana. Veja jurisprudência recente sobre o tema: EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO TRIBUTÁRIO. MUNICÍPIO DE ITABIRITO/MG. IMÓVEL VOLTADO À EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADE EXTRATIVA MINERAL. LOCALIZAÇÃO EM ÁREA URBANA ESPECIAL DEFINIDA NO PLANO DIRETOR. POSSIBILIDADE, EM TESE, DE A PROPRIEDADE CONSTITUIR FATO GERADOR DE IPTU. INEXISTÊNCIA DOS MELHORAMENTOS PREVISTOS NO ART. 32, § 1º, DO CTN. IRRELEVÂNCIA. PRECEDENTE DO STJ. ART. 15 DO DL Nº 57/66. INAPLICABILIDADE DO CRITÉRIO DA DESTINAÇÃO PARA FINS DE INCIDÊNCIA DO ITR. RECURSO DESPROVIDO. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça firmou-se no sentido de que, para fins de incidência do IPTU, "a existência de lei municipal que considera a área em discussão urbanizável ou de expansão urbana afasta a exigência prevista no art. 32, § 1º, do CTN" (AgInt no REsp 1576548/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe 03/08/2017). 2. O fato de a área do imóvel voltar-se à atividade extrativa mineral não descaracteriza sua propriedade como fato gerador do IPTU, haja vista que, pelo critério da destinação (art. 15 do DL 57/1966 c/c orientação paradigmática emanada pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 1.112.646/SP), apenas a exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou agro-industrial, mesmo quando realizadas em regiões urbanas, dão 22 ensejo à incidência de ITR. (TJ-MG - AI: 10319170012417001 MG, Relator: Bitencourt Marcondes, Data de Julgamento: 06/03/2018, Data de Publicação: 16/03/2018) A BASE DE CÁLCULO DO IPTU O QUE É A PLANTA GENÉRICA DE VALORES? Os valores venais dos imóveis, lançados de forma unitária em cada face de quadra da malha urbana, formam a Planta Genérica de Valores. Estes valores devem ser obtidos por metodologia científica, através de avaliação em massa. A avaliação em massa deve identificar diferentes regiões de características homogêneas e, nestas, a definição de uma situação paradigma que as represente. A definição dos imóveis paradigmas é decisiva para uma boa leitura do Município e para uma coerente avaliação dos imóveis. A comissão avaliadora (que deve ser formada por servidores públicos municipais) deverá obter um conjunto de elementos suficientes para a formação de uma amostra representativa da região em estudo. O resultado dependerá das variáveis que expliquem a formação do valor do mercado em questão e são características básicas da avaliação em massa, a uniformidade e o dinamismo. Isso significa dizer que por cada área(região) a ser avaliada é necessário que se defina o imóvel paradigma, para que as avaliações sejam consonantes com as características prioritárias dos imóveis daquela região, lembrando sempre que a Planta de Valores não pretende valorar de forma precisa imóvel por imóvel da cidade (essa é a base de cálculo do ITBI) e sim de forma genérica. A norma ABNT NBR 14.653-2/2011 classifica os métodos de avaliação para identificar o valor de um bem, de seus frutos e direitos, dividindo-os em: 1 - Comparativo Direto de Dados de Mercado, 2 - Involutivo 3 - da Renda e 4 - Evolutivo. 23 Fato é que a grande maioria dos municípios brasileiros, principalmente os de pequeno e médio porte, não busca procedimentos técnicos adequados para a obtenção da PGV. O empirismo e subjetivismo de operadores do mercado local muitas vezes não refletem a realidade do mercado, causando distorções que levam a injustiça tributária. A tributação imobiliária urbana, no caso do IPTU, encontra vários obstáculos para a cobrança correta. É de se destacar pelo menos 6 fatores ( existem muitos outros) que hoje são agravantes na cobrança do referido imposto de forma equânime, quais sejam: 1 – Em grande parte dos Municípios inexiste Planta Genérica de Valores e a valoração dos imóveis é definida pelo “sistema” como apontam os próprios servidores públicos municipais. É fato que em diversos Municípios os valores constantes nos sistemas de gestão tributária, que os servidores desconhecem como foram definidos, são a base de cálculo do IPTU. Os novos imóveis que são lançados ou o são por valores definidos pelo próprio sistema (por metodologia desconhecida) ou através de tabelas que não se servem para este fim. Isso gera um problema gravíssimo, pois quanto mais antigo o cadastro do imóvel (nas regiões centrais do município) mais defasado é o valor do imóvel. Em contrapartida, quanto mais novos os cadastros, mais bem avaliados. (e esses imóveis estão na grossa maioria nas regiões periféricas. Por isso é possível afirmar, que em grande parte dos Municípios brasileiros, proporcionalmente, a região periférica paga mais IPTU que o centro das cidades. 2 – Como não aconteceu, em grande parte dos Municípios brasileiros, a revisão anual da base de cálculo do IPTU, gerando uma defasagem enorme entre o preço médio de mercado dos imóveis, muitos Municípios utilizaram da péssima prática de aumentar as alíquotas para aumentar o lançamento do tributo. Com isso criaram alíquotas, que para o IPTU, são abusivas e até confiscatórias. Veja bem: o IPTU é um imposto cruel, que incide todo ano sobre a mesma base de cálculo. Tanto é verdade que o legislador criou um fato gerador hipotético para este imposto, qual seja, ser proprietário, posseiro ou dominador útil de um imóvel em todo 1º de janeiro de cada ano. Mas, voltando ao problema central deste tópico, quando da atualização da base de cálculo do IPTU, os gestores e legisladores tem que avaliar cuidadosamente as alíquotas a serem aplicadas para não gerar um verdadeiro estado de terrore indignação no Município quando do lançamento do tributo no ano seguinte. Sem dúvida é preciso atualizar a base de cálculo do imposto, porém se deve atentar para adequar também as alíquotas. 3 – Ainda hoje, quando da elaboração de Plantas Genéricas de Valores, acontece um fato que pode eivar de vício o resultado da valoração dos imóveis. Muitas 24 avaliações ainda levam em conta fatores completamente obsoletos para definir o preço do metro quadrado das construções. Entre eles pode-se destacar o estado da fiação elétrica (se embutida ou não), a existência ou não de sanitário exterior, a valoração de pisos, acabamentos já não mais usuais, o tipo de pintura da casa, etc. Estes elementos já não são mais eficazes para a valoração de imóveis. Temos hoje fatores muito mais representativos tais como número de quartos, número de vagas na garagem, ano de construção, etc. 4 – Como os imóveis não obedecem a critérios homogêneos de avaliação, muitas vezes temos vizinhos lindeiros, com lotes similares, que tem a valoração do metro quadrado de terreno diferente. Como explicar isso para o contribuinte? 5 – Com relação à valoração dos terrenos temos também problemas gravíssimos quanto a inexistência de fatores corretivos, o principal deles o fator gleba. Este é o mais importante fator corretivo uma vez que é ele o único capaz de aproximar o valor real de grandes glebas inseridas nos centros urbanos (caso não exista elas ficarão supervalorizadas), como também para valorar os pequenos terrenos nos centros quando os imóveis paradigma são maiores. (neste caso eles ficariam desvalorizados diante do preço de mercado). 6 – Por último e mais importante, é preciso que os gestores entendam que os únicos profissionais que reúnem as informações mais importantes para a correta elaboração da Planta Genérica de Valores são os servidores públicos municipais. É impossível elaborar uma Planta Genérica de Valores longe do Município. É um trabalho árduo, de prova e contraprova. Para tanto, ainda que os servidores tenham uma consultoria para acompanhar a feitura da Planta, somente eles são capazes de elaborá-la. É completamente surreal acreditar que uma empresa ou um grupo de pessoas que não conheçam a realidade mercadológica do Município e suas peculiaridades ou que não se disponham a pesquisar profundamente essa realidade sejam capazes de elaborar a Planta Genérica de Valores. É NECESSÁRIO QUE ISTO MUDE. Por isso, é importante dizer que a atualização da Planta Genérica de Valores é um trabalho técnico, que possui normas próprias. No entanto, nem em grandes centros e nem tampouco em cidades de menor porte, é possível atualizar/elaborar uma Planta Genérica de Valores sem a participação de uma equipe municipal, que conhece as peculiaridades do Município. Muito embora seja uma atividade que deve ser elaborada por engenheiro, os fiscais municipais, a equipe do Cadastro e o corpo técnico do setor de tributos e de planejamento urbano são essenciais para que o trabalho tenha a “cara” do Município. 25 Já não é mais possível que um Município contrate uma empresa terceirizada e a deixe “por conta” de atualizar um cadastro ou de elaborar uma Planta Genérica de Valores, muito menos de elaborar um Código Tributário ou um Plano Diretor, como vem fazendo alguns Municípios. Nada disto é “receita de bolo”. Os Municípios só desenvolverão um trabalho verdadeiro e ético nesta área se envolverem os gestores e servidores municipais. Sem eles é impossível ter um trabalho decente. A desatualização dos cadastros que dão suporte a avaliação dos imóveis, contribui fortemente para a distorção dos valores fiscais ou da proporcionalidade entre estes e os valores de mercado. É necessário criar rotinas de trabalho que atuem constantemente na manutenção da base de dados municipais, tornando-a atualizada e confiável. A política de cobrança dos tributos municipais depende de um cadastro técnico eficiente e atualizado, que servirá de base para a avaliação em massa. Este trabalho de avaliação deverá seguir metodologia científica, composta de vistoria por amostragem, análise e tratamento dos dados de mercado na busca de modelos que expliquem a variabilidade nos preços (ABNT NBR 14.653-2/2011) É neste ponto que reside a importância da PVG, uma vez que o seu papel é dar ao gestor público, subsídios para a tributação adequada. Através dela o valor do IPTU poderá ser definidos com base em estudo fundamentado e preciso, gerando uma melhor arrecadação. Trata-se de instrumento capaz de fornecer parâmetros para transações imobiliárias, contribuir com a ordenação do mercado imobiliário local, propiciar a distribuição dos valores venais de acordo com a capacidade contributiva dos munícipes e ainda servir de elemento gerador de receitas para os programas de investimento do município. REPETINDO: Grande parte dos municípios brasileiros enfrenta dificuldades na definição dos valores venais dos imóveis de sua malha urbana. A simples atualização monetária da base de cálculo por índice econômico, não é suficiente para compatibilizar os valores derivados da urbanização. Ademais, o que mais se vê nos Municípios são discrepâncias do valor de imóveis que guardam similitude entre si por uma série de problemas tais como: 1 – Época de cadastramento. 26 2 – Inclusão de áreas urbanizadas com preços diferenciados de áreas e imóveis similares. 3 – Atualização 4 – Cadastro deficitário. Neste panorama, surge a problemática de qual valor de mercado adotar para os terrenos urbanos em região de grande expansão imobiliária. A elaboração da PGV e sua aprovação por lei (lei em sentido estrito – aprovada pela Câmara Municipal) é imperativo para o Município, uma vez que somente lei pode definir a base de cálculo do IPTU. E já está pacificado o entendimento que a Planta Genérica de Valores é a base de cálculo do IPTU. É imperioso fornecer a população os critérios que deram origem a valoração dos imóveis e a forma de cálculo do IPTU. A elaboração de Planta de Valores Genéricos deve ser feita pelo Método Comparativo de Dados de Mercado, metodologia esta praticada e recomendada pela Engenharia de Avaliações, no que tange às avaliações em massa de imóveis, através de um modelo estatístico representativo. Além do aspecto tributário, a PVG também é instrumento de qualidade administrativa para o planejamento urbano, na medida em que reflete as tendências de valorização imobiliária e propicia, portanto, a ação do governo municipal no tocante a investimentos em equipamentos públicos em pontos localizados. O QUE É CADASTRO? O método para efetivação das avaliações coletivas de imóveis é dado pela NBR 14.653-2/2011. Entretanto, aplicações de cunho prático esbarram na falta de dados para serem utilizados como elementos representativos do mercado imobiliário, ou seja, de uma forma geral, inexiste um banco de dados do mercado imobiliário relacionado com o cadastro técnico municipal (dados alfanuméricos e gráficos), sobretudo pela ausência de uma metodologia bem fundamentada para criação e manutenção de um serviço como este. Em municípios de pequeno porte, este problema é mais grave. 27 Uma proposta de desenvolvimento de um modelo de cadastro imobiliário para municípios de pequeno porte (até 100.000 habitantes) é o que aqui pretendemos. Nosso desejo é que os próprios servidores obtenham técnicas simples de atualização cadastral, associado à avaliação imobiliária, de baixo custo e fácil utilização, feita por engenheiros do próprio corpo do Município. Nosso primeiro ponto neste curso será demonstrar como elaborar uma Cadastro Imobiliário (ou Multifinalitário) pelo próprio corpo técnico do Município e em seguida demonstrar como é possível atualizar a Planta Genérica de Valores dos Imóveis também utilizando do Corpo Técnico do próprio Município. OU SEJA: ATUALIZAÇÃO DA PLANTA GENÉRICA DE VALORES NÃO TEM EFICÁCIA ALGUMA SEM UM CADASTRO EFICIENTE. E POROUTRO LADO, QUANTO MAIS COMPLETO É O CADASTRO, MAIS EFICIENTE É A ATUALIZAÇÃO DA PLANTA GENÉRICA DE VALORES, QUANDO O OBJETIVO É A JUSTA DISTRIBUIÇÃO DA TRIBUTAÇÃO. SOMENTE UM CADASTRO COMPLETO GARANTE JUSTIÇA TRIBUTÁRIA. NÃO É MAIS POSSÍVEL ACEITAR AS TÉCNICAS INCOMPLETAS DE FEITURA DE RECASTRAMENTO IMOBILIÁRIO, POIS DISPONIBILIZAM APENAS CARACTERÍSTICAS EXTERNAS DAS EDIFICAÇÕES, AO PASSO QUE, SABE-SE QUE AS CARACTERÍSTICAS INTERNAS DO IMÓVEL (ACABAMENTO) SÃO DETERMINANTES PARA A AVALIAÇÃO DESTES. É O MESMO QUE DIZER O SEGUINTE: Na Planta Genérica de Valores são levados em consideração elementos tais como: laje, instalação elétrica, piso, acabamento de paredes, etc. NO ENTANTO, NO CADASTRO ESTES ELEMENTOS SIMPLESMENTE NÃO EXISTEM. A Planta Genérica de Valores resta, portanto, ineficaz. Importante ressaltar que a base de cálculo do IPTU (qual seja, o valor venal do imóvel), DEPENDE DA PERFEITA JUNÇÃO DE UMA PLANTA DE VALORES BEM FEITA COM UM CADASTRO FIDEDIGNO, QUE TENHA INFORMAÇÕES SUFICIENTES PARA GARANTIR A JUSTIÇA TRIBUTÁRIA. NÃO BASTA UM CADASTRO TOSCO!! 28 RECADASTRAMENTO IMOBILIÁRIO No recadastramento imobiliário é realizado um levantamento das medidas dos terrenos e edificações de todos os imóveis da região de análise, calculando-se a área dos terrenos e edificações, além dos outros dados cadastrais, QUE SÃO DE VITAL IMPORTÂNCIA PARA GARANTIR A JUSTIÇA TRIBUTÁRIA. (tanto dados externos quanto dados internos dos imóveis). UMA BASE GEORREFERENCIADA PODE AJUDAR IMENSAMENTE, MAS O GEORREFERENCIAMENTO ISOLADO NÃO É SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS REAIS DO IPTU. Muito pelo contrário. Se mal feito pode é trazer novos problemas para o Município. Com a utilização de tecnologia móvel (smartphone ou tablet), a coleta dos dados cadastrais dos imóveis é feita de forma detalhada, levantando-se as seguintes características: INFORMAÇÕES GERAIS 1 - Tipo do Imóvel ( Predial: quando o terreno possuir edificação sobre o mesmo ou Territorial: quando o terreno for vago.) 2 - Localização do Imóvel 3 - Nome do Logradouro (Preencher com o nome do logradouro que contém a testada principal do imóvel.) 4 - Código logradouro (Preencher com o código do logradouro que contém a testada principal do imóvel. 5 – Complemento (Preencher com o complemento do endereço (ex.: sala 01, apto 102, box 10, etc...). Padronização: Sala, Apto, Box, Térreo, Subsolo, Pavimento. 6 - Número (Preencher com o número do imóvel encontrado em campo. Nos casos em que forem cadastradas varias unidades dentro de um lote, observar com cuidado pois podem haver números diferentes para determinadas unidades.) 7 – CEP (Preencher com o CEP correspondente a localização do imóvel. Este número pode ser observado no espelho das informações cadastrais do banco de dados da Prefeitura ou obtido na internet) 29 8 - Z.P.D (Preencher a zona do plano diretor onde está inserido o imóvel.(verificar planta do plano diretor ou Lei de Uso e Ocupação do solo). 9 - Loteamento (Neste campo será transcrito o nome do loteamento, desmembramento ou prolongamento do mesmo, onde o imóvel está situado.) 10 - Código do Loteamento - Nos casos em que pertencer à um loteamento oficial, deve-se identificar o imóvel no mesmo e transcrever para o boletim as suas respectivas referências, ou seja, código do loteamento.(ver tabela com codificação). 11 - Matrícula Cartório - Deve ser preenchido com a matrícula do imóvel no cartório de registro de imóveis. 12 – Ofício - preencher o número do ofício em que o imóvel foi registrado (cartório). 13 – Bairro - Deverá ser transcrito o nome do bairro onde o imóvel está inserido.(ver planta de quadra) 14 - Código do Bairro - Preencher com o respectivo código do bairro. 15 - Código Mensagem - Deve-se preencher com o código que defina a situação que se encontra o imóvel cadastrando, quando referenciado ao cadastro anterior. As mensagens poderiam ser as seguintes (EXEMPLOS): a- Normal: quando não haver alterações nos lotes e edificações. b- Desmembramento não oficial: quando houver um desmembramento ou parcelamento de lotes não registrado pela Prefeitura . c- Remembramento não oficial: quando houver uma unificação de lotes não registrada pela Prefeitura . d- Imóvel Inacessível e- Não Permitiu Cadastrar f- Unidade Secundária não cadastrada (ver situações cadastrais) Obs: este campo não pode ficar em branco. 30 16 - Nome do Proprietário (Preencher com o nome do proprietário oficial do imóvel, que está registrado no cadastro histórico da Prefeitura (espelho das informações cadastrais). 17 - Código do Contribuinte (Preencher com o código do contribuinte constante no espelho das informações cadastrais do banco de dados da Prefeitura) 18 - C.P.F (Este campo deverá conter o número do C.P.F do contribuinte, proprietário do imóvel.) 19 - Código Logradouro 20 - Município 21 – Telefone/ e-mail- Preencher o número de telefone do proprietário.(quando possível). Características do Imóvel 1 - Ocupação do Lote (se construído, em ruínas, em demolição, construção paralisada, em construção, edificado, etc) 2 - Condição do Terreno (passível de ocupação, não passível de ocupação, clandestino) 3 - Tipo de inserção (Conjunto Popular; Favela ou invasão; Condomínio; Comum; Patrimônio) 4 - Patrimônio (particular, Público Municipal, Público Federal, Público Estadual, Religioso, Filantrópico, Associação) 5 - Calçada(Passeio) 6 – Limites (muro, cerca, sem cerca/muro) 7 – Utilização (sem uso, comercial/serviços, rural, residência, outros) 8 - Fração Ideal 9 - Área de preservação ambiental 10 – Concessionárias - Número do hidrômetro (registro de água) Lançamento 31 Preencher conforme o tipo de emissão do carnê: 1. Englobado: quando todas as unidades prediais devem ter seus valores unificados e tributados em apenas um carnê de IPTU, ou seja, lançamento por imóvel. 2. Individual: quando a emissão dos carnês for por unidade imobiliária. Dados do terreno •Situação (meio de quadra, fundos, encravado, meio de quadra, esquina, etc.) •Pedologia (firme, rochoso, inundável, brejoso, rejeito de carvão) •Topografia (aclive, declive, irregular, normal, etc) •Forma geométrica •Possíveis limitações •Medidas das testadas •Área do terreno Se tem área de APP Dimensões Testada Principal (preencher com a medida (m) da testada principal encontrada no espelho das informações cadastrais. Quando o lote não estiver cadastrado pela Prefeitura, o lado será definido pelo grau de importância da mesmo, podendo-se utilizar parâmetros como: o lado mais utilizado, fachada principal da edificação, utilidade comercial, etc.. Em caso de lotes vagos, considerar o que apresenta maior valorização imobiliária.) Fundos (Preencher com a medida tirada em campo do lado oposto da testada principal(frente). Área do Lote Deve ser transcrita do espelho cadastral. Área de campo 32 Esta área será calculada em função das medidas tomadas a campo. Lado direito/esquerdo Transcrever as medidas feitas a campo. Dados da edificação •Área total construída •Quantidade de edificações •Área privativa •Área comum •Área total •Número de economias •Número de pavimentos •Idade •Caracterização •Uso da construção (Tipologia- casa, apartamento, sala, galpão, conjunto, telheiro, garagem, especial, templo, etc) •Equipamentos de lazer •Portaria/guarita •Existência ou não de elevador •Estrutura PARA BARRACO/CASA/EDIFÍCIO DE APARTAMENTOS 1 - NÚMERO DE QUARTOS 2 – VAGAS NA GARAGEM 3 – ACABAMENTO DE PORTAS E JANELAS 33 4 – ACABAMENTO COZINHAS E BANHEIROS 5 – PISO 6 – ANO DE CONSTRUÇÃO 7 – REFORMA? PARA GALPÃO/INDÚSTRIA 1 – ESTRUTURA 2 – COBERTURA PARA HOTÉIS/POUSADAS/COMÉRCIO EM GERAL 1 – ACABAMENTO DE PORTAS E JANELAS 2 – ACABAMENTO COZINHAS E BANHEIROS 3 – PISO 4 – ANO DE CONSTRUÇÃO 5 – REFORMA? PREENCHENDO O BOLETIM DECADASTRO IMOBILIÁRIO Cadastro Imobiliário é o conjunto de arquivos contendo o registro de dados imobiliários (terrenos e edificações) da cidade. Tendo como finalidade imediata a arrecadação de tributos (IPTU e taxas sobre serviços), destina-se também ao fornecimento de informações relativas ao Planejamento Urbano (Planejamento Físico-Territorial, controle da ocupação urbana, etc.). 34 AS REFERÊNCIAS CADASTRAIS Cada número do cadastro do imóvel do município TEM que necessariamente significar algo. E isto é muito valioso, pois cria a prática do cadastro municipal. Exemplo de Referências Cadastrais Imaginemos o número cadastral: 01.01.0013.0034.00 ONDE: 01 – DISTRITO 01 – SETOR/ZONA 0013 - QUADRA 0034 – LOTE (não pode haver número de lote repetido na mesma quadra) 00 – UNIDADE (se o lote não é construído é zero, se tem uma edificação 01 e assim por diante) Cabe lembrar, que os campos que foram descritos acima são de grande importância e não pode haver erro no preenchimento dos mesmos, pois trata-se da identificação cadastral do imóvel (chave de acesso). TODAS AS DEFINIÇÕES DESTES NÚMEROS JÁ DEVEM EXISTIR NO CADASTRO. PORTANTO, QUANDO FOR A RUA E PREENCHER O BCI, O FISCAL OU CORRELATO DEVE ESTAR ATENTO, POIS DEVE ESTAR MUNIDO COM UM MAPA DA CIDADE E COM TODAS AS DEFINIÇÕES DAS CHAVES CADASTRAIS DE CADA IMÓVEL. ⇒ Inscrição Anterior Esta informação pode ser observada no espelho das informações cadastrais do banco de dados da Prefeitura e deve-se transcrevê-la para o boletim cadastral. 35 GERAÇÃO DO BANCO DE DADOS PARA A AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA A coleta de dados para a geração da planta de valores inicia-se com uma pesquisa no local, através da realização de uma vistoria nos principais pontos da cidade, para identificação de sua dinâmica, forma de crescimento, de valorização, a fim de determinar a sua estrutura imobiliária e econômica. Cada cidade tem suas peculiaridades, como zonas de valorização e de desvalorização, áreas de comércio, áreas de crescimento, etc. CURIOSIDADE: A configuração de cidades de pequeno porte geralmente guardam semelhanças entre si: uma rua principal, a mais valorizada, onde encontramos o comércio, a igreja, prefeitura, delegacia, posto de saúde, o hotel, e as principais residências. Quanto mais próximo da via principal, maior a valorização do imóvel. AS INFORMAÇÕES Hoje não é difícil obter informações sobre os imóveis das cidades. Na própria internet os corretores anunciam as vendas de imóveis na cidade, com preços e principais características dos imóveis. Esses dados podem ser o ponto de partida tanto para a feitura quanto para a atualização da planta genérica de valores. São informações preciosas, obtidas até verbalmente, caracterizando um mercado informal. A PLANTA GENÉRICA DE VALORES – PASSO A PASSO As tabelas de valores, ou planta de valores, ou planta de valores genéricos, são plantas de regiões urbanas onde são indicados em cada face de quadra, os valores unitários (R$/m2) genéricos utilizados na formação do valor de cada imóvel (terreno e edificação) para fins de tributação. Algumas vezes organizam-se listas relacionando as quadras ou as ruas com os respectivos valores do metro quadrado para os diversos terrenos ou edificações. A finalidade principal de uma planta genérica de valores é fornecer os valores de mercado atualizados dos terrenos, quadra por quadra, ao longo dos logradouros de um determinado município. Dentro de um município de pequeno porte, podemos admitir esta divisão até por ruas, bairros ou mesmo zonas. 36 O que percebemos muito em pequenos municípios é que as vezes o valor dos terrenos varia de acordo com as ruas e até bairros, mas os valores das edificações variam apenas de acordo com as características internas e externas da construção. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO EM MASSA – PLANTA DE VALORES GENÉRICOS A avaliação em massa consiste numa avaliação de bens imóveis, tendo o Método Comparativo Direto de Dados de Mercado, como principal e preferencial. “Sempre que possível preferir o método comparativo direto de mercado” (ABNT NBR 14.653-1/2004, p.7). Como todo Método Comparativo Direto, a avaliação em massa não prescinde de pesquisa e coleta de dados de mercado, assim como seu devido tratamento. A avaliação em massa de imóveis parte de uma intensa pesquisa de valores de mercado coletados em oferta ou em transações recentemente realizadas no mercado imobiliário do município, que serão agrupadas em cada zona homogênea definida, em quantidade proporcional à extensão territorial e suficiente para que sejam identificadas todas as variáveis que influenciam na composição do valor do imóvel. A sua elaboração está alicerçada nos conhecimentos de Engenharia de Avaliações e nas informações constantes no Cadastro Técnico Urbano. A avaliação em massa deverá ser uma consequência dos dados constantes no cadastro técnico urbano, aplicada uma metodologia científica para o cálculo dos valores, segundo as normas avaliatórias. Em se tratando de avaliação genérica, é usual recorrer a imóveis paradigmas que melhor caracterizam as zonas homogêneas em estudo, o que passa a ser fundamental para o sucesso nos resultados. Segundo a Norma de Avaliações de Imóveis Urbanos do IBAPE-SP, a definição da situação paradigma para uma avaliação em massa de imóveis urbanos de um município é tarefa importante em cada uma das regiões homogêneas estabelecidas, a fim de definir os parâmetros para as variáveis estudadas e assim a formação dos valores de quadra. Pois, arbitrar uma área paradigma igual para todo o município, no caso de Planta de Valores, causaria um grande erro no lançamento dos impostos, já que a área não é característica uniforme para todas as faces de quadras, bairros e municípios. 37 Com relação ao procedimento de vistorias a ABNT NBR 14.653-2/2011 - Imóveis Urbanos, recomenda para a elaboração de plantas de valores no item 7.3.5.3: ”Nas avaliações em massa, a partir de dados cadastrais, recomenda-se vistoria por amostragem, com o objetivo de aferir critérios e percepções considerados no cadastro”. O processo comparativo consiste em obter o valor de mercado do bem avaliando numa amostragem de elementos semelhantes colhidos no mercado imobiliário, a fim de se obter um valor representativo para a população de imóveis semelhantes. Este conceito de se avaliar por comparação se estende para os bens imóveis de uma forma geral, para todas as tipologias e para várias finalidades. É condição fundamental para aplicação deste método a existência de um conjunto de dados que possa ser tomado estatisticamente como amostra de mercado. Isto é, por este método, qualquer bem possa ser avaliado, desde que existam dados que possam ser considerados como uma amostra representativa para o mesmo. VALOR DE MERCADO é o maior preço em termos de dinheiro que o imóvel pode ter uma vez posto à venda, abertamente, por um tempo razoável para encontrar comprador, o qual deverá ter conhecimento de todos os usos, propósitos e utilidades, para que ele, comprador, tenha capacidade de usar o imóvel. A ABNT NBR 14653-1/2004, que define valor de mercado como sendo a “quantia mais provável pela qual se negociaria voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência, dentro das condições de mercado vigente”. O valor não deve ser confundido com preço. O primeiro é uma quantia provável e o segundo é a quantia paga, sendo que este pode ser inferior, igual ou superior ao valor. A ABNT NBR 14.653-1/2004 define preço como sendo a “quantia pela qual se efetua, ou se propõe efetuar, uma transação envolvendo um bem, um fruto ou um direito sobre ele”. No que tange especificamente o Método Comparativo Direto de Dados de Mercado, por se tratar de um método direto de comparação é fundamental a coleta ou levantamento de dados de mercado consistente a fim de se obter uma amostra representativa do mercado no segmento a qual está inseridoo avaliando. A ABNT NBR 14653-2/2011 destaca como etapas processuais do Método. Comparativo Direto: 38 - Planejamento de pesquisa: Busca-se a composição da amostra de mercado com dados de imóveis de características semelhantes. Envolve a estratégia de pesquisa como delimitação do mercado em análise, formulação de hipóteses de formação de valor, advindas da experiência do profissional avaliador; - Identificação das variáveis do modelo: - Levantamento de dados de mercado: Consiste na investigação do mercado, na coleta de dados semelhantes com informações confiáveis de transações e ofertas. É a base do processo avaliatório; - Tratamento de dados: Técnica matemática de homogeneização de dados da amostra a fim de garantir a comparação direta com o avaliando, eliminando discrepâncias de ordem descritiva dos elementos amostrais. No Método Comparativo Direto de Dados de Mercado é condição fundamental para o sucesso que a coleta de dados de mercado seja representativa daquele universo imobiliário, ou seja, que possa ser tomado como amostra e que o estes dados ou elementos colhidos sejam assemelhados ao imóvel avaliando, quanto as características e atributos. VALOR DO TERRENO O valor de um terreno urbano é formado ou influenciado pelas suas características intrínsecas (frente, profundidade, topografia, área, etc.) e extrínsecas (localização, posicionamento de quadra, zoneamento, infraestrutura urbana, melhoramentos públicos, etc.). Tais características são influenciadoras na formação do valor. DA COLETA DE DADOS A coleta de dados deve ser obtida através de ficha de pesquisa, com as informações de interesse, sempre de acordo com Cadastro Técnico Municipal. A quantidade de dados a serem coletados deve partir da técnica de amostragem estratificada pelas regiões de zoneamento. PLANTA GENÉRICA DE VALORES COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO Com a Planta de Valores Genéricos é possível o planejamento das ações da administração pública, tais como a implantação de equipamentos comunitários, aquisição 39 de áreas de interesse social, ampliação do sistema viário, delimitação de áreas de preservação, etc., com prévia noção de valores de desapropriação ou preempção imobiliária. O cadastro técnico municipal atualizado é peça chave para o lançamento da Planta de Valores e um sistema de informações geográficas (SIG) complementa o trabalho avaliatório. 40 ENTENDENDO A BASE DE CÁLCULO DO IPTU – CASO PRÁTICO PLANTA GENÉRICA DE VALORES TABELA I PREÇOS DE M² DE TERRENOS DENOMINAÇÃO DO LOGRADOURO VALOR DO METRO QUADRADO BAIRRO VILA ARRUDA Avenida Minas Gerais até esquina com Avenida Emiliano Correa. R$ 97,22 Rua Miguel José Miziara da Av. Helena Sassioto Reigota até Avenida Emiliano Correa R$97,22 Rua Miguel José Miziara da Avenida Emiliano Correa até Rodovia R$ 52,83 Avenida Emiliano Corrêa da Rua Miguel José Miziara até o fim. R$ 52,83 Avenida Emiliano Corrêa, da Avenida Shangri-lá até Rua Miguel José Miziara R$ 135,02 Alameda Alfredo Lobianco da Alameda 4 até a Rodovia. R$ 83,33 Alameda Alfredo Lobianco da Avenida Minas Gerais até Alameda 4. R$ 97,22 Alameda José Ribeiro da Cruz, da Alameda 4 até a Rodovia. R$ 83,33 Alameda José Ribeiro da Cruz, da Avenida 4 até Alameda 4 R$ 65,66 Alameda 4 R$ 97,22 Avenida 4 R$ 97,22 41 Avenida 2 R$ 83,33 Avenida 3 R$ 83,33 Avenida Professora Sueli Carolina de Lima R$ 97,22 Avenida José Fernandes Filho R$ 97,22 Demais logradouros R$ 52,83 CENTRO Avenida Minas Gerais da Avenida Emiliano Correa até Avenida Helena Sassioto Reigota R$ 450,00 Avenida Aurélio Luiz Mistiere R$ 524,29 Avenida Abdo Jauid Feres da Rua Miguel José Miziara até a Praça Tancredo Neves R$ 285,71 Rua Miguel José Miziara da Av. Helena Sassioto Reigota até Av. Abdo Jauid Feres. R$ 186,06 Rua Jandira Batista de Oliveira R$ 215,00 Avenida Shangri-lá (Avenida Cadige Faitarone Feres) R$ 285,71 Demais logradouros R$ 285,71 VILA CHICA Rua Jandira Batista de Oliveira – da Av. Aurélio Luiz Misitiere até a Rua Miguel José Miziara R$ 188,15 Avenida São Paulo, da Rua Jandira Batista de Oliveira até Rua José Batista da Silva R$ 188,15 Avenida São Paulo, da Rua José Batista da Silva até a Rua Herculano Reis R$ 111,11 Avenida São Paulo, da Rua Herculano Reis até Rua Professora Maria do Carmo R$ 66,66 Av. Afonso Gaioso, da Rua Jandira Batista de Oliveira até Rua José Batista da Silva R$ 188,15 Av. Afonso Gaioso, da Rua José Batista da Silva até Rua Professora Maria do Carmo R$ 83,33 Rua Alquino Morais da Silva, da Rua Jandira Batista de Oliveira até Rua José Batista da Silva R$ 188,15 Rua Alquino Morais da Silva, da Rua José Batista da Silva até Rua Professora Helena Maria da Silva Gino R$ 114,29 Rua Alquino Morais da Silva, da Rua Professora Helena Maria da Silva Gino até Rua Professora Maria do Carmo R$ 66,66 Rua Dr. Júlio Cosi, da Avenida Abud Jauid Feres até Rua José Batista da Silva R$ 188,15 Rua Dr. Júlio Cosi, da Rua José Batista da Silva até Avenida 17 R$ 114,29 Rua Dr. Júlio Cosi, da Avenida 17 até Rua Professora Maria do Carmo R$ 66,66 42 Rua José Batista da Silva, da Avenida São Paulo até Rua Alquino Morais da Silva R$ 188,15 Rua José Batista da Silva, da Rua Alquino Morais da Silva até Rua Miguel José Miziara R$ 111,11 Rua Miguel José Miziara, da Rua Jandira Batista de Oliveira até Rua José Batista da Silva R$ 135,74 Rua Miguel José Miziara da Rua José Batista da Silva até Rua Professora Maria do Carmo R$ 83,33 Rua Herculano Reis entre Rua Miguel José Miziara até Av. Afonso Gaioso R$ 65,79 Rua Professora Maria do Carmo R$ 65,79 Demais logradouros R$ 100,00 VILA MATINHA Avenida Abdo Jauid Feres – da Praça Tancredo Neves até à Rodovia. R$ 197,92 Avenida Shangri-lá (Avenida Cadige Faitarone Feres) R$ 333,00 Avenida Sinomar Furtado, da Avenida Emiliano Correa até o fim. R$ 97,20 Rua Rotary Clube da Avenida Emiliano Correa até a Avenida Circular. R$ 97,20 Avenida Brasil, da Avenida Emiliano Correa até a Rodovia. R$ 97,20 Avenida dos Pinheiros, da Avenida Emiliano Correa até a Rodovia. R$ 97,20 Avenida Circular R$ 97,20 Demais logradouros R$ 138,88 VILA DE FURNAS Avenida Liberdade R$ 204,16 Rua Odilon Pereira dos Santos, da Avenida Abdo Jauid Feres, até Rua Higino Florêncio de Souza R$ 111,11 Rua Odilon Pereira dos Santos, da Rua Higino Florêncio de Souza até Professora Maria do Carmo. R$ 89,99 Rua Josefa Targino do Nascimento, da Avenida Abdo Jauid Feres, até Avenida Liberdade R$ 180,55 Rua Josefa Targino do Nascimento, da Avenida Liberdade até Professora Maria do Carmo. R$ 111,11 Avenida Brasil, da Avenida Abdo Jauid Feres, até Avenida Liberdade R$180,55 Avenida Brasil, da Avenida Liberdade até Professora Maria do Carmo. R$111,11 Rua Rotary Clube, da Avenida Abdo Jauid Feres, até Avenida Liberdade R$ 180,55 43 Rua Rotary Clube, da Avenida Liberdade até Professora Maria do Carmo. R$ 111,11 Rua Frei Humberto Lahaige, da Rua Higino Florêncio de Souza até Professora Maria do Carmo. R$ 111,11 Rua Padre Humberto Lahaige, da Rua Higino Florêncio de Souza até Avenida Liberdade R$ 180,55 Rua Frei Odorico Virga, da Rua Professora Maria do Carmo até a Rua Herculano Reis R$ 111,11 Rua Frei Odorico Virga, da Rua Herculano Reis até a Rua José Batista da Silva R$ 154,00 Rua Frei Odorico Virga, da Rua José Batista da Silva até Praça Tancredo de Almeida Neves R$ 204,16 Avenida Goiás R$ 180,55 Avenida São Paulo R$ 188,15 Professora Maria do Carmo, da Rua Frei Odorico Virga até Rua Rotary Clube R$ 95,26 Professora Maria do Carmo, da Rua Rotary Clube até a Rua Odilon Pereira dos Santos R$ 69,44 Professora Maria do Carmo, da Rua Odilon Pereira dos Santos até a Rodovia R$ 49,89 Rua Herculano Reis, da Rua Frei Odorico Virga até Rua Odilon Pereira dos SantosR$ 111,11 Rua Higino Florêncio de Souza, da Avenida São Paulo até Avenida Brasil R$ 180,55 Rua Higino Florêncio de Souza, da Avenida Brasil até Rua Odilon Pereira dos Santos R$ 111,11 Rua José Batista da Silva R$ 180,55 Avenida Abdo Jauid de Feres, da Praça Tancredo de Almeida Neves até a Avenida Brasil R$ 222,22 Avenida Abdo Jauid de Feres, da Avenida Brasil a Rua Odilon Pereira dos Santos R$ 166,66 Avenida Abdo Jauid de Feres, da Avenida Brasil até a Rodovia R$ 111,11 Rua Jandira Batista de Oliveira, da Rua Rotary Clube até a Rua Odilon Pereira dos Santos R$ 180,55 Rua Jandira Batista de Oliveira, da Av. Aurélio Luiz Mistiere até Rua Rotary Clube R$ 204,16 Demais logradouros R$ 95,26 VILA REIS Rua Odilon Pereira dos Santos, da Avenida Liberdade até a Avenida Abdo Jauid Feres R$ 116,56 44 Rua Odilon Pereira dos Santos, da Professora Maria do Carmo até a Avenida Liberdade R$ 83,33 Avenida Liberdade R$ 116,56 Demais logradouros R$ 69,94 COHAB I Rua Miguel José Miziara R$ 83,33 Demais logradouros R$ 49,89 COHAB II Rua Miguel José Miziara R$ 60,00 Demais logradouros R$49,89 JARDIM ÂNGELO PASSUELO Avenida Abdo Jauid Feres a partir da Rua Miguel José Miziara R$ 256,33 Rua 59, Rua Iturama, Rua Itapagipe, Rua Frutal, Rua Conceição das Alagoas, Rua Comendador Gomes, Rua Carneirinho, Rua Campo Florido, Rua Campina Verde e Rua Miguel José Miziara – TODAS DA RUA PLANURA ATÉ FIM R$ 100,00 Rua Prata, Rua São Francisco de Sales, Rua União de Minas e Rua Veríssimo. R$ 100,00 Demais logradouros R$ 140,00 JARDIM ASSIS SIMPLÍCIO Avenida Abdo Jauid Feres da Rua Miguel José Miziara até Rua das Bromélias R$ 193,33 Avenida Abdo Jauid Feres da Rua das Bromélias até o fim R$ 84,74 Rua das Orquídeas R$ 140,00 Demais logradouros (parte com asfalto e iluminação) R$ 111,11 Demais logradouros (parte sem asfalto e/ou iluminação) R$ 84,74 JARDIM NOSSA SENHORA DA PAZ Todos os logradouros R$ 49,89 JARDIM VÓ ROSA Todos os logradouros R$ 49,89 DISTRITO INDUSTRIAL Todos os logradouros R$ 83,33 ENSEADA AZUL I Logradouros margem da represa, lado direito. R$ 350,00 Demais logradouros e Logradouros margem da represa do lado esquerdo. R$ 230,00 ENSEADA AZUL II Logradouros margem da represa, lado direito. R$ 86,11 Demais logradouros e Logradouros margem da represa do lado esquerdo. R$ 64,00 45 ENSEADA AZUL III (PORTAL DO LAGO) Logradouros margem da represa, lado direito. R$ 86,11 Demais logradouros e Logradouros margem da represa do lado esquerdo. R$ 64,00 ENSEADA SANTA MÔNICA Logradouros margem da represa, lado direito. R$ 147,83 Demais logradouros e Logradouros margem da represa do lado esquerdo. R$ 96,99 MEU CHÃO Todos os logradouros R$ 90,04 JARDIM VERANEIO Todos os logradouros R$ 48,37 RESIDENCIAL NÁUTICO Todos os logradouros 133,33 JARDIM FLORIANÓPOLIS Todos os logradouros R$ 82,64 CONDOMÍNIO RIO GRANDE (JARDIM DORIA CHAVES) Todos os logradouros R$ 100,31 VALE DO PEIXE Todos os logradouros R$ 79,40 DISTRITO DE SANTO ANTÔNIO DO RIO GRANDE (LAGOA SECA) Todos os logradouros R$ 54,01 ÁREA URBANA DECORRENTE LEI Nº1.530/2011 Todos os logradouros R$ 54,01 MARINAS NÁUTICO RESIDENCE I Logradouros margem da represa, lado direito. R$ 200,00 Demais logradouros e Logradouros margem da represa do lado esquerdo. R$ 167,32 MARINAS NÁUTICO RESIDENCE II Logradouros margem da represa, lado direito. R$ 200,00 Demais logradouros e Logradouros margem da represa do lado esquerdo. R$ 167,32 RESIDENCIAL VILA DO CARMO Todos os logradouros R$ 83,33 RESERVA RIO GRANDE Logradouros margem da represa, lado direito. R$ 180,00 Demais logradouros e Logradouros margem da represa do lado esquerdo. R$ 120,00 PARQUE LAGO E SOL Todos os logradouros R$ 138,24 46 TABELA II FATORES CORRETIVOS DE TERRENO FATORES CORRETIVOS DE TERRENO - FCs ZONA FISCAL 1 e 2 SITUAÇÃO FC Uma frente 1,00 Duas frentes 1,10 Três frentes 1,20 Quatro frentes ou mais 1,30 Vila 0,90 Encravado 0,70 Aglomerado 0,40 GLEBA FC Acima de 360 m² a 500,00 m² 0,80 De 500,01 m² a 1000 m² 0,70 De 1000,01 m² a 1.500,00 m² 0,65 De 1500,01 a 2.500 m² 0,60 De 2.500,01 a 5.000 m² 0,55 De 5.000,01 m² a 10.000 m² 0,50 De 10.000,01 m² a 20.000 m² 0,45 De 20.000,01 m² a 50.000 m² 0,40 Acima 50.000,01 m² 0,30 TOPOGRAFIA FC Plana 1,00 Aclive/Declive 0,95 Irregular 0,80 47 PEDOLOGIA FC Normal 1,00 Inundável 0,80 Alagadiço 0,80 Rochoso 0,70 Arenoso 0,70 SITUAÇÃO AMBIENTAL FC Área de APP 0,50 Área verde 0,50 ZONA FISCAL 3 FATORES CORRETIVOS DE TERRENO - FCs SITUAÇÃO FC Uma frente 1,00 Duas frentes 1,10 Três frentes 1,20 Quatro frentes ou mais 1,30 Vila 0,90 Encravado 0,70 Aglomerado 0,40 GLEBA FC Acima de 1.500 m² a 2.500 m² 0,80 De 2.500,01 a 5.000 m² 0,70 De 5.000,01 m² a 10.000 m² 0,60 De 10.000,01 m² a 20.000 m² 0,50 De 20.000,01 m² a 50.000 m² 0,40 Acima 50.000,01 m² 0,30 48 TOPOGRAFIA FC Plana 1,00 Aclive/Declive 0,95 Irregular 0,80 PEDOLOGIA FC Normal 1,00 Inundável 0,80 Alagadiço 0,80 Rochoso 0,70 Arenoso 0,70 SITUAÇÃO AMBIENTAL FC Área de APP 0,50 Área verde 0,50 ZONA FISCAL 4 FATORES CORRETIVOS DE TERRENO - FCs SITUAÇÃO FC Uma frente 1,00 Duas frentes 1,10 Três frentes 1,20 Quatro frentes ou mais 1,30 Vila 0,90 Encravado 0,70 Aglomerado 0,40 GLEBA FC Acima de 1.000 m² a 2.500 m² 0,80 De 2.500,01 a 5.000 m² 0,70 De 5.000,01 m² a 10.000 m² 0,60 49 De 10.000,01 m² a 20.000 m² 0,50 De 20.000,01 m² a 50.000 m² 0,40 Acima 50.000,01 m² 0,30 TOPOGRAFIA FC Plana 1,00 Aclive/Declive 0,95 Irregular 0,80 PEDOLOGIA FC Normal 1,00 Inundável 0,80 Alagadiço 0,80 Rochoso 0,70 Arenoso 0,70 SITUAÇÃO AMBIENTAL FC Área de APP 0,50 Área verde 0,50 50 TABELA III ZONAS FISCAIS ZONA FISCAL 1 CENTRO Avenida Minas Gerais da Avenida Emiliano Correa até Avenida Helena Sassioto Reigota Avenida Aurélio Luiz Mistiere Avenida Abdo Jauid Feres da Rua Miguel José Miziara até a Praça Tancredo Neves Rua Miguel José Miziara da Av. Helena Sassioto Reigota até Av. Abdo Jauid Feres. Rua Jandira Batista de Oliveira Avenida Shangri-lá (Avenida Cadige Faitarone Feres) Demais logradouros ZONA FISCAL 2 BAIRRO VILA ARRUDA Avenida Minas Gerais até esquina com Avenida Emiliano Correa. Rua Miguel José Miziara da Av. Helena Sassioto Reigota até Avenida Emiliano Correa Rua Miguel José Miziara da Avenida Emiliano Correa até Rodovia Avenida Emiliano Corrêa da Rua Miguel José Miziara até o fim. Avenida Emiliano Corrêa, da Avenida Shangri-lá até Rua Miguel José Miziara Alameda Alfredo Lobianco da Alameda 4 até a Rodovia. Alameda Alfredo Lobianco da Avenida Minas Gerais até Alameda 4. Alameda José Ribeiro da Cruz, da Alameda 4 até a Rodovia. Alameda José Ribeiro da Cruz, da Avenida 4 até Alameda 4 Alameda 4 Avenida 4 Avenida 2 Avenida 3 Avenida Professora Sueli Carolina de Lima Avenida José Fernandes Filho Demais logradouros 51 VILA CHICA Rua Jandira Batista de Oliveira – da Av. Aurélio Luiz Misitiere até a Rua Miguel José Miziara Avenida São Paulo, da Rua Jandira Batista de Oliveira até Rua José Batista da Silva Avenida São Paulo, da Rua José Batista da Silva até a Rua Herculano Reis Avenida São Paulo, da Rua Herculano Reis até Rua Professora Maria do Carmo Av. Afonso Gaioso, da Rua Jandira Batista de Oliveira até Rua José Batista da Silva Av. Afonso Gaioso, da Rua José Batista da Silva até Rua Professora Maria do Carmo Rua Alquino Morais da Silva, da Rua Jandira Batista de Oliveira até Rua José Batista da Silva Rua Alquino Morais da Silva, da Rua José Batista da Silva até Rua Professora Helena Maria da Silva Gino Rua Alquino Morais da Silva, da Rua Professora Helena Maria da Silva Gino até Rua Professora Maria do Carmo Rua Dr. Júlio Cosi, da Avenida Abdo Jauid Feres
Compartilhar