Buscar

Transferência de embriões em vacas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Transferência de embriões em vacas 
A transferência de embriões (TE) é uma biotécnica que permite recolher embriões de uma 
fêmea doadora, transferindo-os para fêmeas receptoras as quais levarão a gestação a termo. 
Apesar da necessidade da utilização de procedimentos sofisticados para a implantação de um 
programa de TE, trata-se de uma técnica mundialmente difundida. A técnica foi utilizada pela 
primeira vez em coelhas. Em bovinos, a primeira TE foi realizada somente em 1951. No Brasil, 
somente a partir da década de 80, é que esta técnica foi realmente difundida, principalmente 
depois da criação, em 1985, da SBTE (Sociedade Brasileira de Transferência de Embriões), 
atualmente chamada de Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões. A importância básica 
da TE para a produção animal consiste na possibilidade de uma fêmea produzir um número de 
descendentes muito superior ao que seria possível obter fisiologicamente durante sua vida 
reprodutiva. Além disso, permite equacionar problemas de ordem genética e sanitária, 
contribuindo também para ampliar os conhecimentos de fisiologia, patologia e endocrinologia 
decorrente da relação entre embrião, órgãos genitais internos e sistema nervoso central. 
Trata-se de uma importante ferramenta para o melhoramento zootécnico, pois acelera e 
confere maior precisão no processo de seleção animal. Neste sentido, a TE apresenta-se como 
uma biotécnica de grande potencial para a seleção e a proliferação de animais geneticamente 
superiores, visto que em bovinos, dos aproximadamente 200.000 ovócitos primários presentes 
no ovário de uma fêmea no momento de seu nascimento, muito poucos resultam 
naturalmente numa cria, principalmente devido à limitações de caráter biológico, tais como: 
intervalo entre partos prolongado; gestações simples, raramente gemelar; fatores ambientais, 
nutricionais, sanitários e econômicos. 
Além da utilização em programas convencionais de melhoramento animal, a TE pode ser 
empregada em programas MOET (MultipleovulationandEmbryoTransfer). O termo MOET 
éadotado para programas de melhoramento em núcleos formados por animais selecionados 
de diferentes populações e que possuam perfil genético privilegiado. Outra característica 
importante desses programas é a utilização exclusiva da TE e de biotécnicas afins, como 
instrumento central e que propicie aumento do índice reprodutivo. Além disso, as provas de 
rendimento de desempenho e de produção são realizadas no próprio núcleo. 
Verifica-se no emprego desta biotecnologia, a necessidade de iniciar o tratamento 
superestimulatório em um momento determinado do ciclo estral. A baixa consistência da 
produção de embriões viáveis por doadora e o fato de que 20 a 30% das doadoras não 
produzem nenhum embrião transferível, demonstra a grande variabilidade nas respostas aos 
tratamentos hormonais, o que pode ser influenciado por fatores relacionados aos tratamentos 
ou, na maioria das vezes, por fatores individuais associados à características da dinâmica 
folicular. 
Para se realizar a TE em bovinos devem ser seguidas as seguintes etapas: 
1. Seleção zootécnica das doadoras e das receptoras 
2. Tratamento hormonal de superovulação e sincronização do ciclo estral das doadoras e 
das receptoras 
3. Observação do estro das doadoras e receptoras quanto a regularidade e intensidade. 
4. IA das doadoras 
5. Colheita e tratamento dos embriões 
6. Inovulação (deposição dos embriões colhidos e tratados, no útero das receptoras) 
7. Diagnóstico de gestação nas receptoras. 
SELEÇÃO DE DOADORAS 
1. Pré-requisito zootécnico 
–Portadoras de registro em associação de criadores. 
1. Comprovação de qualidade genética 
2. Pré-requisito sanitário 
– Doadoras provenientes de rebanhos hígidos, sem relato de doenças infecto-contagiosas nos 
últimos seis meses.(IBR/BVD, brucelose, tuberculose) 
- Animais devem ser avaliados também no momento da colheita 
1. Sem distúrbios reprodutivos 
2. Ciclo estral regular 
3. Adequado estado nutricional 
4. Identificação da doadora 
5. Tipificação sanguínea da fêmea 
6. Novilhas púberes – excelente condição corporal. Desvantagem - dificuldade na técnica. 
Vantagem – reduz o intervalo entre gerações e acelera o melhoramento genético 
-Inclusão das fêmeas deve ser superior aos 60 dias pós-parto, havendo regularidade de pelo 
menos 2 ciclos consecutivos. 
SELEÇÃO DE RECEPTORAS 
 
1. Estado de saúde é crítico para o desenvolvimento da TE 
2. Fêmeas com ciclo estral regular 
3. Mais de 60 dias pós-parto 
4. Livres de doenças ou deformações no aparelho reprodutor. 
5. Ter um porte compatível com a raça do embrião a ser transferível 
6. Capacidade de produção leiteira adequada para manutenção do produto 
7. Devem ser mantidas em condição ambiental satisfatória para gerar produtos com 
maior vitalidade e resistência. 
8. Preferencialmente deve-se utilizar animais do próprio rebanho por se conhecer o 
histórico reprodutivo e sanitário da fêmea. 
9. Caso seja realizada a compra de receptoras é necessária a realização de quarentena, 
realização de exames laboratoriais (doenças infecto-contagiosas) e exame clínico 
detalhado. 
10. Realização de vacinação dupla contra BVD deve ser realizada 6 semanas e 2 semanas 
antes do início da utilização da fêmea. 
11. Deve-se realizar exames parasitológicos ou a administração de forma profilática de 
vermífugos e ectoparasiticidas. 
12. A seleção final deve ocorrer no dia da transferência em função da avaliação da 
presença de corpo lúteo. 
Tratamento hormonal da doadora 
13. Superovulação - estimula diversos folículos terciários até o estágio de pré-ovulação-
ovulação. 
Tratamento superovulatório- suprir a deficiência da concentração de FSH antes que o 
Folículo Dominante promova a redução da concentração dessa gonadotrofina através 
da produção de inibina. 
Neutraliza os efeitos da dominância folicular. 
14. A superovulação com FSH deve ter início no momento da emergência da 2° onda 
folicular – D9 (porque os folículos estarão sensíveis à ação do FSH). 
15. Durante a superovulação - mudança brusca no perfil hormonal das doadoras - 
aumenta a concentração de estrógenos. 
FSH ou hMG(Gonadotrofina Menopáusica humana) - 
1. Vida média curta 
2. Injeções repetidas a cada 12 hs (8 aplicações em doses decrescentes), à partir do dia 9 
do ciclo. 
3. No 4º dia(dia 12) aplicar 2ml PGF2  pela manhã(7:00 hs) e a tarde(19:00 hs). 
4. Superovulação com FSH (Folltropin) com dispositivos intra-vaginais ou implantes 
auriculares: O cio da receptora pode ser sincronizado com o da doadora com o 
mesmo protocolo, porém a receptora não recebe as injeções de Folltropin. (prolise= 
PGF2α, Lutropin =LH) 
5. D0: inserir CIDR + 3ml de BE 
6. D4 e D5: Folltropin manhã e tarde 
7. D6: manhã Folltropin + 2ml Prolise, tarde Folltropin 
8. D7: Manhã Folltropin, tarde retirar CIDR + Folltropin 
9. D8: Manhã Lutropin, tarde 1° IA 
10. D9: 2º IA 
11. D15: Coleta dos embriões 
 
12. Ao final da sincronização das receptoras e da superovulação da doadora,acompanhar a 
resposta ovariana por palpação 
 
COLETA DOS EMBRIÕES 
Entre o 6º e 8º dia após a 1º I.A. 
Prender doadora no tronco. 
Sedação: 0,5ml/100kg de acepromazina (Acepran a 1%) 
Anestesia epidural caudal baixa: 5 a 7 ml de lidocaína a 2% 
Método Transcervical: 
Cateter com mandril, balão de ar. 
Meio: 500 ml por corno uterino 
PBS a 25-30ºC 
 250.000 UI penicilina 
0,1g estreptomicina 
 10% de soro fetal bovino 
( 56ºC/ 30min) / 1,5 L) 
 
 
 
 
 
 
Sistema Fechado de Colheita: 
Impede que o meio de lavagem entre em contato com o exterior 
 
 
 
 
A pós a lavagem uterina, colocar líquido com os embriões colhidos que estão no filtro, em 
placa de petri . 
Utilizar micropipeta de vidro sob lupa. 
Transportar os embriões encontrados para placa de petri com PBS+ BSA (200mg/50ml de PBS) 
 
Avaliar morfologia ,lavar 10 vezes através de passagem dos embriões por10 gotas de meio 
PBS, só adicionar tripsina (60 a 90 s) na 5° gota caso os embriões forem comercializados. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS EMBRIÕES 
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO (1998) 
Código 1: 1 célula (dia 1) -Pró núcleos feminino e masculino (zigoto) 
Código 2: 2 células (dia 2) 
Código 2: 4 células (dia 3) 
Código 3: Mórula inicial (dia 4-5) -13 a mais de 32 blastômeros - até 16 células consegue-se 
boa separação mecânica. 
Código 4: Mórula (dia 6) 
Código 5: Blastocisto inicial (dia 7) 
Código 6: Blastocisto (dia -7-8) 
Código 7: Blastocisto expandido (dia 8-9) 
Código 8: Blastocisto eclodido (dia 9) 
Código 9: Blastocisto eclodido expandido (dia 9-10) 
Recomenda-se a utilização de embriões em estágios que antecedam a eclosão embrionária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DETERMINAÇÃO DO GRAU DE QUALIDADE DOS EMBRIÕES 
(PALM E BREM 1993) 
 
GRAU I -Excelente -Desenvolvimento correspondente ao dia da colheita, não existindo defeitos 
visíveis 
 
GRAU II -Bom - O embrião possui muito poucos blastômeros desprendidos da massa celular, e 
uma pequena quantidade de debris celulares. Sua forma pode ser ligeiramente irregular. 
 
GRAU III -Regular -Embrião com vários defeitos, com debris celulares, forma irregular, cor 
muito escura ou muito clara, entre outros. 
 
GRAU IV -Ruim -Embrião com muitos defeitos, sendo correspondente ao grau III com 
desenvolvimento mais retardado, com ruptura da zona pelúcida, forma muito assimétrica, 
tendência a desintegração com granulação e desintegração dos blastômeros. Esta categoria 
não deve ser transferível 
 
 
ENVASAMENTO DO EMBRIÃO 
 
Envasar o embrião em palheta de 0,25ml, centralizar na palheta entre duas bolhas de ar. 
 
INOVULAÇÃO NA RECEPTORA 
 
transcervical 
Receptora anestesiada- em estação 
Depositar no corno uterino ipsilateral ao corpo lúteo cíclico. 
 
Bibliografia: 
Luiz Francisco Machado Pfeifer; Marcio Nunes Corrêa; Luiz Eduardo PineschiALTERNATIVAS 
HORMONAIS PARA PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DEEMBRIÕES EM BOVINOS . 
Figueiredo, J.R.; Freitas, V. Biotécnicas aplicadas à reprodução animal. São Paulo: Rocca, 2008

Continue navegando