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Acidente Vascular Encefálico (AVE) 1 🥴 Acidente Vascular Encefálico (AVE) 🚨 Hemorrágico → extravasa sangue para dentro do parênquima cerebral, imagem de HIPERdensidade 🚨 Isquêmico → aporte sanguíneo local deixa de existir e a área irrigada aparece com imagem de HIPOdensidade O edema do AVEh é muito maior do que do AVEi, e é importante sempre levar que cefaleia e diminuição do nível de consciência falam muito mais a favor de AVEh. Patogenia Acidente Vascular Encefálico (AVE) 2 Acidente Vascular Encefálico Isquêmico Definição Instalação súbita de um déficit neurológico focal persistente, causado por consequência de uma isquemia que evolui para necrose em um determinado local do parênquima encefálico, causado por uma oclusão arterial aguda. → Déficit neurológico focal (em um foco) súbito. → Persistente (> 24horas). → Dependente da localização e extensão. → Isquemia seguida de infarto do tecido. Fatores de Risco → HAS; → História familiar positiva; → DM; → Tabagismo; → Hipercolesterolemia; → Idade > 60a; Discussão Devemos lembrar que os termos paresia e plegia são COMPLETAMENTE diferentes, mesmo que os dois remetam à diminuição da força. → Paresia: diminuição da força, mas não é abolida, paciente só apresenta fraqueza muscular. Acidente Vascular Encefálico (AVE) 3 → Plegia: abolição completa da força, paciente apresenta fraqueza muscular tão intensa que a força é completamente abolida. Quanto mais velha for uma isquemia, mais hipodensa a área será. Se na admissão não houver nenhuma imagem aguda, em cerca de 48-72horas irá apresentar áreas de hipodensidade. O tronco cerebral e o tronco encefálico são mal visualizados na tomografia de crânio. Se for um AVEi que acomete esses locais, paciente pode apresentar clínica da síndrome alterna. → Síndrome Alterna: acometimento de um par craniano de um lado e lesão de membros contralateral (ex: acometeu pares cranianos do lado DIREITO e paciente passa a apresentar hemiparesia de lado ESQUERDO). → Lembrar: tronco encefálico é responsável pelos pares cranianos desde 3º ao 12º. ❓ Forame oval platente → TEP fazendo AVC. Diagnóstico etiológico Exames a serem solicitados para tentar entender a etiologia (a causa) daquele AVEi: → ECG (para avaliar se há presença de fibrilação atrial); → ECO (para avaliar se há presença de trombos aderidos dentro do coração); → Doppler de carótidas e vertebrais (para avaliar se há presença de trombos aderidos dentro das artérias); Diagnóstico Clínico Tratamento na fase aguda Internação hospitalar Ventilação mecânica TC de crânio SEM contraste (o contraste tem a mesma tonalidade e densidade do sangue na TC, pode mascarar uma hemorragia subaracnóide) Cabeceira elevada a 30º (para evitar risco de paciente broncoaspirar) Dieta ser logo iniciada nas 48h iniciais (paciente acaba desnutrindo com facilidade) Acidente Vascular Encefálico (AVE) 4 Solução isotônica de 1000-1500ml/dia Controle agressivo da febre Manter a glicemia entre 70-180 Controle dos eletrólitos (principalmente Na+) ❓ Se fizer uso do soro glicosado a 5% (hipotônico), vai deixar o sangue menos concentrado. Isso faz com que ele tenha maior facilidade de passar do intravascular para o extravascular, gerando aumento do edema cerebral. Nunca utilizar SG 5% na fase aguda do AVE. Quando devemos reduzir a pressão arterial? A hipertensão induz a criação de uma circulação colateral e mantém ela funcionando e irrigando a área lesada para que não haja necrose Na fase aguda, só iremos intervir em casos de PA > 220x180mmHg. É importante lembrar que só podemos abaixar 30% dessa PA a cada três horas Tem que ser um antihipertensivo venoso em bomba infusora, para poder controlar e titular de acordo com a pressão real → Nipride 2ml + SG 5% 148ml em bomba infusora contínua (BIC) → ideal até 160x100mmHg Medidas específicas AAS e Heparina → impedem recidivas e não deixam que haja a formação de novos trombos Heparina: → Dose plena em AVEi extenso: só depois de 15 dias; → Dose plena em AVEi pequeno: depois de 3 dias; Trombolítico: ateclase; → 0,9mg/kg sendo que 10% é feito em bolus e 90% em BIC para 60minutos; → Não pode ser feito mais do que 90mg; → Critérios de inclusão: Δt não pode ser maior que 4,5horas; TC da inclusão SEM hemorragia; > 18a; não pode estar usando anticoagulante; INR > 1,7; não pode ter tido Acidente Vascular Encefálico (AVE) 5 AVEh nunca na vida e nem TCE; não pode ter tido AVEi nos últimos 3 meses; ❓ Síndrome do Encarceramento → lesão extensa em ponte Tomografia Computadorizada em três momentos do AVEi Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico Intraparenquimatoso Principal fator de risco é a hipertensão → fragiliza a parede da artéria ao longo dos anos, forma microaneurismas que acabam se rompendo com o tempo. Lesão crônica de pequenas artérias perfurantes → Aneurismas de Carchot-Bouchard (rompimento dos aneurismas) Locais mais acometidos Putame (30-50%) Tálamo (15-20%) Cerebelo (10-30%) Ponte (10-15%) Angiopatia Amiloide Segundo maior causador de acidente vascular encefálico hemorrágico, seguido por intoxicação por cocaína, sangramento tumoral e por fim rotura de má formação arterio- venosa (MAV). 🚨 Ordem de CA que mais fazem metástase para o encéfalo → pulmão, mama, melanoma (metástase que mais causa sangramento), colo retal, rim Na angiopatia amiloide paciente normalmente tem uma clínica muito característica → idoso, demenciado (alzheimer) e com hematoma lombar Acidente Vascular Encefálico (AVE) 6 Quadro Clínico Paciente apresenta cefaléia intensa de início súbito, déficit neurológico focal e rebaixamento do nível de consciência Tomografia de Crânio SEM contraste Apresentação com área hiperdensa (hematoma, daí o motivo de fazer sem contraste), com edema perilesional (hipodenso) Pode ainda demonstrar alguns sinais de hipertensão intracraniana como: efeito massa com desvio de linha média Tratamento Suporte intensivo Ventilação mecânica (proteção de via aérea, evitar broncoaspiração) Se Hipertensão intracraniana: hiperventilação (manter PaCO2 entre 30-35mmHg) e manitol em dose de ataque Manitol: diurético hiperosmolar, mantém o sangue mais concentrado e o líquido sai do espaço intersticial e vai para dentro do vaso (20% 250ml ???) Se glasgow ≤ 8 = IOT Repouso absoluto Sedação adequada → midazolam (benzodiazepinico de curta duração) Cabeceira elevada Tratar a HAS se a PA > 180/105mmHg → nipride Neurocirurgia → hematoma cerebelar maior que 3cm ou hematoma lobar maior que 30ml Hemorragia Subaracnóide Causada por rotura de aneurismas saculares congênitos ou até mesmo por rotura de MAV (menos comum) Quadro Clínico Paciente jovem apresentando cefaléia holocraniana de forte intensidade (relata como a pior dor de cabeça da vida inteira), de início súbito, associada de rigidez de nuca, síncope, e diminuição do nível de consciência, podendo ou não ocorrer déficit neurológico focal Complicações Ressangramento podendo aumentar a letalidade → normalmente é dentro da primeira semana e é o caso que mais mata Vasoespasmos → contato do sangue com a parede arterial gera o vaso espasmo e assim isquemia os ramos subjacentes daquela artéria, levando assim à geração de sequelas Hidrocefalia SAIDH → hiponatremia Diagnóstico Tríade → cefaléia + síncope + rigidez de nuca SEMPRE realizar a TC de crânio SEM contraste Caso a TC venha com resultado normal, realizar a punção lombar para o exame do líquor → Na hora da punção, se tiver hemorragia subaracnóide o líquor vai vir um pouco mais amarelado, pois as hemácias acabam morrendo e a hemoglobina começa seu processo de metabolização em bilirrubina; → Se na hora da punção vier um sangue bem avermelhado vivo, significa que na hora de introduzir a agulha acabou perfurando algum vaso, não reflete à hemorragia craniana; Acidente Vascular Encefálico (AVE) 7 Tratamento Internação imediata no CTI Solicitar avaliação pela neurocirurgia Nos primeiros 3 dias: → Arteriografia cerebral: constatar e localizar a hemorragiasubaracnóide; → Clampeamento daquele vaso; → Se houver rebaixamento do nível de consciência ou passar de 3 dias, protelar a cirurgia para após 14º dia; Se o aneurisma não foi clampeado, manter a PAS entre 140-150mmHg → PAS < 140mmHg tem risco de vasoespasmo; → PAS > 150mmHg tem risco de ressangramento; Nimodipina (bloqueador de canal de cálcio NEURONAL) utilizado como profilaxia da sequela, atua na prevenção do vaso espasmo e deve ser utilizada nas 2 primeiras semanas em dose de 60mg VO 4/4hrs. 🚨 Grande chance de cair a Nimodipina → bloqueador de canal de cálcio NEURONAL utilizado para prevenção do vasoespasmo.
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