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AULA 7 2AF CIRURGIA @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES INTRODUÇÃO • A remoção correta de um dente não requer uma grande quantidade de força do cirurgião → Controle de força • Força excessiva pode danificar os tecidos moles locais e lesar o osso e os dentes próximos PRINCÍPIOS → Anamnese → Informar e tranquilizar o paciente → Conhecer a anatomia dental e local → Examinar clínica e radiograficamente o local → Higienizar a cavidade oral e posicionar o paciente → Organizar a mesa de cirurgia → Anestesia eficiente POSICIONAMENTO • Conforto do paciente e do cirurgião • Controle da força PACIENTE DENTES SUPERIORES • Boca abaixo dos ombros do profissional • Ângulo de 120° entre a cadeira e o solo • Ângulo de 45° entre o plano oclusal superior e o solo DENTES INFERIORES • Ângulo de 110° entre a cadeira e o solo • Plano oclusal inferior paralelo ao solo PROFISSIONAL • Em dentes superiores e inferiores anteriores → Em frente ao paciente → Direita ou esquerda • Dentes inferiores posteriores → Atrás do paciente → Direita ou esquerda INDICAÇÕES DE EXTRAÇÃO CÁRIE • Dente severamente cariado • Observa-se a extensão da cárie NECROSE PULPAR • Onde não esteja indicado o tratamento endodôntico. → Canal que seja tortuoso, calcificado e não tratável pelas técnicas endodônticas convencionais DOENÇA PERIODONTAL • Severa e extensa • periodontite por muito tempo levará a perda óssea e mobilidade irreversível. • Dentes com hipermobilidade devem ser extraídos INDICAÇÃO ORTODÔNTICA • correção de apinhamento dentário,frequentemente, necessitam de extrações de dentes para fornecer espaço para o alinhamento dentário. • Maior frequência: → Pré-molares mandibulares e maxilares DENTES MAL POSICIONADOS • Dentes que traumatizam tecidos moles pelo mau posicionamento. → Casos em que tratamento ortodôntico não faz efeito AULA 7 2AF CIRURGIA @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES DENTES FRATURADOS • Uma indicação incomum para extração dentária é o dente com trinca na coroa ou com uma raiz fraturada. • Dente fraturado causa muita dor ao paciente DENTE INCLUSO/IMPACTADO • Os dentes impactados devem ser considerados para remoção. Se estiver claro que um dente parcialmente impactado é incapaz de erupcionar. • Até uma oclusão funcional devido ao espaço inadequado, Interferência em dentes adjacentes DENTES SUPRANUMERÁRIOS • Geralmente são impactados e devem ser removidos. • Um dente supranumerário pode interferir na erupção dos dentes subjacentes e tem o potencial de causar a reabsorção e o deslocamento desses dentes. DENTES ASSOCIADOS A LESÕES PATOLÓGICAS • Os dentes que estão envolvidos com lesões patológicas podem necessitar de remoção. • Em algumas situações, os dentes podem ser mantidos com tratamento endodôntico. RADIOTERAPIA • Pacientes que receberão radioterapia para câncer oral, ou na região da cabeça e do pescoço, devem considerar a remoção de dentes na direção da área irradiada. DENTES ENVOLVIDOS EM FRATURAS DOS MAXILARES • Os pacientes que sofrem fraturas da mandíbula ou processo alveolar, às vezes, devem ter os dentes removidos. • Em alguns casos, o dente pode ser mantido, mas se ele estiver lesionado, infectado ou severamente luxado do tecido ósseo adjacente ou interferir com a correta redução e fixação da fratura, sua remoção pode ser necessária. CONTRAINDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES SISTÊMICAS • A saúde sistêmica do paciente pode comprometer a resistência ao trauma cirúrgico. • Paciente descompensado • Uso de medicamentos • Gestantes → Primeiro ou terceiro trimestre • Pacientes com leucemia ou linfoma. • Pacientes com doença cardíaca severa. • Pacientes com hipertensão maligna. • Pacientes com arritmia cardíaca não controladas e severas. • Coagulopatias severas. LOCAIS • Uma área que pode comprometer outras estruturas saudáveis • Risco de dano a estruturas vizinhas • Processo infeccioso e/ou inflamatório • Trismo • Dentes associados a lesões malignas TIPOS DE EXODONTIA • Fechada → Fórceps e/ou elevadores • Aberta → Confecção de retalho mucoperiosteal → Manobras invasivas: osteotomia e odontossecção EXODONTIA FECHADA • A técnica fechada é também conhecida como técnica simples. • A técnica fechada é a técnica mais frequentemente usada e oferece as considerações básicas para quase todas as extrações. → Cinco etapas principais formam o procedimento de extração fechada: Etapa 1: Liberação dos tecidos moles aderidos à porção cervical do dente. O primeiro passo na remoção de um dente pela técnica de extração fechada é a liberação do tecido mole ao redor do dente com um instrumento afi ado, como uma lâmina de bisturi ou a ponta afi ada do destaca periósteo de Molt no 9. Objetivos: permite a certeza de que uma anestesia profunda foi obtida e permitir o posicionamento mais apical da alavanca e do fórceps para extração, sem a interferência do tecido mole da gengiva. AULA 7 2AF CIRURGIA@ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES Anestesia • Perda de todas as sensações de dor • Não anestesia as fibras proprioceptivas dos nervos envolvidos. → Paciente sente a pressão de uma extração Etapa 2: Luxação do dente com uma alavanca dentária. próximo passo é iniciar a luxação do dente com uma alavanca, geralmente a alavanca reta. A expansão e a dilatação do osso alveolar e a ruptura do ligamento periodontal só são obtidas com a luxação do dente em várias direções. Etapa 3: Adaptação do fórceps ao dente. O fórceps apropriado é, então, escolhido para o dente a ser extraído. O fórceps é, então, posicionado sobre o dente de forma que as extremidades das pontas ativas do fórceps apreendam à raiz abaixo do tecido mole descolado. Etapa 4: Luxação do dente com o fórceps. A maior parte da força é direcionada para o osso mais fino e, consequentemente, mais fraco. Portanto, na maxila e em todos os dentes mandibulares com exceção dos molares, o principal movimento é vestibular (p. ex., na direção da camada mais fina de osso). O cirurgião utiliza uma força lenta e constante para deslocar o dente vestibularmente, em vez de uma série de movimentos pequenos e rápidos que pouco fazem para expandir o osso. Etapa 5: Remoção do dente do alvéolo. Uma vez que o osso alveolar tenha expandido o AULA 7 2AF CIRURGIA @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES suficiente e o dente tenha sido luxado, uma força de tração leve, em geral direcionada vestibularmente, pode ser utilizada. A força de tração deve ser minimizada, pois é o último movimento que é usado, uma vez que o processo alveolar esteja expandido o suficiente e o ligamento periodontal, completamente rompido. SINDESMOTOMIA • Desinserção das fibras gengivais que rodeiam o dente • Sindesmótomo → Descolador reto e curvo • Empunhadura e posicionamento • Movimento contínuo • Proteção dos tecidos adjacentes LUXAÇÃO • Movimentos de lateralidade vestíbulo-lingual ELEVADORES • Elevador reto • Elevador curvo → Seldin → Potts → Apicais • Empunhadura com a mão dominante • Acesso vestibular • Proteger a face lingual do dente durante a luxação • Posicionamento entre osso e dente • Face côncava ou reta voltada para o dente a ser extraído Movimento de rotação Movimentos de cunha FÓRCEPS • Empunhadura pela mão dominante • Auxílio da mão não-dominante → Afastamento e proteção dos tecidos → Melhora da sensibilidade táctil durante a luxação → Suporte do osso alveolar da maxila → Contrapeso para a mandíbula Posicionamento no dente AULA 7 2AF CIRURGIA @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES Movimentação vestíbulo-lingual Movimentos de intrusão Movimentos de tração Movimentos de rotação Revisão da sindesmotomia antes da remoção do dente EXÉRESE • Dentes com destruição da coroa → Dentes com uma raiz • Dentes com mais de uma raiz → Separando as raízes EXODONTIA ABERTA INDICAÇÕES • Anomalias na anatomia radicular • Raízes com hipercementose • Dilaceração radicular • Anquilose radicular • Dentes ou restos radiculares inclusos/impactados • Dentes fusionados • Dentes associados a lesões • Deformidades alveolares CONFECÇÃO DO RETALHO MUCOPERIOSTEAL • Incisão • Desenho do retalho • Descolamento AULA 7 2AF CIRURGIA @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES REMOÇÃO DO TECIDO ÓSSEO • Broca cirúrgica • Cinzel e martelo • Exposição do dente ETAPAS ESPECÍFICAS HEMOSTASIA • Compressão com gaze esterilizada • Uso de hemostáticos → Esponja de fibrina → Celulose oxidada SUTURA • Aproximação das bordas da ferida • Estabilização do coágulo • Manutenção do hemostático em posição • Fechamento de lacerações nos tecidos moles TIPOS DE SUTURA • Interrompido → Simples → Em X • Contínuo → Simples → Festonado → Colchoeiro horizontal PÓS EXODONTIA • Curetagem do alvéolo → Evitar as paredes alveolares • Remoção de espículas ósseas → Lima para osso ou pinça goiva • Regularização das bordas gengivais • Manobra de Chompret → Compressão das duas paredesde um alvéolo dentário • Manobra de Valsalva → Extrações de molares superiores → Verificação se não houve comunicação bucosinusal → Paciente feche o nariz e faz força para assoar PÓS-OPERATÓRIO • Repouso de um ou dois dias • Dor nas 12h seguintes a cirurgia • AINES e analgésicos • Edema e trismo → Anti inflamatório esteroides → Compressa gelada de 10-15 min • Em caso de sangramento, comprimir com gaze por 30 min • Uso de antibiótico em caso de infecções • Evitar enxague nas primeiras 24H • Evitar área operada durante a escovação • Sutura removível após 7 dias TEMPOS CIRÚRGICOS EM EXODONTIA TEMPOS FUNDAMENTAIS: • Diérese (Primeira Etapa): → Incisão do tecido e momento que está abrindo o tecido; • Exérese (Segunda Etapa): → Momento que está fazendo o procedimento cirúrgico: Ex.: Raspando, fazendo uma biópsia, extraindo o dente. • Hemostasia (Terceira Etapa) + Síntese (Terceira Etapa). AULA 7 2AF CIRURGIA @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES • A primeira etapa de uma cirurgia é abrir o tecido, no caso da odontologia é a extração. Então a primeira etapa seria a incisão; • A hemostasia e síntese são uma coisa só. No momento que se faz a sutura é o momento em que se está finalizando o procedimento operatório, e o objetivo da sutura é a hemostasia, mas não é sempre hemostasia o objetivo, pode ter uma função estética, a depender do local da sutura: → A hemostasia é a manutenção de hemácias dentro do leito vascular. Diérese : • Rompimento da integridade do tecido, com penetração no interior dos tecidos e atingindo áreas anatômicas do interesse do cirurgião. • Traço único em 45° (Distal para mesial – Apical para cervical). • Apoio em tecido ósseo sadio. • Amplitude, possibilitando visibilidade ao campo operatório e menor trauma tecidual no afastamento. Base ampla: Irrigação do retalho. Maximizar o suprimento sanguíneo, de onde vem e por onde vem o aporte sanguíneo. As margens do retalho devem repousar sobre tecido ósseo sadio, no momento da sutura. TIPOS DE INCISÃO • Retilíneas: • Envelope: • Em arco: • Neumann: Gengiva inserida, livre e papila dental com 1 relaxante. AULA 7 2AF CIRURGIA @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES • Neumann modificada: Gengiva inserida, livre e papila dental com 2 relaxantes. EXÉRESE: Acessar o dente. • Remoção do dente, através de fórceps ou alavancas. • Osteotomia: Osteotomia é a dissecação cirúrgica de um osso, pode ser feita com cinzéis e martelo, raspadores, trituradores, instrumentos rotatórios (Carbide e multilaminadas), ou osteótomo*, Pinça goiva e limas. • Ostectomia (Remoção de fragmento ósseo). • Curetagem. • Avulsão • Via alveolar: Sem seccionamento dental. • Via não alveolar: Fraturas radiculares; • Cárie radicular acentuada; SÍNTESE: • Síntese ou sutura é o conjunto de manobras que visam aprimorar os tecidos divididos ou separados durante os atos cirúrgicos de incisão ou divulsão. É importante a correta relação dos tecidos durante e após a sutura, pois facilita a reparação tecidual, auxilia a homeostasia e diminui os espaços mortos; OBS.: O espaço morto é o local onde não tem coágulo algum, e está aberto. • Sutura é manobra, e serve para a manutenção do coágulo e este coagulo é responsável pela cicatrização após a extração. O coágulo é vetor da reparação óssea; • A função da sutura não é só aproximar tecido, também tem a função da manutenção do coágulo local; • NÃO se remove a sutura, e sim, se remove os pontos. TIPOS DE SUTUTRA Ponto simples: Técnica indicada para a realização de suturas interdentais, enxertos, biópsias e exodontias. Ponto em X.: Pode ser feito com o nó interno ou externo, ficando sempre 2 alças cruzadas interna ou externamente ao tecido. Ponto em U: Técnica parecida com o ponto simples, mas ao atravessar às bordas da ferida a agulha volta em sentido inverso ao anterior, unindo-se os cabos. Pode ser feita de forma vertical ou horizontal. Ponto contínuo festonado: É uma modificação da sutura contínua simples. A cada passagem através dos tecidos, o fio é unido ao ponto passado anteriormente. AULA 7 2AF CIRURGIA @ODONTO_RAFA RAFAELLY ALVES HEMOSTASIA • A hemostasia é o mecanismo defensivo cuja finalidade consiste em obstruir voluntariamente as lesões vasculares para evitar a perda de sangue. • Durante a fase primária, a zona da hemorragia é tratada através da constrição das paredes afetadas e da agregação de plaquetas para formar um tampão. • Na fase de coagulação, as restrições enzimáticas sequenciais são ampliadas a fim de produzir trombina, uma protease que transforma o fibrinogénio plasmático em fibrina insolúvel. • Na fase de fibrinólise, todo o processo é limitado graças aos inibidores plasmáticos, que neutralizam a referida trombina. TEMPO OPERATÓRIO DE UMA EXODONTIA SIMPLES • Anti-sepsia extra e intrabucal. • Anestesia. • Sindesmotomia. • Aplicação da técnica escolhida.• Remoção do elemento. • Limpeza da cavidade. • Curetagem alveolar se necessário. • Manobra de chompret • Sutura.. OBS: Extração não querer forca, faça com delicadeza e precisão, força excessiva pode danificar os tecidos moles locais e lesar o osso e o dente adjacente.
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