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APG 14 – The Big Ramy Objetivo 1 – compreender a histologia do tecido muscular esquelético. É formado por um feixe de células muito longas, cilíndricas, multinucleadas e com inúmeros filamentos cilíndricos chamados miofibrilas. Diâmetro varia de 10 a 100um. Essas fibras tem origem no embrião pela fusão de células alongadas que são os mioblatos.. Os núcleos elípticos estão localizados na periferia, abaixo do sarcolema → diferencia o musculo esquelético do musculo cardíaco (nos cardíacos os núcleos estão no centro) HISTOLOGIA APLICADA: As variações desse musculo vão depender de vários fatores, como idade, sexo, estado de nutrição e o treinamento físico, pois o exercício aumenta a musculatura e diminui o tecido adiposo. Esse aumento acontece por meio das miofibrilas, com o aumento do diâmetro das fibras musculares -> processo caracterizado pelo aumento do volume das células. ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELETICO O bíceps ou o deltoide são exemplos de músculos que são formados por milhares de fibras musculares organizadas em feixes e envolvidos por camadas de um tecido conjuntivo denso não modelado chamada epimísio que recobre o musculo inteiro. Desse tecido partem finos septos de tecido conjuntivo não modelado que vão até o interior do musculo e o separa em feixes chamados de fascículos que é envolvido pelo perimísio. Entre as fibras a gente tem uma camada musculares tem uma delicada camada de tecido conjuntivo fino que é o endomísio, que são formados por fibras reticulares e células de tec. Conjuntivo. Essa camada contem uma extensa rede de capilares sanguíneos. Cada célula muscular esquelética é envolvida por uma lâmina basal. Tecido conjuntivo vai conter vasos linfáticos e nervos. ESTRUTURAS DAS FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS: Essas fibras apresentam estriações transversais que são identificadas pelas faixas claras e escuras que podem ser observadas no microscópio óptico. Já no microscópio de polarização, a faixa escura é apresentada anisotrópica e recebe o nome de banda A → essa banda tem uma região mais clara no centro que é chamada de banda H. Faixa clara de banda I que se apresenta isotrópica (escura). No centro dessa banda I vai ser possível observar uma linha escura e transversal, chamada de linha Z ou disco Z. As fibras tem aspecto estriado porque cada fibra muscular tem milhares de filamentos cilíndricos, as miofibrilas, que medem de 1 a 2 um de diâmetro e são paralelos ao eixo maior de fibras musculares. Cada uma dessas miofibrilas é formada pela sequência de sarcômeros, que medem cerca de 2,5 um de comprimento e são formados pela região de miofibrilas situada entre dois discos Z sucessivos. Cada um desses sarcômeros vão conter uma banda A ladeada por duas semibandas I Os sarcômeros das inúmeras miofibrilas de cada fibra estão dispostas em faixas e cada faixa dessa está alinhada com as faixas subjacentes. ● Miofibrilas: constituídas por longos filamentos altamente organizados dispostos longitudinalmente, e paralelamente ao eixo das células. Esses filamentos são chamados de microfilamentos. As microfibrilas e seus filamentos e disco z tem vários constituintes proteicos. ↳ Fino - predominam moléculas de actina ↳ Grosso - predomina moléculas de miosina II DISTRIBUIÇÃO DOS MIOFILAMENTOS E DE SUAS MOLÉCULAS NOS SARCÔMEROS. Cada miofibrila é formada por várias sequencias de sarcômeros, e cada uma é delimitada por dois discos Z, um em cada extremidade. No disco Z os sarcômeros estão ancorados nos filamentos finos que ficam em cada um dos lados limitados pelo disco Z. Esses filamentos de dirigem pro centro de cada sarcômero, suas extremidades se intercalam com os filamentos grossos que vão estar dispostas paralelas entre si na região central de casa sarcômero. Com o resultado dessa organização, essa banda I vai ser formada somente de filamentos finos. Os filamentos grossos vão ocupar a banda A -> região central do sarcômero. Na porção externa de casa banda A a gente vai ter filamentos finos intercalados com filamentos grossos que vão se estender até as bordas da banda H Essa banda H vai estar na porção mais central de casa sarcômero → contem filamentos grossos. As miofibrilas dos sarcômeros vai ter a presença de 4 proteínas principais: miosina, actina, tropomiosina e troponina. ● Miosina e a actina juntas apresentam 55% total as proteínas dos músculos. PROTEÍNAS MUSCULARES: ACTINA: Possui forma de polímeros longos chamados de actina F, formado por duas cadeias de monômeros globulares (actina G) que formam uma hélice dupla. Cada actina G tem 5,6nm de diâmetro, são assimétricas e quando se polimerizam formam a actina F. ↳ Cada monômero globular de actina G tem um sitio que interagem com a miosina . ↳ Filamentos de actina são ancorados em perpendicularmente em cada lado do disco Z – vão ter polaridades opostas em cada lado da linha TROPOMIOSINA: São molécula longa e fina, tem 40mn de comprimento, constituída por duas cadeias de polipeptídicas enroladas entre si. As moléculas se unem pela extremidade para formar filamentos, que são colocados no sulco que existe estre os filamentos de actina F. TROPONIMA: Complexo de 3 subunidades: ● TnT – se liga fortemente à tropomiosina ● TnC – forte afinidade por íons de cálcio ● TnI – cobre o sitio ativo de actina, onde ocorre a interação da actina com a miosina Cada molécula de tropomiosina tem um locas especifico que vai se prender a troponina MIOSINA II: São moléculas grandes, possuem formato de bastão com 20nm de comprimento e 2 a 3mn de diâmetro. Formado por 2 cadeias em hélice. Em uma das extremidades apresenta uma saliência globular, que contem locais de combinação com ATP e forma a atividade básica ATPásica. Nessa parte que ocorre a combinação de actina e a hidrolise de ATP que libera energia para a contração. A parte da banda H (região central do sarcômero) é uma região de miosina constituída exclusivamente do segmento em bastão das moléculas. No centro dessa banda a gente encontra a linha M que é formada por ligações laterais entre filamentos grossos adjacentes. Importante pra manutenção do filamento no sarcômero. Várias proteínas formam a linha H como a miomesina OUTRAS PROTEINAS PRESENTES NO SARCOMERO: ● Tinina: formada por uma cadeia que percorre quase metade do sarcômero, a partir do disco Z até a linha M. ● Nebulina: uma longa cadeia e proporciona estabilidade ao sarcômero. PROTEÍNAS LINHA Z Também são importantes para a manutenção da miofibrilas pois os filamentos de finos se ancoram nesses discos. O conjunto de miofiblilas é ancorado à membrana plasmática por proteínas que tem afinidade tanto pelos miofilamentos como por proteínas da membrana plasmática. Uma dessas proteínas: distrofina → liga os filamentos de actina a proteína do sarcolema. HISTOLOGIA APLICADA: Distrofia muscular de Duchenne é uma miopatia hereditária, ligada ao cromossomo X. Causa lesões e progressivas das fibras musculares e, frequentemente, leva à morte prematura. No musculo esquelético desses doentes nota-se que a distrofia é inexistente ou a molécula é defeituosa. Objetivo 2: Entender a fisiologia da contração mucular. A contração ocorre porque a cabeça da miosina se prenda e desliza ao longo dos filamentos de um sarcômero, dessa forma ele empurra os filamentos finos na direção da linha M. Filamentos finos deslizam para dentro e se encontram no centro do sarcômero. Conforme os filamentos finos vão deslizando a gente tem o estreitamento da banda I e H que desaparecem quando o musculo atinge a contração máxima. A banda A e os comprimentos dos filamentos finos e grossos não são alterados. Os filamentos finos presos em cadalado da linha Z, quando deslizam, fazem a linha Z se aproximar causando o encurtamento do sarcômero. Esse encurtamento causa encurtamento em toda a fibra muscular, que encurta todo o musculo. CICLO DA CONTRAÇÃO: Quando a contração inicia o reticulo sarcoplasmático libera íons cálcio (Ca2+) no sarcoplasma e se ligam à tropanina. A tropanina leva a tropomiosina pra longe dos locais de ligação com a miosina e actina. Esses locais de ligação quando estão liberados inicia do ciclo da contração. E repetição desse processo faz com que os filamentos deslizem. Temos 4 etapas nesse ciclo: ● Hidrólise de ATP. A cabeça de miosina engloba um local de ligação com o ATP e uma ATPase, enzima que hidrolisa o ATP em ADP (difosfato de adenosina) e um grupo fosfato. Essa reação de hidrólise reorienta e energiza a cabeça de miosina. Observe que os produtos da hidrólise de ATP – ADP e um grupo fosfato – ainda continuam presos à cabeça de miosina. ● Acoplamento da miosina à actina para formar pontes transversas. As cabeças de miosina energizadas se fixam aos locais de ligação com a miosina na actina e liberam o grupo fosfato previamente hidrolisado. Quando as cabeças de miosina se prendem à actina durante a contração, elas são chamadas pontes transversas. ● Movimento de força. Depois da formação das pontes transversas, ocorre o movimento de força. Durante o movimento de força, o local na ponte transversa onde o ADP ainda está ligado se abre. Em consequência disso, a ponte transversa roda e libera o ADP. A ponte transversa gera força ao rodar em direção ao centro do sarcômero, deslizando o filamento fino pelo filamento grosso na direção da linha M. ● Desacoplamento da miosina da actina. Ao final do movimento de força, a ponte transversa permanece firmemente presa à actina até se ligar a outra molécula de ATP. Quando o ATP se liga ao local de ligação com o ATP na cabeça de miosina, a cabeça de miosina se solta da actina. Esse ciclo se repete conforme a ATPase da miosina hidrolisa as moléculas de ATP e enquanto ainda possui níveis de cálcio perto dos filamentos finos na linha M. Cada uma das 600 pontes em um filamento grosso acopla e desacopla 5x por segundo. E a todo instante algumas cabeças de miosinas são acopladas à actina gerando força. Outras cabeças de misoina são desacopladas da actina para se prepararem para acoplar novamente. A repetição desse ciclo, a força gerada pela movimentação das pontes transversais puxa a linha Z gerando o encurtamento do sarcômero. Na contração máxima a distancia das linhas Z diminui para a metade do que ela se encontra em repouso. As linhas z se encontram, puxam todos os sarcômeros e diminui a fibra muscular. O componente muscular é originado por moléculas de titina, tecido conjuntivo que se localizam ao redor dessas fibras musculares e os tendões que que prendem o musculo ao osso. Quando as células do musculo esquelético se encurta, primeiro ela puxa os tendões e os revestimentos de tec. Conjuntivo → tecidos dos tendões se estiram e puxam os ossos aos quais eles estão presos. Isso gera movimentação de uma parte do corpo. ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO ↳ Elevação de Ca2+ no sarcoplasma inicia a contração, e a diminuição cessa. ↳ Quando a fibra muscular está relaxada, a concentração de cálcio no sarcoplasma é baixa, porém ele fica armazenado dentro do reticulo sarcoplasmático. ↳ O potencial de ação inicia no sarcolema e túbulos T, isso gera a abertura da canais de Ca2+ na membrana do reticulo sarcoplasmático. ↳ Cálcio sai desse reticulo e entra no sarcoplasma se acomodando ao redor dos filamentos finos e grossos. Concentração de cálcio sobe 10x. ↳ Íons de cálcio de combina com a troponina e mudam de forma, e essa mudança movimenta da tropomiosina para longe dos locais de ligação da miosina com actina. ↳ Locais de ligação livre, a cabeça da miosina se liga a eles e forma as pontes transversais dando inicio ao ciclo de contração. A membrana do RS também possui bombas de transporte ativo de Ca2+ que vão usar ATP pra fazer esse transporte de maneira constante, do sarcoplasma pro RS. Enquanto o potencial de ação se propaga pelos túbulos T, os canais de liberação de ca2+ são abertos e esses íons vão pro sarcoplasma com mais rapidez do que são transportados para p RT pela bomba. Quando o ultimo potencial de ação passa pelos túbulos T, os canais de saída de cálcio de fecham e o íon é levado de volta para o RS pela bomba, diminuindo a concentração no sarcoplasma. Quando estão dentro do sarcoplasma o ca2+ se liga a moléculas de calsequestina, fazendo o “sequestro” de mais ca2+, elevando a concentração, gerando a contração muscular. A queda dos níveis de ca2+ faz com que a tropomiosina volte a cobrir os locais de ligação da miosina e os músculos relaxam. JUNÇÃO NEUROMUSCULAR O neurônio que estimula a fibra esquelética a fibra a se contrair são os neurônios somáticos motores. Cada um desses neurônios apresenta um axônio filiforme que vai do encéfalo ou medula espinhal até o grupo de musculo esquelético. As fibras musculares esqueléticas se contraem em resposta de um ou mais potenciais de ação que percorre o sarcolema e sistema de túbulos T. Esses potenciais de ação têm origem na junção neuromuscular, que é a sinapse entre 2 neurônios somático motor e uma fibra muscular esquelética. ↳ sinapse é a região que ocorre comunicação entre 2 neurônios ou um neurônio e uma célula-alvo (neurônio motor e uma fibra muscular) ↳ na maioria das sinapses temos a fenda sináptica que é um espaço que separa as duas celular, e os neurotransmissores que faz a comunicação entre os 2 neurônios por sinais químicos. Na Junção neuromuscular, as terminações do neurônio motor vão se chamar de terminal axônico que é dividido em grupos sinápticos. Dentro do citosol de cada botão sináptico temos milhares de estruturas saculares que vão ser envolvidas por uma membrana chamada de vesícula sináptica. Dentro dessas vesículas temos milhares de moléculas de acetilcolina, que é um neurotransmissor. Já na região oposta ao botão, temos a placa motora, que é a parte da fibra muscular do JNM. Dentro dessas placas, há de 30 a 40 milhões de receptores de acetilcolina, que são proteínas transmembrana em que a acetilcolina se liga. Esses receptores são abundantes nas dobras juncionas, que são sulcos profundos que oferecem uma grande área de superfície pra acetilcolina. Os receptores de acetilcolina são canais iônicos dependente de ligante → junção neuromuscular inclui todos os botões sinápticos terminais e a placa motora da fibra muscular no outro lado. ● Liberação de acetilcolina. A chegada do impulso nervoso nos botões sinápticos terminais estimula a abertura dos canais dependentes de voltagem. Uma vez que os íons cálcio estão mais concentrados no líquido extracelular, o Ca2+ flui para dentro através dos canais abertos. O Ca2+, por sua vez, estimula as vesículas sinápticas a sofrerem exocitose. Durante a exocitose, as vesículas sinápticas se fundem com a membrana plasmática do neurônio motor, liberando ACh na fenda sináptica. Em seguida, a ACh se difunde pela fenda sináptica entre o neurônio motor e a placa motora. ● Ativação dos receptores de ACh. A ligação de duas moléculas de ACh ao receptor na placa motora abre um canal iônico no receptor de ACh. Uma vez aberto o canal, pequenos cátions, sobretudo Na2+, podem fluir através da membrana. ● Produção do potencial de ação muscular. O influxo de Na2+ (contra o seu gradiente eletroquímico) torna o interior da fibra muscular mais positivamente carregado. Essa mudança no potencial de membrana desencadeia um potencial de ação muscular. Cada impulso nervoso normalmente evoca um potencial de ação muscular. O potencial de ação, por sua vez, se propaga pelo sarcolema parao sistema de túbulos T, fazendo com que o retículo sarcoplasmático libere seus Ca2+ armazenados no sarcoplasma e a fibra muscular subsequentemente se contraia. ● Término da atividade da ACh. O efeito da ligação da ACh dura pouco porque a ACh é logo degradada por uma enzima chamada acetilcolinesterase (AChE). Essa enzima está presa às fibras de colágeno na matriz extracelular da fenda sináptica. A AChE degrada a ACh em acetil e colina, produtos incapazes de ativar o receptor de acetilcolina.
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