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ECONOMIA REGIONAL prof. Teófilo de Paula ITR/UFRRJ Teoria da Base Exportadora e Multiplicador Regional Introdução • Qual o efeito da expansão/contração industrial, do fechamento/abertura de novas firmas, da relocalização de firmas... sobre a economia regional? – Firmas demandam fatores, cuja remuneração é um componente da renda regional;componente da renda regional; – Firmas possuem encadeamentos para frente (a jusante) e para trás (a montante). • Modelos tentam explicar a natureza e o mecanismo de transmissão dos impactos decorrentes da mudança industrial. 1) Teoria da Base Exportadora • Autores Clássicos: – North (1977): análise do desenvolvimento americano; – Pred (1966): formalização a partir do multiplicador keynesiano. • Fundamentos da teoria: Economias de Escala – Surge com o aumento da produção além das necessidades – Surge com o aumento da produção além das necessidades internas. – Reduz o custo e elevas as exportações => efeitos positivos sobre o mercado interno. – Renda das exportações => eleva importações de bens de capital e m-p. – Contato com o exterior => assimilação de conhecimento => inovação. – Otimização na utilização dos fatores. – Como resultado => crescimento econômico regional. Hipóteses • Os preços são fixos e a oferta de fatores é infinitamente elástica (natureza de CP dos modelos). • Sistema regional é dado pela região de referência e pelo resto do mudo. • Região composta por dois setores:• Região composta por dois setores: – Setor básico: desempenho depende de variáveis exógenas à economia regional. • Quando a abordagem é mais ampla, incluindo como variáveis exógenas a renda no resto do mundo, a política do governo federal e as decisões de investidores externos, é comum se utilizar o termo Base Econômica. • Quando a ênfase é nas exportações => Base Exportadora. – Setor não-básico: desempenho determinado pelas condições internas da região. O modelo (Richardson, 1973) Yi = (Ei-Mi)+Xi Ótica da Despesa: As exportações são o único componente autônomo da despesa. Onde: Yi = Renda na Região i Ei = Despesas internas Mi = Importações Xi = Exportações OBS: 0<(e-m)<1 => Propensão Marginal a Consumir localmente. Multiplicador: mede o impacto, sobre a renda regional, da variação de uma unidade nas exportações. ΔY=k*ΔX OBS: • O tamanho da Base é uma função inversa do tamanho de uma região (por que?) e o multiplicador uma função direta: i) Região grande: Base menor; m baixo => K grande ii) Região pequena: Base grande; m alto => K pequeno Exemplo: • Calcule a renda de equilíbrio e os multiplicadores para as regiões R1 e R2. • R1 (grande) E = 10+0,6Y Yi = (Ei-Mi)+Xi E = 10+0,6Y M = 0,2Y X = 20 • R2 (pequena) E = 10+0,6Y M = 0,3Y X = 20 Identificação dos setores básico e não- básico i) Por suposição (Assumptions method): assume que todas as atividades ligadas aos setores primário e secundário são básicas, ao passo que aquelas ligadas ao setor terciário são não básicas.são não básicas. ii) Quociente Locacional (QL): descreve a participação do emprego em um dado setor em uma região, relativo à participação nacional do emprego no referido setor. • QL>1 sugere que a região possui alguma especialização no setor em questão e que a região é potencialmente exportadora da produção desse setor (e vice versa).desse setor (e vice versa). • No Brasil, dados sobre emprego setorial podem ser obtidos na RAIS (Ministério do Trabalho), observando-se que os dados referem-se a empregos formais. 2) Modelo de Renda Inter-Regional (Multiplicador Regional) •Inclui outros componentes autônomos: Consumo Autônomo; Investimento; Gastos Governamentais. •Abandona o sistema dual (Região x Resto do Mundo) em prol de um sistema de n regiões. •Introduz-se o conceito de renda disponível, já que os gastos públicos precisam ser financiados via impostos. A Renda Regional é determinada por: Δ Ai (a, I, G) Δ Yj => Δ XiΔ Yj => Δ Xi Δ parâmetros (c, m, t) dk/dc>0 dk/dm<0 dk/dt<0 Considerações sobre o modelo: • Mais amplo que o modelo da Base: ΔY pode resultar não somente de ΔX, mas de outros fatores, tais como: despesas autônomas, renda de outras regiões, mudanças nos parâmetros c, m e t. • Permite analisar os efeitos regionais de ΔG. • ΔY nacional pode ser maximizado se ΔG é direcionado para regiões com c mais elevado, isto é, com maior multiplicador, característica de regiões menos desenvolvidas. mais elevado, isto é, com maior multiplicador, característica de regiões menos desenvolvidas. • Se G é direcionado para uma região i, a região j também pode se beneficiar, pelo efeito que ΔG tem sobre Xj => justifica uma realocação regional de G em prol de regiões mais pobres. – ΔGi => ΔMi => ΔXj • Crescimento regional = f[ Efeito direto (aumenta M), Efeito indireto (aumenta X)]. – Qual o efeito líquido sobre o BP regional?
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