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1 ASPECTOS HISTORICOS DA EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR 1 Sumário NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2 Introdução ........................................................................................................ 3 A Evolução Histórica da Educação Física Escolar .......................................... 4 Breve histórico da Educação Física e da Escola no Brasil .............................. 6 Conceitos dos Esportes ............................................................................. 12 Classificação dos Esportes ........................................................................ 13 O Esporte- Educação ............................................................................. 14 O Esporte-Participação .......................................................................... 15 O Esporte- Performance ......................................................................... 15 PCNs. Sobre esportes, conceitos e procedimentos ................................... 16 Objetivos................................................................................................. 18 O Esporte nas Aulas de Educação Física ..................................................... 19 O Esporte como algo a ser modificado ...................................................... 22 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 24 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Aspectos Históricos da Educação Física Escolar Introdução O esporte atualmente vem adquirindo espaço e importância cada vez mais no ambiente escolar, em nossa sociedade, basta olhar á nossa volta para que comprovemos isto verificando o espaço deixado pela mídia, constatamos que a maioria das revistas de atualidades e jornais de grande circulação no País apresenta cadernos ou seções dedicadas a ele. Os canais abertos de televisão possuem desde blocos nos telejornais, até programas diários, semanais ou internacionais especializados em esportes. É uma atividade que envolve muito dinheiro e movimenta a indústria de lazer, turismo, roupas, equipamentos esportivos, alta tecnologia e pesquisas cientificas. Seu significado é o conjunto de exercícios físicos, desporto, desporte. O esporte se tornou um estilo de vida, tanto que Cagigal apud Darido e Rangel (2005) chegou a afirmar que o esporte é um dos hábitos que caracteriza o nosso tempo, ou como coloca Tubino (1999)’’o maior fenômeno do século XX. O reconhecimento do esporte como um fenômeno social contemporâneo estimula reflexões sobre o seu tratamento como um conteúdo curricular escolar. 4 A Evolução Histórica da Educação Física Escolar A educação física já recebeu diversas nomenclaturas, entre elas pode-se citar que inicialmente esta foi denominada de Gymnastica, visto que sua base era fundamentada, especialmente, nos conhecimentos da Medicina e na necessidade de constituição do Estado Nacional. O ideário de civilidade exigia uma nova forma de lidar com o corpo e conceber a vida, pautada na conquista individual do organismo sadio e da vontade disciplinada, por isso, o termo Gymnastica (SOARES, 2001). Com o objetivo acima, no século XIX a Educação Física foi incorporada no currículo do Ensino Secundário Brasileiro na forma de exercícios ginásticos, esgrima e evoluções militares, sendo esta destinada a apenas algumas classes sociais (VAGO, 2002). Neste período a educação física possuía como característica o militarismo e valorização de exercícios físicos, especialmente para o condicionamento físico intenso. Sendo assim, neste período a Educação Física sofreu influências de alguns métodos de ensino, entre eles, pode-se citar o método francês, principal referência na década de 60, que preconizava uma Educação Física orientada pelos princípios anátomo-fisiológicos, ou seja, o desenvolvimento físico. Em seguida, Betti (1991) afirma que a Educação Física brasileira sofreu forte influência do Método Desportivo Generalizado, que procurava atenuar o caráter formal da ginástica incluindo o conteúdo esportivo, com ênfase no aspecto lúdico. Na década de 70 o governo militar apoiou a Educação Física na escola objetivando tanto a formação de um exército composto por uma juventude forte e saudável como a desmobilização de forças oposicionistas. Assim, estreitaram-se os vínculos entre esporte e nacionalismo (BETTI, 1991). Nesta fase continua sendo dado ênfase a base militar como ensinamentos da educação física. 5 Nos anos 80, em detrimento ao novo contexto político, o modelo de esporte de alto rendimento para a escola passa a ser fortemente criticado, visto que, dentro do ambiente escolar, a função da educação física não poderia ser a de formar atletas, e pensando assim foram sendo criadas novas visões com relação à educação física na escola (CBC, 2002). Com essas novas visões, as formas de se ensinar a educação física deixa de ser através do militarismo e passa a ser pensado outras formas de se praticar a educação física. A partir da década de 90 algumas discussões foram contempladas pela Lei de Diretrizes e Bases (LDB) n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabeleceu, em seu art. 26 :”A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica, ajustando-se às faixas etárias e às necessidades da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos” (BRASIL, 1996). A redação desse artigo da Lei de Diretrizes e Base - LDB foi alterada duas vezes. Primeiramente, incluindo o termo obrigatório, por meio da Lei n. 10.328 de 12 de dezembro de 2003, pela Lei n. 10.793, incorporando a seguinte redação: Parágrafo 3º. – A educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: Que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas; Maior de trinta anos de idade; Que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; Que tenha prole (BRASIL, 1996, s/p). Esse dispositivo legal já está completamente ultrapassado e sem fundamento, visto que a prática da educação física é realizada por todos no ambiente escolar. Pois como afirma os CBC´s (2002) a Educação Física na escola constitui direito de todos, e não privilégio dos considerados jovens, hábeis e saudáveis, pois esta valoriza o ser humano em sua totalidade, ou seja, holisticamente, e não apenas como um corpo “sadio”. 6 Após essa viagem no tempo, pode-se perceber que a educação física sofreu influências de vários modelos de ensino, e por isso, hoje ainda podemos verificar várias formas de se ensinar a educação física na escola. Fato este, preocupante, pois não conseguimos encontrar ainda uma maneira única de se ensinar e desenvolver a educação física na escola. Breve histórico da Educação Física e da Escola no Brasil O educar está ligado à natureza do ser humano enquanto ser histórico e social, suprindo a necessidade dos respectivos grupos sociais em dissipar, para as gerações sucessivas, seus saberes, crenças e valores, instalando, no processo de ensinar, o afunilamento do processo de socialização e a conquista de outras experiências. A Educação Física, até sua chegada ao Brasil, se consagrou em alguns lugares da Europa, sendo utilizada com vários objetivos, em que o principal era o melhoramento do desempenho de militares. Para discorrer melhor sobre este assunto nos apoiamos na obra de Marinho (1980). Em 1549 os padres jesuítas vieram ao Brasil iniciar a história da Educação Brasileira, o que representou sua primeira fase no país. A principal tarefa destes padres eram as Missões evangelizadoras, políticas e educadoras, estabelecendo assim um elo muito forte entre a Igreja e a Educação (AZEVEDO, 1996). Junto com suas missões evangelizadoras, eles propunham atividades físicas aos índios, pois o ensino era de muita imobilidade e os nativos eram ativos demais (MARINHO, 1980). Mesmo sendo considerada de importância fundamental a obra educativa realizada por estes sacerdotes, eles recebiam muitas críticas, pois apresentavam uma pedagogia muito autoritária, o que resultou na expulsão deles em 1759 pelo Marquês de Pombal. Quando a Escola se iniciou, eles tinham a ideia de implantar um processo de alienação e depois dominação do povo indígena para o trabalho, e também para 7 arrecadar fiéis, pois juntamente com o aprendizado da língua nativa, se pregava o evangelho como forma única de sobrevivência (AZEVEDO, 1996). Depois de alguns anos, por volta de 1808, com a vinda dos portugueses, ocorreu a renovação educacional e cultural permeada por influências europeias. O Grito do Ipiranga, datado em 7 de setembro de 1822, quando foi proclamada a Independência do Brasil, a política educacional obteve uma nova orientação, a partir da influência dos ideais da Revolução Francesa. A preocupação com a educação popular é inédita, resultando, inclusive, na Lei de 15 de outubro de 1827, que determina a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades, a única Lei geral relacionada ao Ensino Elementar até 1946. Neste caminhar, a educação no Brasil é atravessada pela ausência de um pensamento coletivo ou unidade de orientação, influenciada pelo caráter fragmentado da nossa formação social positivista cartesiana. A Educação Física escolar no Brasil se iniciou em 1851, quando Luiz Pereira do Couto Ferraz apresentou as bases para a reforma do ensino primário e secundário no Município da Corte, para a Assembleia, ficou conhecida então como a reforma Couto Ferraz (BETTI, 1991). No início, a Educação Física na escola foi muito mal vista pelas elites, com casos e acontecimentos como meninas, que eram boas alunas, perdiam o ano escolar pois não queriam fazer a Ginástica, até alguns pais pediam para que não se obrigue os seus filhos aos exercícios físicos pois poderiam se machucar ou se ferir. Ferraz, quatro anos mais tarde, 1854, enquanto Ministro do Império, publicou oficialmente, que entre as matérias obrigatoriamente ministradas estava, no primário a ginástica e no secundário a dança. Já em 1882, Rui Barbosa enviou um parecer ao projeto “Reforma do Ensino Primário e Várias Instituições Complementares da Instituição Pública” e nele, se voltou com atenção para a Educação Física, terminando-o com uma proposta de instituir uma sessão especial de ginástica na escola normal, a categoria dos professores de ginástica iria ser equiparada com de 8 outros professores, ditos “intelectuais” e finalmente a ginástica seria inclusa no quadro de disciplinas distintas, no horário distinto do recreio e depois da aula (CASTELLANI FILHO, 1988). O mesmo autor se refere a Rui Barbosa com algumas críticas no seu modo de argumentar para a importância da Educação Física, ele coloca que Rui se mostrava influenciado pelo idealismo platônico, enaltecendo o mundo das ideias em detrimento do mundo corpóreo e também, com influência do racionalismo cartesiano, se refere ao homem como soma de suas partes material e espiritual (CASTELLANI FILHO, 1988). Castellani Filho (1988) cita Fernando de Azevedo, ao lado de Rui Barbosa, um dos mais importantes adeptos dos ideais defendidos pelo próprio Rui. Juntos, Fernando de Azevedo e Rui Barbosa, foram precursores em defender a inserção da Educação Física nas escolas e no pensamento científico fisiológico, psicológico e numa ciência da saúde. Quando eles colocaram como argumentos, esta área de conhecimento para a busca de uma raça pura, fazendo de homens e mulheres pessoas apta à procriação e cada vez melhores apenas no sentido físico e corporal, o autor lança críticas. Em 1867, a Educação Física chega no império de forma muito semelhante a renovação educacional, com influências europeias e se volta para os conteúdos estudados pelos Higienistas, levando o exército até a ação pedagógica, nas aulas de Educação Física, para ministrar a disciplina com seus métodos militares bastante rígidos de hierarquia. Desde então, o vigor físico começou a ser exaltado. Isso levou a identidade pedagógica desta área ser baseada nas normas e valores das próprias instituições militares, gerando um projeto de alienação do homem, isto é, produzir um indivíduo que é obediente, submisso e respeitador fervoroso da hierarquia social. Podemos observar que a Educação Física, como instrumento educativo e disciplinador chega ao Brasil para a dominação dos militares, que se utilizam dela para preparar melhor seus exércitos (MARINHO, 1980 e BETTI, 1991). No início do século XX, entre 1919 e 1939, depois da Primeira Guerra Mundial, a crença no poder da escola voltado para a disciplina e o bem da humanidade, foi abalada, com isso as ideologias mascaradas para transformar a humanidade, se 9 colocam nas escolas de forma obrigatória e gratuita, com objetivo de redimir a sociedade da ignorância e da opressão. No Brasil a Educação Física veio com a função de implantar os conteúdos estudados pelos Higienistas, assim o exército foi até a ação pedagógica, nas aulas de Educação Física, ministrar com seus métodos militares muito rígidos de disciplina e hierarquia. Como um novo mundo, abrindo-se a área na escola, um ramo comprometido da educação, pois se acreditava que para alcançar a disciplina o único meio era a imobilidade da criança, e mesmo aqueles que não pensavam assim, não tinham espaço físico para fazer diferente. Neste momento histórico, os métodos eram princípios lógicos e universais e o professor era o centro do processo de aprendizagem, tido como quem tudo sabia e o aluno apenas um ser receptivo e passivo e tido como quem nada sabia. O período entre 1931 e 1937, conhecido como “conflito das ideias”, vários congressos e conferências foram realizados fomentando o debate dos princípios que deveriam ser as diretrizes da Educação do país, sustentavam a existência do ensino particular, passando à família grandes responsabilidades no que se refere à educação, mas um outro lado, defendia que o dever da Educação era público. A primeira escola civil de formação de professores de Educação Física, foi criada em 1939 (SOARES et al, 1992). A Reforma de Ensino Capanema em 1942 é decretada, que tratava do ensino secundário e do técnico industrial. Gustavo Capanema era grande político e ex-ministro da educação. Neste período, não é clara ainda a preocupação com a questão da prática educativa, ainda o professor é visto como o detentor do conhecimento, portanto, o aluno é visto como mero espectador passivo, que recebe o ensino que é oferecido a ele como verdade única. (MARINHO, 1943). O fim da ditadura do Estado Novo, juntamente com o fim da Segunda Guerra Mundial, a hegemonia militar é dissipada e assim, outras tendências surgem com objetivo de dominar os sistemas educacionais das escolas e dentre elas destacam- se dois Métodos: Natural Austríaco, desenvolvido por Galhofer e Stricher e o da Educação Física Desportiva Generalizada, divulgado no Brasil por Auguste Listello, que já haviam sido expostos na Europa. 10 No Método de Listello prevalece sob as contribuições do esporte e no período após o fim da Segunda Guerra Mundial, tem um salto de desenvolvimento, estabelecendo-se lentamente em todos os países influenciados pela cultura Européia como elemento essencial da cultura corporal. Deste modo o esporte passa a determinar os conteúdos a serem abordados nas aulas de Educação Física, determinando os tipos de relacionamento existente entre professores e alunos, começando pelo militarismo, ou seja, professor instrutor e aluno recruta, terminando em professor treinador e aluno atleta. Com características tecnicista, esta nova forma leva o professor em sua prática educativa a ser instrucional, existindo estratégias técnicas de ensino, de avaliação e planos fixos, pré elaborados, segundo normas anteriormente impostas. O professor tornou-se então, um mero cumpridor de planos elaborados em instâncias superiores, tais como, Secretaria de Educação, Agências Setorias de Educação, entre outras. Conforme Soares et al (1992), coincidindo com o momento histórico do término do governo ditatorial no país, posteriormente a segunda grande guerra mundial, que recebeu o título de Estado Novo no Brasil, originaram-se novas tendências para desenvolvimento do sistema educativo, a partir daí o esporte passou a ser um integrante forte para a Educação Física escolar. Auguste Listello, defensor atuante do esporte, ajudou na implementação do chamado, tendo a cultura europeia também como referência. Com este “Método da Educação Física Desportiva Generalizada”, vimos que o movimento humano é diretamente influenciado pelo esporte em todo o mundo depois da 2a Guerra Mundial, se desenvolvendo em massa, e vagarosamente sob a influência europeia vai se estabilizando em todos os países, sendo hegemônico na cultura de movimento (BRACHT, 1992). Sua hegemonia se dirigiu para o conteúdo da Educação Física, como disciplina escolar do 1o e do 2o graus, com o objetivo de iniciar os alunos em diferentes esportes e seu caráter competitivo como fundamento do método educativo com o pressuposto que as relações dos seres humanos necessitam dessa competitividade também para a sobrevivência, como coloca Magalhães (2005). Uma crítica feita a se reduzir a Educação Física em esporte, era que com isso, outros conhecimentos e atitudes eram colocados de lado, existindo uma supervalorização do esporte e da competitividade. 11 Por mais de 50 anos, a estreita relação entre esporte competitivo no desenvolvimento científico biomédico e a disciplina militar formou os alicerces da formação dos professores da Educação Física. Alguns princípios como: racionalidade, eficiência e produtividade, constituem demais contribuições do esporte, que proporcionaram, na visão do Soares et al. (1992), um ordenamento da Educação Física Escolar, que vai de encontro com a pedagogia tecnicista, muito propagada no Brasil na década de 1970. Esta Pedagogia tem por princípio chave a racionalização de métodos focados na eficiência e eficácia, refletida no esporte da Educação Física escolar. Como transição, destacamos o fomento pela pesquisa na área e a reforma curricular da disciplina, ambas com o intuito de obter maior entendimento, tornar esse entendimento público e expressivo e da melhor forma possível, organizar a disposição dos conteúdos e métodos da Educação Física. Na década de 1980, quando surgiram as críticas mais contundentes da Educação Física com relação ao papel conservador dos professores da época, os estudantes se uniram contra a forte repressão exercida pelo governo e, além dos grupos determinados nesta luta, proporcionaram uma reflexão da prática social e sobre a preocupação com a profissão e sua identidade (MAGALHÃES, 2005). Por volta de 1982, quando Go Tani retorna ao Brasil, de sua viajem ao Japão, ele percebe que a Educação Física iria retomar seu caminho. Percebeu isso, por causa de um movimento de insatisfação, que intencionava a transformação da área (DAOLIO, 1998). Ele mesmo não estava contente com o paradigma da aptidão física, vigente na época, levando-o a viajar para o Japão e se encaminhar para a área da aprendizagem motora, com uma visão focada na informação, no controle e na qualidade do movimento. Munido de todas estas informações se dedicou à formação de professores de Educação Física e de Pesquisadores na abordagem desenvolvimentista. Partindo para a abordagem construtivista, localizamos João Batista Freire, o qual se nega ser intitulado como construtivista, pois, embora tenha uma visão muito 12 convergente com esta abordagem, se coloca além dela. Com relação aos movimentos de revolução da área, é colocado por João Batista Freire segundo Daolio (1998), que em 1986 todos viviam bem e com discussões e debates ricos e engrandecedores, mas depois deste período, e com o fim da ditadura militar, o ambiente de debate ficou tenso, com os pensadores querendo a todo custo prevalecer sua ideologia e maltratando os que se colocavam como adeptos a outras (DAOLIO, 1998). João Freire coloca que existem várias convergências com as abordagens desenvolvimentista e crítico-superadora, ou seja, a consideração do desenvolvimento da criança e acreditar na contradição como estímulo à aprendizagem e ao desenvolvimento do indivíduo. Qualquer tipo de doutrinação política inserida nas aulas de Educação Física, não faz parte dos pensamentos dele. Finalizando as abordagens, trazemos a Cítico-Superadora, já citada por Freire, mas idealizada por um grupo de professores que se denominaram Coletivo de Autores (SOARES et al., 1992), empenhados na concepção histórico-crítica e sua transcendência, sem privilegiar apenas o conhecimento, mas também a evolução curricular que o permeia. Propõem a Educação Física como uma disciplina pedagógica que tem como objeto de estudo temas intrínsecos na cultura corporal, que são: esporte, jogos, dança, ginástica e lutas, concepção baseada no indivíduo do nosso país (DAOLIO, 1998). Mais recentemente, sem caráter de obrigatoriedade, os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) (1996) são um documento elaborado em 1996, com intuito de melhorar a qualidade da aprendizagem, como instrumento de aperfeiçoamento da prática pedagógica dos professores. Ele foi inspirado basicamente nas abordagens de Go Tani (desenvolvimentista), João Freire (construtivista), recentemente Soares et al. (crítico-superadora), tentando obter uma interação entre elas (SOARES, 2001). Conceitos dos Esportes Em sua origem a palavra esporte significa regozijo, ou seja, diversão continua, ainda hoje servindo de base para quase todas as definições atuais. 13 Esporte é um fenômeno sociocultural, que envolve a prática voluntária de atividade predominante física competitiva com finalidade recreativa, educativa ou profissional, e predominantemente física não competitiva com finalidade de lazer, contribuindo para a formação, desenvolvimento e aprimoramento físico, intelectual e psíquico de seus praticantes e expectadores. Vários autores escreveram sobre os conceitos do esporte, porém, conceitos contraditórios. Conceitos estes que apresentam em comum uma estreita ligação entre o esporte e o jogo. Feio apud Darido e Rangel (2005) coloca que o esporte e o jogo têm em comuns elementos essenciais: liberdade, prazer e regras, mas esses elementos se diferenciam em atividades: a liberdade e a gratuidade são inerentes ao jogo no esporte, não se exclui a importância dada aos resultados, o que se faz é tão importante quanto à livre escolha que se fez no jogo, o prazer é processado imediatamente e unicamente pela motivação lúdica, o esporte, integra, em grande proporção gosto pelo esforço, o confronto com o perigo e os desafios do treinamento, as regras do esporte apresentam se restritivas, imperiosas, minuciosas e coerentes como o objetivo que se deseja alcançar. Para TUBINO (1999) acrescenta que, no esporte moderno, o jogo tinha sofrido uma atrofia considerável e que a sistematização levará a perda de qualidade de jogo à medida que esse não levava ao divertimento. Classificação dos Esportes Diversas são as maneiras de classificar o esporte e vários são os autores que o fizeram (FERRANDO, 1990; KOLYNIAK FILHO, 1997; CAGIGAL, 1972). 14 Optamos por uma classificação que se mostra bem interessante e adequada aos propósitos que foi apresentada por Tubino (2000) e Tubino et al. (2001). Este autor classificou o esporte sob três aspectos de sua manifestação: o esporte-educação; o esporte-participação e o esporte-performance ou de rendimento, embora, na realidade concreta, nem sempre seja fácil localizar ou diferenciar essas manifestações. O Esporte- Educação Focalizado na escola, tem por finalidade democratizar e gerar cultura pelo movimento de expressão do indivíduo em ação como manifestação social e de exercício crítico da cidadania, evitando a exclusão e a competitividade exacerbada. Assim, o professor, ao trabalhar o esporte-educação, além de proporcionar aos alunos a vivência de diferentes modalidades, deve levá-los a refletir de forma crítica, não só sobre os problemas que envolvem o esporte na sociedade, tais como a utilização de drogas ilícitas para melhoria da performance, a corrupção e violência, mas também sobre seus aspectos positivos, como a geração de empregos, o desenvolvimento de pesquisas científicas, tanto no tocante a novas tecnologias, como na área médica. Concordando com Paes (2002) e Tubino (2002), temos que acreditar em nossos estudos, pois se o esporte esta presente na vida do indivíduo, o mesmo, tem que ser inserido nas aulas de Educação Física escolar. Apresentando o objetivo de auxiliar na formação do cidadão e em sua convivência na sociedade. Crum (1993) ajuda-nos a reforçar a ideia da necessidade de oferecimento do esporte na escola, pois segundo o autor, o esporte está presente em clubes, escolas especializadas em esporte, etc.; porém não é toda a camada da população que é atingida, além disso, apesar destas instituições também poderem atuar educacionalmente, os objetivos principais não são os mesmos do ambiente escolar. 15 [...], partindo do principio de é desejável que todos os jovens tenham oportunidades iguais para se familiarizarem com uma série de aspectos da cultura motora no seio da qual crescem, parece óbvio que a escola tem de desempenhar um papel central no processo de socialização de movimento (CRUM, 1993, p.143) O Esporte-Participação Referenciadas pelos princípios do prazer lúdico, essas manifestações ocorrem em espaços não comprometidos como tempo e livres de obrigações da vida cotidiana, apresentam como propósitos a demonstração, a diversão, o desenvolvimento pessoal e a interação social. O esporte-participação pode ser praticado por jovens, adultos, indivíduos da terceira idade, portadores de necessidades especiais, homens, mulheres. É comum observarmos as pessoas se organizando para jogar futebol, basquetebol, voleibol, praticar ciclismos, ginástica, realizar caminhadas ou ainda esportes de aventura, em espaços públicos de lazer e esporte, nos clubes, nas praias, nas ruas e também em algumas instituições de ensino que cedem espaços para a realização de tais atividades nos finais de semana (escola da família) ou nos períodos de ociosidade das atividades cotidianas. O Esporte- Performance Também chamado de esporte de rendimento, traz consigo os propósitos de novos êxitos e a vitória sobre os adversários. As diferentes modalidades esportivas estão ligadas a instituições (ligas, federações, confederações, comitês olímpicos) que organizam as competições locais, nacionais 16 ou internacionais e têm a função de zelar pelo cumprimento das regras e dos códigos éticos. É exercido sobre regras universalmente preestabelecidas, e apresenta uma tendência a ser praticada pelos talentos esportivos, tendência que marca o seu caráter antidemocrático. Certamente que, em meio a tantos aspectos negativos, também a um grande número de aspectos positivos é citado o esporte de competição como uma atividade cultural que proporciona intercâmbio internacional o envolvimento de recursos humanos qualificados, o que provoca a existência de várias profissões especializadas no esporte, a geração de turismo, o efeito-imitação como influência ao esporte popular e o crescimento de mão-de-obra especializada na indústria de produtos esportivos. Exemplos dos esportes-performance podem ser vistos nos finais de semana, algumas modalidades com maior ou menor frequência, pelas transmissões televisivas dos campeonatos nacionais e internacionais de futebol, voleibol, vôlei de praia, automobilismo, basquetebol, surf, judô, ginástica artística, natação, entre outros. PCNs. Sobre esportes, conceitos e procedimentos Nesta perspectiva, os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) recomendam uma Educação Física que extrapole suas atividades curriculares, visando à construção de uma escola comprometida com a transformação social, permitindo o conhecimento crítico da realidade, onde a educação para a cidadania possibilitará que questões sociais sejam apresentadas para uma maior reflexão. Entendendo os conteúdos como produtos socioculturais, a Educação Física no Ensino Fundamental amplia a participação do aluno e transforma sua ação pedagógica. Assim, o esporte entra no contexto escolar de forma recreativa, na compreensão dos aspectos históricos, sociais, vivência de esportes individuais e coletivos no contexto participativo e também competitivo, organização de 17 campeonatos dentro da escola, na capacidade de adaptar espaços e materiais para realização de esportes. Os PCNs ainda mostram a importância dos temas transversais para a área de Educação Física, já que, ao discutir questões como: ética, pluralidade cultural, orientação sexual, meio ambiente, trabalho e consumo, saúde, historia das olimpíadas, inclusão e exclusão da mulher e do negro em determinados momentos históricos e entre outros, permite-se o debate relevante e urgente de questões fundamentais para o país, onde valores enraizados na Educação Física serão questionados, visando modificar atitudes e comportamentos apresentados pelos alunos construindo gesto esportivo com percepção e desenvolvimento das capacidades físicas e habilidades motoras relacionadas ás atividades desportiva. Quando a Educação Física considera que o homem em movimento produz cultura, estabelecendo relações de valores nas suas diversas dimensões, ela está possibilitando vivências de práticas corporais que reconhecem ética, pluralidade cultural e saúde, entre outras, na discussão sobre o corpo inserido na sociedade de consumo, questionando seu papel na relação com o mundo. Ao tratar da inclusão no ambiente escolar não se refere apenas em alunos portadores de necessidades especiais, ou aqueles que apresentam problemas neurológicos e sim a preocupação de todos os alunos estarem incluídos no processo de ensino e aprendizagem. Para não se repetir a característica onde só era privilegiada a participação nas aulas de Educação Física os alunos dotados e habilidosos, deixando de lado os alunos venham a ter dificuldades como os gordinhos e os de baixa estatura. Respeitando as diferenças de todos, pois cada sujeito possui a sua individualidade. 18 É preciso ensinar aos alunos a competição saudável, a que permite que o jogo se torne atrativo. Assim a competição no esporte deve ser desenvolvida de maneira que não ponha em risco o risco princípio lúdico, ou seja, não interfira no prazer de se praticar o jogo. No contexto escolar, há a necessidade de que os alunos percebam o elemento competitivo do esporte no seu sentido primeiro, ou seja, como um fator motivacional. A principal competição a ser incentivada e a do aluno consigo mesmo na busca da superação de seus próprios resultados. Objetivos No Ensino Fundamental, serão oportunizadas diversas vivências que valorizem o aluno como produtor do conhecimento, estimulando a reflexão crítica e a utilização do corpo como instrumento de interpretação do mundo. Para isso, o ensino da Educação Física oferecerá a organização de um ambiente que possibilite desenvolver as capacidades de: Conhecer e utilizar o corpo em movimento no tempo e no espaço; Dominar os movimentos básicos do corpo; Ampliar o repertório motor na combinação de movimentos e habilidades; Identificar e utilizar as atividades ludo-pedagógico do cotidiano escolar na organização do lazer; 19 Repudiar a violência, evidenciando o respeito mutuo, a ética, a dignidade e a solidariedade; Incorporar as manifestações corporais das diversas culturas ao acervo lúdico; Demonstrar autonomia na legislação da regra dos jogos; Entender a diversidade cultural e conviver com ela na organização e execução das práticas corporais; Compreender a importância da atividade física e do esporte para a saúde, relacionando-a com os fatores socioculturais; Adquirir habilidades esportivas, reconhecendo a importância do gesto motor, despertando o prazer pelo esporte; Responsabilizar-se pelo desenvolvimento e manutenção de suas capacidades físicas (resistência aeróbica, força, velocidade e flexibilidade) Valorização e respeito com sensações, emoções, limites, integridade física e morais pessoais e dos colegas. Reconhecimento e valorização de atitudes não discriminatórias, quanto à habilidade, sexo, cor e outras. Predisposição em cooperar com colega ou grupo, participar em jogos esportivos, recreativos. Propõe-se, assim, a valorização do aluno, dando movimento a cada idéia dentro da escola numa perspectiva interdisciplinar, cabendo ao professor mediar às vivências, desenvolvendo habilidades e competências na formação do ser crítico participativo. O esporte é uma ótima forma dos alunos aprenderem que a vida não é feita só de vitórias e que nem sempre se consegue tudo o que se almeja. Os esportes os põem frente à derrota, o que os obrigam a aprenderem a superar suas frustrações CAGIGAL, (1981, p.203). O Esporte nas Aulas de Educação Física 20 O esporte serve muitas vezes como ajuda na socialização das crianças, e nas aulas de Educação Física não é diferente, mas também estando atento em um tratamento didático e pedagógico, ensinando-lhes a maneira correta que se deve trabalhar, sempre tirando dúvidas e as desafiando cada vez mais, não querendo transformar em superatletas, mais com o objetivo de que se tornem pessoas melhores e é nesse fim que nós futuros professores temos que trabalhar. Devemos valorizar o conhecimento do conteúdo, construindo uma análise no esporte em geral, conhecendo suas modalidades, códigos, regras, instalações e aparelhos aprendendo e debatendo com esportistas e professores de determinadas modalidades conforme formos trabalhando. Acreditamos que no ambiente pedagógico devemos tentar mostrar aos alunos atividades espontâneas com materiais que devem facilitar a atividade, desencadeando problemas para que eles resolvam, mudando os métodos quando esses mudam as formas de pensar, citando exemplos e atividades alternativas, ensinando-lhes a observar os fatos e o que não souberem indagarem, tentando trabalhar em grupo e fazendo com que desenvolvam habilidades de comunicação e socialização. Ramirez apud Scarpato (2007) Trabalhar com os conteúdos dos esportes na escola tem como pressuposto o aspecto de servir ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor, como individuo e a construção do conhecimento. Para trabalhar com os esportes inclusive nas escolas, é necessário compreendê-los a partir de suas modalidades e dos pontos em comum que elas apresentam, não há desenvolvimento e esporte rico possível sem uma estrutura que lhe dê origem e o sustente, sem uma estrutura que não passe pelo sujeito. 21 O esporte nas aulas de Educação Física deve estar segundo Kunz apud Darido e Rangel (2005) pedagogicamente transformado, esporte escolar tem como pressuposto o aspecto de servir ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor, e à construção do conhecimento. Nós educadores devemos permitir que as crianças descobrissem novos métodos de diversão e aprendizagem, pois brincadeiras exercidas por eles em casa já são realizadas cotidianamente, se nós educadores dermos atividades já executadas por eles, estaremos permitindo que eles fiquem estáticos, ou seja, que eles não aprendam nada de novo. Refletir sobre o esporte nas aulas de Educação Física escolar procuramos destacar uma educação fazendo de seus conteúdos uma ferramenta para o processo de formação dos alunos. A maneira que é utilizada o esporte nas aulas, destaca-se o sistema escolar, caracterizando o não esporte da escola e sim o esporte na escola, concordando com o (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p.07), é questionado a forma de ser trabalhado o esporte no ambiente escolar, pois é repassados regras e regulamentos dos esportes competitivos aos alunos. O professor acaba se tornando um treinador de seus alunos atletas, onde começam a ser exigido resultados e comparações a talentos esportivos. Reforçando a critica de coletivos de autores, da utilização do esporte como rendimento no contexto escolar sendo esta forma, a conseqüência de frustração para a maioria dos alunos que não rendem o necessário, fazendo com que eles convivam com o sentimento de incapacidade e improdutividade. Uma escola que assume por missão consolidar a capacidade e a vontade dos indivíduos de serem atores e ensinar a cada um a reconhecer no outro a mesma liberdade que em si mesmo, o mesmo direito a individualização e a defesa de interesses sociais e valores culturais é uma escola de democracia. (TORAINE 1998, p.339) Os conteúdos do esporte nas aulas de Educação Física e sua tematização como nos advertem Kunz apud Darido e Rangel (2005) devem existir a partir da compreensão do esporte como fenômeno sociocultural, de maneira que os alunos não o façam acontecer apenas por sua ação motora, e sim principalmente por sua ação reflexiva. 22 Cada vez mais os alunos estão desinteressados pelas aulas propostos pelos professores, e sim interessados naquilo que os satisfazem, que na maioria das vezes acaba não sendo o ideal para eles, e infelizmente não existe uma relação dialética entre educador e aluno, onde a autoridade é o professor e o aluno deve fazer um papel passivo obedecendo. Historicamente uma das primeiras classificações surgiu a partir dos esportes atléticos. Eles compreendiam as corridas, marchas, lançamentos e saltos, além de algumas provas combinadas, como o pentatlo e o decatlo. Além de existir uma divisão dos esportes em olímpicos e não olímpicos, individuais ou coletivos. Dentro dessa perspectiva, ainda pode-se notar os esportes artísticos, náuticos, militares, radicais e os de aventura. Outra tentativa para se classificar os esportes toma como foco as habilidades, estas se separam, conforme Bompa apud Darido e Rangel (2005) em cíclicas, acíclicas e combinadas. O Único Caminho para a verdadeira critica ao esporte é abandono da vivencia em prol do discurso filosófico e sociológico. Touraine (1998) defende a idéia de uma transformação da escola, onde ela não deva ter a função exclusiva de instruir, mas sim se preocupar com o ato de educar, e acima de tudo aumentar a capacidade dos indivíduos a ser sujeito. (TOURAINE, 1998, p.327). Parece ser fundamental o aprendizado dos gestos motores na caracterização das atividades esportivas, e mais, é essencial a prática desses gestos para a progressão, visando à apropriação das modalidades esportivas. Talvez a questão central relacione-se á contraposição entre a prática consciente e a prática alienada. As dimensões dos conteúdos colocam-se como chave importante para a orientação nesse sentido. Como sugestão para uma abordagem metodológica envolvendo as reflexões acima apresentadas, destaca-se a proposição de objetivos que também levem em consideração as dimensões dos conteúdos. O Esporte como algo a ser modificado 23 Algumas discussões podem ser motivadas a partir da proposta de transformação do esporte. Os mais rigorosos podem entender que qualquer modificação na estrutura, que diz respeito às regras ou ao espaço físico no qual acontece a vivência, pode ser considerada uma descaracterização da prática esportiva. Porém no ambiente escolar, ou mesmo nas escolas de esporte que trabalham ao nível da iniciação, inúmeras adaptações com objetivo de adequação ás características da clientela. Em geral, essas ações contribuem muito mais do que atrapalham na compreensão do que venha a ser esporte. Tendo em vista as diversas possibilidades de adaptação, os alunos devem compreender através da vivência e também da construção e desconstrução das regras, que o esporte caracteriza-se como um campo de ação aberto, e a atribuição de sentidos e significados pode ser orientada a adjetivos tais como a satisfação de um prazer intrínseco, uma atividade com fins sociais, uma vivência á aquisição e manutenção da saúde, entre outras possibilidades. Concordando com Cagigal (1981), quando ele aponta que o esporte é extremamente importante, onde em nossa sociedade cada vez menos pessoas se exercitam apresentando alto índice mortalidade em doenças cardiovasculares. 24 REFERÊNCIAS ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. 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