Imitância Acústica: Medidas e Aplicações

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04/04/2022
Medidas de 
Imitância
Acústica
Parte 1
Docente: Ma. Maria Taiany Duarte de Oliveira
Imitância
acústica
▹ Medidas eletroacústicas não invasivas
que contribuem na avaliação da
integridade e função do mecanismo
auditivo periférico.
▹ Mobilidade tímpano-ossicular
▹ Integridade das vias auditivas
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Imitância
acústica
▹ Aplicações:
Perdas auditivas condutivas;
Pesquisa do recrutamento de Metz;
Avaliação da função tubária;
Pesquisa do declínio do reflexo acústico;
Detecção de problemas de orelha média.
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Imitância
acústica
Transferência de energia:
▹ Admitância acústica – o sistema facilita 
a passagem do fluxo de energia sonora.
▹ Impedância acústica – o sistema opõe-se 
à passagem do fluxo de energia sonora.
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Princípios 
físicos ▹ Impedância Acústica
- Resistência: Produto da fricção da 
cadeia ossicular, não depende da 
frequência
- Reactância: Depende da frequência, 
massa (peso do martelo e bigorna) e 
rigidez (ligamentos, músculos e 
articulações)
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Princípios 
físicos ▹ Mecanismo de condução sonora
- Frequências baixas (graves) –
controlado pela rigidez
- Frequências altas (agudos) – controlado 
pela massa
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Princípios 
físicos ▹ Admitância acústica 
- Condutância: energia que flui através 
da resistência 
- Susceptância: energia que flui 
resultante da reactância
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Conceito 
básico Complacência
▹ É o inverso da rigidez
▹ Expressa a facilidade ou magnitude do
movimento tímpano-ossicular
▹ Elasticidade, mobilidade da membrana
timpânica
“Compliância mede a mobilidade da orelha média, na
qual, fatores como massa, rigidez e resistência atuam,
facilitando ou impedindo o seu movimento”
(Camboim, Scharlach, et al., 2012)
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Qualquer alteração na membrana
timpânica e/ou cadeira ossicular ou
ainda na cavidade timpânica levará a
um aumento da impedância acústica
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Equipamento
Analisador eletroacústico da orelha média
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Imagem: https://all.biz/br-pt/imitancimetro-automtico-interacoustics-at-235-g37620
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Equipamento
Sonda
ALTO-FALANTE
1. Acoplado ao gerador
de tom puro (226 Hz)
Dirige som para o
meato acústico
externo
2. Apresentação dos
estímulos para a
pesquisa dos reflexos
ipsilaterais.
Obs: Tons de sonda de
660, 675 e 1000Hz.
TRANSDUTOR DE
PRESSÃO (bomba
de ar)
+ 200 a -400
decapascals (daPA)
MICROFONE
Monitora a
quantidade de
pressão sonora que
permanece no
meato acústico
externo
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Até 6 meses – frequência da sonda de 
1000Hz
A partir dos 6 meses – frequência de 
sonda de 226Hz
Imitância
acústica Três medições:
▹ Dinâmicas: duas medidas de imitância obtidas 
quando a membrana timpânica está sob 
variação de pressão. 
▹ Estáticas: medidas referentes ao aspecto da 
imitância no momento em que a membrana 
timpânica está em sua posição de repouso 
normal.
▹ Timpanometria e reflexo do músculo do estribo
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▹ É a medida da variação da imitância acústica do sistema
auditivo em função da variação de pressão introduzida
no meato acústico externo.
▹ Para que essa medida seja alcançada é necessária a
vedação hermética do meato acústico externo, através
de uma oliva de látex.
▹ A mobilidade máxima (pico de admitância) ocorre
quando a pressão é igual em ambos os lados da
membrana timpânica.
Timpanometria
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Timpanometria
Timpanograma ▹ A amplitude da curva
desde a linha de base
ilustra o grau de
mobilidade do sistema
da orelha média
▹ A medida que a
admitância aumenta,
maior será a curva
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Variação da 
mobilidade (eixo y)
Variação da pressão 
(eixo x)
+200 0 -200
Pico de admitância
(mobilidade igual
em ambos os lados)
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Timpanometria
▹ Avalia a mobilidade
da membrana
timpânica
▹ Avalia as condições
da orelha média
▹ Verifica a mudança
da imitância acústica
decorrente da
variação da pressão
do ar no meato
acústico externo
▹ +200dapA – mínimo de
complacência para obter
o volume equivalente da
OE
▹ Ponto de máxima
complacência (posição
neutra) é atingida quando
a pressão da OE e OM de
igualam – volume
equivalente da OE+OM
▹ Reduz pressão até marca
inicial
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Timpanometria
Realização do exame
▹ Seleção do molde (oliva|) para encaixar na 
sonda;
▹ Introduzir no meato acústico externo do paciente 
puxando o pavilhão auricular pra trás e pra cima;
▹ Deve verificar se houve vedamento do MAE;
▹ Introduz a pressão de +200daPa;
▹ Reduz a pressão e verifica-se o momento onde as 
pressões de OM e OE ficam iguais.
▹ Reduz-se a pressão ate -400daPa (marca inicial)
Obs: equipamentos atuais podem realizar no modo 
manual ou automático
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Curva 
timpanométrica ▹ Tipo A: curva normal caracterizada por um pico de máxima admitância à baixa pressão no MAE (–100 a + 50 decapascals – daPa)
▹ Tipo As (ou Ar): caracterizada por um pico de máxima admitância à baixa 
pressão, mas com amplitude reduzida. Curva presente em condições de 
aumento de rigidez do sistema 
▹ Tipo C: curva caracterizada por pico de máxima admitância deslocado 
para pressão negativa, compatível com disfunção da tuba auditiva
▹ Tipo B: curva plana caracterizada por ausência de pico de máxima 
admitância; encontrada em casos de presença de líquido no espaço da 
orelha média
▹ Tipo Ad: curva aberta, presente em condições de diminuição de rigidez do 
sistema. Segundo vários autores, é compatível com disjunção de cadeia 
ossicular
▹ Tipo D: curva com duplo pico de máxima admitância.
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(CARVALLO E SANCHES, 2015)
Timpanometria
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Classificação do Timpanograma
(CFFa, 2020)
Obs: Na sonda de 1000 Hz consideramos pico positivo ou negativo como classificação
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Atenção
▹ Gradiente - uma medida objetiva que descreve a
inclinação da forma timpanométrica próxima ao pico.
O timpanograma plano pode ser quantificado por meio
do gradiente, o qual descreve a relação da sua altura
com a sua largura.
▹ Normalidade – 0,2 a 1,0 (mmhos ou ml)
(Camboim, Scharlach, et al., 2012)
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Tipos de curvas timpanométricas
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y mL
x
-200 0 +200 daPa
0,5
A Ar B
C Ad Duplo pico
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Medidas de 
Imitância Acústica
Parte 2
Docente: Ma. Taiany Duarte
Pesquisa do 
Reflexo Acústico
▹ Menor intensidade de um tom puro ou
ruído capaz de produzir a contração do
músculo do estapédio.
▹ “O reflexo é uma contração
involuntária dos músculos da orelha
média em resposta a um estímulo
sonoro” (Norris, 1980)
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Pesquisa do 
Reflexo Acústico
▹ A admitância da orelha média diminui
quando os dois músculos (estapédio e
tensor do tímpano) contraem-se
aumentando a rigidez do sistema.
▹ O músculo contraído, ocorre tensão da
cadeia ossicular reduzindo a
transmissão de energia de baixa
frequência de forte intensidade.
Pesquisa do 
Reflexo Acústico
▹ O músculo do estapédio contribui para
o reflexo acústico, denominando-se
então reflexo acústico do músculo
estapédio.
▹ Normal = valores do reflexo
estapediano para tons puros variam
entre 70 a 100 dB NA.
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Pesquisa do 
Reflexo Acústico
▹ A contração ocorre bilateralmente, mesmo 
quando somente uma orelha é estimulada.
▹ Medida contralateral
▹ Medida ipsilateral.
▹ Integridade = Aferência (VIII) + vias de 
associação + eferência (VII) – Arco reflexo 
estapédio-coclear
Equipamento
Imagem: https://all.biz/br-pt/imitancimetro-automtico-
interacoustics-at-235-g37620
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Via Ipsilateral
OM OI NC OENC OMTE OIOE
VIIMM MMVII
ORELHA DIREITA ORELHA 
ESQUERDA
Ativado por impulsos das CCI – nervo acústico – núcleo coclear
– complexo olivar superior – núcleo motor facial – nervo facial –
músculo estapédio ipsilateral
Pesquisa do 
Reflexo Acústico
Via Ipsilateral
▹ Estímulo oferecido e captado pela 
sonda
▹ Via aferente e eferente: Orelha que está 
com a sonda
▹ Avalia em dBNPS
▹ Realizado em 1000 e 2000Hz
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Via Contralateral
OM OI NC OENC OMTE OI
VIIMM MMVII
OE
ORELHA DIREITA ORELHA 
ESQUERDA
Após estimulação do VIII par e núcleo coclear, osimpulsos são
transmitidos ao complexo olivar superior medial e cruzam para
o núcleo motor facial contralateral, atingindo o músculo do
estapédio.
Pesquisa do 
Reflexo Acústico
Via contralateral
▹ Estímulo oferecido pelo fone e reflexo 
captado pela sonda
▹ Via aferente: orelha que está com o fone
▹ Via eferente: orelha que está com a sonda
▹ Avalia em dBNA
▹ Realizado em 500, 1000, 2000 e 4000Hz
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Pesquisa do reflexo Acústico
FONE = SOM SONDA = CAPTA
O REFLEXO
Pesquisa do 
Reflexo Acústico Alteração dos Reflexos Acústicos
▹ Via aferente
Perda auditiva sensorioneural > 60dB
Patologias de OM
▹ Via eferente
Lesão do Nervo facial (supra-estapediana)
Agenesia dos músculos
Patologias de OM
▹ Vias de associação
Patologias centrais
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Pesquisa do 
Reflexo Acústico
Pesquisa do Recrutamento de Metz
▹ Diferença menor ou igual a 60dB entre
o limiar tonal e o limiar do reflexo
acústico
▹ Comparado com o reflexo contralateral
▹ Sugestivo de lesão coclear
Obs: Acima de 100dB – lesão retrococlear
Pesquisa do 
Reflexo Acústico
Realização do exame
▹ Oscilador de frequência em 500Hz e o
atenuador em 80dBNA e apresenta o
sinal por 3 segundos.
▹ Aumenta ou diminui de 5 em 5dB
pesquisando o nível mínimo do reflexo
acústico.
▹ Pesquiso as próximas frequências
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Esquema de fone e sonda
Pesquisa do 
Reflexo Acústico
▹ Anotação dos resultados
ORELHA DIREITA CONTRALATERAL IPSILATERAL
FREQUÊNCIA
(Hz)
LIMIAR 
TONAL
VIA AFERENTE DIFERENÇA VIA AFERENTE
(SONDA NA OD)
500 10dB 80dB 70dB -
1000 0dB 75dB 75dB 70dB
2000 5dB 80dB 75dB 75dB
4000 0dB 80dB 80dB -
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Classificação do reflexo acústico estapediano 
contralateral 
Pesquisa do 
Reflexo Acústico
Outras aplicações:
▹ Avaliação da função tubária
Portadores de perfuração da membrana
timpânica
▹ Pesquisa do fenômeno de Túlio
Paciente apresenta vertigem com a estimulação
do reflexo acústico em forte intensidade
(125dB) nas frequências de 1000, 2000 e
4000Hz.
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Vamos treinar?
Vamos treinar?
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Vamos treinar?
ORELHA DIREITA CONTRALATERAL IPSILATERAL
FREQUÊNCI
A
(Hz)
LIMIAR 
TONAL
VIA 
AFERENTE
DIFERENÇ
A
VIA AFERENTE
(SONDA NA OD)
500
1000
2000
4000
ORELHA ESQUERDA CONTRALATERAL IPSILATERAL
FREQUÊNCI
A
(Hz)
LIMIAR 
TONAL
VIA 
AFERENTE
DIFERENÇ
A
VIA AFERENTE
(SONDA NA OE)
500
1000
2000
4000
Fone na direita e sonda na esquerda:
IPSI = 85; 80
CONTRA = 85;85;90;90
Fone na esquerda e sonda na direita:
IPSI = 70; 75
CONTRA = 75;80;85;90
Bons estudos!!!
fonotaianyduarte@gmail.com
@taianyduartefono
Referências sugeridas: 
BOÉCHAT, et al. Tratado de Audiologia. 2° ed. Ed. Guanabara: 
Rio de Janeiro, 2015.
CAMBOIM, SCHARLACH, et al. Análise da compliancia e 
gradiente timpanométrico em lactentes com refluxo. Rev. Soc. 
Bras. Fonoaudiol. 2012; 17(2):156-60.
SISTEMAS DE CONSELHO DE FONOAUDIOLOGIA. Guia de 
Orientações na avaliação audiológica . Abril, 2020
MOMENSOHN-SANTOS, T. M.; RUSSO, I. C. P. A prática da 
Audiologia clínica. Rio de Janeiro: Cortez; 2005.
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