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Características da dentição mista - Odontopediatria

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O desenvolvimento da oclusão dentária se dá no 
período da dentição mista, que se inicia aos 6 anos 
com a erupção dos 1º molares (geralmente os 
primeiros permanentes a irromper) e vai até os 12. 
Com essa dentição será o começo da formação das 
curvas de Spee e Wilson, sobressalência (overjet) e 
sobremordida (oberbite). 
 
 A maxila e a mandíbula passam por um 
crescimento para BAIXO e para FRENTE para que 
possam acomodar os dentes em oclusão. 
Crescimento da maxila 
 Aumento vertical dos processos: alveolares, 
frontal, zigomático e temporal 
 Aumento em largura da sutura palatina media 
 Aumento da dimensão ântero-posterior da 
tuberosidade maxilar 
Sentido do crescimento: vertical, horizontal e 
ântero-posterior. 
CRESCIMENTO DA MANDÍBULA 
 Crescimento do ramo ascendente 
 Crescimento condilar 
 Crescimento na sínfise mandibular 
 Crescimento no processo alveolar 
DESENVOLVIMENTO DA OCLUSÃO 
DENTÁRIA 
PERÍODO PRÉ-DENTAL: 
• Antes do início da dentição decídua 
• Roletes gengivais que nem sempre se tocam 
(a amamentação incentiva) 
 
GANHOS DE DIMENSÃO VERTICAL: 
• 1º ganho: oclusão do 1º M decíduo 
• 2º ganho: oclusão do 1º M permanente, há 
o ganho de DV mais importante 
Crescimento das bases ósseas 
Nos 3 planos espaciais para que haja compensação 
do espaço, pois os dentes permanentes, por serem 
maiores, ocuparão mais espaço que os decíduos. 
1. ÂNTERO-POSTERIOR: crescimento da porção 
distal da maxila e mandíbula para acomodar os 
molares permanentes. 
 
2. LATERALIDADE: ocorre na área intercaninos 
antes da erupção dos incisivos (5 anos) 
- Surto de crescimento maxilomandibular 
- Crescimento de bochecha a bochecha 
- Importante complemento na compensação 
entre o tamanho da base óssea e dos dentes 
3. ALTURA: ocorre para acomodar o decíduo e o 
crescimento do germe permanente 
→ Para que haja a compensação de espaço de 
forma eficiente, é necessário que: 
- MAXILA: o canino erupcione logo após o 2º PMS 
- MANDÍBULA: o canino e 1º PMI erupcionem ao 
mesmo tempo 
CURVA DE WILSON 
Após a erupção dos primeiros 
molares há a formação da curva 
de Wilson, devido à inclinação 
dos longos eixos dos dentes 
inferiores para lingual e dos 
superiores para vestibular, em 
uma vista frontal. Do mesmo 
modo que a curva de Spee, o 
surgimento da curva de Wilson marca um período 
de transição entre a dentição decídua e permanente 
em que o equilíbrio entre as estruturas sofre 
maturação. 
 
Odontopediatria 
Odontologia – UNESP 
Características da dentição mista 
MISTA 
Desenvolvimento da dentição
 
 
ERUPÇÃO DENTÁRIA 
 Movimento fisiológico dos dentes: movimento 
do germe dentário dentro do osso alveolar 
 Movimento dentário pré-eruptivo 
 Movimento dentário eruptivo 
 Movimento dentário pós-eruptivo 
ESTÁGIOS DE NOLLA (1960) 
Estágios de desenvolvimento dos dentes permanen-
tes, rege a conduta a ser adotada para tratar os 
dentes decíduos. 
0: ausência de cripta (possibilidade de agenesia ou 
não iniciou a formação do germe dentário) 
1: presença de cripta 
2: calcificação inicial das cúspides 
3: 1/3 da coroa completo 
4: 2/3 da coroa completo 
5: coroa quase completa 
6: coroa completa (colo do dente: inicia a erupção) 
7: 1/3 da raíz completa 
8: 2/3 da raíz completa (movimento eruptivo) 
9: raíz completa e ápice aberto 
10: ápice radicular fechado (dente não irrompe, ou 
seja, dente impactado) 
 
 2 3 4 5 
 
 6 7 8 9 
RESUMO DENTIÇÃO MISTA 
- Curvas de Wilson e de Spee: consequências de 
inclinação dos dentes permanentes 
- Fase do patinho feio 
- Chave de oclusão do 1º molar permanente 
Sobremordida (overbite) + Sobressalência (overjet) 
 
Fatores de compensação no ajuste da 
 
 
É a compensação pelo tamanho dos permanentes. 
RELAÇÃO TERMINAL DOS 
 2º MOLARES DECÍDUOS 
 Relacionamento vertical das faces distais dos 2º 
molares decíduos em oclusão, que guiam a erupção 
dos 1º molares permanentes. Pode haver: 
• Plano terminal reto 
• Degrau mesial 
• Degrau distal 
Terminal reto Degrau mesial Degrau distal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Classe II Classe I Classe III Classe II 
A relação terminal dos 2ºM decíduos é o que irá 
determinar a topogênese dos 1ºM permanentes. 
Com isso, a melhor posição é o plano terminal reto 
ou degrau mesial, sendo o degrau distal o que tem 
o pior prognóstico pois tende a oclusão classe II. 
ESPAÇO PRIMATA 
Espaço formado para acomodar a ponta de cúspide 
dos caninos. Ele é um espaço de compensação para 
acomodar os dentes permanentes no arco. 
Após a erupção dos 1º M permanentes aos 5-6 anos, 
pode haver anteriorização dos outros dentes, 
causando uma modificação da relação terminal. 
ESPAÇO LIVRE DE NANCE 
Também chamado de “Leeway Space”. É a diferen-
ça entre a largura mesial dos decíduos 3 4 e 5 
(canino e molares) e seus sucessores permanentes 
3 4 e 5 (canino e pré-molares). 
 
permanente Relação molar 
 
- O canino permanente é mais largo que o decíduo, 
porém os pré-molares permanentes são menos 
largos que os molares decíduos, com isso há um 
ganho de espaço na troca de dentição. 
- MAXILA: 0,9mm em cada lado 
- MANDÍBULA: 1,7mm em cada lado 
SEQUÊNCIA FAVORÁVEL DE ERUPÇÃO 
 
• 1º molar inferior → superior 
• Incisivos inferiores → superiores 
• Caninos inferiores 
• 1º pré-molar superior → inferior 
• 2º pré-molar superior → inferior 
• Caninos superiores 
• 2º molar inferior → superior 
 
Cronologia de 
 
 
ERUPÇÃO DOS INCISIVOS 
 Quando não há diastemas, a probabilidade de 
apinhamento é muito grande, pois não irá haver 
espaço de compensação. 
Superiores Inferiores 
Decíduos: 23,4mm Decíduos: 17,4mm 
Permanentes: 31,6mm Permanentes: 23mm 
8,2mm de aumento 5,6mm de aumento 
 
Compensação de espaço: 
▪ Tipo de arco decíduo 
▪ Aumento da inclinação axial dos incisivos 
permanentes (por lingual): nos decíduos não há 
inclinação dos dentes, eles são perpendiculares 
à base óssea, já nos permanentes há inclinação 
devido à musculatura dos lábios e da língua 
ERUPÇÃO DOS CANINOS 
Compensação de espaço INFERIOR: 
▪ Espaço livre de Nance 
▪ Aumento da distância inter-canina 
Compensação de espaço SUPERIOR: 
▪ Espaço livre de Nance 
▪ Aumento da distância inter-canina 
▪ Trajeto de erupção do canino superior 
“FASE DO PATINHO FEIO” 
- Divergência dos longos eixos dos permanentes, 
de mesial para distal 
- Diastemas entre os ICS (causados pelos CS): 
▪ Caninos possuem coroas muito robustas 
▪ Quando em oclusão, esse diastema é fechado, 
caso não haja impedimento (freio labial) 
- 3-4 anos de duração (dos 8 aos 12 anos de idade) 
 
 
ERUPÇÃO DOS PRÉ-MOLARES 
Compensação de espaço: 
▪ Espaço livre de Nance 
 
erupção 
ERUPÇÃO DOS 2º MOLARES 
- Guiada pelos 1ºM permanentes 
- São os últimos da dentição mista a irromper 
- Sentido das forças para mesial 
 
Fatores que regulam e afetam a
 
 
FATORES LOCAIS 
 Fibrose gengival: perda precoce dos decíduos 
 Hematoma de erupção: ulectomia e ulotomia 
 Anquilose dos dentes decíduos 
 Presença de dente supranumerário 
 Época de exodontia dos dentes decíduos 
FATORES SISTÊMICOS 
 Síndrome de Down: decíduos e permanentes 
 Disostose cleidocraniana 
 Hipopituitarismo 
 Hipotireoismo/hipertireoidismo 
 Raquitismo 
 
FONTE e IMAGENS: 
GUEDES-PINTO AC. Odontopediatria. 8. ed. São 
paulo: Santos, 2010. 1064p 
 
CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO

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