TESTE FUNCIONAIS EM FISIOTERAPIA

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Matheus Bispo da Silva – Semiologia em Fisioterapia 
TESTE FUNCIONAIS EM FISIOTERAPIA 
- Testes funcionais são medidas dinâmicas unidas para avaliar a função de uma 
determinada parte do corpo. 
- É realizado no início da reabilitação como também para dar alta ao 
paciente/atleta. 
OBS: Teste clínico avalia estrutura do corpo que pode estar influenciando na 
função, indica apenas falha na função. 
OBS: Através da aplicação do teste funcional chega a uma disfunção e pode 
traçar uma conduta. 
• Funções avaliadas 
- Força muscular; 
- Mobilidade; 
- Flexibilidade; 
- Equilíbrio; 
- Estabilidade; 
- Resistência; 
- Controle neuromuscular; 
- Engrama sensório motor. 
- Vale destacar, que o teste funcional é escolhido e aplicado de acordo com o 
perfil do paciente, ou seja, sua demanda, pois cada um tem necessidades 
diferentes (solicitações de funções diferentes). 
Membros Inferiores 
1- Weight-Bearing Lung Test 
- Avalia a amplitude de movimento para dorsoflexão do tornozelo em CCF. 
- Pode ser realizado em pacientes e em atletas, especificamente para aqueles 
com fascite plantar, lesão condral ou tendinoso do joelho e fratura 
bimaleolar. 
 
- Paciente de frente para parede com o pé sobre uma fita métrica, sem retirar o 
calcanhar do solo, leva o joelho até a parede, caso o paciente não consiga 
realizar, devemos diminuir 1cm. 
- Do pé para a parede tem que ter de 10 a 12 cm (valores considerados normais). 
OBS: Depois de feito o teste funcional, deve-se avaliar flexibilidade de 
gastrocnêmio e Sóleo. 
Matheus Bispo da Silva – Semiologia em Fisioterapia 
2- Step Down Lateral 
- Avalia o padrão de movimento dos membros inferiores (tornozelo, joelho e 
quadril) e tronco em CCF em flexão. 
- Equipamentos: caixa de 20cm, caneta e câmara. 
- Toca o calcanhar no chão e volta, 5 repetições. 
 
- Possui um score de 0 a 6 pontos, em que se o paciente tiver contato do 
calcanhar com o chão, tirar a mão da cintura, fazer movimentos excessivos e ter 
queda do quadril (ficar assimétrico) irá receber 1 ponto por cada ocorrido, e se 
realizar valgo de joelho receberá 2 pontos. 
OBS: quanto mais alto o score, pior o quadro do paciente. 
3- Hop Test 
- Teste de salto que avalia potência, porém pode estar avaliando o salto 
horizontais e verticais de forma qualidade e quantitativa. 
• Salto Simples (Single hop) – Avalia a qualidade do salto do paciente, 
além de verificar a distância do salto. 
- Primeiro realiza com o MI normal e posterior com a lesionada (a diferença 
não pode ser maior que 10cm) 
 
• Salto Triplo (Triple hop) – Possui como publico alvo praticantes de 
esportes com saltos horizontais. 
 
• Salto Cruzado (Crossof) 
 
 
Matheus Bispo da Silva – Semiologia em Fisioterapia 
• Timed Hop – Marca 6m e ver quanto tempo o paciente leva para realizar 
o percurso. 
 
• Hop Test Vertical – Paciente salta três vezes e marca o maior salto. 
 
• Hop Test Lateral – Utilizados em atletas que utilizam deslocamento 
laterais. Marca 30cm de uma marcação para outra e deve-se realizar 10 
saltos e verifica o tempo da execução. 
 
• Hop Test Up-Down – é necessária uma caixa de 20cm (step) e o paciente 
deve realizar 10 saltos e o terapeuta analisar o tempo da execução. 
 
4- Landing Error Scorng System (LESS) 
- Avalia a qualidade do salto horizontal e vertical, além de avaliar o risco de lesão 
do LCA em atletas. 
 
5- Vertical Jump Test (tempo de vôo) 
- Mensura o tempo de fase aérea após o salto vertical, e está intimamente 
relacionado com a potência e performance esportiva. 
Matheus Bispo da Silva – Semiologia em Fisioterapia 
- Deve-se analisar a altura do salto, velocidade (tempo) e valgo do joelho. 
 
6- Y Balance Teste 
- Avalia a estabilidade do MMII durante gestos de grande amplitude, além de ser 
possível identificar alteração de mobilidade de tornozelo. 
 
OBS: Realiza o movimento uma vez para cada direção 
7- Unilateral Hip Bridge Endurance Test 
- Avalia clinicamente a estabilidade do CORE (glúteo médio e máximo, 
quadríceps e abdominais). 
 
- Paciente se deita na maca, realiza ponte e eleva uma perna durante 10 
segundos. O quadril (espinhas ilíacas) tem que manter-se assimétricas, se cair 
mais de 10 graus não está legal. 
8- Single Leg Bridge Test (Teste de ponte de perna única) 
- Avalia a capacidade dos isquiotibiais durante elevação pélvica unilateral. 
 
Matheus Bispo da Silva – Semiologia em Fisioterapia 
Membros Superiores 
1- Close Kinetic Clain Upper Extrenity Stability Test (CKCUEST) 
- Avalia capacidade funcional do MMSS em CCF, é muito utilizado em atletas. 
- São necessárias as mãos ficarem 91cm de distancia uma da outra, e homem 
fica com os joelhos estendidos enquanto a mulher fixa no chão. 
- Irá analisar quantos toques o atleta dá na mão contralateral dentro de um 
minuto. 
 
2- Seated Shot-Put (Arremesso de peso sentado) 
- Avalia força e capacidade funcional de MMSS em CCA de forma isolada. 
- Paciente sentado, encosta na parede e arremessa o peso, sem se afastar da 
parede, e verifica a distância do peso arremessado. 
 
OBS: Pode comparar um braço com o outro. 
3- One-Arm Hop Test (Teste de salto de um braço) 
- Avalia força explosiva e freio excêntrico do MMSS em CCF. 
- Teste utilizado em atletas com envolvimento dos MMSS e avaliação de 
performance (goleiro, nadadores). 
 
 
 
Matheus Bispo da Silva – Semiologia em Fisioterapia 
4- Upper Limb Totation Test (Teste de rotação do membro superior) 
- Avalia a estabilidade do ombro sobre sustentação de peso em posição de 
abdução e rotação externa de 90 graus. 
- Realiza 3x de 15 segundos. 
 
Idosos, Amputados e Pessoas com Déficit de Equilíbrio 
1- 30 Second Sit To Stand Test 
- Avalia força e resistência dos MMII durante atividade funcional de senta e 
levanta. 
- Cadeira com 45cm e cronometro para mensurar os 30 segundos que o paciente 
terá que sentar e levantar. 
- Falha no teste pode indicar aumento no risco de queda, dessa forma, deve-se 
avaliar os músculos glúteo máximo e médio e o quadríceps, além do 
condicionamento físico. 
 
2- Four Square Stet Test (Teste dos 4 quadrates) 
- Avalia a estabilidade, funcionalidade, equilíbrio e mobilidade. 
- Irá cronometrar o tempo que o paciente leva para fazer o teste, em que: 
* Idoso: o normal é menor que 15 segundos; 
* Amputados: o normal menor que 24 segundos; 
* Pacientes com alteração vestibular: o normal menor que 12 segundos.