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DIREITO INTERNACIONAL
NACIONALIDADE
Possui Dois Sentidos:
Sociológico: vínculo político, cultural, histórico, lingüístico.
Sentido Jurídico: vínculo jurídico-político permanente que liga indivíduos a um determinado Estado.
É vínculo jurídico-político que liga o indivíduo a determinado Estado, fazendo com que este passe a integrar o povo daquele Estado e, por consequência, desfrute de Direitos e submeta-se a obrigações.
Antigamente pensava em nacionalidade apenas como vínculo sociológico. Portanto, era apenas quem tinha algum laço cultural. Hoje, entretanto, houve uma evolução. Até mesmo a CF, que foi alterada por conta do dinamismo da sociedade. Portanto, há a necessidade de acompanhar a sociedade.
Agora, então, este conceito vai além. Hoje em dia significa dizer, também, que há um sentido jurídico, isto é, um liame entre o Estado e o indivíduo em que aquele protege este. 
NACIONAL x ESTRANGEIRO
NACIONALIDADE x NATURALIDADE
Naturalidade é o local onde nasceu (cidade). Nacionalidade é a brasileira.
NACIONALIDADE x CIDADANIA
Cidadania é a possibilidade de fluir e exercer direitos que estão na Constituição Federal. Nacionalidade é um direito fundamental e o país tem soberania para legislar sobre nacionalidade. O estrangeiro, por exemplo, pode pedir a nacionalidade o país não conceder. Pode, também, ser retirado da pessoa.
MATÉRIA DIREITO SUBSTANCIAL
DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): em seu preâmbulo, a Carta diz: toda pessoa tem direito a uma nacionalidade; ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
Pacto de São José da Costa Rica: toda pessoa tem direito a nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido, se não tiver direito a outra.
NACIONALIDADE COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL
Holocausto: destituir a nacionalidade impedindo a proteção diplomática. Hitler queria, portanto, retirar a nacionalidade daqueles que não eram considerados arianos para que essas pessoas não fossem protegidas por pátria alguma.
Mal Hanna Arent: dizia que naquela época para que o judeu pudesse se sentir nacional ele deveria cometer um crime para que então houvesse um código penal e um código de processo que o julgasse.
Crime de Estado: retirada compulsória sem motivo. 
ESPÉCIES DE NACIONALIDADES
Originária ou primária:
Atribuída ao indivíduo ao nascer.
Cada país estabelece as regras ou critérios para outorgar a nacionalidade.
Critérios
a) Ius Sanguinis:
- Sangue (biológico) x Filiação: no ius sanguinis, o que interessa para aquisição é o sangue (biológico). Tecnicamente, o correto é dizer que é sanguíneo por filiação. Ex: Casal de coreanos com nacionalidade Italiana. O filho deles seria italiano. O critério não é bem biológico, portanto, mas sim por filiação.
b) Ius Soli: critério da territorialidade (é o próprio solo). Local onde o indivíduo efetivamente nasceu. Exceção: exclui-se os nascidos no estrangeiro quando a serviço da República Federativa do Brasil – art. 12, I, b (Art. 12. São brasileiros: I - natos: b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;). Por isso se diz que no Brasil o sistema é misto.
Conflito entre Regras de Nacionalidade: ocorre entre as regras ius sanguinis e soli. Pode ser positivo ou negativo.
Conflito positivo: nacionalidade ou polipatria. Se tivermos um conflito positivo, temos uma dupla nacionalidade. O máximo que um indivíduo pode ter são três nacionalidades. O brasileiro nato pode perder a nacionalidade? Não! Mas pode abrir mão? Sim.
Controvérsias:
Serviço militar: depende do tratado entre os países. Temos, por exemplo, um tratado entre Brasil e Itália que diz que se cumprido militar no Brasil ou na Itália, o indivíduo encontra-se desobrigado em servir em ambos os países. Lembre-se: somente se houver tratado sobre isso.
Proteção diplomática do Estado: princípio da nacionalidade efetiva onde indivíduo se encontra. Imagine-se o indivíduo que possui duas nacionalidades. Mora em Campo Grande – MS. Faz compras no Paraguai e, eventualmente, é preso. Qual o país que dará guarida a esse indivíduo? Onde ele morava antes, ou seja, no Brasil. Mas e o italiano que trabalha no Brasil? Vai se socorrer na embaixada italiana. Só poderia pedir a proteção diplomática brasileira se tivesse dupla nacionalidade.
Conflito negativo:
Em virtude das várias legislações poderá ocorrer esse conflito: ocorre quando uma regra exclui a outra (ius sangui exclui ius solo, por exemplo). Para que não ocorra esse conflito, o brasileiro, nascendo na Suíça, o pai vai à embaixada e registra o filho, para que este não fique apatria.
Ocorre apatria ou apatridia ou do alemão (Heimatlos).
Choque de Leis.
Tratado: D.H -» pelo menos uma nacionalidade. O Pacto de São José da Costa Rica protege as pessoas que, em tese, ficariam apátridas. Quando a pessoa nasce em algum país assinante deste tratado, ela, ao menos, terá a nacionalidade daquele local em que nasceu.
Registro Provisório (Lei de Registros Públicos art. 32, §2º): quando a pessoa for apatria, terá nacionalidade provisória até os 18 anos.
*Ius soli: mais positivado nos países de imigração (Brasil).
*Ius sanguinis: mais positivado nos países de emigração (Alemanha). Se justifica para que a pátria não fique sem nação.
NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU ADQUIRIDA
Conceito: é o ato pelo qual o estrangeiro formalmente solicita ao Estado a sua aceitação para pertencer à comunidade interna, cabendo ao Estado, de forma unilateral e discricionária, decidir sobre a conveniência e oporturnidade do pedido.
Pátria: conceito sentimental.
Estado: conceito jurídico.
Nação: conceito sociológico/político.
País: conceito geográfico.
Ato de Soberania.
Art. 121 da Lei 6.815/80: ato discricionário.
Perda da Nacionalidade e Obrigações Contraídas: continua respondendo, ainda que estrangeiro.
Estrangeiro adotado por brasileiro: .
Efeito ex nunc.
Não existe direito subjetivo: não há direito adquirido em ser brasileiro.
BRASILEIRO NATO
Há dois critérios. Em regra, no Brasil aplica-se o ius solis, mas também, em alguns casos, o ius sanguinis.
Art. 12, CRFB:
Art. 12. São brasileiros:
        I - natos:
        a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; os que nascem no Brasil, portanto (aqui é a parte geográfica, navios e aviões de guerra, navio mercante em mar aberto, navio a serviço do Brasil – em outro país, não é; só o de guerra!
        b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; Não precisa ser os dois em serviço, apenas um basta. Mas se forem italianos a serviço pela Alemanha no Brasil? Será brasileiro nato!
        c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
Art. 50 da Lei de Registros Públicos: todo nascimento em território nacional deve ser registrado. Não importa a nacionalidade da pessoa, ela tem de ser registrada.
NACIONALIDADE BRASILEIRA
Brasil: matéria constitucional.
Art. 12 e 13, CF.
Hipóteses numerus clausus.
Regra: brasileiro nato quem nasce no Brasil e eventualmente no exterior.
Alguns autores dizem que o sistema brasileiro é misto, pois temos as ius solis e a ius sanguinis.
OBS: O professor deu, na aula de hoje, a mesma aula da semana passada.
ART. 12 – TRÊS HIPÓTESES
Primeira (12, inciso I, a)
Ius solis: nascido na RFB, ainda que de pais estrangeiros. Tanto faz! Mas é uma regra absoluta? Não!
O que pertence à RFB? Resposta: Aeronave de guerra (navios também)e navios mercantes de bandeira brasileira. Se nascer dentro de uma aeronave ou de um navio de guerra será brasileiro nato. Os navios mercantes de bandeira brasileira (aqui também se enquadram navios públicos). Se tiver em águas internacionais, também será brasileiro nato. Se o navio público estiver sobre a soberania de outro país, não será brasileiro nato. Mas e se nascer neste navio? Registra o guri naquele país mesmo! 
Os pais não estejam a serviço de seu país.
Serviço público e relativo à Estado estrangeiro.
Ambos os pais estrangeiros.
Tem que haver coincidência entre a nacionalidade do casal e o serviço.
Filho ser registrado (art. 50 – Lei n. 6.013/73).
b) Segunda (art. 12º, I, b)
Nascido no estrangeiro, pai ou mãe a serviço do Brasil.
Qualquer serviço.
Não confundir nacionalidade com naturalidade. A pessoa pode nascer na França, vai até a repartição, faz o registro, passa 50 anos lá na França, mas será brasileiro nato. 
Pai ou mãe naturalizados? Filho será nato, pouco importa se os pais são natos ou naturalizados.

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