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Linguagem Verbal e Não Verbal

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INTERPRETAÇÃO
PRÉ-VESTIBULAR 83PROENEM.COM.BR
LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, 
SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO02
Veja esta tira de Luis Fernando Verissimo:
(VERISSIMO, Luis Fernando. Aventuras da Família Brasil. Porto Alegre: L&PM, 1993.)
A tira é construída em três cenas. Nelas, se verifica uma situação 
de conversação entre os personagens envolvidos. A filha é quem 
representa papel de locutor, isto é, a pessoa que fala, na primeira 
cena. Os pais são os interlocutores, isto é, as pessoas com quem 
se fala. Essa tira retrata uma situação de comunicação, pois as 
pessoas interagem pela linguagem, de tal forma que modificam o 
comportamento do outro. Assim, o que uma pessoa transmite à outra 
na forma de linguagem chama-se mensagem. A comunicação ocorre 
quando, ao emitirmos uma mensagem, nos fazemos compreender 
por uma pessoa.
Em um ato de comunicação não estão em jogo somente 
palavras, mas também gestos e movimentos. Quando empregamos 
esses elementos com a intenção de estabelecer uma comunicação, 
estamos usando diferentes linguagens. Essa linguagem, por 
conceito, é a representação do pensamento por meio de sinais que 
permitem a comunicação e a interação entre as pessoas.
Tais sinais que permitem o ato de comunicação são os 
chamados signos linguísticos. Segundo o escritor e linguista 
Umberto Eco, define-se como signo aquilo que “à base de uma 
convenção social previamente aceita, possa ser entendido como 
algo que está no lugar de outra coisa”. Por exemplo, quando se 
diz que alguém é uma raposa, por uma convenção, estabelece-se 
que se trata de alguém esperto, por uma analogia com o animal, o 
vocábulo “raposa” está em lugar de “esperto” no contexto.
A partir desses conceitos, percebe-se que, na tira, houve uma 
falha na comunicação entre o pai e namorado da filha. O rapaz 
não entendeu a mensagem porque a palavra “Shakespeare” não 
representa um signo para ele, não comunica nada: o nome do 
escritor inglês é interpretado como algo para beber.
Os signos podem ser verbais (as palavras) ou não verbais 
(gestos, símbolos, cores, até o tom de voz). Repare que em um 
anúncio de sorvetes, por exemplo, há, normalmente, sol e uma luz 
alaranjada, signos que representam o calor. Da mesma maneira, 
propagandas que querem sugerir uma certa intelectualidade 
costumam usar atores com óculos, signo de uma possível 
bagagem cultural. Tais signos, juntos, ajudam o interlocutor a 
perceber a intenção da mensagem que se quer passar.
São signos os sinais verbais ou não verbais, que apresentam 
dois eixos de significação: uma parte perceptível (sons, letras) e 
uma parte inteligível (conceito). Assim, no campo das palavras, 
entende-se por signo linguístico a unidade constituída de expressão 
e de conteúdo, de significante e de significado, respectivamente
significante → coroa
significado → 1. arranjo de flores; 2. ornamento de reis, 
rainhas; 3. idoso.
Veja que a propaganda acima explora os recursos do 
significado do signo “coroa”. Por se tratar de uma propaganda 
de empresa funerária, a palavra está ligada ao arranjo de flores 
presente em funerais; no entanto, a figura do senhor em destaque 
também faz alusão à gíria usada para idosos, ou seja, arranjar uma 
companheira.
Leia este anúncio da LPCE (Liga portuguesa contra epilepsia):
(Recolhido do site: http://www.lpce.pt)
A intenção do anunciante é divulgar a ideia do voluntariado 
para ajudar à associação. Os questionamentos dirigidos ao 
público (“Sente necessidade de ser útil? Necessidade de dar apoio 
e suporte?”) se juntam à conclusão simples, porém fundamental: 
“com pequenos gestos podemos melhorar a vida de outras 
pessoas... seja voluntário”.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR84
INTERPRETAÇÃO 02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
Repare que o anúncio mostra várias mãos juntas como num 
“cabo de guerra”. Tal procedimento dá ao público uma imagem de 
que a associação precisa de sua colaboração nesse “jogo”. Ora, 
essa imagem nos remete à ideia de que quanto mais pessoas 
estiverem ajudando, a tarefa a ser cumprida será menos árdua. A 
imagem das mãos no “cabo de guerra” é, portanto, um sinal que 
ajuda a perceber a intenção da mensagem do anúncio. É um signo 
não verbal.
O ser humano utiliza diferentes tipos de linguagem, como 
a da música, da dança, da pintura, da fotografi a. Essas várias 
linguagens se organizam em dois grupos: a linguagem verbal, que 
tem por unidade os signos verbais, as palavras; e as linguagens não 
verbais, que têm como unidade signos não verbais, como o gesto, 
a imagem, o movimento, como analisado acima. Há, ainda, as 
linguagens mistas, como a das histórias em quadrinhos, o cinema, 
a televisão, que utilizam a palavra e a imagem.
Numa situação de comunicação, se empregamos palavras, 
gestos, movimentos, estamos empregando um código. Código 
é um conjunto de sinais convencionados socialmente para a 
transmissão da mensagem.
Não só as palavras, gestos, são códigos, mas também os 
sinais de trânsito, os símbolos, o código morse, as buzinas de 
automóveis. É importante notar que só haverá comunicação 
utilizando um código se os interlocutores tiverem essa convenção 
internalizada. Determinados gestos podem representar sentidos 
diferentes dependendo das comunidades em que se vive.
Na nossa comunidade, usamos a língua portuguesa como 
principal código. Língua é um tipo de código formado por palavras 
e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam 
e interagem entre si. Em cada sistema linguístico, há regras de 
diversas naturezas, sejam lexicais, sejam sintáticas. Quando 
escutamos palavras como love ou sun, percebemos que estamos 
diante do código empregado na língua inglesa, pois se trata de 
palavras do vocabulário desse idioma.
Porém, dominar bem uma língua não signifi ca apenas saber 
seu vocabulário; é preciso também ter domínio de suas leis 
combinatórias, de suas ordens internas, de sua sintaxe. Saber, por 
exemplo, que no código da língua inglesa o adjetivo vem sempre 
anteposto ao substantivo, enquanto que, na língua portuguesa, a 
anteposição do adjetivo pode, inclusive, alterar o sentido da palavra.
Outro traço fundamental em jogo nesse sistema linguístico é o 
aspecto fonético. Quantas vezes ouvimos nas resenhas internacionais 
sobre jogos da seleção brasileira a pronúncia “errada” do meio-campo 
Falcão, hoje comentarista de futebol? Invariavelmente ouvíamos 
“Falcao”, sem o til. Essa nasalização, característica da língua, causa 
difi culdades em falantes não nativos. Da mesma maneira, nós, 
falantes de língua portuguesa, apresentamos grandes difi culdades 
para a realização de certos fonemas de outros códigos linguísticos, 
como a pronúncia do inglês the (com a língua entre os dentes, 
inclusive), ou ainda o ich alemão.
Além disso, um conhecedor da língua é, presumivelmente, um 
conhecedor das nuances que regem essa língua. Um estrangeiro 
poderá ter difi culdades ao receber como resposta um “pois não”. 
Entrar na “lista negra” não signifi cará uma cor dessa tal lista. 
Quando se fala em saber usar a língua, percebe-se que a intenção 
do falante é o que realmente importa, ele é o sujeito dessa ação 
e é fundamental dominá-la, até mesmo para jogar com suas 
possibilidades, com suas ambiguidades, seus duplos sentidos. Em 
outras palavras, em uma situação de conversação, será sempre o 
falante o sujeito da ação de escolher os enunciados que melhor 
se ajustem às suas intenções. Toma-se um exemplo recolhido da 
fala do professor Agostinho Dias Carneiro, em uma palestra para 
professores de Língua Portuguesa no Colégio Pedro II:
A menina, adolescente, chega a casa altas horas da noite. O pai, 
sisudo, esperando por ela:
- A senhora sabe que horas são?
- O pneu do carro do Rodrigo furou.
- Que isso nunca mais se repita.
Repare que a menina não respondeu ao que o pai perguntou. 
Ela jogou com a língua da maneira mais conveniente para ela. E o 
pai, ao lançar a fala fi nal, defi nitiva, sabe que, na maioria dos casos, 
aquilo se repete, sim.
Umusuário da língua deverá entender a nuance que regeu 
esse diálogo, no qual não vale o que se está dizendo, mas o que 
está subentendido. Dessa forma, como afi rma o linguista russo 
Mikhail Bakhtin, a verdadeira substância da língua não está num 
sistema abstrato de formas linguísticas, mas no fenômeno social 
da interação verbal, realizado através da enunciação. Diz ele: “A 
interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua”.
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Explique o que é linguagem verbal.
02. Explique o que é linguagem não verbal.
03. Explique o que é linguagem mista.
04. Conceitue o que é Língua.
05. Identifi que exemplos de códigos usados cotidianamente pelos 
falantes de Língua Portuguesa.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (ENEM)
Casados e independentes
Um novo levantamento do IBGE mostra que o numero de 
casamentos entre pessoas na faixa dos 60 anos cresce, desde 
2003, a um ritmo 60% maior que o observado na população 
brasileira como um todo...
Fontes: IBGE e Organização Internacional do Trabalho (OIT) 
*Som base no último dado disponível, da 2008
Veja São Paulo, 21 abr. 2010 (adaptado)
Os gráfi cos expõem dados estatísticos por meio de linguagem 
verbal e não verbal. No texto, o uso desse recurso
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
85
INTERPRETAÇÃO
a) exemplifi ca o aumento da expectativa de vida da população.
b) explica o crescimento da confi ança na instituição do 
casamento.
c) mostra que a população brasileira aumentou nos últimos cinco 
anos.
d) indica que as taxas de casamento e emprego cresceram na 
mesma proporção.
e) sintetiza o crescente número de casamentos e de ocupação no 
mercado de trabalho.
02. (ENEM)
Disponível em: www.sasia.org.br. Acesso em: 30 maio 2016.
Essa propaganda foi criada para uma campanha de conscientização 
sobre a violência contra a mulher. As palavras que compõem a 
imagem indicam que a
a) violência contra a mulher está aumentando.
b) agressão à mulher acontece de forma física e verbal.
c) violência contra a mulher é praticada por homens.
d) agressão à mulher é um fenômeno mundial.
e) violência contra a mulher ocorre no ambiente doméstico.
03. (ENEM) Os signos visuais, como meios de comunicação, são 
classifi cados em categorias de acordo com seus signifi cados. A 
categoria denominada indício corresponde aos signos visuais 
que têm origem em formas ou situações naturais ou casuais, as 
quais, devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, muitas 
vezes repetidas, indicam algo e adquirem signifi cado. Por exemplo, 
nuvens negras indicam tempestade.
Com base nesse conceito, escolha a opção que representa um 
signo da categoria dos indícios.
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
04. (ENEM)
KUCZYNSKIEGO, P. Ilustração, 2008.
Disponível em: http://capu.pl. Acesso em: 3 ago. 2012.
Através da linguagem não verbal, o artista gráfi co polonês Pawla 
Kuczynskiego aborda a triste realidade do trabalho infantil.
O artista gráfi co polonês Pawla Kuczynskiego nasceu em 1976 
e recebeu diversos prêmios por suas ilustrações. Nessa obra, ao 
abordar o trabalho infantil, Kuczynskiego usa sua arte para
a) difundir a origem de marcantes diferenças sociais.
b) estabelecer uma postura proativa da sociedade.
c) provocar a reflexão sobre essa realidade.
d) propor alternativas para solucionar esse problema.
e) retratar como a questão é enfrentada em vários países do mundo.
05. (ENEM)
Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com
A linguagem não verbal pode produzir efeitos interessantes, 
dispensando assim o uso da palavra.
O cartum faz uma crítica social. A fi gura destacada está em 
oposição às outras e representa a
a) opressão das minorias sociais.
b) carência de recursos tecnológicos.
c) falta de liberdade de expressão.
d) defesa da qualifi cação profi ssional.
e) reação ao controle do pensamento coletivo.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR86
INTERPRETAÇÃO 02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
06. (PRODEMGE - Analista de Tecnologia da Informação)
IVO viu a Uva – htttp://www.ivoviuauva.com.br
Na sequência de 1 a 4 dos quadrinhos, podem ser identifi cadas as 
seguintes características de linguagem:
I. No primeiro quadrinho, há apenas a linguagem verbal oral.
II. No segundo quadrinho, pode-se perceber apenas a linguagem 
não-verbal.
III. No terceiro quadrinho, o chargista apresenta uma mistura entre 
o verbal escrito e o não-verbal.
IV. No quarto quadrinho, há uma informação verbal escrita.
Marque a alternativa CORRETA:
a) apenas as proposições III e IV são verdadeiras.
b) apenas as proposições I e II são verdadeiras.
c) apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) as proposições I,II,III e IV são verdadeiras.
07. (IBGP/CISSUL – MG - Condutor Socorrista )
Fonte: http://1.bp.blogspot.com/+IVXd9Wp3Ve4/TJokbm7qKQI/AAAAAAAAEnk/
H4QU5R4PRCY/s1600/0+a+Transito+11.jpg Acesso em: 18/09/2016.
Sobre o tipo de linguagem utilizada no cartum, assinale a alternativa 
INCORRETA.
a) Possui linguagem não-verbal.
b) Possui linguagem mista.
c) Possui linguagem verbal.
d) Possui linguagem informal.
08. (IF-TO – Auditor)
Disponível em: https://patologiapolitica.wordpress.com/2011/07/08/charge-saber-
viver/. Acesso em: 15 ago. 2016.
Considerando a relação entre a linguagem verbal e a linguagem não 
verbal para a compreensão da charge, não é adequado afi rmar que:
a) O texto está criticando o assaltante e está dando apoio ao 
deputado por estar sendo assaltado.
b) O texto critica os escândalos de corrupção, desvio de dinheiro, 
no âmbito da administração pública.
c) O texto critica a postura desonesta de certos políticos que 
lesam a população ao fazerem mau uso do dinheiro público.
d) O texto aponta para o fato de que certos políticos lesam a 
população ao usarem em suas vidas particulares dinheiro 
público indevido.
e) O texto compara o ato (de assaltar) de um assaltante qualquer 
ao ato de alguns políticos também lesarem a população.
09. (CRC-MG – Motorista) Considerando que as pessoas não se 
comunicam apenas pela voz ou pela escrita, quanto à linguagem 
corporal, assinale a alternativa correta.
a) Palavras.
b) Voz.
c) Gestos.
d) Linguagem verbal.
e) Audição.
10. (IF-GO – Assistente em Administração)
Disponível em: <htttp://aprendaescrever.blogspot.com.br/2016/-3/charge-sobre-
influencia-da -midia.html>. Acesso em: 21 ado. 2017.
No texto, o humor é instaurado pela
a) linguagem não verbal, que é a única responsável pela produção 
de sentidos no texto.
b) linguagem verbal e não verbal, que, juntas, se responsabilizam 
pelo sentido do texto.
c) linguagem verbal, que detalhada e de modo exclusivo, resume 
os sentidos produzidos pelo texto.
d) linguagem não verbal que se sobrepõe à verbal, dispensando a 
primeira na produção de sentidos.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
87
INTERPRETAÇÃO
11.
Mineiro de Araguari, o cartunista Caulos já publicou seus trabalhos em 
diversos jornais, entre eles o Jornal do Brasil e o The New York Times.
No cartum apresentado, o signifi cado da palavra escrita é reforçado 
pelos elementos visuais, próprios da linguagem não verbal. A 
separação das letras da palavra em balões distintos contribui para 
expressar principalmente a seguinte ideia:
a) difi culdade de conexão entre as pessoas
b) aceleração da vida na contemporaneidade
c) desconhecimento das possibilidades de diálogo
d) desencontro de pensamentos sobre um assunto
12.
Os versos de Carlos Drummond de Andrade que mais adequadamente 
traduzem a principal mensagem da fi gura acima são: 
a) Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel? 
b) As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
c) Um silvo breve. Atenção, siga.
Dois silvos breves: Pare.
Um silvo breve à noite: Acenda a lanterna.
Um silvo longo: Diminua a marcha.
Um silvo longo e breve: Motoristas a postos.
(A este sinal todos os motoristas tomam lugar nos 
seus veículos para movimentá-losimediatamente.) 
d) proibido passear sentimentos
ternos ou desesperados
nesse museu do pardo indiferente
e) Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua. 
13. Para responder à questão, considere a tela Guernica, de Pablo 
Picasso (fi gura 1), pintada em protesto ao bombardeio a cidade 
espanhola de mesmo nome, e a imagem criada pelo cartunista 
argentino, Quino (fi gura 2). 
Na cena criada por Quino, está presente a intertextualidade, pois
a) o humor surge em consequência da falta de dedicação e de 
empenho da faxineira no momento de realizar as tarefas da 
casa. 
b) a dona da casa é uma pessoa que aprecia pintura e possui 
várias obras de artistas cubistas em sua residência. 
c) as alterações realizadas pela faxineira na pintura de Picasso 
mantiveram a ideia original proposta pelo pintor para Guernica. 
d) o cartunista reproduz a famosa pintura de Picasso, inserindo-a 
em um novo contexto que é a sala em desordem de uma 
residência. 
e) a faxineira irrita-se com a sujeira deixada pelos adolescentes 
da casa os quais frequentemente realizam festas para os 
amigos. 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR88
INTERPRETAÇÃO 02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
14.
Sobre a charge, assinale a alternativa CORRETA.
a) A mensagem de paz do texto que introduz a charge apresenta-
se substancialmente oposta à imagem violenta retratada. 
b) O confronto entre os personagens apresenta uma mensagem 
coerente com a mensagem inicial da charge: de amor e paz. 
c) Lutar é algo inerente ao ser humano; por isso pode-se afi rmar 
que não há qualquer contradição entre a mensagem verbal e a 
não verbal. 
d) As frases da torcida indicam que esses espectadores não 
gostam de violência. 
e) No contexto da charge, a luta pode ser entendida como uma 
forma de violência pacífi ca. 
15. O cartaz a seguir foi usado em uma campanha pública para 
doação de sangue.
Glossário
Rolezinho: diminutivo de rolê ou rolé; em linguagem informal, signifi ca 
“pequeno passeio”. Recentemente, tem designado encontros 
simultâneos de centenas de pessoas em locais como praças, parques 
públicos e shopping centers, organizados via internet.
Anonymous riot: rebelião anônima.
Considerando como os sentidos são produzidos no cartaz e o seu 
caráter persuasivo, pode-se afi rmar que:
a) As fi guras humanas estilizadas, semelhantes umas às outras, 
remetem ao grupo homogêneo das pessoas que podem ajudar 
e ser ajudadas. 
b) A expressão “rolezinho” remete à meta de se reunir muitas 
pessoas, em um só dia, para doar sangue. 
c) O termo “até” indica o limite mínimo de pessoas a serem 
benefi ciadas a partir da ação de um só indivíduo. 
d) O destaque visual dado à expressão “ROLEZINHO NO 
HEMORIO” tem a função de enfatizar a participação individual 
na campanha. 
16. (CMRJ 2018) Você já ouviu falar em “pinturas rupestres”? São 
as mais antigas formas de arte produzidas pelo ser humano – 
algumas datam de 40.000 anos antes de Cristo! – e se encontram 
nas paredes das cavernas que serviam de moradia. Essas pinturas 
mostram situações do dia a dia das pessoas daquela época, como 
a que inspirou o próximo texto. 
A charge retrata uma cena ou situação com intenção crítica, 
usando o desenho como linguagem. Nessa charge, a mensagem 
tem sentido crítico, uma vez que 
a) compara os homens de hoje com os da pré-história. 
b) ironiza a forma como as pessoas viviam nas cavernas. 
c) chama a atenção para com o desrespeito com a natureza. 
d) questiona a autoria dos desenhos mais antigos do homem. 
e) remete à Idade da Pedra o princípio do respeito aos animais. 
17. (IFSC 2018) Em relação ao gênero textual história em 
quadrinhos, analise as afi rmações a seguir.
I. É obrigatório o uso de texto verbal em todos os quadrinhos da 
história.
II. As histórias em quadrinhos servem exclusivamente para a 
contação de piadas.
III. A mescla entre informações verbais e visuais é uma 
característica fundamental na constituição das histórias.
IV. Por ser voltada ao público jovem, é imprescindível a presença 
de personagens adolescentes.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
89
INTERPRETAÇÃO
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Somente III é verdadeira. 
b) Somente I e IV são verdadeiras. 
c) Somente III e V são verdadeiras. 
d) Somente IV é verdadeira. 
e) Somente I e II são verdadeiras. 
18. (CMRJ 2018) 
Qual é a crítica presente na charge e como o elemento verbal é 
inserido? 
a) Existe uma crítica quanto ao esfriamento das relações 
familiares e o elemento verbal explicita isso através de 
eufemismo. 
b) Existe uma crítica quanto à supervalorização da interação 
interpessoal através de novas mídias de tecnologia e o 
elemento verbal explicita isso através de ironia. 
c) Existe uma crítica quanto à supervalorização da interação 
interpessoal através de novas mídias de tecnologia e o 
elemento verbal explicita isso através de eufemismo. 
d) Existe uma crítica quanto ao impacto social causado pelas 
novas tecnologias de comunicação e informação nas relações 
entre os casais e o elemento verbal explicita isso através de 
metonímia. 
e) Existe uma crítica quanto ao esfriamento das relações 
familiares e o elemento verbal explicita isso através de ironia. 
19. (IFAL 2017) 
Pela ordem de aparecimento dos textos acima e, considerando 
o diálogo neles contido entre linguagem verbal e linguagem não 
verbal, temos, respectivamente, as seguintes ideias: 
a) desemprego atinge níveis muito altos no país / as relações 
trabalhistas são injustas 
b) o jornalismo também é atingido pelo desemprego / é necessário 
investir em mão de obra qualificada 
c) o jornalismo é uma área profissional instável / o trabalhador é 
considerado um super-herói 
d) as informações são velozes / há trabalhadores lentos 
e) é preciso frieza no jornalismo / é necessário modernizar o 
trabalho 
20. (IFPE 2017) Leia a tirinha abaixo para responder à questão.
Sobre a linguagem dos personagens da tirinha, retirada da página 
do Facebook “Bode Gaiato”, avalie as assertivas abaixo.
I. O texto verbal, embora escrito, revela aproximação com a 
oralidade. A grafia da palavra “nãm” evidencia esse aspecto.
II. Os falantes se utilizam de uma linguagem com fortes marcas 
regionais, como, por exemplo, a escolha da palavra “mainha”.
III. O diálogo entre mãe e filho revela o registro formal da 
linguagem, como podemos perceber pela utilização das 
expressões “venha cá pra eu...” e “que nem...”.
IV. O vocábulo “boizin”, formado a partir da palavra inglesa “boy”, 
é uma marca linguística típica de grupos sociais de jovens e 
adolescentes.
V. Visto que todas as línguas naturais são heterogêneas, podemos 
afirmar que a fala de Júnio e sua mãe revelam preconceito 
linguístico.
Estão CORRETAS apenas as afirmações contidas nas assertivas 
a) I, II e IV. 
b) I, III e V. 
c) II, IV e V. 
d) II, III e IV. 
e) III, IV e V. 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR90
INTERPRETAÇÃO 02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
05. APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (UFU 2015) 
O anúncio publicitário, produzido por uma revista para divulgar seus 
blogs, dialoga com outro texto. Considerando essa informação, 
a) indique que texto é esse e explique o processo de intertextualidade 
que se estabelece entre ele e o anúncio publicitário. 
b) explique de que maneira a linguagem não verbal do anúncio 
publicitário contribui com o diálogo estabelecido entre os dois 
textos.
02. (UERJ 2017) 
Um estudo sobre contestações do povo dirigidas ao governo na 
primeira década do século XX, registradas em uma coluna de 
jornal, revela a atitude do cidadão em momentos não críticos, 
em seu cotidiano de habitante da cidade do Rio de Janeiro. A 
conclusão do estudo é que quase só pessoas de algum modo 
relacionadas com a burocracia do Estado se queixavam,quer os 
próprios funcionários e operários, quer as vítimas dos funcionários, 
especialmente da polícia e dos fiscais. Reclamavam funcionários, 
artesãos, pequenos comerciantes, uma ou outra prostituta. 
Mas as queixas não revelavam oposição ao Estado. O conteúdo 
das reclamações girava em torno de problemas elementares, como 
segurança individual, limpeza pública, transporte, arruamento. 
Permanece, no entanto, o fato de que entre as reivindicações não 
se colocava a de participação nas decisões, a de ser ouvido ou 
representado. O Estado aparece como algo a que se recorre, como 
algo necessário e útil, mas que permanece fora do controle, externo 
ao cidadão. Ele não é visto como produto de concerto político, pelo 
menos não de um concerto em que se inclua a população. É uma 
visão antes de súdito que de cidadão, de quem se coloca como objeto 
da ação do Estado e não de quem se julga no direito de a influenciar.
Como explicar esse comportamento político da população do 
Rio de Janeiro? De um lado, a indiferença pela participação, a 
ausência de visão do governo como responsabilidade coletiva, de 
visão da política como esfera pública de ação, como campo em 
que os cidadãos se podem reconhecer como coletividade, sem 
excluir a aceitação do papel do Estado e certa noção dos limites 
deste papel e de alguns direitos do cidadão. De outro, 1o contraste 
de um comportamento participativo em outras esferas de ação, 
como a religião, a assistência mútua e as grandes festas em que a 
população parecia reconhecer-se como comunidade.
Seria a cidade a responsável pelo fenômeno? Neste caso, como 
caracterizá-la, como distingui-la de outras? Entramos aqui na 
vasta e rica literatura sobre o fenômeno urbano, em particular 
sobre a cultura urbana.
JOSÉ MURILO DE CARVALHO 
Adaptado de Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1987. 
No último parágrafo, o autor emprega dois recursos que explicitam 
sua interlocução com os leitores. Identifique-os. 
03. (Fuvest 2015) Examine a seguinte matéria jornalística: 
Sem-teto usa topo de pontos de 
ônibus em SP como cama 
Às 9h desta segunda (17), ninguém dormia no ponto de ônibus da rua 
Augusta com a Caio Prado. Ninguém a não ser João Paulo Silva, 42, 
que chegava à oitava hora de sono em cima da parada de coletivos. 
“Eu sempre durmo em cima desses pontos novos. É gostoso. O 
teto tem um vidro e uma tela embaixo, então não dá medo de que 
quebre. É só colocar um cobertor embaixo, pra ficar menos duro, e 
ninguém te incomoda”, disse Silva depois de acordar e descer da 
estrutura. No dia, entretanto, ele estava sem a coberta, “por causa 
do calor de matar”. 
Por não ter trabalho em local fixo (“Cato lata, ajudo numa empresa 
de carreto. Faço o que dá”), ele varia o local de pouso. “Às vezes 
é aqui no centro, já dormi em Pinheiros e até em Santana. Mas é 
sempre nos pontos, porque eu não vou dormir na rua”. 
www1.folha.uol.com.br, 19/03/2014. Adaptado. 
Qual é o efeito de sentido produzido pela associação dos elementos 
visuais e verbais presentes na imagem acima? Explique.
04. (UNICAMP 2014)
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
91
INTERPRETAÇÃO
Os infográficos apresentam informações de forma sintética, 
utilizando imagens, cores, organização gráfica, etc. Indique dois 
exemplos, do infográfico reproduzido acima, em que a informação 
é apresentada por meio de linguagem não verbal.
05. (UNICAMP 2013) Os textos abaixo integram uma matéria de 
divulgação científica sobre o tamanho de criaturas marinhas, 
ilustrada com fotos dos animais mencionados.
TEXTO 1
Eles nascem com milímetros e alcançam metros de comprimento, 
nadam das praias rasas às águas abissais. Em fotos únicas, 
produzidas em tanques especiais, conheça as medidas dos 
animais do fundo do mar.
TEXTO 2
ESCALA MILIMÉTRICA
Enquanto este cavalo-marinho pode chegar a 30 cm, os filhotes 
medem poucos milímetros ao nascer. Eles surgem depois que a 
fêmea deposita óvulos em uma bolsa na barriga do macho, que é 
responsável pela fertilização.
Pode-se afirmar que a compreensão do texto 2 depende da 
imagem que o acompanha. Destaque do texto a expressão 
responsável por essa dependência e explique por que seu 
funcionamento causa esse efeito.
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. E
02. B
03. B
04. C
05. E
06. A
07. D
08. A
09. C
10. B
11. A
12. D
13. D
14. A
15. B
16. E
17. A
18. E
19. A
20. A
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. 
a) O anúncio publicitário dialoga com a colocação de Lavoisier: “Na Natureza, nada se 
cria, nada se perde, tudo se transforma”.
b) A linguagem não verbal aponta para duas teclas do computador unidas, 
representando um atalho para o recurso de copiar dados. Ambas, unidas, são alvo 
de crítica, representada pelo pejorativo arremesso de objetos. 
02. Recursos: uso de frases interrogativas; uso da primeira pessoa no plural. 
03. Estamos diante de uma contradição e, por conseguinte, de uma ironia. Diante desta 
imagem, nossos olhos sentem um estranhamento imediato fruto do contraste produzido 
pela palavra escrita em letras garrafais e tomando boa parte do anúncio: CONFORTO. Em 
cima, com custo, percebemos a existência de um homem deitado. Abaixo do homem um 
anúncio imenso. O efeito de sentido é produzido pelo contraste gerador da ironia presente 
entre a palavra CONFORTO e um homem dormindo ao relento, em um lugar que não foi feito 
para isso. A posição toda torta do homem enquanto dorme colide com a segurança e a 
beleza escritas também no anúncio, outro contraste que levará à ironia.
Refletido pelo vidro, no canto à esquerda, há um outro homem, que também parece 
maltrapilho, e que parece estar se penteando e utilizando o vidro do ponto de ônibus para 
sua toalete, o que também remete à beleza expressa na mensagem escrita do anúncio. 
Uma ironia produzida pela própria realidade.
04. O infográfico apresenta um homem estilizado para mostrar que o consumo é por 
pessoa, nas laterais do boneco há uma escala para representar a quantidade de água 
gasta. As bandeiras representam a nacionalidade ou a localização geográfica. A água é 
representada pela linha ondulada. Há ainda o balão para representar a fala.
05. Os pronomes demonstrativos demonstram a posição de um elemento qualquer em 
relação à pessoa do discurso, situando-o no espaço, no tempo ou no próprio discurso. 
Assim, a compreensão do texto II depende da visualização da imagem que acompanha 
o texto verbal, dependência estabelecida pelo pronome demonstrativo “este”, elemento 
catafórico, que antecede o que vai ser revelado posteriormente. 
ANOTAÇÕES
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR92
INTERPRETAÇÃO 02 LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL, SIGNO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO
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