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1 INSTITUTO TAUBATÉ DE ENSINO SUPERIOR (ITES) FACULDADE DE FISIOTERAPIA BRENA TEIXEIRA LEITE ISABELE APARECIDA FRANCO JÉSSICA DA SILVA SANTOS KÁTIA CRISTINA B. GUIMARÃES MARCELA DOS SANTOS LUIZ SILVA SANDRA REGINA MUNIZ DE QUEIROZ FAVARIM DE OLIVEIRA MEDIDAS E AVALIAÇÕES TAUBATÉ - SP 2020 2 BRENA TEIXEIRA LEITE ISABELE APARECIDA FRANCO JÉSSICA DA SILVA SANTOS KATIA CRISTINA B. GUIMARÃES MARCELA DOS SANTOS LUIZ SILVA SANDRA REGINA MUNIZ DE QUEIROZ FAVARIM DE OLIVEIRA MEDIDAS E AVALIAÇÕES Trabalho de Medidas e Avaliações apresentado ao Curso de Fisioterapia, declarado ao Instituto Taubaté de Ensino Superior - ITES Orientador: Ronaldo Merenda TAUBATÉ - SP 2020 3 ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Testes de 1 RM realizados com intervalo de 72h. A- Homens e B- mulheres........................................................................................................... 11 Figura 2- Demonstração Pesagem Hidrostática ............................................... 14 Figura 3- Demonstração Pesagem Hidrostática ............................................... 15 Figura 4- Modelo de análise da composição corporal em cinco níveis, proposto por Wang e colaboradores (adaptado de Shen et al., 2005, pp 4) ................... 19 Figura 5- Figura 4 – Modelo de estatura/altura ................................................ 21 Figura 6- Modelo de envergadura .................................................................... 22 Figura 7- Medida diâmetro biacromial .............................................................. 25 Figura 8- Medida diâmetro torácico-transverso ................................................ 26 Figura 9- Medida diâmetro ântero-posterior torácico ........................................ 26 Figura 10- Medida diâmetro bi-ilíaco ................................................................ 27 Figura 11- Medida diâmetro bitrocantérico ....................................................... 27 Figura 12- Medida diâmetro biepicôndilo femoral ............................................. 27 Figura 13- Medida diâmetro bimaleolar ............................................................ 28 Figura 14- Medida diâmetro biepicôndilo umeral .............................................. 28 Figura 15- Medida diâmetro biestilóide ............................................................ 29 Figura 16- Medida de circunferência do pescoço ............................................. 30 Figura 17- Medida circunferência peitoral – homens ........................................ 31 Figura 18- Medida circunferência peitoral - mulheres ...................................... 31 Figura 19- Medida circunferência braço relaxado ............................................ 31 Figura 20- Medida circunferência braço fletido................................................. 32 Figura 21- Medida circunferência braço fletido................................................. 32 Figura 22- Medida circunferência punho .......................................................... 32 Figura 23- Medida circunferência cintura ......................................................... 33 Figura 24- Medida circunferência abdominal.................................................... 33 Figura 25- Medida circunferência quadril ......................................................... 34 Figura 26- Medida circunferência coxa proximal .............................................. 34 Figura 27- Medida circunferência coxa 2 ......................................................... 34 Figura 28- Medida circunferência coxa contraída ............................................. 35 Figura 29- Medida circunferência perna ........................................................... 35 file:///C:/Users/Isah/Desktop/FACULDADE/APS/APS%20-%20MEDIDAS%20E%20AVALIAÇÕES%20(5°%20SEMESTRE).docx%23_Toc40800558 file:///C:/Users/Isah/Desktop/FACULDADE/APS/APS%20-%20MEDIDAS%20E%20AVALIAÇÕES%20(5°%20SEMESTRE).docx%23_Toc40800558 file:///C:/Users/Isah/Desktop/FACULDADE/APS/APS%20-%20MEDIDAS%20E%20AVALIAÇÕES%20(5°%20SEMESTRE).docx%23_Toc40800559 file:///C:/Users/Isah/Desktop/FACULDADE/APS/APS%20-%20MEDIDAS%20E%20AVALIAÇÕES%20(5°%20SEMESTRE).docx%23_Toc40800560 4 Figura 30- Medida circunferência tornozelo ..................................................... 36 Figura 31- Medida dobra tricipital ..................................................................... 38 Figura 32- Medida dobra bicipital ..................................................................... 38 Figura 33- Medida dobra subescapular ............................................................ 39 Figura 34- Medida dobra peitoral/torácica ........................................................ 39 Figura 35- Medida dobra axilar média – transversal ........................................ 40 Figura 36- Medida dobra axilar média - horizontal ........................................... 40 Figura 37- Medida dobra abdominal horizontal ................................................ 41 Figura 38- Medida dobra abdominal vertical .................................................... 41 Figura 39- Medida dobra suprailiaca ................................................................ 42 Figura 40- Medida dobra da coxa ..................................................................... 42 Figura 41- Medida dobra da perna ................................................................... 43 Figura 42- Somatotipos .................................................................................... 44 Figura 43- Fórmula Razão cintura-quadril ........................................................ 46 Figura 44- Visão lateral do aumento do índice de conicidade .......................... 46 Figura 45- Índice de Conicidade ....................................................................... 47 Figura 46- Bioimpedância por eletrodo ............................................................ 50 Figura 47- Bioimpedância por balança ............................................................. 50 Figura 48- Simetrógrafo e suporte para câmera fotográfica ............................. 52 Figura 49- Teste de Rast .................................................................................. 67 Figura 50- Teste de Margaria ........................................................................... 68 Figura 51- Teste de tração lombar ................................................................... 70 Figura 52- Teste da impulsão vertical .............................................................. 72 Figura 53- Teste da impulsão horizontal .......................................................... 72 Figura 54- Exercício na barra fixa .................................................................... 75 ÍNDICE DE TABELA Tabela 1- IMC ................................................................................................... 23 Tabela 2- Relação cintura-quadril .................................................................... 45 Tabela 3- Circunferência da cintura e riscos .................................................... 47 Tabela 4-Valores de referências do VO2máx para homens e mulheres. ......... 77 file:///C:/Users/Isah/Desktop/FACULDADE/APS/APS%20-%20MEDIDAS%20E%20AVALIAÇÕES%20(5°%20SEMESTRE).docx%23_Toc40800598 file:///C:/Users/Isah/Desktop/FACULDADE/APS/APS%20-%20MEDIDAS%20E%20AVALIAÇÕES%20(5°%20SEMESTRE).docx%23_Toc40800599 file:///C:/Users/Isah/Desktop/FACULDADE/APS/APS%20-%20MEDIDAS%20E%20AVALIAÇÕES%20(5°%20SEMESTRE).docx%23_Toc40800666 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...............................................................................................7 1.1 Objetivo ..................................................................................................... 7 2. CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................. 8 2.1 Avaliação .................................................................................................. 8 2.2 Tipos de avaliação .................................................................................... 8 2.2.1 Terminologia e definições em medidas e avaliações .......................... 9 2.3 critérios de seleção de testes e erros de medida .................................... 10 3. AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA .................................................................... 12 3.1 Métodos diretos, indiretos (pesagem hidrostática) e duplamente indiretos ...................................................................................................................... 12 3.1.1 Métodos Diretos ................................................................................ 12 3.1.2 Métodos Indiretos ............................................................................. 13 3.1.3. Métodos duplamente indiretos ......................................................... 15 3.2 Antropometria: medidas morfológicas; índices corporais; somatotipo .... 15 3.2.1 Orientações a serem adotadas antes do início dos testes ................ 16 3.2.2 Fatores de Variação nas Medidas .................................................... 18 3.2.3 Materiais utilizados ........................................................................... 18 3.2.4 Composição Corporal e a Massa Corporal Total .............................. 18 3.2.5 Estatura ............................................................................................ 20 3.2.6 Envergadura ..................................................................................... 22 3.2.7 Índice de Massa Corporal (IMC) ....................................................... 22 3.2.8 Diâmetros ......................................................................................... 24 3.2.9 Perímetros ou Circunferências ......................................................... 29 3.2.10 Dobras cutâneas ............................................................................. 36 4. AVALIAÇÃO POSTURAL ........................................................................... 51 6 4.1 Como avaliar ........................................................................................... 52 4.2 Modelo para a avaliação postural qualitativa .......................................... 54 5. AVALIAÇÃO FUNCIONAL .......................................................................... 59 5.1 Avaliação das capacidades físicas (metabólica, neuromotora e coordenativa) ................................................................................................ 59 5.2 Avaliação de flexibilidade: instrumentos e técnicas ................................ 62 5.3 Avaliação da capacidade anaeróbia: instrumentos e técnicas ................ 64 5.3.1 Estimativa do esforço anaeróbico ..................................................... 65 5.3.2 Instrumentos e técnicas para avaliar a capacidade anaeróbica ....... 65 5.4 Avaliação de força: instrumentos e técnicas ........................................... 68 5.4.1 Força máxima ................................................................................... 69 5.4.2 Força de potência (explosiva) ........................................................... 71 5.4.3 Força de resistência .......................................................................... 73 5.5 Avaliação de aptidão aeróbica (resistência e potência): instrumentos e técnicas ......................................................................................................... 75 5.5.1 Caminhada/ Corrida de 12 minutos – Cooper ................................... 76 5.5.2 Teste de Cargas Submáximas .......................................................... 77 5.6 Avaliação de agilidade, equilíbrio, coordenação e velocidade: instrumentos e técnicas ...................................................................................................... 78 5.6.1 Métodos de avaliação em equilíbrio .................................................. 78 5.6.2 Velocidade ........................................................................................ 79 5.6.3 Agilidade ........................................................................................... 80 6. CONCLUSÃO .............................................................................................. 82 7. REFERÊNCIAS ............................................................................................ 86 7 1. INTRODUÇÃO A disciplina de Medidas e Avaliações tem como objetivo transmitir conceitos relativos à avaliação funcional e morfológica, possibilitando a interpretação de tais valores e a seleção dos melhores métodos. A avaliação se refere ao aspecto qualitativo. A medida se refere ao aspecto quantitativo, sendo uma determinação de grandeza e constituindo o primeiro instrumento para se obter informação sobre algum dado pesquisado. Abordando técnicas de avaliação e os principais protocolos de avaliação da composição corporal, de avaliação postural, de avaliação do sistema cardiorrespiratório e de avaliação das capacidades de velocidade, flexibilidade, força e agilidade. Visa o desenvolvimento e manutenção da saúde, através da prescrição da atividade física ou desempenho esportivo. Também pode ser utilizada como uma ferramenta preventiva na avaliação de riscos no desenvolvimento de obesidade, desnutrição, doenças metabólicas, patologias crônicas, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, doença arterial coronariana, diabetes, aumento do colesterol e alta mortalidade. Possui ainda métodos não invasivos, de fácil execução, de baixo custo e de alta confiabilidade. 1.1 Objetivo Abordar os temas estudados em sala de aula, fazendo um resumo sobre cada tópico apresentado pelo professor. 8 2. CONCEITOS BÁSICOS 2.1 Avaliação A avaliação é uma prática universal, algo em que todas as pessoas se empenham formal ou informalmente. Literalmente, todos nós utilizamos a avaliação em nossos trabalhos, mas com objetivos e em ambientes diversos. A avaliação é importante em pesquisas porque é o meio pelo qual o corpo do conhecimento da disciplina cresce e é redefinido. Geralmente, avaliamos fenômenos que queremos compreender melhor. Assim como, nossas práticas profissionais como educadores físicos, técnicos, treinadores, fisioterapeutas etc. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 13) Contudo, a avaliação precisa ser delineada e pensada antes da realização de qualquer teste. Basicamente, precisamos seguir quatro passos durante uma avaliação: 1. estabelecer um critério; 2. realizar um teste ou uma bateria de testes; 3. fazer interpretações a partir dos dados; 4. escolher entre as possíveis formas de ação. 2.2 Tipos de avaliação • Avaliação diagnóstica: destina-se a verificar se os avaliados possuem aptidões ou capacidades desejáveis. • Avaliação prognóstica: projetadas para predizer o potencial para o desenvolvimento em um determinado atributo humano. • Avaliação de proficiência: para determinar a colocação em um nível apropriado. 9 2.2.1 Terminologia e definições em medidas e avaliações Medir: associar um número a determinada característica de um ser, um objeto ou de um evento. Avaliar: realizar um julgamento de valor sobre essa medida, ou seja, interpretá-la em função do objetivo que determinou a realização dessa medida. Interpretar: é o processo de julgamento baseado nos dados qualitativos e/ou quantitativos obtidos em medidas e avaliações. Testar: trazer à tona uma resposta observável a fimde fornecer informações sobre um atributo específico de uma ou mais pessoas por meio de um teste. Exame: sinônimo de teste Examinados: são pessoas, pacientes, alunos para os quais os testes ou exames serão aplicados ou fornecidos. Examinadores: são aqueles que aplicam os testes Usuário do teste: é alguém que se utiliza dos resultados obtidos para tomar decisões. Em determinadas situações, você não aplicará o teste, mas a partir dele irá determinar o caminho da sua intervenção. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 13) Bateria de testes: é um conjunto de testes relacionados, administrados dentro de um intervalo de tempo específico, a fim de obter informações sobre um atributo multidimensional. Às vezes, precisaremos realizar mais de um teste durante uma avaliação, principalmente no que tanje os testes funcionais (e.g. flexibilidade, força motora, resistência aeróbia), uma variável pode influenciar a outra de maneira negativa, subestimando o escore daquele atributo. Dessa maneira, os testes precisam ser correlacionados, as variáveis não podem exercer efeito negativo na variável ou atributo que será avaliado subsequentemente. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 14) 10 Dados qualitativos: os dados qualitativos podem representar uma característica ou qualidade de um determinado atributo. Por exemplo, podemos classificar um determinado atributo observável em um teste como bom, razoável ou ruim. Mais dentro da área de saúde, temo escalas que são muito utilizadas e nos fornecem dados qualitativos como a escala de percepção de dor ou escala de subjetiva de esforço. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 14) Dados quantitativos: os dados quantitativos assumem valores numéricos que estatisticamente podem ser divididos em discretos ou contínuos. Muitos dos testes utilizados na área de saúde nos fornecerão dados quantitativos. Alguns exemplos: amplitude articular em graus (190° de flexão do ombro), força máxima em quilogramas (100kg no exercício supino) e dinamometria isocinética em newton metros (e.g. 200 N?m-1 de torque). (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 14) 2.3 critérios de seleção de testes e erros de medida A escolha de um teste específico para o processo de avaliação deve sempre levar em consideração dois critérios básicos, a validade e a fidedignidade que serão discutidos nesse tópico. Validade: determinação do grau em que um teste mede aquilo a que se destina medir. Um teste válido teve os seus dados e reprodutibilidade confrontados com o teste de referência ou padrão-ouro para aquele atributo. Validade Lógica: análise representativa dos escores obtidos com o instrumento de medida em relação à característica ou ao comportamento que se pretende analisar. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 15) Validade de Critério: relação estatística entre os escores produzido pelo instrumento de medida e indicadores da mesma natureza (padrão-ouro). Ex: composição corporal: pesagem hidrostática x dobras cutâneas. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 16) Validade Preditiva: grau de probabilidade com que os escores produzidos pelo instrumento de medida podem predizer estatisticamente o atributo que se 11 pretente avaliar. Por meio de regressão linear (i.e. variável predita, e preditora). Ex. distância percorrida em metros e VO2max em ml?kg-1?min-1. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 16) Fidedignidade: grau de consistência dos resultados quando o mesmo teste é aplicado nas mesmas condições, em ocasiões diferentes pelo mesmo avaliador. Todo teste válido é fidedigno e é recomendado variações entre os testes abaixo de 5%. Também é importante ressaltar que alguns testes possuem o efeito de aprendizagem e irão precisar de mais testes para o valor estabilizar. Reparem a figura abaixo, no teste de uma repetição máxima (1 RM) no exercício agachamento, tanto para homens e mulheres os valores se estabilizam (< 5%) após a aplicação do terceiro teste (figura 1). (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 16) Figura 1- Testes de 1 RM realizados com intervalo de 72h. A- Homens e B- mulheres. Objetividade: grau em que esperamos consistência nos resultados, quando o mesmo teste é aplicado simultaneamente por diferentes avaliadores nos mesmos alunos, atletas e pacientes. O ideal é que sempre o mesmo avaliador replique os testes, porém ao término de uma intervenção o mesmo teste poder aplicado por outro avaliador e também é recomendado variações menores que 5% entre os avaliadores. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 16) 12 3. AVALIAÇÃO MORFOLÓGICA 3.1 Métodos diretos, indiretos (pesagem hidrostática) e duplamente indiretos A composição corporal é considerada um componente da aptidão física relacionada à saúde e ao treinamento. Existe uma relação entre a quantidade e distribuição da gordura com as alterações no nível de aptidão física e no estado de saúde. Além do mais, o excesso de gordura corporal favorece o desenvolvimento de doenças crônico‑degenerativas. O processo de envelhecimento normal (senescência) também altera a composição corporal, pois, à medida que perdemos massa muscular, o percentual de gordura corporal aumenta. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Existem três tipos de métodos de avaliação da composição corporal: métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos. Cada um é realizado de uma maneira diferente, com equipamentos diferentes e consequentemente fornece informações distintas, com maior ou menor grau de precisão. É importante ressaltar que nenhum teste ou medida é exato. Todos estão sujeitos a erros relacionados a variações biológicas dos indivíduos, técnica e condições de medida e problemas em equipamentos. (ZART, 2015) 3.1.1 Métodos Diretos No método direto cada um dos componentes corporais é separado e pesado isoladamente (ossos, vísceras, músculos, gordura). As informações são obtidas de diferentes tecidos do corpo, mediante dissecação macroscópica ou por meio da extração lipídica. São os mais precisos, pois é feito um fracionamento das massas diretamente no corpo. Esse procedimento, portanto, implica em alta quantidade de incisões, o que limita seu uso somente à dissecação de cadáveres. Esses métodos começaram a ser mais estudados e desenvolvidos a partir de 1921, após um antropólogo tcheco, Jindrich Matiegka, publicar sua idéia de 13 fracionamento do corpo em seus tecidos, a partir de medições antropométricas e dados anatômicos de cadáveres que sofreram execuções na Alemanha no século XIX. A partir das medidas diretas dos componentes estruturais do corpo humano e suas relações com alguns princípios químicos e físicos, como proporções e densidades dos componentes, foi possível chegar aos dados que proporcionam as estimativas indiretas. Foram os primórdios das pesquisas nessa área, que anos depois deram origem a Cineantropometria – ciência que estuda a mensuração e tamanho das proporções do corpo humano e suas aplicações e influências no movimento. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (ZART, 2015) 3.1.2 Métodos Indiretos Os métodos indiretos são aqueles em que não há a manipulação dos componentes separadamente e, apesar de apresentarem precisão secundária quando comparados aos primários, são viáveis de serem realizados e são considerados confiáveis, com grande grau de precisão. Esses métodos são validados a partir do método direto e contam com uma gama de modelos (simples e complexos) e equipamentos, sendo alguns de alto custo financeiro. As desvantagens são o custo dos procedimentos, pois requerem equipamentos caros, profissionais especializados para manuseá-los e local adequado. Os métodos indiretos podem ser divididos em métodos químicos e métodos físicos. • Métodos Químicos: Contagem total de potássio corporal; Excreção urinária de creatinina • Métodos Físicos: Tomografia (raio X); Ultrassonografia; Ressonância Magnética; Pletismografia, DEXA (Dual Energy X-Ray Absorptiometry - Raio X de Dupla Energia) e PesagemHidrostática. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (ZART, 2015) 14 3.1.2.1 Pesagem Hidrostática (Hidrodensitometria ou Pesagem Subaquática) É baseada no Princípio de Arquimedes, que diz que quando um corpo é submerso em água, desloca um volume de água igual ao seu próprio volume. Essa relação do peso do objeto no ar, dividido pela perda de peso em água, é conhecida como densidade ou gravidade específica. Para determinação do volume corporal por meio da pesagem hidrostática, será calculada a diferença entre o peso corporal aferido normalmente fora da água e a medição do corpo submerso em água, bem como o volume de água por ele deslocado. Isso tem servido de embasamento para a utilização da pesagem hidrostática na determinação da densidade e do volume corporal. Assim, para determinação da densidade corporal, o indivíduo deve ser pesado fora e dentro da água, sendo em seguida aplicados esses valores em uma equação matemática. Após esse cálculo, obtêm‑se a estimativa da densidade corporal. Na sequência, é possível estimar o percentual de gordura corporal (%G). A pesagem hidrostática considera que o corpo é formado por dois componentes distintos, massa de gordura (MG) e massa livre de gordura (MLG). Sendo assim, determinada a porcentagem de gordura, a massa magra é derivada pela simples subtração matemática. É considerada o “padrão‑ouro” das avaliações indiretas. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (ZART, 2015) Figura 2- Demonstração Pesagem Hidrostática 15 Figura 3- Demonstração Pesagem Hidrostática 3.1.3. Métodos duplamente indiretos A determinação da composição corporal por meio dos métodos indiretos é mais complexa devido à necessidade de equipamentos caros e sofisticados, bem como de técnicos altamente treinados, o que torna sua utilização inviável em larga escala em situações de campo. A alternativa mais comum é o uso de métodos duplamente indiretos. Os métodos duplamente indiretos apresentam precisão terciária quando comparados aos métodos diretos; porém, as técnicas são menos rigorosas, têm uma melhor aplicação prática, um menor custo financeiro e ainda podem ser aplicadas em ambiente de campo e clínico. A bioimpedância elétrica e a antropometria são métodos duplamente indiretos amplamente utilizados para a avaliação da composição corporal. Os métodos duplamente indiretos amplamente utilizados para avaliação da composição corporal são: Antropometria e Bioimpedância Elétrica. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (ZART, 2015) 3.2 Antropometria: medidas morfológicas; índices corporais; somatotipo O termo antropometria provém do grego ánthropos (antropo), que significa homem, e métron (metria) que corresponde à medida, ou simplesmente a medida do homem. 16 É definida como a ciência que trata das mensurações do tamanho, peso e proporções do corpo humano, ou seja, de todas as dimensões corpóreas. É um método não invasivo, de medidas de rápida e fácil realização com participação passiva do avaliado. A área é parte integrante dos estudos da antropologia física, que se ocupa da determinação de medidas das dimensões e das proporções corporais externas. A antropometria busca determinar parâmetros de normalidade dos componentes corporais, com base em medidas de perímetro e comprimento de segmentos, tecido de gordura subcutâneo, diâmetros ósseos, massa corporal e estatura. A avaliação antropométrica apresenta informações valiosas para: estimar as medidas dos componentes corporais de sedentários ou atletas, no crescimento, desenvolvimento, maturação e envelhecimento; pode ser utilizada para determinar o tamanho físico de uma população; utilizada para fins de diagnósticos de doenças cardíacas, hipertensões e diabete miellitus; na confecção de equipamentos e produtos, entre outros. (CARMO; DIAS; LOURENÇO; SILVA, 2013) (SANCHES, 2008) 3.2.1 Orientações a serem adotadas antes do início dos testes As regras de medição em antropometria devem seguir padrões nacionais e internacionais para garantir a fidelidade dos dados obtidos. Qualquer medida escolhida, independente do objetivo proposto, deve responder a certas condições para sua correta realização. As principais são: • É necessário que haja precisão na técnica e na demarcação dos pontos de reparo (referência), para que aplicadores diferentes possam executá-la da mesma maneira; • A medida deve exprimir numericamente uma dimensão de real interesse, ou seja, ter uma finalidade exata; • Os resultados obtidos se não iguais devem ser próximos, com o menor coeficiente de erro; 17 • A técnica utilizada deve ser a mais simples possível, para que o coeficiente de erro pessoal do medidor não tenha uma influência acentuada sobre o resultado. Para se evitar ao máximo a influência de fatores de erro na realização de medidas antropométricas, deve-se observar uma série de requisitos básicos: • Explicar e se possível, demonstrar ao avaliado como deve ser realizado o teste em questão; • Efetivar as medições sempre na mesma hora do dia; • Orientar o indivíduo a não realizar atividade física extenuante antes da realização do teste; • Não realizar os testes com indivíduo em jejum, em estado de desidratação e/ou em estado de enfermidade; • Nas mulheres, procurar realizar os testes e suas repetições na mesma fase dos diferentes períodos menstruais • Indivíduo a ser medido deve estar com a menor quantidade de roupa possível ou em traje de banho; • Instrumental utilizado deve estar limpo e aferido; • Os pontos de referência devem ser marcados ou assinalados no corpo do avaliado. Cuidado especial deve ser tomado na marcação que deverá ser feita com lápis ou caneta dermográfica ou qualquer dispositivo (caneta esferográfica ou com ponta porosa) que não machuque o avaliado. • O avaliador se colocará para realizar medidas pares (ex.: diâmetros torácicos ântero-posterior e biacromial) no lado direito ou esquerdo, ou na frente ou nas costas do avaliado dependendo da técnica escolhida; • Apoiar e não pressionar o instrumento no ponto de reparo marcado; • As medidas obtidas por fita métrica devem ser tomadas na perpendicular ao eixo longitudinal medido, sem pressão; • Devem ser utilizados locais fechados e bem iluminados, para evitar constrangimento ao avaliado; • A luz incidindo diretamente sobre a escala graduada facilita a leitura da medida. (CARMO; DIAS; LOURENÇO; SILVA, 2013) (SANCHES, 2008) 18 3.2.2 Fatores de Variação nas Medidas Inúmeras pesquisas mostraram que as medidas somáticas e funcionais sofrem variações quando repetidas por um ou por vários técnicos em muitos indivíduos, ou por vários técnicos no mesmo indivíduo. Essas variações de uma medida estão na dependência de múltiplos fatores, dentre eles destacamos os principais: • Utilização de instrumentos diferentes • Calibração desigual do instrumento • Habilidade e atenção do avaliador • Precisão em identificar os pontos de reparo • Pressão imposta na medida (com o instrumento) • Cooperação do indivíduo medido. (SANCHES, 2008) 3.2.3 Materiais utilizados • Balanças de pesagem: para massa (peso) corporal • Estadiômetro: para medir estatura (altura). Tomar medidas no sentido vertical • Fitas métricas de antropometria: para medir circunferências. Pode ser de metal flexível (mais precisa) ou de fibra de vidro • Paquímetro: para medir diâmetro de ossos • Segmômetro: para medir distâncias segmentadas diretas • Adipômetro ou Compasso de dobras cutâneas: usado para medir dobras cutâneas 3.2.4 Composição Corporal e a Massa Corporal Total A composição corporal é constituída de um conceito que se refere às massas presentes no corpo humano. Didaticamente, foi criado um modelo de organização para análise da composição corporal, sendo subdividida em 5 (cinco) níveis, sendo eles: 1° Nível: atômico, abrangendo hidrogênio, carbono e oxigênio; 2°Nível: molecular, abrangendo proteínas, lipídios e água; 19 3° Nível: celular, abrangendo fluidos extracelulares e massa celular; 4° Nível: sistema tecidular, abrangendo órgãos viscerais, osso, músculo e tecido adiposo; 5° Nível: refere-se ao corpo como um todo, sendo eles cabeça, tronco e membros superiores e inferiores. Entre todos os níveis, existem 2 (dois) componentes estruturais considerados em maior proporção no corpo humano, sendo eles a massa magra (musculatura esquelética, ossos e órgãos vitais) e a massa gorda (tecido adiposo) que serão objetos de estudo para a avaliação da saúde do indivíduo. (MARTINS, 2009) O Peso (P) é a resultante do sistema de forças exercidas pela gravidade (g) sobre a massa corporal (m), isto é, P = m.g. A massa corporal total é a soma de todos os componentes corporais (água, gordura, ossos, músculos, pele, tecidos viscerais) e reflete o equilíbrio energético do indivíduo. (CARMO; DIAS; LOURENÇO; SILVA, 2013) (SANCHES, 2008) Material: Utiliza-se uma balança de precisão e considera-se que o peso é igual à massa corporal, em valor absoluto. Pode ser: • Balança de mola: a massa do indivíduo leva a distensão de uma mola que oscila um ponteiro numa escala pré-graduada. Com o passar do tempo, e Figura 4- Modelo de análise da composição corporal em cinco níveis, proposto por Wang e colaboradores (adaptado de Shen et al., 2005, pp 4) 20 com o desgaste da mola, a massa mensurada pode apresentar grandes erros. • Balança de alavanca: equilíbrio entre dois sistemas de alavancas. A massa corporal do indivíduo desloca um braço de uma alavanca e para sua neutralização deve haver o deslocamento de pesos (taras) no braço oposto. Sendo uma das alavancas graduada, é possível a determinação precisa da massa. Este tipo de balança, leva a mensurações bem precisas, com os devidos cuidados na manutenção. • Balança digital: coloca-se um objeto com massa conhecida sobre uma plataforma de reação ocorrendo assim uma deformação mecânica na célula de carga. Este sinal é amplificado e digitalizado para leitura instantânea. Apresenta um alto grau de precisão. (SANCHES, 2008) Orientação: Não realizar medições após a prática de exercícios físicos. Procedimento: • Balança completamente nivelada com o solo; • O avaliado deve estar posicionado no centro da balança; • O peso do corpo deve ser distribuído igualmente sobre os dois pés; • O avaliado deve se manter em postura ereta e com o olhar fixo num ponto a sua frente (plano de Frankfurt). (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 3.2.5 Estatura É também denominada de altura, é a distância máxima compreendida entre as plantas dos pés e o ponto mais alto da cabeça (vértex), estando o indivíduo em pé e na posição antropométrica. Medida em centímetros (cm) ou metros (m). Material: Utiliza-se o estadiômetro, que consta de uma haste de metal graduada, sobre o qual desliza um cursor, que termina em uma régua em ponta e disposta perpendicularmente à haste graduada. (SANCHES, 2008) Orientações: Recomendado que a medida de estatura seja feita sempre em um mesmo período (manhã, tarde ou noite), para minimizar os erros de medida. 21 A razão é que medida de estatura varia de acordo com o horário do dia. Pela manhã, a medida de estatura pode ser de 1 a 2 cm maior do que ao final do dia. Isso ocorre devido a ação da força da gravidade sobre os discos intervertebrais no decorrer do dia. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Procedimento: • O avaliado deve estar descalço, em posição anatômica sobre a base do estadiômetro; • A postura deve ser ereta, imóvel e o olhar fixo num ponto a sua frente (plano de Frankfurt); • Os calcanhares, cinturas pélvicas e escapulares e região occipital do crânio devem estarem contato com a escala de medida. A haste deve formar um ângulo reto com o estadiômetro. • Com a haste alta, posicionar o avaliado e solicitar a realização de uma apneia inspiratória (parada respiratória em inspiração máxima), para medição; • Descer a haste com cuidado, até tocar o vértex, evitando sempre que possível a presença de muito cabelo. A haste deve tocar o vértex exatamente no plano sagital médio; • Manter a haste segura, sem deslocamento, permitindo que o indivíduo respire normalmente e se afaste do estadiômetro; • Leitura deve ser realizada com o máximo de precisão. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (SANCHES, 2008) Figura 5- Figura 4 – Modelo de estatura/altura 22 3.2.6 Envergadura É a distância máxima de membros superiores, alcançada pelas extremidades distais dos dedos médios direito e esquerdo. Material: Utiliza-se uma fita métrica, graduada e posicionada na parede horizontalmente, na altura dos ombros. Procedimento: • O avaliado deve se posicionar de costas para a parede, em posição ortostática; • A cabeça deverá ser mantida no plano de Frankfurt. Corpo em assimetria; • Membros superiores abduzidos em 90°, na horizontal, alinhados aos ombros e em máxima amplitude. Antebraços em posição supino e dedos unidos; • A distância entre as extremidades distais dos dedos médios direito e esquerdo deve ser verificada em apneia inspiratória. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (SANCHES, 2008) Figura 6- Modelo de envergadura 23 3.2.7 Índice de Massa Corporal (IMC) A partir das medidas de peso e estatura, é possível calcular o índice de massa corporal (IMC). O IMC é uma medida amplamente utilizada para analisar se o peso do indivíduo é adequado à sua altura, sendo um importante marcador de desnutrição, do grau de obesidade e de riscos à saúde (doenças crônicas) relacionados ao excesso de peso do avaliado. É método prático, rápido e sem custo algum. O IMC é calculado por meio do peso do avaliado (em quilos), dividido pela estatura do avaliado ao quadrado (em metros). Portanto: IMC = _____________ Após calcular a medida de IMC, é necessário interpretarmos o resultado obtido, o que se refere à avaliação. IMC médio para homens: 22kg/m2 IMC médio para mulheres: 21kg/m2 (CARMO; DIAS; LOURENÇO; SILVA, 2013) (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (ALTURA) ² PESO Tabela 1- IMC 24 3.2.8 Diâmetros Os diâmetros ósseos são medidas que estabelecem distâncias projetadas entre dois pontos anatômicos definidos por proeminências ósseas, podem ser simétricas ou não, e situadas em planos perpendiculares, ou quase, ao eixo longitudinal do corpo. Essa medida pode ser bilateral. São medidas antropométricas somáticas que permitem analisar o desenvolvimento corporal horizontal transversal ou ântero-posterior. Além de verificar o crescimento de crianças e adolescentes, as avaliações dos diâmetros ósseos podem ser utilizadas para determinar o tamanho da estrutura corporal de avaliados adultos e idosos. Isso permite estabelecer uma relação entre aqueles que pesam mais devido à grande massa musculoesquelética e aqueles que pesam mais devido à grande quantidade de gordura. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (SANCHES, 2008) Material: Para a avaliação dessa medida é utilizado um instrumento de precisão chamado paquímetro ou o segmômetro. De acordo com o diâmetro que será avaliado, podemos utilizar paquímetros com diferentes tamanhos. Orientações: • As medidas devem ser realizadas diretamente na pele do avaliado (não se deve realizar as medidas por cima da roupa); • O avaliado não deve estar usando hidratantes ou óleos corporais; • Realizar a avaliação em um ambiente fechado; • Deve-se explicar ao avaliado os procedimentos e a finalidade da avaliação; • Realizar a calibração periódica do aparelho. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Procedimento: • As medidas dos diâmetros ósseos dos membros devem ser feitas do lado direito do corpo, quando possível; • Identificar cuidadosamente os locais antropométricos para mensuração (palpação e lápis dermográficos). Devem ser marcados antes decomeçar a mensurar; • Mensurar de duas a três vezes cada local em ordem rotacional; 25 • Os valores registrados devem ser expressos em milímetros; • O paquímetro deve ser colocado sobre as marcas ósseas, sendo aplicada pressão para comprimir os tecidos adjacentes (músculo, gordura e pele) – o grau de compressão não deve ser em excesso e nem ficar frouxo. • O paquímetro deve ser segurado com ambas as mãos de forma que as pontas dos dedos indicadores estejam adjacentes com as pontas do paquímetro. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Pontos mais frequentes de mensuração de diâmetros ósseos: • Biacromial Medir a distância das duas extremidades laterais dos processos acromiais das escápulas (direita e esquerda). Mede a largura das escápulas. O avaliado deve estar em posição ortostática, braços soltos verticalmente e ombros relaxados para baixo e levemente para frente. Preferencialmente, o avaliador deve se posicionar posteriormente ao avaliado para realizar a medida. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 7- Medida diâmetro biacromial • Torácico‑transverso Mede-se a distância entre os pontos mais laterais das costelas ao nível do meio do corpo do esterno (mesoesterno), na altura da sexta costela, sobre a linha axilar média. A medida é realizada com o avaliado em pé, com os braços levemente abduzidos. O avaliado deve estar em posição ortostática. Realizar a medida ao final de uma expiração normal. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 26 Figura 8- Medida diâmetro torácico-transverso • Ântero-posterior Torácico Mede a profundidade do tórax. É a distância do ponto mesoesternal ao processo espinhoso da vértebra, localizada num plano horizontal, em relação ao ponto mesoesternal. O avaliado deve estar em posição ortostática. Avaliador se posiciona lateralmente. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 9- Medida diâmetro ântero-posterior torácico • Bi‑ilíaco Mede-se a distância entre as cristas ilíacas do osso do quadril direito e esquerdo (distância mais lateral e elevada entre as cristas). A crista ilíaca é uma linha óssea proeminente, localizada na margem superior do osso ílio. O avaliado deve estar em posição ortostática e com as pernas unidas. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 27 Figura 10- Medida diâmetro bi-ilíaco • Bitrocantérico Mede-se a distância entre o trocânter maior direito e esquerdo (ponto de maior proeminência sob a pele, próximo à articulação do quadril). O avaliado deve estar em posição ortostática e com as pernas unidas. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 11- Medida diâmetro bitrocantérico • Biepicôndilo femoral Mede-se o ponto de maior distância entre os epicôndilos lateral e medial do fêmur (ponto de maior saliência nas margens da região do joelho). O avaliado deve estar sentado com o joelho flexionado formando um ângulo de 90º. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 12- Medida diâmetro biepicôndilo femoral 28 • Bimaleolar Mede-se a distância entre os maléolos medial e lateral. Ambos os processos podem ser vistos na superfície e podem ser facilmente palpados. O avaliado deve ficar em pé e o peso deve ser distribuído igualmente nas duas pernas. O avaliador deve se posicionar posteriormente ao avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 13- Medida diâmetro bimaleolar • Biepicôndilo umeral Mede-se a distância entre os epicôndilos lateral e medial do úmero. O avaliado deve estar em posição ortostática, de frente para o avaliador, com os braços elevados, o ombro em um ângulo de 90°, o cotovelo flexionado a 90º e o antebraço supinado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 14- Medida diâmetro biepicôndilo umeral • Biestiloide Mede-se a distância entre os processos estiloides do rádio e da ulna. O avaliado deve estar com o cotovelo estendido e com a articulação do punho flexionada, com a mão relaxada e a palma voltada para o tronco. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 29 Figura 15- Medida diâmetro biestilóide 3.2.9 Perímetros ou Circunferências Os perímetros também conhecidos como circunferências, são medidas antropométricas sobre planos transversais ao maior eixo longitudinal do corpo, medindo, portanto, seus contornos. São medidas de segmentos corporais específicos. É possível medir as circunferências de qualquer região do corpo, tanto para avaliar a evolução do treinamento quanto para a determinação de índices relacionados à saúde, como a relação cintura-quadril. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (SANCHES, 2008) Material: Utiliza-se fita métrica graduada em milímetros. Pode ser de aço ou fibra de vidro, mas flexível, com fundo branco ou amarelo e visualização clara dos milímetros. Orientações: • O avaliado deve estar calmo, na posição antropométrica e imóvel, em trajes de banho, com os pontos de referência descobertos e marcados; • As medidas de circunferências não devem ser realizadas após a prática de atividades físicas (há mudança nos fluídos corporais que pode alterar o valor da medida); • Evitar situações que possam de alguma maneira deixar o avaliado constrangido, no decorrer da avaliação. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (SANCHES, 2008) Procedimento: 30 • As medidas devem ser tomadas no lado direito do avaliado; • Os perímetros devem ser medidos na posição deitada até três anos de idade e, a partir dessa idade, na posição antropométrica, com o peso do corpo apoiado sobre o membro que está sendo medido, evitando contrações excessivas; • A fita deve ser posicionada sempre na posição horizontal (paralela ao solo). Para facilitar a medida aconselha-se formar um “laço” com a fita; • A pressão no ajuste da fita deve ser sempre observada, evitando folga ou compressão excessiva. Nos perímetros onde a respiração influencia, um cuidado especial deve ser tomado, medindo-se durante apneia inspiratória. (SANCHES, 2008) Pontos mais frequentes de mensuração de circunferências corporais: • Pescoço Medida da circunferência perpendicular ao eixo longitudinal desse segmento, passando abaixo da proeminência da laringe (popularmente conhecido como pomo‑de‑adão). O avaliado deve estar em posição anatômica, com a cabeça orientada no plano de Frankfurt. O avaliador permanece à direita do avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 16- Medida de circunferência do pescoço • Peitoral (torácico) Medida da circunferência torácica, ao nível do ponto mesoesternal (meio do esterno). Esta medida é horizontal e deve ser feita após o final de uma expiração normal. Para mulheres, essa medida deve ser realizada abaixo das axilas. O avaliado deve estar na posição anatômica e com os braços levemente 31 abduzidos. O avaliador permanece na lateral do avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 17- Medida circunferência peitoral – homens Figura 18- Medida circunferência peitoral - mulheres • Braço relaxado Circunferência perpendicular ao eixo do segmento tomada na região média do braço relaxado (entre o processo acromial da escápula e o processo olécrano da ulna). O avaliado deve estar na posição anatômica. O avaliador se posiciona lateralmente. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 19- Medida circunferência braço relaxado • Braço fletido 32 Maior circunferência perpendicular ao eixo do segmento quando o braço está em flexão. Antebraço e o braço fletidos em ângulo de 90º. O braço esquerdo deve opor resistência. O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 20- Medida circunferência braço fletido • Antebraço Maior circunferência (terço proximal) do segmento. O cotovelo deve estar em extensão e o braço deve estar relaxado. O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 21- Medida circunferência braço fletido • Punho Menor circunferência (no terço distal) perpendicular ao eixo do antebraço. O avaliador permanece à frente do avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 22- Medidacircunferência punho 33 Figura 21 - Medida circunferência punho • Cintura Região mais estreita do tronco (entre as costelas e a crista ilíaca). Medida realizada horizontalmente e realizada após o final de uma expiração normal. O avaliado deve estar na posição anatômica. O avaliador deve permanecer a lateral do avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 23- Medida circunferência cintura • Abdominal Protuberância anterior máxima do abdômen (normalmente o nível da cicatriz umbilical). Medida realizada horizontalmente, após o final de uma expiração normal. O avaliado deve estar na posição anatômica. O avaliador deve permanecer na lateral do avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 24- Medida circunferência abdominal • Quadril Extensão posterior máxima dos glúteos. Medida deve ser realizada horizontalmente, na altura dos pontos trocantéricos direito e esquerdo, passando pela proeminência glútea. O avaliado deve estar em posição anatômica, com os pés unidos e os braços ligeiramente afastados do corpo. O avaliador deve permanecer na lateral do avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 34 Figura 25- Medida circunferência quadril • Coxa proximal Imediatamente abaixo da prega glútea. Medida deve ser realizada horizontalmente. O avaliado deve estar na posição anatômica. O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 26- Medida circunferência coxa proximal • Coxa 2 Mede-se a no ponto mediano da coxa, entre os pontos trocanteriano e tibial lateral. (SANCHES, 2008) Figura 27- Medida circunferência coxa 2 • Coxa contraída 35 Homens: 10 e 20 cm medido a partir da borda superior da patela. Mulheres: 10 e 25 cm medido a partir da borda superior da patela. (SANCHES, 2008) Figura 28- Medida circunferência coxa contraída • Perna Maior circunferência (no terço proximal) perpendicular ao eixo da perna. Medida deve ser realizada horizontalmente. O avaliado deve estar na posição anatômica, com o peso corporal dividido igualmente entre as duas pernas. O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 29- Medida circunferência perna • Tornozelo Menor circunferência (no terço distal) perpendicular ao eixo da perna. Medida deve ser realizada horizontalmente. O avaliado deve estar na posição anatômica, com o peso corporal dividido igualmente entre as duas pernas. O avaliador se posiciona lateralmente ao avaliado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 36 Figura 30- Medida circunferência tornozelo 3.2.10 Dobras cutâneas Prega cutânea, ou dobra cutânea, se refere à espessura em milímetros de três camadas de pele mais a gordura subcutânea. A espessura das dobras cutâneas permite avaliar o grau de desenvolvimento do tecido celular subcutâneo, ou seja, a adiposidade. As medidas de espessuras das dobras cutâneas podem ser realizadas em várias regiões do corpo humano, sendo que várias medidas oferecem visão mais clara quanto à disposição da gordura. Assim, torna-se possível verificar a possibilidade de conhecer o padrão de distribuição do tecido adiposo subcutâneo, pelas diferentes regiões anatômicas. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (SANCHES, 2008) Material: O equipamento que realiza essa medida se chama adipômetro ou compasso de dobras cutâneas, espessímetro e plicômetro. Possui uma superfície metálica de cerca de 1cm² sobre a qual uma mola assegura uma pressão de 10 g/mm². (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (SANCHES, 2008) Orientações: • As medidas de dobras cutâneas não devem ser realizadas após a prática de atividades físicas. A mudança de fluídos corporais durante a prática pode alterar o valor da medida; • O avaliado deve estar com a pela seca, sem loções hidratantes ou óleos corporais que podem fazer com que o compasso deslize. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 37 Procedimento: • Todas as medidas devem ser feitas do lado direito do corpo; • Cuidadosamente identificar o ponto de referência e marcar o local da dobra cutânea, por duas linhas paralelas distanciadas por cerca de 3 a 4 cm (aproximadamente a largura de dois dedos); • Segurar o compasso com a mão direita; • A dobra cutânea deve ser pinçada (tomada por uma pegada) pelo polegar e o dedo indicador da mão esquerda voltados para baixo (a mão se posiciona acima da entrada do aparelho); • Deve haver o cuidado de não incluir tecido muscular. Em caso de dúvida, recomenda-se a execução de uma contração prévia; • Todas as medidas devem ser realizadas colocando-se as pontas do compasso perpendicularmente, 1 cm abaixo dos dedos que estão segurando a dobra; • A precisão do compasso de dobras deve ser aferida por meio da medida de blocos, cuja espessura seja conhecida; • Segurando a pegada (dobra pinçada), faça a leitura da medida no máximo 2 a 4 segundos após a liberação das pontas do compasso (isto é, após a liberação da mola permitindo pressão do aparelho); • Soltar a pegada somente depois de retirado o compasso do local da dobra. Não libere bruscamente a mola do compasso. Fechar vagarosamente, prevenindo assim danos à calibração; • Repetir 3 vezes cada medida buscando uma boa correlação entre elas (5 a 10% de variação). Em caso de variação, toma-se a média de 3 medidas como resultado. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (SANCHES, 2008) Erros do avaliador: • Não colocar o compasso perpendicular à medida. • Não respeitar o sentido da medida. • Não aguardar o tempo de leitura da medida (2 a 4 segundos). • Soltar a dobra cutânea antes da realização da medida. • Não respeitar o número de repetições da medida (três vezes). • Efetuar leitura errada do compasso. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 38 Pontos mais frequentes de mensuração das dobras cutâneas: • Tricipital (tríceps) Mede-se o ponto médio localizado entre o acrômio e o olécrano na face posterior do braço. O avaliado deve estar posição ortostática, com o cotovelo estendido. O avaliador deve se posicionar atrás do avaliado. Com os dedos polegar e indicador, fazer uma pinça separando o tecido subcutâneo do tecido muscular no sentido do eixo longitudinal do corpo. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 31- Medida dobra tricipital • Bicipital (bíceps) Mede-se o ponto localizado na face anterior do braço na altura do ponto onde foi realizada a medida da dobra cutânea tricipital, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps. O avaliado deve estar posição ortostática, com o cotovelo estendido. O avaliador deve se posicionar na frente do avaliado. Com os dedos polegar e indicador, fazer uma pinça separando o tecido subcutâneo do tecido muscular no sentido do eixo longitudinal do corpo. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 32- Medida dobra bicipital • Subescapula 39 Mede-se o ponto imediatamente abaixo do ângulo inferior da escápula. A escápula é um osso triangular localizado na parte posterior sobre a caixa torácica. O avaliado deve estar posição ortostática, com os ombros sem contrações específicas, relaxado. O avaliador deve se posicionar atrás do avaliado. Com os dedos polegar e indicador, fazer uma pinça separando o tecido subcutâneo do tecido muscular no sentido oblíquo ao eixo longitudinal do corpo, seguindo orientação dos arcos costais, mais ou menos 2 cm abaixo do ângulo inferior da escápula. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 33- Medida dobra subescapular Peitoral/torácica Mede-se o ponto localizado entre a linha axilar anterior e o mamilo, sendo em locais diferente entre homens e mulheres. Para os homens na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo e para as mulheres no terço proximal dessa distância O avaliado deve estar posição ortostática e manter o membro superior relaxado. O avaliador deve se posicionar lateralmente. Com os dedos polegar e indicador, fazer uma pinça separando o tecido subcutâneo do tecido muscular no sentido oblíquo ao eixolongitudinal do corpo. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 34- Medida dobra peitoral/torácica 40 • Axilar média Mede-se o ponto localizado na linha axilar média na altura do processo xifoide. O avaliado deve estar posição ortostática e manter o membro superior deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. O avaliador deve se posicionar lateralmente. Com os dedos polegar e indicador, fazer uma pinça separando o tecido subcutâneo do tecido muscular do ponto localizado na intersecção entre a linha axilar média e uma linha imaginária transversal na altura do processo xifoide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal. Essa medida pode ser feita transversalmente ou longitudinalmente. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 35- Medida dobra axilar média – transversal Figura 36- Medida dobra axilar média - horizontal • Abdominal Mede-se na região abdominal no ponto localizado 2 cm à direita da borda lateral da cicatriz umbilical. O avaliado deve estar posição ortostática. O avaliador deve se posicionar à frente do avaliado. Com os dedos polegar e indicador, fazer uma pinça separando o tecido subcutâneo do tecido muscular, com cuidado para não pressionar o tecido conjuntivo fibroso que constitui as 41 bordas da cicatriz umbilical, pois isso alteraria o formato natural da cicatriz. Na maioria dos protocolos, essa medida é feita de forma longitudinal. No entanto, no protocolo de Lohman (1992), essa medida é realizada horizontalmente. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 37- Medida dobra abdominal horizontal Figura 38- Medida dobra abdominal vertical • Suprailíaca Mede-se o ponto localizado a 2 cm da crista ilíaca, na distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar média. O avaliado deve estar em pé e manter o membro superior deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida. O avaliador deve se posicionar lateralmente. Com os dedos polegar e indicador, faz na linha axilar média imediatamente superior à crista ilíaca. A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal e deve ser feita obliquamente ao eixo longitudinal. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 42 Figura 39- Medida dobra suprailiaca • Coxa Mede-se o ponto médio localizado entre o ligamento inguinal no quadril e a borda superior da patela na articulação do joelho na face anterior da coxa. O avaliado deve estar em pé e deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semiflexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo. O avaliador deve se posicionar à frente do avaliado. Com os dedos polegar e indicador, fazer uma pinça separando o tecido subcutâneo do tecido muscular paralelamente ao eixo longitudinal sobre o músculo reto femoral. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Figura 40- Medida dobra da coxa • Perna Mede-se o ponto localizado na parte medial da perna, no ponto de maior circunferência. O avaliado deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90º e o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio, deixando a musculatura relaxada. O avaliador deve se posicionar à frente do avaliado. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar e o dedo indicador da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia separando o tecido subcutâneo do tecido muscular, paralelamente ao eixo longitudinal do corpo. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) 43 Figura 41- Medida dobra da perna 3.2.11 Somatótipo A biotipologia procura estudar os caracteres individuais do homem que nunca são iguais a outro e que se encontram em constante evolução, decorrentes de fatores externos (clima, nutrição, educação, atividade física) e internos (genéticos, hereditários e patogênicos) os quais são capazes de produzir modificações permanentes. Dentre os estudiosos da biotipologia destaca-se Sheldon, que se baseou na origem embrionária dos tecidos. Na década de 1940, Sheldon propôs uma teoria que partiu da indagação de quais eram essas tendências de crescimento e quais eram as proporções principais do corpo humano, surgindo o termo somatotipo. O autor descreveu sua teoria a respeito dos três componentes primários presentes em todos os indivíduos em maior ou menor proporção: espessura, comprimento e largura. Medindo um grande número de homens, Sheldon propôs estatisticamente a configuração de três componentes de crescimento relacionados com os folhetos embrionários que determinam a formação dos órgãos e sistemas do nosso corpo, sendo: endomorfo, mesomorfo e ectomorfo. Endomorfia Derivada do endoderma (formador do tubo digestivo e sistemas auxiliares). Características: ossos largos, cabeça larga e arredondada, pescoço curto e grosso, tórax grosso e largo, braços curtos, abdome largo, cintura ampla, quadris e coxas grandes, pernas grossas e pesadas. Os braços e pernas 44 costumam ser curtos, salientando ainda mais o aspecto encorpado das pessoas endomorfas. Na maioria dos casos, as pessoas têm uma cintura alta e mãos e pés pequenos. Indica a tendência à obesidade. Mesomorfia Indica o predomínio dos tecidos derivados do mesoderma (formador de ossos, músculos e tecido conjuntivo). Características: Um indivíduo com esse tipo físico geralmente tem um corpo magro com muita facilidade em ganhar massa muscular. Apresenta maior densidade e desenvolvimento músculo-esquelético. Destacam-se os elementos musculares, ósseos e conjuntivos, físico forte, retangular, músculos maciços e bem desenhados, pescoço forte, ossos proeminentes, volume do tórax maior que do abdome, ombros fortes, com clavículas proeminentes, braços e antebraços musculosos, musculatura abdominal firme e bem desenvolvida, nádegas firmes, membros inferiores fortes. Ectomorfia Compreende os tecidos derivados da camada ectodérmica (formador da epiderme, do encéfalo e da medula espinal). Características: Os ectomorfos são pessoas magras que possuem dificuldade para ganhar peso, tanto em músculos como em gordura. Apresenta predomínio das formas lineares e frágeis. A estrutura corporal delicada, pescoço fino, tórax aplainado e longo, escápula alada, braços longos, abdome achatado, nádegas indefinidas, pernas longas e finas. (COSTA; SANTHIAGO, 2018) (SANCHES, 2008) Figura 42- Somatotipos 45 3.2.12 Razão cintura-quadril (RCQ) A medida da circunferência abdominal é um dos parâmetros mais adequados para diagnosticar obesidade central e está diretamente relacionada com riscos metabólicos e com o desenvolvimento de algumas doenças, tais como hipertensão arterial, doença arterial coronariana, diabetes, aumento do colesterol e alta mortalidade. Uma das medidas antropométricas mais expressivas para a determinação do maior acúmulo de gordura na região abdominal é a relação entre a circunferência da cintura e a circunferência do quadril. Este índice conhecido como razão cintura-quadril (RCQ). É sabido que a maneira pela qual a gordura está distribuída pelo corpo é mais importante do que a quantidade de gordura corporal total na determinação dos riscos de doenças relacionadas a saúde. O maior acúmulo de gordura na região superior do corpo (tórax e abdômen) é conhecido como obesidade androide (também conhecido como formato maçã), enquanto o maior acúmulo de gordura na região inferior do corpo (glúteos e coxas) é conhecida como obesidade ginoide (também conhecido como formato pera). O RCQ é obtido através da divisão do valor da circunferência (perímetro) da cintura em centímetros dividido pela circunferência (perímetro) do quadril em centímetros. Logo: RCQ = circunferência da cintura (cm) ÷ circunferência do quadril (cm) (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Tabela 2- Relação cintura-quadril 46 3.2.13 Índice de conicidade É baseado no conceito de que o corpo humano muda de formato graças ao acúmulo de gordura central. Passa do formatode cilindro para o de “duplo cone”. Alguns indivíduos apresentam um formato de duplo cone, dependendo do modo como sua distribuição de peso se comporta, e isso ocorre pela facilidade de acúmulo de gordura na região central do corpo. O estudo do IC é importante porque esse acúmulo concentrado na região central pode causar doenças cardiovasculares. O índice é obtido pela fórmula: Figura 43- Fórmula Razão cintura-quadril Sendo os valores próximos de 1,00 são considerados cilindros perfeitos (baixo risco de desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas) e os valores próximos de 1,73 são denominados duplo cone (risco elevado de desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas). (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Para homens, o valor 1,25 ou mais, significa que possui alto risco para doenças cardiovasculares e para mulheres, 1,18. (MS, 2017) Figura 44- Visão lateral do aumento do índice de conicidade 47 3.2.14 Circunferência da cintura A circunferência da cintura isoladamente pode ainda ser utilizada como uma medida de adiposidade regional. Auxilia na avaliação de riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. O índice do percentual de gordura através da circunferência da cintura é obtido através da fórmula: Homens: (0,567 x CC) + (0,101 x idade) – 31,8 Mulheres: (0,439 x CC) + (0,221 x idade) – 9,4 (COSTA; SANTHIAGO, 2018) Tabela 3- Circunferência da cintura e riscos 3.3 Bioimpedância Elétrica A bioimpedância elétrica, ou BIA, é um método duplamente indireto, não invasivo, eficaz e rápido, permitindo estimar a composição corporal do Figura 45- Índice de Conicidade 48 organismo por meio da condutibilidade e resistência dos tecidos corporais, utilizando a variação de frequência da corrente elétrica como estimativa. Esse método consiste na passagem de uma corrente elétrica de baixa amplitude e com uma frequência alta pelo corpo, permitindo mensurar a resistência. Devido a condutibilidade do tecido ser de composição iônica, as cargas elétricas são transferidas por ionização de sais, bases e ácidos dissolvidos no fluido corporal, tornando então o método de bioimpedância elétrica ser um método relativamente preciso, devido a condutibilidade ser proporcional a quantidade de volume de fluido corporal. (ABRAN, 2009) A mensuração por BIA parte do pressuposto de que quanto mais massa muscular e sais, a corrente será conduzida rapidamente, enquanto que, se houver mais gordura, a passagem será mais lenta, ou seja, a bioimpedância elétrica está intimamente relacionada a capacidade do corpo em conduzir a corrente, dependendo exclusivamente da constituição do mesmo. (LEITE, 2014) Para a realização da BIA, é necessário que o paciente realize alguns procedimentos: • Evitar utilização de diuréticos 7 dias antecedentes ao teste; • Cumprir um jejum de 4 horas antes do teste; • Evitar a ingesta de bebida alcoólica 48 horas anteriores ao teste; • Evitar realização de exercício físico intenso 24 horas anteriores ao teste; • O paciente deve urinar meia hora antes do teste; • O paciente deve estar em repouso total, em decúbito dorsal, de 5 a 10 minutos anteriores ao teste; • É necessário que seja consumido 2 litros de água no dia antecedente ao procedimento; • Mulheres não devem estar no período pré-menstrual devido ao acúmulo de líquidos no corpo. • É contraindicado para gestantes ou indivíduos que utilizem marcapasso. Existem dois métodos de medição: 49 • Eletrodos: para a realização do exame, é necessário que o avaliado esteja deitado em decúbito dorsal sobre uma superfície de material não condutor, e os eletrodos devem ser colocados no lado direito do indivíduo. A pele deve estar limpa e íntegra para a adesão dos eletrodos. Os eletrodos proximais (vermelhos) são fixados na superfície dorsal da articulação do punho direito e na superfície dorsal do tornozelo direito, enquanto que os eletrodos pretos são fixados à mão e pé. É importante ressaltar que as coxas não podem estar encostadas, assim como os braços não devem tocar no tronco. (BIOIMPEDÂNCIA..., 2012) • Balança de bioimpedância: o avaliado deve posicionar os pés em duas marcações, onde estarão os sensores, e segurar com ambas as mãos os dois sensores laterais. A altura deve ser informada, assim como a faixa etária. Ao final do teste, a balança emite uma impressão com as informações. Vale lembrar que para o resultado ser preciso, é necessário que a balança possua os sensores laterais. O exame de bioimpedância elétrica irá fornecer dados precisos e muito detalhados ao avaliador, e não uma somatória de todos os parâmetros. São fornecidos: • Porcentagem de gordura corporal; • Peso total; • Peso real em percentual de peso de gordura; • Percentual de água corporal; • A taxa metabólica basal, equivalente às calorias gastas diariamente; • Calcula IMC; • Fornece uma relação entre as medidas de cintura e quadril. 50 Figura 46- Bioimpedância por eletrodo Figura 47- Bioimpedância por balança 51 4. AVALIAÇÃO POSTURAL Postura é a posição otimizada, mantida com característica automática e espontânea, de um organismo em perfeita harmonia com a força gravitacional e predisposta a passar do estado de repouso ao estado de movimento (Tribastone, 2001). A boa postura proporciona o bom equilíbrio do corpo sobre a base de suporte, com menor gasto energético e com os músculos e articulações em posição alinhada não oferecendo risco às estruturas corporais (Tribastone, 2001. Por outra lado, a má postura é caracterizada pela relação defeituosa entre as várias partes do corpo que produz uma maior tensão sobre as estruturas de suporte e onde ocorre um equilíbrio menos eficiente do corpo sobre sua base de suporte (TRIBASTONE, 2001.) Avaliação postural A avaliação de aspectos posturais dentro da rotina de testes na academia não deve ter a pretensão de diagnosticar desvios posturais com o intuito de prescrever exercícios corretivos ou qualquer tipo de tratamento, pois isso é uma responsabilidade do ortopedista e do fisioterapeuta. Contudo, todos os profissionais que trabalham com prescrição de exercícios físicos, precisam saber identificar os desvios posturais com o intuito de não os agravar com a prescrição inadequada de exercícios físicos. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 123) Com a utilização do Simetrógrafo (figura 2) poderemos identificar os desvios posturais mais evidentes, por meio da observação de pontos anatômicos específicos que permitirão identificar possíveis assimetrias decorrentes desta alteração postural. No mercado, existem diferentes modelos de simetrógrafos no mercado, inclusive com calibração por nivelamento. Também, é importante ressaltar que existem diferentes modelos e tipos de avaliação postural. A avaliação postural por meio da Simetrografia é uma das mais utilizadas. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 133) 52 Figura 48- Simetrógrafo e suporte para câmera fotográfica 4.1 Como avaliar Segundo a definição de Francesco Tribastone (2001), a boa postura proporciona o bom equilíbrio do corpo sobre a base de suporte, com menor gasto energético e com os músculos e articulações em posição alinhada não oferecendo risco às estruturas corporais. Portanto é de suma importância que o fisioterapeuta saiba fazer a avaliação postural de seus pacientes, para que haja a prescrição de exercícios corretivos e tratamentos adequados caso o mesmo tenha algum tipo de desvio postural. (SOUZA) Os métodos de avaliação postural podem ser divididos em objetivos ou subjetivos: • Metodologia objetiva: uso de investigações radiográficas e tomográficas, que possibilitam quantificar em graus o quanto as curvaturas estão alteradas em relação ao normal. Esses exames necessitam de um pedido médico específico,o que impossibilita o avaliador não médico de utilizar esse procedimento. Utiliza-se também de fotografias em pelo menos três posições. • Metodologia subjetiva: inspeção visual e tátil com ou sem uso de quadro de avaliação postural, (simetrógrafo) para observar o avaliado, o qual é inspecionado globalmente, numa visão anterior, posterior e lateral e vista lateral 53 com flexão anterior do tronco, a fim de observar se existe alguma alteração anatômica visível que resulta em má postura. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 127) 1º Avaliação frontal ou vista anterior Avaliação qualitativa, podemos marcar os pontos anatômicos com o intuito de melhorar a avaliação. Alinhar a linha central do simetrógafo com a ponta do nariz do avaliado. Avaliador se posiciona à frente do avaliado, numa distância de três metros. Com a avaliado nessa posição a linha central deve coincidir com os seguintes pontos anatômicos: nariz, manúbrio, esterno, processo xifoide, linha alba, umbido, sínfise púbica e membros inferiores dividindo-os em duas partes relativamente proporcionais. Se o alinhamento da linha não coincide com os pontos descritos acima, temos um indicativo de escoliose, que podemos confirmar com a visão posterior. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 133) Verificar a horizontalidade da cabeça, ombros, cintura/pelve, alinhamento dos joelhos (geno valgo e geno varo). Verificar o triângulo de TALI, borda lateral da cintura, borda lateral do tórax, face interna do braço e face interna do antebraço. Esses segmentos precisam formar um triângulo precisam demonstrar certa simetria quando comparado os dois lados (indicador de escoliose ou rotação da cintura escapular). (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 134) Podemos verificar com a avaliação frontal os seguintes desvios: escoliose, geno varo, geno valgo, pé abdutor, pé adulto, pé plano e pé cavo. É importante ressaltar que a presença de escoliose será confirmada com a avaliação da vista posterior. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 135) 2º Avaliação da vista posterior Na avaliação da vista posterior também é olhada a linha central, porém os os pontos observados são as vértebras da coluna e os ângulos inferiores das 54 escápulas, assim podemos confirmar as suspeitas de escoliose e apontar onde ocorre o desvio. Também podemos verificar com a avaliação da vista posterior: rotações de escápulas, simetria dos triângulos de Talhe, alinhamento da cintura e pregas glúteas, alinhamento das pregas poplíteas, joelho valgo e joelho varo. (FABIANO; BARBOSA, 2018) 3º Avaliação da vista lateral O alinhamento do avaliado nessa posição deve ser encontrado alinhando a linha central do semitrógrafo com o orifício auricular. Com um bom alinhamento dos indivíduos, a linha deve coincidir como próprio orifício auricular, o centro da articulação do ombro, quadril, levemente à frente do contro da articulação do joelho e à frente do maléolo lateral. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 137) Na avaliação com a vista lateral podemos verificar: a projeção dos ombros, verificar a posição das escápulas, verificar costa plana, verificar o padrão das curvaturas, verificar cifose (hiper e hipo), verificar lordose cervical, verificar hiperlordose e hipolordose lombar, verificar os joelhos e os pés, geno flexor que é caracterizado pela projeção dos joelhos à frente em relação ao plano coronal, geno recurvato que é caracterizado pela hiperextensão dos joelhos, pé equino, na posição ortostática (i.e. em pé), os calcanhares não tocam o solo. pé calcâneo: na posição ortostática (i.e. em pé), a porção anterior dos pés não toca o chão. (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 138) 4.2 Modelo para a avaliação postural qualitativa PROPOSTA DE AVALIAÇÃO OBSERVACIONAL DA POSTURA NOME:_________________________________________ IDADE:_________ SEXO: ( ) F ( ) M 1) VISTA ANTERIOR 55 • Pés ( ) varo (D/E) ( ) valgo (D/E) ( ) neutro • Joelhos ( ) varo ( ) valgo ( ) neutro • Inclinação lateral da pelve (altura das cristas ilíacas) ( ) direita mais alta ( ) esquerda mais alta ( ) neutra • Altura dos ombros ( ) direito mais alto ( ) esquerdo mais alto ( ) neutro • Inclinação da cabeça ( ) para direita ( ) para esquerda ( ) neutra • Rotação da cabeça ( ) para direita ( ) para esquerda ( ) neutra (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 149) 2) VISTA POSTERIOR • Pés ( ) varo (D/E) ( ) valgo (D/E) ( ) neutro 56 • Joelhos ( ) varo ( ) valgo ( ) neutro • Coluna lombar ( ) curvatura convexa à D ( ) curvatura convexa à E ( ) neutra • Coluna torácica ( ) curvatura convexa à D ( ) curvatura convexa à E ( ) neutra • Escápulas ( ) simétricas ( ) abduzidas (D/E) ( ) aduzidas (D/E) ( ) elevada (D/E) • Altura dos ombros ( ) direito mais alto ( ) esquerdo mais alto ( ) neutro • Inclinação da cabeça ( ) para direita ( ) para esquerda ( ) neutra • Rotação da cabeça ( ) para direita ( ) para esquerda ( ) neutra 3) VISTA LATERAL DIREITA • Joelhos ( ) hiperextensão ( ) em flexão ( ) neutro • Pelve ( ) anteroversão ( ) retroversão ( ) neutra • Coluna lombar 57 ( ) aumento da lordose ( ) diminuição da lordose ( ) neutra • Coluna torácica ( ) retificada ( ) cifose aumentada ( ) neutra • Cervical ( ) retificada ( ) anteriorizada ( ) neutra (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 150) • Ombros ( ) retraídos ( ) protusos ( ) neutro • Cabeça ( ) posteriorizada ( ) anteriorizada ( ) neutra 4) VISTA LATERAL ESQUERDA • Joelhos ( ) hiperextensão ( ) em flexão ( ) neutro • Pelve ( ) anteroversão ( ) retroversão ( ) neutra • Coluna lombar ( ) aumento da lordose ( ) diminuição da lordose ( ) neutra • Coluna torácica 58 ( ) retificada ( ) cifose aumentada ( ) neutra • Cervical ( ) retificada ( ) anteriorizada ( ) neutra • Ombros ( ) retraídos ( ) protusos ( ) neutro • Cabeça ( ) posteriorizada ( ) anteriorizada ( ) neutra (SANTHIAGO; COSTA, 2018, p. 151) 59 5. AVALIAÇÃO FUNCIONAL É imensamente importante para o trabalho do fisioterapeuta avaliar a funcionalidade de todo o corpo desde a função metabólica até os movimentos, a fim de prevenir lesões, diagnosticar condições patológicas e desenvolver tratamentos. 5.1 Avaliação das capacidades físicas (metabólica, neuromotora e coordenativa) Neste texto será explicado o que são e como avaliar as capacidades metabólicas, neuro motoras e coordenativas. Uma das principais funções metabólicas do corpo é a respiração celular, que representa a obtenção de energia para o organismo realizar as suas atividades. Esse sistema energético pode ser dividido em três tipos: Anaeróbico alático, anaeróbico lático e aeróbio. É de suma importância o fisioterapeuta ter o conhecimento de como é feito o processo fisiológico de cada um desses sistemas energéticos, pois cada um deles se relacionam com fibras musculares distintas e as fibras musculares por sua vez correspondem a tipos diferentes de exercícios, conforme a sua demanda de força, velocidade e resistência exigida. Fibras de contração lenta (tipo 1), são mais resistentes a fadiga e utilizam o sistema aeróbico, ou seja, utiliza o oxigênio como principal fonte de energia, já as fibras de contração rápida (tipo 2a e 2b) usam o sistema anaeróbio, são utilizadas em exercícios de explosão e alta velocidade. (SARDINHA) Para que não haja alterações nos testes metabólicos, é preciso orientar o paciente sobre medidas que devem ser tomadas, como: Não comer antes de 4 horas do teste, abster-se de exercícios extenuantes antes de 24 horas do teste, sem consumir cafeína 12-14 horas antes, abster-se de nicotina 3 horas antes e não ingerir álcool 24 horas antes. A avaliação da capacidade aeróbia nada mais é do que fazer a mensuração de VO2máx, existem dois métodos para a avaliação da capacidade aeróbia, são eles o direto e o indireto. A medida
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