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@poli.canuto K TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO O tecido muscular esquelético é assim chamado porque a maioria dos músculos esqueléticos movimenta os ossos do esqueleto (TORTORA) O tecido muscular é estriado: faixas de proteínas claras e escuras alternadas (estriações) são visíveis quando o tecido é examinado ao microscópico (TORTORA) O tecido muscular esquelético funciona principalmente de maneira voluntária. Sua atividade pode ser conscientemente controlada por neurônios (células nervosas) integrantes da divisão somática (voluntária) do sistema nervoso. (TORTORA) A maioria dos músculos esqueléticos também é controlada de maneira subconsciente até certo grau. Por exemplo, o diafragma continua a contrair e relaxar de maneira alternada sem controle consciente para que a respiração não pare. (TORTORA) FUNÇÕES DO TECIDO MUSCULAR: 1) Efetuação de movimentos corporais. Movimentos de corpo todo como andar e correr, e movimentos localizados como segurar um lápis, digitar ou acenar com a cabeça, resultantes de contrações musculares, dependem do funcionamento integrado de músculos esqueléticos, ossos e articulações. (TORTORA) 2) Estabilização das posições do corpo. As contrações dos músculos esqueléticos estabilizam articulações e ajudam a manter posições corporais como ficar de pé ou sentado (TOROTRA) 3) Armazenamento e movimentação de substâncias dentro do corpo. As contrações de músculos esqueléticos promovem o fluxo de linfa e ajudam no retorno do sangue venoso para o coração. (TORTORA) 4) Geração de calor. Com a contração, o tecido muscular produz calor, um processo chamado de termogênese. A maioria do calor gerado pelo músculo é usada para manter a temperatura normal do corpo. Contrações involuntárias de músculos esqueléticos, chamadas tremores, aumentam a produção de calor. (TORTORA) COMPONENTES DO TECIDO CONJUNTIVO Cada um dos músculos esqueléticos é um órgão separado, composto de centenas de milhares de células denominadas de fibras musculares por conta de seus formatos alongados. Desse modo, célula muscular e fibra muscular são dois termos que designam a mesma estrutura (TORTORA) O tecido conjuntivo circunda e protege o tecido muscular. (TORTORA) A tela subcutânea, ou hipoderme, que separa o músculo da pele, é composta por tecido conjuntivo areolar e tecido adiposo; consiste em uma via para a entrada e saída de nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos dos músculos. O tecido adiposo da tela subcutânea armazena a maioria dos triglicerídios do corpo, serve de camada de isolamento que reduz a perda de calor e protege os músculos do trauma físico. (TORTORA) A fáscia é uma lâmina densa ou faixa larga de tecido conjuntivo denso não modelado que reveste a parede corporal e os membros, além de sustentar e envolver músculos e outros órgãos do corpo, essa une músculos com funções similares A fáscia possibilita o movimento livre dos músculos, aloja nervos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos e preenche os espaços entre os músculos. (TORTORA) Contração muscular PROPRIEDADES DO TECIDO MUSCULAR Excitação elétrica: a capacidade de responder a determinados estímulos por meio da produção de sinais elétricos chamados potenciais de ação. Os potenciais de ação nos músculos são chamados de potenciais de ação musculares Para as células musculares, dois tipos principais de estímulos desencadeiam os potenciais de ação. Um deles é o sinal elétrico autorrítmico que surge no próprio tecido muscular, como no marca-passo cardíaco. O outro é o estímulo químico, como neurotransmissores liberados por neurônios, hormônios distribuídos pelo sangue ou, até mesmo, alterações locais de pH. (TORTORA) Contratilidade é a capacidade do tecido muscular de se contrair vigorosamente quando estimulado por um potencial de ação. Ao se contrair, o músculo esquelético gera tensão (força de contração) enquanto puxa seus pontos de inserção. (TORTORA) Extensibilidade é capacidade de o tecido muscular se estender com limites sem sofrer lesão. O tecido conjuntivo no interior do músculo limita seu grau de extensibilidade e o mantém dentro da amplitude de contração das células musculares (TORTORA) Elasticidade é a capacidade do tecido muscular de retornar ao comprimento e forma originais depois de uma contração ou alongamento. (TORTORA) @poli.canuto Três camadas de tecido conjuntivo se estendem a partir da fáscia para proteger e reforçar o músculo esquelético: O epimísio é a camada externa que envolve todo o músculo. Consiste em tecido conjuntivo denso não modelado (TORTORA) O perimísio também é uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado, porém circunda grupos de 10 a 100, ou mais, fibras musculares, separando-as em feixes chamados de fascículos. (TORTORA) O endomísio penetra no interior de cada fascículo e separa as fibras musculares individualmente. O endomísio consiste principalmente de fibras reticulares. (TORTORA) ANATOMIA MICROSCÓPICA Os componentes mais importantes de um músculo esquelético são as próprias fibras musculares. (TORTORA) Uma vez que cada fibra muscular esquelética se origina durante o desenvolvimento embrionário a partir da fusão de uma centena ou mais de pequenas células mesodérmicas chamadas mioblastos, cada fibra muscular esquelética madura apresenta uma centena ou mais de núcleos. Ao ocorrer a fusão, a fibra muscular perde sua capacidade de sofrer divisão celular. Assim, a quantidade de fibras musculares esqueléticas é determinada antes do nascimento e a maioria dessas células dura a vida toda. (TORTORA) SACORLEMA, TÚBULOS TRANSVERSOS E SARCOPLASMA Os múltiplos núcleos de uma fibra muscular esquelética estão localizados logo abaixo do sarcolema, a membrana plasmática da célula muscular (TORTORA) Milhares de minúsculas invaginações do sarcolema, chamadas túbulos transversos (T), formam um túnel da superfície para o centro de cada fibra muscular. Uma vez que se abrem para o exterior da fibra, os túbulos T são cheios de líquido intersticial. (TORTORA) Os espaços entre as miofibrilas são preenchidos pelo líquido intracelular conhecido como sarcoplasma, contendo grande quantidade de potássio, magnésio e fosfato, além de múltiplas enzimas proteicas. (GUYTON) Também está presente nessa substância um número imenso de mitocôndrias, situadas paralelas às miofibrilas. Essas mitocôndrias fornecem às miofibrilas, que se contraem, grande quantidade de energia, na forma de trifosfato de adenosina (ATP), formada pelas mitocôndrias (GUYTON) Dentro do sarcolema se encontra o sarcoplasma, que consiste no citoplasma da fibra muscular. O sarcoplasma apresenta uma quantidade substancial de glicogênio. Além disso, o sarcoplasma contém uma proteína de cor vermelha chamada mioglobina. Essa proteína, encontrada apenas no músculo, liga moléculas de oxigênio que se difundem nas fibras musculares a partir do líquido intersticial. A mioglobina libera oxigênio necessitado pela mitocôndria para a produção de ATP. (TORTORA) RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO Um sistema de sacos membranosos cheios de líquido chamados retículo sarcoplasmático (RS) envolve cada miofibrila (TORTORA) Sacos terminais dilatados do retículo sarcoplasmático chamados cisternas terminais flanqueiam os túbulos T dos dois lados. (TORTORA) Um túbulo transverso e as duas cisternas terminais em cada lado formam uma tríade. (TORTORA) Na fibra muscular relaxada, o retículo sarcoplasmático armazena íons cálcio (Ca2+). A liberação de Ca2+ das cisternas terminais do retículo sarcoplasmático desencadeia a contração muscular. (TORTORA) MIOFIBRILAS E SARCÔMEROS Em grandesampliações, o sarcoplasma aparece cheio de pequenos filamentos. Essas pequenas estruturas são as miofibrilas, as organelas contráteis do músculo esquelético (TORTORA) No microscópio de luz, as estrias claras e escuras nas fibras musculares esqueléticas são claramente visíveis. As estrias @poli.canuto resultam da estrutura interna de organelas longas em forma de bastão, chamadas miofibrilas, que são cilindros não ramificados que estão presentes em grandes quantidades, correspondendo a mais de 80% do sarcoplasma (MARIEB) As miofibrilas, em uma fibra, são separadas umas das outras por outros componentes do sarcoplasma. Entre esses componentes estão as mitocôndrias e os glicossomos, ambos fornecedores de energia para a contração muscular (MARIEB) Dentro das miofibrilas existem estruturas proteicas menores chamadas filamentos ou miofilamentos. Os filamentos finos apresentam 8 nm de diâmetro e 1 a 2 μm* de extensão e são compostos principalmente pela proteína actina, enquanto os filamentos grossos apresentam 16 nm de diâmetro e 1 a 2 μm de extensão e são compostos principalmente pela proteína miosina. (TORTORA) Ambas as extremidades de um filamento espesso são ornamentadas com botões chamados cabeças da miosina (MARIEB) De modo geral, há dois filamentos finos para cada filamento grosso nas regiões de sobreposição dos filamentos. (TORTORA) Cada miofibrila é composta por cerca de 1.500 filamentos de miosina adjacentes e por 3.000 filamentos de actina, longas moléculas de proteínas polimerizadas responsáveis pelas contrações reais musculares. (GUYTON) Os filamentos dentro de uma miofibrila não se estendem por todo o comprimento da fibra muscular. Em lugar disso, são arranjados em compartimentos chamados sarcômeros, os quais constituem as unidades básicas funcionais de uma miofibrila (TORTORA) O sarcômero é a unidade básica de contração no músculo esquelético. As fronteiras nas duas extremidades de cada sarcômero chamam-se bandas (linhas) Z (MARIEB) A parte do meio, mais escura, do sarcômero é a banda A, que se estende por todo o comprimento dos filamentos grossos (TORTORA) As faixas escuras contêm filamentos de miosina, assim como as extremidades dos filamentos de actina, onde se superpõem aos de miosina, sendo chamadas faixas A, por serem anisotrópicas à luz polarizada. (GUYTON) No sentido de cada extremidade da banda A está uma zona de sobreposição, onde os filamentos grossos e finos repousam lado a lado. (TORTORA) A banda I é uma área mais clara e menos densa que contém o resto dos filamentos finos e nenhum filamento grosso, por cujo centro passa uma linha Z. (TORTORA) As faixas claras só contêm filamentos de actina, sendo conhecidas como faixas I, por serem isotrópicas à luz polarizada (GUYTON) A estreita zona H no centro de cada banda A contém filamentos grossos e não finos. (TORTORA) Lembrar que a letra I é fina (contém filamentos finos) e a letra H é grossa (contém filamentos grossos) é um bom mnemônico para não esquecer a composição das bandas I e H. (TORTORA) Proteínas de sustentação que mantêm os filamentos grossos juntos no centro da zona H formam a linha M, assim chamada porque se encontra no meio do sarcômero (TORTORA) COMPONENTE DESCRIÇÃO Linha Z Regiões estreitas de material denso que separam um sarcômero do outro. (TORTORA) BANDA A Parte escura do meio do sarcômero que se estende por toda a extensão dos filamentos grossos e engloba as partes dos filamentos finos que são sobrepostos pelos filamentos grossos (TORTORA) BANDA I Área mais clara e menos densa do sarcômero que contém o restante dos filamentos finos, mas sem filamentos grossos. Uma linha Z passa pelo centro de cada banda I. (TORTORA) ZONA H Região estreita no centro de cada banda A que contém filamentos grossos, mas não finos. (TORTORA) LINHA M Região no centro da zona H que contém proteínas que mantêm os filamentos grossos juntos no centro do sarcômero (TORTORA) https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527728867/epub/OEBPS/Text/chapter10.html#ch10fn2 @poli.canuto PROTEÍNAS MUSCULARES As miofibrilas são construídas a partir de três tipos de proteínas: (TORTORA) Proteínas contráteis, que geram força durante a contração; Miosina e actina são as duas proteínas contráteis no músculo e componentes dos filamentos grossos e finos, respectivamente. (TORTORA) Proteínas reguladoras, que ajudam a ativar e desativar o processo de contração; (TORTORA) Proteínas estruturais, que mantêm os filamentos grossos e finos no alinhamento adequado, conferem à miofibrila elasticidade e extensibilidade e ligam as miofibrilas ao sarcolema e à matriz extracelular. (TORTORA) PROTEÍNAS CONTRÁTEIS A miosina é o principal componente dos filamentos grossos e atua como proteína motora nos três tipos de tecido muscular. As proteínas motoras empurram várias estruturas celulares para conseguir o movimento convertendo energia química em ATP em energia mecânica de movimento, isto é, produção de força (TORTORA) Cada molécula de miosina tem a forma de dois tacos de golfe enroscados. (TORTORA) A cauda de miosina (as hastes dos tacos de golfe enroscados) aponta para a linha M no centro do sarcômero. Caudas de moléculas vizinhas de miosina repousam paralelamente uma à outra, formando a diáfise do filamento grosso. (TORTORA) As duas projeções de cada molécula de miosina (cabeças dos tacos de golfe) são chamadas cabeças de miosina. As cabeças se projetam para fora da diáfise de maneira espiralada, cada uma se estendendo no sentido dos 6 filamentos finos que circundam cada filamento grosso. (TORTORA) Os filamentos finos encontram-se ancorados nas linhas Z. Seu principal componente é a proteína actina. Moléculas individuais de actina se unem para formar um filamento de actina que se enrosca como uma hélice. Em cada molécula de actina há um local de ligação com a miosina, onde a cabeça de miosina pode se prender. (TORTORA) PROTEÍNAS REGULADORAS Quantidades menores de duas proteínas reguladoras – tropomiosina e troponina – também fazem parte do filamento fino. (TORTORA) No músculo relaxado, a ligação da miosina com a actina é bloqueada porque os filamentos de tropomiosina cobrem os locais de ligação com a miosina na actina. (TORTORA) Os filamentos de tropomiosina, por sua vez, são mantidos em seu lugar por moléculas de troponina. (TORTORA) Quando os íons cálcio (Ca2+) se ligam à troponina, ela sofre uma mudança de forma que promove a movimentação da tropomiosina para longe dos locais de ligação com a miosina na actina, ocorrendo, subsequentemente, a contração muscular conforme a miosina vai se ligando à actina. (TORTORA) PROTEÍNAS ESTRUTURAIS O músculo contém cerca de 1 dúzia de proteínas estruturais, que contribuem para o alinhamento, a estabilidade, a elasticidade e a extensibilidade das miofibrilas (TORTORA) TITINA: é a terceira proteína mais abundante no músculo esquelético (depois da actina e da miosina). Cada molécula de titina ocupa metade de um sarcômero, indo de uma linha Z a uma linha M, no músculo relaxado. Cada molécula de titina conecta uma linha Z à linha M do sarcômero, ajudando, dessa maneira, a estabilizar a posição do filamento grosso. @poli.canuto A parte da molécula de titina na linha Z é bastante elástica. Uma vez que é capaz de se estirar pelo menos quatro vezes a sua extensão em repouso e retornar ao tamanho de repouso sem lesão, a titina é responsável por grande parteda elasticidade e extensibilidade das miofibrilas. É bem provável que a titina ajude o sarcômero a voltar ao seu comprimento de repouso depois da contração ou estiramento muscular, que ajude a evitar a extensão excessiva dos sarcômeros e que mantenha a localização central das bandas A. (TORTORA) A-ACTININA; O material denso das linhas Z contém moléculas de a-actinina, que se ligam às moléculas de actina do filamento fino e à titina. (TORTORA) MIOMESINA: As moléculas da proteína miomesina formam a linha M. As proteínas da linha M se ligam à titina e conectam os filamentos grossos adjacentes uns aos outros. A miosina mantém os filamentos grossos em alinhamento na linha M. (TORTORA) NEBULINA: A nebulina é uma proteína longa e não elástica que acompanha cada filamento fino por toda sua extensão. Essa proteína ajuda a ancorar os filamentos finos às linhas Z e regula a extensão dos filamentos finos durante o desenvolvimento (TORTORA) DISTROFINA: A distrofina liga os filamentos finos do sarcômero às proteínas integrais de membrana do sarcolema, que por sua vez, estão presas às proteínas na matriz extracelular de tecido conjuntivo que circunda as fibras musculares. Acredita-se que a distrofina e suas proteínas associadas reforcem o sarcolema e ajudem a transmitir a tensão gerada pelos sarcômeros aos tendões (TORTORA) MECANISMO GERAL DA OONTRAÇÃO MUSCULAR: A contração muscular é um processo extraordinário que permite a geração de força para mover ou resistir a uma carga. Em fisiologia muscular, a força produzida pela contração muscular é chamada de tensão muscular. A carga é o peso ou a força que se opõe à contração. A contração, a geração de tensão pelo músculo, é um processo ativo que necessita de energia fornecida pelo ATP. (MARIEB) O relaxamento é a liberação da tensão que foi produzida durante a contração. (MARIEB) ESSE GRÁFICO REPRESENTA: a) Os eventos que ocorrem na junção neuromuscular convertem um sinal químico (a acetilcolina liberada pelo neurônio motor somático) em um sinal elétrico na fibra muscula (SILVERTHOON) b) O acoplamento excitação-contração (E-C) é o processo pelo qual os potenciais de ação musculares produzem um sinal de cálcio, o qual, por sua vez, ativa o ciclo de contração-relaxamento. (SILVERTHOON) c) No nível molecular, o ciclo de contração-relaxamento é explicado pela teoria dos filamentos deslizantes da contração muscular. Nos músculos intactos, um único ciclo de contração-relaxamento é chamado de abalo muscular (SILVERTHOON) ETAPAS DO MECANISMO GERAL: 1) Os potenciais de ação cursam pelo nervo motor até suas terminações nas fibras musculares (GUYTON) 2) Em cada terminação, o nervo secreta pequena quantidade da substância neurotransmissora acetilcolina. (GUYTON) 3) A acetilcolina age em área local da membrana da fibra muscular para abrir múltiplos canais de cátion, “regulados pela acetilcolina”, por meio de moléculas de proteína que flutuam na membrana (GUYTON) 4) A abertura dos canais regulados pela acetilcolina permite a difusão de grande quantidade de íons sódio para o lado interno da membrana das fibras musculares. Essa ação causa despolarização local que, @poli.canuto por sua vez, produz a abertura de canais de sódio, dependentes da voltagem, que desencadeia o potencial de ação na membrana (GUYTON) 5) O potencial de ação se propaga por toda a membrana da fibra muscular, do mesmo modo como o potencial de ação cursa pela membrana das fibras nervosas (GUYTON) 6) O potencial de ação despolariza a membrana muscular, e grande parte da eletricidade do potencial de ação flui pelo centro da fibra muscular. Aí, ela faz com que o retículo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons cálcio armazenados nesse retículo (GUYTON) 7) Os íons cálcio ativam as forças atrativas entre os filamentos de miosina e actina, fazendo com que deslizem ao lado um do outro, que é o processo contrátil (GUYTON) 8) Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático pela bomba de Ca ++ da membrana, onde permanecem armazenados até que novo potencial de ação muscular se inicie; essa remoção dos íons cálcio das miofibrilas faz com que a contração muscular cesse. (GUYTON)] DESLIZAMENTO DOS FILAMENTOS: Existem dois tipos de contração muscular envolvidos na produção do movimento: contração concêntrica e contração excêntrica. (MARIEB) Contração excêntrica: quando se contrai excentricamente, um músculo gera força enquanto se alonga. Esse tipo de contração é essencial para o movimento controlado e para a resistência à gravidade. A contração excêntrica ocorre em muitos movimentos que resistem à gravidade: descer escadas, correr ladeira abaixo, apoiar os pés no solo após um salto são alguns exemplos. Sempre que os músculos agem como um freio, eles estão se contraindo excentricamente (MARIEB) Contração concêntrica: quando se contrai concentricamente, um músculo gera força enquanto encurta. A contração concêntrica do músculo esquelético é explicada pelo mecanismo de filamentos deslizantes (MARIEB) A contração muscular ocorre porque as cabeças de miosina se prendem e “caminham” ao longo dos filamentos finos nas duas extremidades de um sarcômero, empurrando de maneira progressiva os filamentos finos na direção da linha M (TORTORA) Mas, o que faz com que os filamentos de actina deslizem por entre os filamentos de miosina? Essa ação resulta das forças geradas pela interação das pontes cruzadas dos filamentos de miosina com os filamentos de actina. Em condições de repouso, essas forças estão inativas. Mas quando um potencial de ação passa pela fibra muscular ele faz com que o retículo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons cálcio, que rapidamente circulam pelas miofibrilas. Os íons cálcio, por sua vez, ativam as forças entre os filamentos de miosina e de actina, e a contração se inicia (GUYTON) Em consequência disso, os filamentos finos deslizam para dentro e se encontram no centro do sarcômero. É, até mesmo, possível avançar tanto nesse sentido a ponto de suas extremidades se sobreporem (TORTORA) No estado relaxado, as extremidades dos filamentos de actina que se estendem de dois discos Z sucessivos mal se sobrepõem. Inversamente, no estado contraído, esses filamentos de actina são tracionados por entre os filamentos de miosina, de modo que suas extremidades se sobrepõem, umas às outras, em sua extensão máxima. (GUYTON) Conforme os filamentos finos vão deslizando, a banda I e a zona H se estreitam e, por fim, desaparecem juntas quando o músculo está em contração máxima. (TORTORA) Entretanto, a largura da banda A e os comprimentos individuais dos filamentos finos e grossos permanecem inalterados (TORTORA) . Uma vez que os filamentos finos em cada lado do sarcômero estão presos às linhas Z, quando os filamentos finos deslizam, as linhas Z se aproximam e o sarcômero encurta. (TORTORA) O encurtamento dos sarcômeros causa encurtamento de toda a fibra muscular, que, por sua vez, leva ao encurtamento de todo o músculo. (TORTORA) CICLO DE CONTRAÇÃO: No início da contração, o retículo sarcoplasmático libera íons cálcio (Ca2+) no sarcoplasma, onde se ligam à troponina. (TORTORA) A troponina, por sua vez, faz com que a tropomiosina se movimente para longe dos locais de ligação com a miosina na actina. (TORTORA) Para que o relaxamento muscular possa ocorrer, as concentrações citoplasmáticas de Ca2 precisam diminuir. Pela lei de ação das massas, o Ca2 desliga-se da troponina quando há uma redução do cálcio citosólico. Na ausência de Ca2 , a troponina permite que a tropomiosina retorne para o estado“desligado”, recobrindo os sítios de ligação à miosina presentes nas moléculas de actina. (SILVERTHOON) @poli.canuto Durante um breve período da fase de relaxamento, no qual a actina e a miosina não estão ligadas, os filamentos do sarcômero deslizam de volta às posições originais. Esse processo conta com a ajuda da titina e de outros componentes elásticos do músculo (SILVERTHOON) Uma vez “liberados” os locais de ligação, o ciclo da contração – a sequência repetida de eventos que faz com que os filamentos deslizem – começa. (TORTORA) O ciclo da contração consiste em quatro etapas (TORTORA) Hidrólise de ATP. A cabeça de miosina engloba um local de ligação com o ATP e uma ATPase, enzima que hidrolisa o ATP em ADP (difosfato de adenosina) e um grupo fosfato. Essa reação de hidrólise reorienta e energiza a cabeça de miosina. Observe que os produtos da hidrólise de ATP – ADP e um grupo fosfato – ainda continuam presos à cabeça de miosina. (TORTORA) De onde é obtida a energia necessária para a geração do movimento de força? A resposta está no ATP. A miosina converte a energia da ligação química do ATP na energia mecânica necessária para o movimento das ligações cruzadas. A miosina é uma ATPase (miosina-ATPase) que hidroliza o ATP, formando ADP e fosfato inorgânico (Pi ). A energia liberada nesse processo é capturada pela miosina e armazenada como energia potencial no ângulo formado entre a cabeça da miosina e seu eixo longitudinal. Nessa posição, diz- se que as cabeças da miosina estão “engatilhadas”, ou prontas para disparar o movimento de força. A energia potencial armazenada nas cabeças engatilhadas transforma-se na energia cinética do movimento de força que desloca a actina (SILVERTHON) O ADP e o Pi permanecem ligados à miosina enquanto a energia liberada pela clivagem do ATP move a cabeça da miosina até que ela forme um ângulo de 90° com o eixo longitudinal dos filamentos. Nesta posição engatilhada, a miosina liga-se a uma nova actina, que está 1 a 3 moléculas distante da sua posição inicial. (SILVERTHOON) Acoplamento da miosina à actina para formar pontes transversas. As cabeças de miosina energizadas se fixam aos locais de ligação com a miosina na actina e liberam o grupo fosfato previamente hidrolisado. Quando as cabeças de miosina se prendem à actina durante a contração, elas são chamadas pontes transversas. (TORTORA) A liberação do Pi permite que a cabeça da miosina se desloque. As cabeças inclinam-se em direção à linha M, levando junto o filamento de actina. O movimento de força também pode ser chamado de movimento de inclinação das ligações cruzadas, pois a região da cabeça e a região de dobradiça da miosina saem de um ângulo de 90° para um ângulo 45° (SILVERTHOON) Movimento de força. Depois da formação das pontes transversas, ocorre o movimento de força. Durante o movimento de força, o local na ponte transversa onde o ADP ainda está ligado se abre. Em consequência disso, a ponte transversa roda e libera o ADP. A ponte transversa gera força ao rodar em direção ao centro do sarcômero, deslizando o filamento fino pelo filamento grosso na direção da linha M. (TORTORA) Desacoplamento da miosina da actina. Ao final do movimento de força, a ponte transversa permanece firmemente presa à actina até se ligar a outra molécula de ATP. Quando o ATP se liga ao local de ligação com o ATP na cabeça de miosina, a cabeça de miosina se solta da actina. (TORTORA) O ciclo da contração se repete conforme a ATPase da miosina vai hidrolisando as moléculas recentemente ligadas de ATP e continua enquanto houver ATP disponível e o nível de Ca2+ perto do filamento fino estiver suficientemente alto. (TORTORA) As pontes transversas se mantêm rodando a cada movimento de força, puxando os filamentos finos na direção da linha M A todo instante, algumas das cabeças de miosina estão acopladas à actina, formando pontes transversas e gerando força, e outras cabeças de miosina estão desacopladas da actina, aprontando-se para se ligar de novo. (TORTORA) Alguns dos componentes musculares são elásticos: alongam- se discretamente antes de transferir a tensão gerada pelos filamentos deslizantes. (TORTORA) Os componentes elásticos constituem as moléculas de titina, o tecido conjuntivo ao redor das fibras musculares (endomísio, perimísio e epimísio) e os tendões que prendem o músculo ao osso. (TORTORA) Na medida em que as células de um músculo esquelético começam a encurtar, primeiramente, elas puxam seus tendões e revestimentos de tecido conjuntivo. Os revestimentos e tendões estiram e se tensionam, e essa tensão transferida pelos tendões puxa os ossos aos quais estão presos. O resultado disso é o movimento de uma parte do corpo. (TORTORA) @poli.canuto Logo aprenderemos, entretanto, que o ciclo da contração nem sempre produz encurtamento das fibras musculares e de todo o músculo. Em algumas contrações, as pontes transversas rodam e geram tensão, porém os filamentos finos não conseguem deslizar porque a tensão que geram não é grande o suficiente para movimentar a carga no músculo (como tentar levantar uma caixa cheia de livros com uma mão) (TORTORA) ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO-CONTRAÇÃO A elevação da concentração de Ca2+ no sarcoplasma começa a contração muscular e a diminuição cessa. Quando uma fibra muscular está relaxada, a concentração de Ca2+ no seu sarcoplasma é muito baixa, apenas cerca de 0,1 micromol por litro (0,1 μmol/ℓ). No entanto, uma enorme quantidade de Ca2+ está armazenada dentro do retículo sarcoplasmático (TORTORA) Conforme o potencial de ação muscular vai se propagando ao longo do sarcolema e nos túbulos T, os canais de liberação de Ca2+ na membrana do RS vão se abrindo. Quando esses canais se abrem, o Ca2+ sai do RS para o sarcoplasma ao redor dos filamentos grossos e finos. (TORTORA) Em consequência disso, a concentração de Ca2+ no sarcoplasma sobe 10 vezes ou mais. Os íons cálcio liberados se combinam com a troponina, fazendo com que mudem de forma (TORTORA) Essa alteração de conformação movimenta a tropomiosina para longe dos locais de ligação com a miosina na actina. Uma vez livres esses locais de ligação, as cabeças de miosina se ligam a eles para formar pontes transversas e o ciclo da contração começa. (TORTORA) Esses eventos descritos são referidos coletivamente como acoplamento excitação–contração, já que constituem as etapas que conectam a excitação (um potencial de ação muscular se propagando pelo sarcolema e nos túbulos T) à contração (deslizamento dos filamentos). (TORTORA) A membrana do retículo sarcoplasmático também contém bombas de transporte ativo de Ca2+ que usam ATP para movimentar Ca2+ de maneira constante do sarcoplasma para o RS. (TORTORA) Enquanto os potenciais de ação musculares se propagam pelos túbulos T, os canais de liberação de Ca2+ são abertos. Íons cálcio fluem para o sarcoplasma com mais rapidez do que são transportados de volta pelas bombas. Depois da propagação pelos túbulos T do último potencial de ação, os canais de liberação de Ca2+ fecham. (TORTORA) Com o Ca2+ levado de volta para o RS pelas bombas, a concentração de íons cálcio no sarcoplasma rapidamente diminui. (TORTORA) Dentro do RS, moléculas de uma proteína de ligação com cálcio, apropriadamente chamada calsequestrina, se ligam ao Ca2+, possibilitando que ainda mais Ca2+ seja sequestrado ou armazenado dentro do RS. Em consequência disso, a concentração de Ca2+ é 10.000 vezes mais elevada no RS do que no citosol de uma fibra muscular relaxada. (TORTORA) Com a queda do nível de Ca2+, a tropomiosina cobre os locais de ligação da miosina e a fibra muscular relaxa.(TORTORA) RELAÇÃO COMPRIMEIRO-TENSÃO: Em um sarcômero com comprimento de cerca de 2 a 2,4 μm (o que é muito próximo da extensão de repouso da maioria dos músculos), a zona de sobreposição em cada sarcômero é ideal e a fibra muscular pode desenvolver tensão máxima. (TORTORA) A tensão máxima (100%) ocorre quando a zona de sobreposição entre um filamento grosso e um fino se estende da margem da zona H até uma extremidade de um filamento grosso. (TORTORA) @poli.canuto Quando os sarcômeros de uma fibra muscular são estirados a um comprimento mais longo, a zona da sobreposição encurta e menos cabeças de miosina podem fazer contato com os filamentos finos. Portanto, a tensão que a fibra pode produzir diminui. (TORTORA) Quando uma fibra muscular esquelética é estirada a 170% do seu comprimento ideal, não há sobreposição entre os filamentos grossos e finos. Uma vez que nenhuma das cabeças de miosina consegue se ligar aos filamentos finos, a fibra muscular não consegue contrair e a tensão é zero. (TORTORA) Quando os sarcômeros se tornam mais curtos que o ideal, a tensão possível de ser desenvolvida diminui. Isso acontece porque os filamentos grossos encolhem conforme são comprimidos pelos linhas Z, resultando em menos cabeças de miosina fazendo contato com filamentos finos. (TORTORA) JUNÇÃO NEUROMUSCULAR Os neurônios que estimulam as fibras musculares esqueléticas a se contraírem são chamados de neurônios somáticos motores. Cada neurônio somático motor apresenta um axônio filiforme que se estende do encéfalo ou medula espinal até um grupo de fibras musculares esqueléticas (TORTORA) A fibra muscular se contrai em resposta a um ou mais potenciais de ação que se propagam ao longo de seu sarcolema e pelo seu sistema de túbulos T (TORTORA) Os potenciais de ação muscular emergem na junção neuromuscular (JNM), que consiste na sinapse entre um neurônio somático motor e uma fibra muscular esquelética (TORTORA) RELEMBRANDO; Sinapse é a região onde ocorre a comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula-alvo – neste caso, entre um neurônio somático motor e uma fibra muscular. Na maioria das sinapses, um pequeno intervalo, chamado de fenda sináptica, separa as duas células. Uma vez que as células não se tocam fisicamente e o potencial de ação não consegue “pular o intervalo” entre uma célula e outra, a primeira célula se comunica com a segunda liberando um mensageiro químico chamado neurotransmissor. Na JNM, a terminação do neurônio motor, chamada de terminal axônico (terminação axônica), divide-se em um grupo de botões sinápticos, que constituem a parte neural da JNM. Suspensos no citosol dentro de cada botão sináptico, se encontram centenas de estruturas saculares envoltas por membrana chamados de vesículas sinápticas. Dentro de cada vesícula sináptica há milhares de moléculas de acetilcolina (ACh), o neurotransmissor liberado na JNM. (TORTORA) A região do sarcolema oposta aos botões sinápticos terminais, chamada de placa motora, é a parte da fibra muscular na JNM. Dentro de cada placa motora terminal, há 30 a 40 milhões de receptores de acetilcolina, proteínas integrais transmembrana às quais a ACh se liga especificamente. Esses receptores são abundantes nas dobras juncionais, sulcos profundos na placa motora terminal que oferecem uma grande área de superfície para a ACh. (TORTORA) Os receptores de ACh são canais iônicos dependentes de ligante. Assim, uma junção neuromuscular inclui todos os botões sinápticos terminais de um lado da fenda sináptica e a placa motora da fibra muscular do outro lado. (TORTORA) O impulso nervoso (potencial de ação nervoso) evoca um potencial de ação muscular da seguinte maneira: 1) Liberação de acetilcolina. A chegada do impulso nervoso nos botões sinápticos terminais estimula a abertura dos canais dependentes de voltagem. Uma vez que os íons cálcio estão mais concentrados no líquido extracelular, o Ca2+ flui para dentro através dos canais abertos. O Ca2+, por sua vez, estimula as vesículas sinápticas a sofrerem exocitose. Durante a exocitose, as vesículas sinápticas se fundem com a membrana plasmática do neurônio motor, liberando ACh na fenda sináptica. Em seguida, a ACh se difunde pela fenda sináptica entre o neurônio motor e a placa motora. (TORTORA) 2) Ativação dos receptores de ACh. A ligação de duas moléculas de ACh ao receptor na placa motora abre um canal iônico no receptor de ACh. Uma vez aberto o canal, pequenos cátions, sobretudo Na2+, podem fluir através da membrana. (TORTORA) 3) Produção do potencial de ação muscular. O influxo de Na2+ (contra o seu gradiente eletroquímico) torna o interior da fibra muscular mais positivamente carregado. Essa mudança no potencial @poli.canuto de membrana desencadeia um potencial de ação muscular. Cada impulso nervoso normalmente evoca um potencial de ação muscular. O potencial de ação, por sua vez, se propaga pelo sarcolema para o sistema de túbulos T, fazendo com que o retículo sarcoplasmático libere seus Ca2+ armazenados no sarcoplasma e a fibra muscular subsequentemente se contraia. (TORTORA) 4) Término da atividade da ACh. O efeito da ligação da ACh dura pouco porque a ACh é logo degradada por uma enzima chamada acetilcolinesterase (AChE). Essa enzima está presa às fibras de colágeno na matriz extracelular da fenda sináptica. A AChE degrada a ACh em acetil e colina, produtos incapazes de ativar o receptor de acetilcolina. (TORTORA) Se outro impulso nervoso libera mais acetilcolina, as etapas e se repetem. Quando os potenciais de ação no neurônio motor cessam, a ACh não é mais liberada e a AChE rapidamente degrada a ACh presente na fenda sináptica. Isso termina a produção de potenciais de ação muscular, o Ca2+ vai do sarcoplasma da fibra muscular de volta ao retículo sarcoplasmático e os canais de liberação de Ca2+ no retículo sarcoplasmático fecham. (TORTORA) Em geral, a JNM fica próxima ao ponto médio da fibra muscular esquelética. Os potenciais de ação muscular que surgem na JNM se propagam na direção das duas extremidades da fibra. Essa distribuição possibilita a ativação praticamente simultânea (e, com isso, a contração) de todas as partes da fibra muscular. (TORTORA) INTERFEREM NA JNM TOXINA BUTOLÍNICA A toxina botulínica, produzida pela bactéria Clostridium botulinum, bloqueia a exocitose das vesículas sinápticas na JNM. Em consequência disso, a ACh não é liberada e não ocorre a contração muscular. As bactérias se proliferam em alimentos enlatados inadequadamente. Uma minúscula quantidade pode ocasionar a morte por paralisação dos músculos esqueléticos. A respiração para devido à paralisia dos músculos respiratórios, inclusive do diafragma. Ainda assim, é a primeira toxina bacteriana a ser usada como medicamento (Botox®). As injeções de Botox nos músculos afetados podem ajudar pacientes com estrabismo, blefarospasmo (ato de piscar de maneira descontrolada) ou espasmo das cordas vocais que interferem na fala. Além disso, é usada para amenizar dor crônica na coluna decorrente de espasmos musculares na região lombar e como tratamento estético para relaxar músculos causadores de rugas faciais. (TORTORA) CURARE: O derivado vegetal curare, um veneno usado pelos índios da América do Sul em flechas e dardos de zarabatanas, causa paralisia muscular ligando-se e bloqueando os receptores de ACh. Na presença do curare, os canais iônicos não se abrem. Medicamentos similares ao curare são muitas vezes usados durante cirurgias com objetivo de relaxar os músculos esqueléticos. (TORTORA) AGENTES ANTICOLINESTERÁSICOS Uma famíliade substâncias químicas chamada agentes anticolinesterásicos possui a propriedade de retardar a atividade enzimática da acetilcolinesterase, atrasando, desse modo, a remoção de ACh da fenda sináptica. Em doses baixas, esses agentes podem fortalecer contrações musculares fracas. Um exemplo é a neostigmina, usada para tratar pacientes com miastenia gravis. A neostigmina também é usada como antídoto em casos de envenenamento por curare e para cessar os efeitos dos medicamentos similares ao curare depois da cirurgia. (TORTORA)
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