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PPP Pessoas em Situacao de Rua

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
Instituto De Ciências Humanas 
Curso De Psicologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanda Cristina Barbosa RA: F0034B1 
Keren Barros RA: F025365 
Thalita Santos RA: T870HI7 
Mauricio de Carvalho RA: F0522E2 
Washington Luiz RA: 7000882 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO EM 
SITUAÇÃO DE RUA” 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2021 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
Instituto De Ciências Humanas 
Curso De Psicologia 
 
 
 
 
 
 
Amanda Cristina Barbosa RA: F0034B1 
Keren Barros RA: F025365 
Thalita Santos RA: T870HI7 
Mauricio De Carvalho RA: F0522E2 
Washington Luiz RA: 7000882 
 
 
 
 
 
“PSICOLOGIA E POLITÍCAS PÚBLICAS PARA A POPULAÇÃO EM 
SITUAÇÃO DE RUA” 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina 
Políticas Públicas e Psicologia, 
ministrada pela Professora Dra. 
Fabiana Maiorino, como parte da 
nota semestral. 
 
 
 
 
 
 
JUNDIAÍ 
2021 
 
SUMÁRIO 
1.0 OBJETIVO ...........................................................................................4 
2.0 INTRODUÇÃO .....................................................................................4 
1.1 POLITÍCAS PÚBLICAS ........................................................... .........6 
1.2 QUAIS AÇÕES AS POLITÍCAS PÚBLICAS TÊM FEITO .................7 
1.3 POLITÍCAS SOCIAIS .....................................................................10 
2.0 A ARTICULAÇÃO DO PSICOLOGO ..............................................10 
2.1COMO ESSAS PESSOAS SÃO VISTAS ............................................13 
2.2 ASPECTO DEMOGRÁFICO ..........................................................14 
2.3 OBJETIVOS E FINANCIAMENTOS ...............................................15 
3.0 CONSIDERAÇÃO FINAL ...................................................................16 
4.0 REFERÊNCIAS E ARTIGOS JORNALISTICOS ................................18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.0 OBJETIVO 
O objetivo deste trabalho tem como base desenvolver nossas 
competências que possibilitem interversões nos fenômenos e processos 
humanos, que se caracterizam pelo estudo da teoria do método, e da 
aplicabilidade dos conhecimentos psicológicos em diferentes contextos 
institucionais e sociais. Realizar e praticar ações que permitem uma visão crítica 
da atuação profissional do psicólogo articulada com a dimensão ética, às políticas 
públicas e o compromisso social da psicologia dentro desse “mundo”, é 
fundamental para este momento. Esta pesquisa busca trazer alguns conceitos 
elementares como política pública, políticas sociais e população em situação de 
rua. E com isso, pudemos analisar que o tema discutido já é pauta por muito 
tempo, estando sempre em evidência entre os assuntos em ações sociais para 
melhoramento das condições vividas por pessoas em situação de rua. 
 2.0 INTRODUÇÃO 
As políticas públicas começaram a ganhar espaço no mundo na segunda 
metade do século XX, após a II Guerra Mundial. A nova conjuntura econômica e 
política gerou a necessidade de maior intervenção do Estado, na tentativa de 
garantir o “bem-estar social”. “No contexto da Guerra Fria, os países capitalistas 
tinham que dar alguma demonstração de que o capitalismo podia atender às 
necessidades das populações”, 
Com consequência desse assunto, por mais que, para muitos, o conceito 
de “políticas públicas” possa parecer abstrato, elas são muito concretas e estão 
muito presentes na vida dos cidadãos brasileiros. Essas políticas são ações 
destinadas ao coletivo, ou seja, como o próprio nome sugere: ao público. Elas 
ocorrem em todas as áreas da gestão pública, como saúde, educação, moradia, 
transporte, assistência social, cultura etc., Porém, mais do que apenas dirigidas à 
população, elas também podem e devem ter a participação social em sua 
elaboração. É pelas altas demandas da sociedade, usuária dessas políticas, que 
os gestores públicos devem formatá-las. A Constituição Federal de 1988 e as 
legislações complementares como o Estatuto da criança e do adolescente (ECA) 
e a Lei 8.080/90, que criou o Sistema Único de Saúde (SUS), definiram a forma 
que as políticas públicas nacionais deveriam assumir, criando perspectivas de 
avanços para a área no país. Políticas públicas configuram-se não como ações 
de um governo, mas políticas do Estado em sua interação com os movimentos do 
 
público e voltadas para o atendimento de suas demandas e necessidades. Isso 
significa que as políticas que apresentarem resultados positivos devem 
permanecer independentemente da gestão que assumir o governo em 
determinado momento. Por tanto, não apenas os gestores devem ter 
compromisso social, como a própria sociedade deve ser conhecedora de seus 
direitos e cobrar que eles sejam respeitados. 
Com tudo, a Assistência Social como política de proteção social configura-
se como uma nova situação para o Brasil. Ela significa garantir a todos, que dela 
necessitam, e sem contribuição prévia a provisão dessa proteção. Esta 
perspectiva significaria aportar quem, quantos, quais e onde estão os brasileiros 
demandatários de serviços e atenções de assistência social. Numa nova situação, 
não dispõe de imediato e pronto a análise de sua incidência. A opção que se 
construiu para exame da política de assistência social na realidade brasileira parte 
então da defesa de um certo modo de olhar e quantificar a realidade, a partir de: 
 
• Uma visão social de proteção, o que supõe conhecer os riscos, as 
vulnerabilidades sociais a que estão sujeitos, bem como os recursos com que 
conta para enfrentar tais situações com menor dano pessoal e social possível. 
Isto supõe conhecer os riscos e as possibilidades de enfrentá-los. 
 
• Uma visão social capaz de captar as diferenças sociais, entendendo 
que as circunstâncias e os requisitos sociais circundantes do indivíduo e dele 
em sua família são determinantes para sua proteção e autonomia. Isto exige 
confrontar a leitura macro social com a leitura micro social. 
 
• Uma visão social capaz de entender que a população tem 
necessidades, mas também possibilidades ou capacidades que devem e 
podem ser desenvolvidas. Assim, uma análise de situação não pode ser só 
das ausências, mas também das presenças até mesmo como desejos em 
superar a situação atual. 
 
• Uma visão social capaz de identificar forças e não fragilidades que 
as diversas situações de vida possua. 
A população em situação de rua tem crescido exponencialmente em todas 
as cidades, podendo ser notada principalmente em grandes centros urbanos. O 
crescente empobrecimento, a miséria e o desemprego a que está submetida 
 
grande parcela da população, ou seja, a perda de papeis sociais relacionados à 
capacidade produtiva que o indivíduo exercia na sociedade capitalista têm levado 
a esse movimento de ser, estar e morar na rua, obrigando muitos indivíduos a 
desenvolver novas estratégias de sobrevivência em situações de violência e a se 
adaptar a referências de vida social, bem diferentes daquelas vividas 
anteriormente (Ghirardi et al, 2005). Atualmente, essa condição social está 
avançando para além dos limites dos grandes centros urbanos, ocorrendo 
também nas cidades de médio e pequeno porte, principalmente naquelas 
localizadas nas regiões periféricas aos grandes centros. 
1.1 POLITÍCAS PÚBLICAS 
Até o século XIX, a função do Estado era precipuamente a prestação de 
segurança pública e a defesa externa, em caso de ataque inimigo. Mas com o 
aprofundamento e a expansão da democracia, houve uma diversificação das 
responsabilidades do Estado, tendo que atualmente considera-se sua função 
principal a promoção do bem-estar da sociedade, através da atuação em 
diferentes áreas como saúde, educação, meio ambiente, trabalho, transportes, 
comunicações, etc. Para atingir os resultados esperados em diversas áreas e 
promover o bem-estar da sociedade, os governosse utilizam de Políticas 
Públicas. Política Pública pode ser definida como o “conjunto de ações 
desencadeadas pelo Estado, com vistas à solução (ou não) de problemas da 
sociedade” (SEBRAE-MG, 2008). Podem ser desenvolvidas em parcerias com 
organizações não governamentais e com a iniciativa privada. Cabe ao Estado 
propor ações preventivas diante de situações de risco à sociedade por meio de 
políticas públicas. A implementação de políticas públicas deve obedecer a uma 
lógica própria, que requer a existência de profissionais especializados, recursos 
definidos, metas explícitas, mecanismos de tomada de decisão e sistemas de 
monitoramento e avaliação de resultados. Geraldo Di Giovanni (2009), ao propor 
uma abordagem integrada para a análise de políticas públicas, avança em relação 
à ideia de política pública como uma simples intervenção do Estado numa 
situação social considerada problemática, para considerá-la como “uma forma 
contemporânea de exercício do poder nas sociedades democráticas, resultante 
de uma complexa interação entre o Estado e a sociedade” (Di Giovanni, 2009). 
Na caracterização das estruturas elementares das políticas públicas, ele aponta a 
estrutura formal (teoria, prática e resultados), a estrutura substantiva (atores, 
interesses e regras), a estrutura material (financiamento, suportes e custos), e a 
 
estrutura simbólica (valores, saberes e linguagens). No âmbito da estrutura formal, 
ele considera que “toda política pública se baseia numa teoria que dá sustentação 
às práticas de intervenção, em busca de um determinado resultado”. 
1.2 QUAIS AÇÕES AS POLITÍCAS PÚBLICAS TÊM FEITO 
 Podemos citar como exemplo o Município de São Paulo que realiza, 
atualmente uma política em relação ao atendimento de grupos que vivem nas 
ruas, onde houve uma instauração de uma comissão na Câmara dos Vereadores 
com o tema "Frente para Políticas Públicas na população em situação de rua", 
cujos objetivos são evidenciar a gravidade do problema e, posteriormente, através 
dos parlamentares e líderes civis, traçarem um programa de assistência social 
efetivo na região. A Frente Parlamentar em Defesa das Pessoas em Situação de 
Rua da Câmara Municipal de São Paulo tem por objetivo criar Políticas Públicas 
e avaliar atendimentos direcionados às pessoas deste grupo com o intuito de 
observar e discutir soluções para o problema. 
 Essa proposta conta com a participação de diversos movimentos que 
lutam por moradias e inclusão na região central da Capital do Estado de São Paulo 
de forma a incentivar e ajudar moradores de rua através de melhorias no âmbito 
social que se encontram. 
 Além disso, podemos citar as ações trazidas junto da psicologia social 
na tentativa gradual de tentar reinserir e colocar esses indivíduos dentro de uma 
sociedade mais justa e com maior chance de oportunidades que possam contribuir 
para o desenvolvimento e mudança definitiva destes dentro da sociedade. 
 Muito antes dessas ações ainda assim, desde o ano 2004, o Ministério 
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) propõe um debate a 
respeito da situação e inclui em sua agenda a formulação de políticas públicas 
voltadas especificamente, para a população PSR. Regularmente passa a convidar 
representantes de vários Municípios, além de entidades não governamentais que 
trabalham com este segmento populacional, no sentido de aprimorar os conceitos 
envolvidos e traçar Políticas Públicas de âmbito nacional sob o foco da assistência 
social voltada a situação. 
No campo da assistência social, o artigo 6º, da LOAS, dispõe que as ações 
na área são organizadas em sistema descentralizado e participativo, constituído 
pelas entidades e organizações de assistência social, articulando meios, esforços 
e recursos, e por um conjunto de instâncias deliberativas, compostas pelos 
diversos setores envolvidos na área. O artigo 8º estabelece que a União, os 
 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observados os princípios e diretrizes 
estabelecidas nesta Lei, fixarão suas respectivas políticas de assistência social. A 
política de assistência social tem sua expressão em cada nível da Federação na 
condição de comando único, na efetiva implantação e funcionamento de um 
Conselho de composição paritária entre sociedade civil e governo, do Fundo, que 
centraliza os recursos na área, controlado pelo órgão gestor e fiscalizado pelo 
Conselho, do Plano de Assistência Social que expressa a política e suas inter-
relações com as demais políticas setoriais e ainda com a rede sócio assistencial. 
Portanto, Conselho, Plano e Fundo são os elementos fundamentais de gestão da 
Política Pública de Assistência Social. O artigo 11º da LOAS coloca, ainda, que 
as ações das três esferas de governo na área da assistência social realizam-se 
de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera Federal 
e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Dessa forma, cabe a cada esfera 
de governo, em seu âmbito de atuação, respeitando os princípios e diretrizes 
estabelecidos na Política Nacional de Assistência Social, coordenar, formular e 
co-financiar, além de monitorar, avaliar, capacitar e sistematizar as informações. 
1.3 POLITÍCAS SOCIAIS 
São ações governamentais desenvolvidas em conjunto, por meio de 
programas e projetos que proporcionam a garantia de direitos e condições dignas 
de vida aos cidadãos, de forma equânime e justa. São as polícias sociais que 
asseguram à população o exercício do direito de cidadania nas áreas de 
educação, saúde, alimentação, trabalho, lazer, segurança, assistência social, 
previdência social, justiça, agricultura, saneamento, habitação popular e meio 
ambiente, conforme o estabelecido na Constituição Federal de 1988. 
2.0 A ARTICULAÇÃO DO PSICOLOGO 
Os trabalhos com pessoas em situação rua, inicia-se com a abordagem 
seja por ações sociais que direcionam os indivíduos aos centros de ajuda, ou por 
busca da pessoa em vulnerabilidade social. As equipes podem ser de 
multiprofissionais sendo também formadas por psicólogos, em diversos estudos 
de caso assim como nas políticas públicas podemos destacar que o objetivo das 
ações e todo atendimento é voltado para a independência do indivíduo prestando 
um suporte de terapia, inserção no ambiente familiar e social, moradia e inserção 
 
no mercado de trabalho onde é caracterizado a finalização do processo de 
acompanhamento. 
 Os psicólogos são muitos desafiados no âmbito de trabalho. Nas ações 
sociais com pessoas em situação de rua, muitos destacam que a defasagem vem 
da graduação em Psicologia, devido a diferença da realidade na atuação do 
psicólogo frente às políticas públicas, e um dos problemas encontrados seria a 
busca com um serviço de psicologia que não ocorrem pela população de rua, o 
que demanda do psicólogo uma busca ativa para identificar e realizar intervenção 
nos casos necessários. Tais dificuldades advêm da própria forma de 
funcionamento da política pública, que define a mesma função para diferentes 
profissionais e não propõe ações específicas para a atuação tanto do psicólogo 
quanto do assistente social. 
 
 Os psicólogos hoje atuam nos Sistema Único da Assistência Social 
(SUAS) que bordam adultos, crianças, adolescentes 
● CRAS – Centro de Referência de Assistência Social; 
● CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social; 
● Centro POP – Centro de Referência Especializado para População 
em Situação de Rua; 
● Centro-Dia de Referência para Pessoa com Deficiência, Pessoa 
Idosa e suas Famílias; 
● Unidades de Acolhimento – Casa Lar, Abrigo Institucional, 
República, Residência Inclusiva, Casa de Passagem e Família Acolhedora. 
 
Assim como o Sistema Único de Saúde (SUS) no projeto em que 
foi implantado 152 equipes de Consultório na Rua, que atuam em vários 
municípiosbrasileiros prestando atendimento que contam com psicólogos 
também em equipes multiprofissionais. 
Muitos psicólogos agem com a busca ativa, e nos centros de atendimento 
atuam como terapias individuais e em grupo, na busca do desenvolvimento da 
singularidade do indivíduo. Em resultado de pesquisa nos centros que atuam com 
pessoas de rua com uma equipe multiprofissional foi revelado que a atuação do 
psicólogo tem grande relevância na criação de vínculo entre usuários e agentes. 
Majoritariamente os psicólogos usam a psicoterapia breve no atendimento aos 
usuários em busca de promover acesso do usuário aos direitos sócio 
 
assistenciais. A criação de vínculo causa segurança no usuário e confiança na 
busca de melhores condições. 
À medida que você estabelece esse vínculo você passa a testemunhar, e 
isso é importante para essa pessoa. Tem que estar regendo uma série de tarefas, 
desde a questão da autoestima que se está ali sustentando e fortalecendo, até 
que a pessoa perceba que está acontecendo para ela exercer esse processo de 
mudança. (Roberta, ETS) 
Para escolha das informações que estariam contidas no perfil da população 
em situação de rua na cidade de São Paulo, tomou-se como referência os 
questionários aplicados nos anos anteriores, que foram atualizados e submetidos 
as secretarias responsáveis pelas áreas de interesse de cada conjunto de 
informações. 
Ao referirmos nosso estudo para as pessoas em situação de rua, é 
recomendável levar em conta diversos fatores que predominam para a estadia 
continua dos indivíduos em tal situação, tais como por exemplo as condições 
ambientais, sócio econômicas, e grupais em que pessoas expostas a rua se 
encontram, mesmo assim não devemos generalizar e aplicar tais fatores como a 
única causa da situação. 
 Dessa forma, as pessoas passam a utilizar de logradouros públicos 
como espaço de moradia e sustento, e partindo desse ponto de vista podemos 
começar a entender que a pobreza extrema e a falta de recursos são um dos 
aspectos que mais caracterizam essa população, mesmo que não seja o único 
motivo. 
 Segundo Silva (2009 apud FRAGA, 2011, p. 12), a situação de rua 
constitui-se como um fenômeno complexo fruto de múltiplos fatores tanto 
estruturais (ausência de trabalho e renda, ausência de moradia, etc.), quanto 
biográficos (doenças mentais, consumo de álcool e ou outras drogas, ruptura com 
os vínculos familiares, etc.) ou ainda, fatores como os desastres em massas 
(terremotos, inundações e outros). 
Ao voltarmos o tema para as políticas públicas, vemos as condições 
apresentadas a moradores de rua como causa da situação vivenciada no dia a 
dia, onde se tornam e fazem parte de um processo de exclusão dos indivíduos 
dentro da sociedade que por sua vez, os colocam como marginalizados. 
 Desse ponto, o principal papel do psicólogo é tentar reintegrá-los à 
sociedade e agir junto à política pública social, a fim de compreender que, a 
reinserção dos indivíduos a sociedade mais “justa” não se trata apenas de ações 
 
políticas, mas os incluam dando oportunidades de moradia, ou alimentação por 
exemplo, mas muito além disso, se trata de uma política que respeite as 
singularidades dessas pessoas e lhes ofereçam a possibilidade de viver de forma 
digna apesar de suas escolhas, ou seja, mesmo aqueles que desejarem 
permanecer na rua possam ser envoltos de mais proteção e boas condições de 
vida. 
O papel desempenhado pela psicologia junto à assistência Social e 
políticas públicas pode trazer importância frente as singularidades de cada um, de 
forma que a atuação do psicólogo com essa população existir em uma relação 
horizontal, trazendo total cuidado e entendimento de que pode haver mudança 
para melhor condição de vida. 
É importante ressaltar que moradores de rua expostos diariamente a 
situação precária, há ainda a condição de saúde que acabam submetidos, dessa 
forma se cria um ponto que também dificulta a criação de políticas públicas no 
âmbito da saúde mental adequadas as necessidades dessa população. 
2.1 COMO ESSAS PESSOAS SÃO VISTAS 
Essa população é definida como: o grupo populacional heterogêneo que 
possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou 
fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os 
logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de 
sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de 
acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória. (BRASIL, 
2009a, p.16) 
As pessoas em situação de rua sofrem muitas discriminações, sendo 
impedidas de entrar em diversos locais e de realizar as atividades que necessitam 
ou desejam. Muitas nem tentam entrar em certos locais, para evitar o 
constrangimento decorrente da provável expulsão. Para avaliar tais 
discriminações, foram feitas perguntas sobre os impedimentos sofridos, sem 
considerar os casos de pessoas que optaram por nem sequer tentar. 
Castel (1998) questiona o conceito de exclusão que traz a ideia comum de 
uma margem de indivíduos ou de coletivos fora do tecido social, separados dos 
laços de sociabilidade comuns e dos códigos de reciprocidade nos quais se 
articulam as relações sociais, pois este nos traz uma ideia imprecisa para o 
entendimento dos enigmas da questão social. Ao afirmar-se que os vagabundos, 
 
os estrangeiros, os desempregados e os desfiliados de toda espécie estão muitas 
vezes situados na margem da sociedade, deve-se levar em conta que os 
processos que levaram à sua constituição não são assim tão marginais. A onda 
de desfiliação e exclusão social não é periférica à sociedade salarial: ela faz parte 
do seu centro e é desta forma que deve ser entendida. A exclusão não é uma 
ausência de relação social, mas um conjunto de relações sociais particulares da 
sociedade como um todo. 
Assim como o problema dos vagabundos nas sociedades tutelares, não 
dizia respeito somente a estes indivíduos sem lugar no mundo, muitos dos 
desempregados de hoje não são excluídos desde sempre, mas fazem parte de 
um contingente significativo de trabalhadores vulneráveis às oscilações do 
mercado (os precarizados, terceirizados, jovens, trabalhadores com baixa 
qualificação, mulheres, etc.). Os desempregados de hoje não são resquícios 
daqueles que ficaram para trás e não conseguiram ser integrados. Eles fazem 
parte do processo central que originou e definiu os parâmetros das nossas 
sociedades. 
2.2 ASPECTO DEMOGRÁFICO 
Conforme o relatório do primeiro Encontro Nacional Sobre População em 
Situação de Rua, realizado em 2005 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e 
Combate à Fome por meio da Secretaria Nacional de Assistência Social, o censo 
da população em situação de rua da cidade de São Paulo, realizado em outubro 
de 2019, contou 24.344 pessoas em situação de rua, das quais, 12.651 foram 
contadas em ruas, praças e outros espaços públicos da cidade e 11.693 foram 
contadas nos Centros de Acolhimento. 
As pesquisam apontam que 96,7% das pessoas em situação de rua na 
cidade de São Paulo são naturais do Brasil. Dentre esses, 55,0% são nascidos do 
estado de São Paulo sendo 30% são nascidos no município de São Paulo. Nesta 
estatística contam 3,4% de imigrantes, 38,8% são de venezuelanos. Entre os que 
não nasceram na cidade de São Paulo, 63,9% estão na cidade há mais 5 anos. E 
60,4% não mudam de a região da cidade que iniciaram sua trajetória a ficar em 
situação de rua. Os entrevistados afirmam que estão nas ruas por conta 
de,conflitos familiares, com 40,3%, a dependência química com 33,3% (somados 
o uso de drogas lícitas e ilícitas), a perda de trabalho, com 23,1%, e a perda da 
moradia, com 12,9%. 
 
85,5% das pessoas em situação de rua na cidade são do sexo masculino. 
Pelo menos 89,0% está em idade produtiva, entre os 18 e os 59 anos. A soma de 
pretos e pardos, equivale a 68,6% das pessoas em situaçãode rua. 
 
2.3 OBJETIVOS E FINANCIAMENTOS 
A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma integrada às 
políticas setoriais, considerando as desigualdades sócio territoriais, visando seu 
enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para 
atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. Sob essa 
perspectiva, objetiva: 
 • Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social 
básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem. 
 • Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos 
específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços sócio assistenciais básicos 
e especiais, em áreas urbana e rural. 
 • Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham 
centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária. 
Já na questão do financiamento da Seguridade Social, está previsto no art. 
195, da Constituição Federal de 1988, instituindo que, através de orçamento 
próprio, as fontes de custeio das políticas que compõem o tripé devem ser 
financiadas por toda a sociedade, mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das 
contribuições sociais. Tendo sido a assistência social inserida constitucionalmente 
no tripé da Seguridade Social, é o financiamento desta a base para o 
financiamento da política de assistência social, uma vez que este se dá com: 
 • A participação de toda a sociedade. 
 • De forma direta e indireta. 
 • Nos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 • Mediante contribuições sociais: o Do empregador, da empresa e da 
entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a folha de salários e 
demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa 
física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; a receita ou o 
faturamento; o lucro do trabalhador e dos demais segurados da Previdência 
Social. 
 
 • Sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 • Do importador de bens ou serviços do exterior ou de quem a lei a ele 
equiparar. 
3.0 CONSIDERAÇÃO FINAL 
A dinâmica dessa pesquisa teve como intuito, demonstrar a articulação 
entre o trabalho social das políticas públicas de saúde e interação do profissional 
da psicologia e essa temática, pode-se avançar em algumas conclusões sobre a 
categoria social da população em situação de rua. 
Considerando sua fase inicial em que sua função era exclusivamente de 
prestação de segurança pública e defesa contra-ataques externos, até o que se 
observa hoje como a promoção do bem-estar da sociedade, a política pública 
pode ser entendida como um conjunto de ações do Estado que têm por finalidade 
a solução (ou não) de problemas demandados pela sociedade. 
As políticas sociais podem ser consideradas como sendo aquelas ações 
governamentais desenvolvidas por meio de programas e projetos, que visam a 
garantir direitos e condições dignas de vida à sociedade como um todo. São estas 
políticas que asseguram à população o exercício do direito de cidadania, por 
intermédio de ações nas áreas da educação, saúde, trabalho, assistência social, 
etc. Dentre essas ações, destacamos aqui aquelas voltadas para a população em 
situação de rua, no que se refere ao exercício dos seus direitos de cidadania. 
As pessoas que vivem em situação de rua constituem uma parcela da 
população brasileira, que se situa nos limites inferiores da pobreza e da 
vulnerabilidade social. É uma população que, além de extremamente pobre é 
muito pouco escolarizada, composta predominantemente por negros, e que, 
embora estando em idade economicamente ativa, na sua maioria, não conseguem 
inserção no mercado de trabalho formal. Estas pessoas procuram garantir sua 
sobrevivência por meio de atividades produtivas desenvolvidas nas ruas, devido 
ao processo de desfiliação social em que vivem, por força da ausência de trabalho 
assalariado. É um fenômeno que não pode ser atribuído a uma única causa, e 
seus integrantes possuem especificidades de gênero, raça/cor, idade e 
deficiências físicas e mentais. 
Apesar destas caraterísticas confirmarem uma percepção largamente 
difundida, os dados disponíveis indicam a provável tendência de alteração do 
perfil tradicionalmente traçado sobre a população de rua. Os dados permitem 
 
afirmar que se trata de uma população formada por trabalhadores com algum nível 
(precário) de formação, que ocupa, eventualmente, espaços no mercado de 
trabalho (formal ou informal) para garantirem sua sobrevivência. Porém, essa 
inserção se torna cada vez mais obstacularizada, considerando-se as 
características e exigências do mercado de trabalho, o que impele este segmento 
a se manter nas ruas, como sua única condição de sobrevivência. Apesar de 
pequena, é significativa a presença de pessoas com nível superior de 
escolaridades, que compõem o quadro da população em situação de rua. 
É de extrema importância a colaboração do profissional da psicologia 
perante a realidade de desigualdade no país, e nós como futuros profissionais 
devemos tomar consciência dos nossos direitos e deveres perante essa área de 
atuação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.0 REFERÊNCIAS E ARTIGOS JORNALISTICOS 
 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política 
Nacional para Inclusão Social da População em Situação de Ruapara consulta 
pública. Brasília, 2009. Disponível em: . Acessado em: 09 jan. 2009 
CASTEL, Robert. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. 
Rio de Janeiro, Vozes, 1998. 
Di Giovanni, Geraldo. As Estruturas Elementares das Políticas Públicas, in 
Caderno de Pesquisa nº 42, NEPP/UNICAMP. Campinas – SP, 2009. Pereira, 
Camila Potyara. Rua sem Saída. Brasília: Ícone Gráfica e Editora, 2009. 
FRAGA, Patrícia. A rua de todos: um estudo acerca do fenômeno população em 
situação de rua e os limites e possibilidades da rede de proteção no município de 
Florianópolis. 2011. 95 f. Monografia em Serviço Social. Universidade Federal de 
Santa Catarina, Florianópolis, 2011 
SEBRAE-MG, Série Políticas Públicas, Volume7. Belo Horizonte, 2008. 
 
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/121199/303705.pdf?s
equence=1&isAllowed=y 
http://www.crprj.org.br/site/wp-content/uploads/2016/05/jornal27-politicas-
publicas.pdf 
file:///C:/Users/Notebook/Downloads/PNAS2004%20(1).pdf 
 
 
http://www.crprj.org.br/site/wp-content/uploads/2016/05/jornal27-politicas-publicas.pdf
http://www.crprj.org.br/site/wp-content/uploads/2016/05/jornal27-politicas-publicas.pdf
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