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OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADE 1

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OBRIGAÇÕES – Classificações/Modalidades 
Quanto à PRESTAÇÃO (elemento objetivo): 
1. Obrigação Alternativa (Disjuntiva) = devedor tem duas ou mais obrigações ou prestações, ficando livre ou exonerado se cumprir uma das duas. Ex.: entregar um touro ‘ou’ uma caminhonete. A escolha pertence ao devedor, salvo estipulação em contrário no contrato, podendo ser o credor ou até um terceiro. (252,CC) 
· Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
INADIMIPLEMETO 
· Se o devedor não entregar um dos dois bens, sem ter agido com culpa (em decorrência de caso fortuito ou forca maior), não terá responsabilidade (393,CC).
· Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação. 
· Se por sua culpa dele (devedor) não puder entregar nenhum dos dois bens, ficará inadimplente, responde pelo bem (valor dele) e também por perdas e danos. 
2. Obrigação Cumulativa = devedor se obriga a realizar duas ou mais prestações decorrentes de uma mesma causa. Ex.: Entregar um carro ‘e’ uma moto, que foram vendidos; entregar um celular ‘e’ o fone. O devedor só se desonera/exonera, fica livre de cumprir a obrigação, ou seja, se entregar os dois bens. 
3. Obrigação Facultativa = devedor se obriga a entregar um objeto, que pode a seu critério ser substituído por outro. O devedor reserva a prerrogativa (ou direito) de substituir o objeto prometido. 
Ex.: Agência de Viagens (Ex.: CVC) que oferece ou se compromete a dar de brinde uma bolsa térmica ou diz que vai dar um brinde, mas como reservou o direito de substitui-lo (cláusula contratual ou observação), entregou um squeeze; Mac Donald vende o Mac Lanche Feliz com um brinquedo, que será o que tiver na hora da venda/entrega do produto/lanche, minion ou super-herói. 
4. Obrigação Simples (Singular): A prestação recai somente sobre uma coisa (certa ou incerta) e apenas sobre um ato (fazer ou não fazer), produzindo um único efeito. Tem uma prestação (objeto), um sujeito ativo e um sujeito passivo e o vínculo entre eles. Não há pluralidade de objetos nem de sujeitos. Ex.: maioria das obrigações. 
Quanto a divisibilidade 
1. Obrigação DIVISÍVEL – 257,CC = comporta fracionamento sem prejuízo de sua substância ou de seu valor. Havendo mais de um credor, cada credor pode exigir sua parte. Ex.: pagar 10 mil reais em 5 parcelas de 2 mil; entregar uma saca de milho (60 quilos) em 06 sacos de 10 quilos cada; entregar 100 cabeças de gado, 20 cabeças por dia;... 
2. Obrigação INDIVISÍVEL – 258,CC = ao contrário, não comporta fracionamento, porque ocorrerá prejuízo de sua substância ou natureza. Ex.: entregar um relógio de pulso vendido, não sendo possível partir o relógio porque obviamente ele não cumprirá com sua essência que é marcar a hora ou porque o relógio separado da pulseira não cumpri com a sua destinação que é ser de pulso; entregar uma casa vendida – porque é naturalmente impossível entregar a casa em partes; entregar carro vendido,...;... 
Espécies de indivisibilidade: 
a) Natural = pela natureza, essência do bem. Ex.: entregar um relógio, um cavalo, uma casa,... não dá para dividir ou fracionar tais objetos porquanto eles perderão sua essência ou destinação. 
b) Legal = quando a lei impõe, pela vontade do Estado, para proteger o objeto. Ex.: dívida de alimentos (não se pode pagar em parcelas); módulo/área rural mínima (não se pode vender área de terra menor do que 30 hectares = tal área é considerada a extensão mínima para o desenvolvimento de uma atividade rural); lote urbano mínimo (125m2 = tal área é considerada a extensão mínima para a construção de uma casa/moradia digna). 
c) Convencional = quando a vontade das partes assim define. Ex.: as partes definem que o pagamento de determinado valor, embora fracionável, deve ser pago à vista, por inteiro, integralmente. Deve ser cumprido a forma que foi ajustada para o pagamento. O credor não é obrigado a receber em partes o valor que deve ser pago à vista, em uma única vez. 
Algumas regras de indivisibilidade:
1. quando a obrigação/prestação é indivisível e houver pluralidade de devedores (2 ou mais devedores), cada devedor será responsável pela dívida toda, isso porque o objeto não pode ser dividido – 259,CC.
2. havendo obrigação/prestação indivisível, quando há pluralidade de devedores e de credores, poderá cada credor exigir a dívida toda ou inteira, mas os devedores ficam livres se pagarem conjuntamente ou se um devedor pagar a dívida toda ou inteira – sendo que os outros ficam devendo para ele – 260, CC. 
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: 
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. 
3. Havendo uma dívida/obrigação/prestação indivisível, se um dos credores perdoar (remitir / vem de remissão) a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros credores; mas estes só poderão exigir, descontada a quota do credor que perdoou / credor remitente (sem cobrar a parte perdoada) – 262, CC. 
Quanto aos SUJEITOS (elementos subjetivos)
· Obrigação Solidária Ativa ou Passiva = há pluralidade de sujeitos ativos (credores) ou passivos (devedores), os quais têm direitos e obrigações pelo total da dívida ou crédito. 
· *SOLIDARIEDADE não se presume, decorre da lei ou da vontade das partes (contrato) – 265,CC. 
Espécies: 
1. Obrigação Solidária ATIVA = quando há dois ou mais credores, podendo qualquer um deles receber ou cobrar a dívida toda – 267, CC.
Exemplos:
 a.- marido e mulher que abrem conta corrente conjunta no banco (assim eles são credores do banco, em relação aos valores lá depositados) – qualquer um deles pode movimentar a conta, inclusive sacar todo o valor lá depositado; 
b.- 10 alunos contratam um professor para dar aula de direito de reforço para um determinado concurso – assim cada aluno é credor do total da obrigação junto ao professor devedor, ou seja, cada aluno tem direito a 100% da aula e não somente a 10%. Os 10 alunos são credores da aula junto ao professor. (obrigação de fazer) 
10 alunos que contrataram o professor para dar aula (prestação de serviço- obrigação de fazer) alunos devedores do preço da aula e credor da aula) professor devedor da aula, e credor do preço.
c.- 3 irmãos vendem uma casa que herdaram do pai falecido por 400 mil reais, que serão pagos da seguinte forma pelo comprador: 80 mil reais à vista e 120 parcelas de 3,5 mil reais.
Irmão são devedores mais são credores do preço
A pessoa que irá comprar devedor do preço e credora receber a casa.
 Algumas regras / efeitos:
a) Cada credor pode receber ou cobrar a dívida toda (por inteiro) – mas depois deve se acertar com o/s outro/s credor/es (267, CC) – para que não caracterize enriquecimento sem causa; 
Se a dívida for divisível.
b) Qualquer credor pode entrar com medida assecuratória (ex.: notificação, que pode ser extrajudicial ou judicial = trata-se de uma carta/ofício ou petição avisando que o devedor deve pagar o valor devido) para constituir o devedor em mora (caracterizar o inadimplemento);
Visa assegurar determinado o objetivo, notificação, aviso.
Ex: medida assecuratória é para caracterizar o inadimplemento entre os 3 irmãos, notificação os 3 ou um deles, devendo o preço da casa o senhor não pagou, para provar na justiça, caso precise.
c) Enquanto não houver demanda (ação de cobrança ou de execução na Justiça) proposta por algum credor, o devedor poderá pagar a qualquer credor – 268, CC. Se houver ação, o devedor só poderá pagar ao credor autor da ação;
d) Se um dos credores falecer e deixar herdeiro/s, o crédito que cabe ao credor falecido passa para o/s herdeiro/s dele, dividindo-se conforme a quota de cada herdeiro na herança – 270, CC 
e) Convertendo-se a obrigação de fazer (prestar um serviço) em perdas e danos (no caso inadimplemento), subsiste a solidariedade para todos os efeitos – os valores de perdas e danos (indenização ou multa, correção monetária e juros de mora serãodivididos conf. a parte de cada credor - 271, CC);
f) O credor que remitir (perdoar) a dívida toda ou tiver recebido o pagamento integral, responde perante o/s outro/s credor/es, podendo esse/s outro/s credor/es entrar/em com ação de regresso contra aquele credor que perdoou ou recebeu a dívida toda– 272,CC.
Ter que acertar com os outros credores sendo que só ele perdoou. 
Se o falecido não deixar nenhum bem 
2.- Obrigação Solidária PASSIVA = quando há dois ou mais devedores, sendo que cada um responde pela dívida toda, como se único devedor fosse. 
Exemplos:
1.- locação = locatário (devedor principal) que alugou uma casa do locador proprietário e indicou como garantia um fiador – o locador/credor, no caso de inadimplemento, em regra pode cobrar tanto o locatário/devedor principal como o fiador (considerando que ele seja codevedor ou devedor solidário); 
2.- mútuo (empréstimo de dinheiro) = mutuário/devedor pega dinheiro emprestado com o banco/credor (mutuante é quem empresta) e dá como garantia um avalista – o banco/credor, no caso de inadimplemento, em regra pode cobrar tanto o mutuário/devedor principal como o avalista; 
Fiador são devedores solidários, mais próprio de contrato de locação.
Avalista mais próprio de contrato de comercial.
3.- Três amigos* causam conjuntamente danos morais (extrapatrimoniais, danos a honra, causando sensações negativas) a um amigo da escola (ex.: praticam bulling), com isso esses 3 amigos, causadores dos danos, ficam obrigados a indenizar o amigo lesado – vítima de bulling; *se forem menores, os pais respondem por eles.
 4.- Duas empresas que ao mesmo tempo jogam/descartam rejeitos (lixo ou água poluída) no córrego/rio, causando sério dano ambiental, assim as duas empresas ficam obrigadas a indenizar* a sociedade.
 *além de ser responsabilizadas por multa ou por crime ambiental. 
Algumas regras / Efeitos: 
a) O credor pode exigir/cobrar ou receber de um ou mais devedores a dívida toda ou parte dela, se o pagamento for parcial mantem-se a solidariedade quanto ao valor remanescente – 275,CC. Pode inclusive o credor escolher o devedor com melhores condições para pagar, enfim, com patrimônio para suportar a dívida; 
b) Se um dos devedores falecer, o/s herdeiro/s do devedor falecido deverá/ao pagar a dívida conforme sua quota/ parte na herança (de acordo com a força da herança ou com os bens deixados pelo falecido) – 276 e 1.997, CC; b 
c) Qualquer alteração posterior (acordo 6 ou um acerto) ao contrato feita por um devedor e o credor, que venha agravar (piorar ou aumentar a dívida) a situação dos demais (devedores), só terá validade se houver concordância destes, ou seja, de todos os devedores – 278, CC; 
d) O credor pode renunciar (abrir mão) ao seu crédito, a favor de um, de alguns ou de todos os devedores – 282, CC. Mas a renúncia não se confunde com remissão (perdão da dívida = extingue a dívida), porque o credor na renúncia pode cobrar o devedor caso se arrependa de ter renunciado;
 e) O devedor que paga a dívida por inteiro (valor total da dívida) tem direito de cobrar o/s outro/s devedor/es proporcionalmente ao que pagou – 283, CC; por meio da ação de regresso. 
Outras modalidades/classificações 
1.- Obrigação Propter Rem: 
recai sobre uma pessoa em razão de um direito real (propriedade) que ela tem sobre uma coisa. Também chamada de híbrida, porque tem um pouco de obrigação pessoal (convencional) e de obrigação real (da condição de proprietário). 
Ex.: do proprietário que deve respeitar os direitos de vizinhança (segurança, saúde e sossego – 1.277, CC); do condômino (dono de apartamento ou de casa em condomínio) de pagar a taxa condominial; do proprietário de um imóvel ou de um veículo automotivo de pagar o IPTU ou IPVA, respectivamente. 
2.- Obrigação Ambulatória: é aquela que tem como característica principal a transferência informal. Ambula ou circula facilmente. Pela simples tradição (pela entrega). 
Ex.: cheque ou nota promissória (títulos de crédito) ao portador (não nominal, ou seja, não é para uma pessoa em específico); ingresso de cinema/teatro/estádio/ginásio; passagem de ônibus – desde que não nominal. 
Obs.: tem doutrinador que considera que a obrigação propter rem é obrigação ambulatória.
 AULA 04
30/03/2022
TRANSMISSÃO DE OBRIGAÇÕES 
-Conceito = É o negócio jurídico bilateral ou negocial que transmite um direito ou dever do antecessor ao sucessor adquirente, a título gracioso ou oneroso. 
-Espécies = Cessão de crédito e Assunção de débito. 
1.- Cessão De Crédito – 286, CC
-Conceito: É o negócio jurídico bilateral em que o cedente (credor) transfere gratuitamente ou onerosamente no todo ou em parte determinado crédito e acessórios ao cessionário (3º), independente de consentimento do cedido (devedor) e sem que haja a extinção da obrigação. 
-Justificativa = visa estimular a circulação de riquezas, sobretudo de títulos de créditos (CH, NP, DU).
-Exemplos: uma pessoa transfere um cheque (inclusive pré ou pós-datado) a outra por tradição (ao portador) ou endosso (nominal); uma empresa transfere duplicatas / boletos ao banco (que vai receber e vai ou não repassar a empresa credora); uma pessoa que transfere nota promissória para outra pessoa por tradição ou endosso; um banco que transfere créditos ‘podres’ a uma cobradora / escritório de cobrança (ex.: Grupo Aval, aqui em Araçatuba); uma pessoa transfere precatório (crédito em face de um ente público) a uma empresa (que tem que pagar impostos ao ente público = Prefeitura, Estado ou União). 
-Partes = cedente (quem transfere / credor primitivo); cessionário (3º, adquirente ou comprador do crédito = novo credor) e cedido (devedor / não precisa dar anuência, mas precisa ser cientificado).
-Objeto = créditos de ordem patrimonial, exceto créditos de ordem pessoal, tais como: alimentos, salário, indenização por acidente de trabalho, crédito penhorado. 
-Exigências = capacidade plena do cedente e vênia conjugal / outorga uxória (se o cedente for casado – exceto se casado sob o regime de h n separação de bens), se se tratar de crédito imobiliário. 
-Modalidades
a) gratuita (similar a doação);
b) onerosa (similar a compra e venda), 
c) total (todo o crédito), 
d) parcial (parte do crédito), 
e) pro soluto (o cedente fica livre / exonerado, respondendo apenas pela existência e legalidade do crédito e não responde pelo pagamento do crédito) – no silêncio ou ausência de previsão expressa, essa é a regra;
f) pro solvendo (além da existência e legalidade, o cedente responde pela solvência do cedido (pagamento), ficando livre somente quando o cedido pagar. 
-Algumas regras 
1) Forma livre = não exige forma especial para ter validade entre as partes, salvo se envolver imóvel; (não há necessidade de ter um contrato )
2) Forma escrita = instrumento particular ou público (escritura), para ter validade contra terceiros – 288,CC. - (quando é documentado feito um contrato por um advogado ou no modo de escritura pelo cartório)
3) Título de Crédito = basta a tradição (título ao portador) ou endosso (título à ordem ou nominal); - endosso é quando é obrigado quem estiver passando o cheque a assinar atras com os dados pessoas como forma de ‘’garantia’’.
4) Notificação do devedor = é obrigatória e pode ser feita por Carta via Correios com AR ou por Carta via Cartório de Títulos e Documentos – 290,CC. Não sendo notificado / cientificado, o devedor fica livre para pagar ao credor primitivo, ficando desobrigado se assim pagar. 
5) Responsabilidade do cedente 
5.1 Responde pela existência do crédito (cessão onerosa ou de má-fé) – 295,CC; - responde por conta da validade do cheque. 
5.2 Não responde pela solvência do cedido devedor = pro soluto (regra), salvo estipulação em contrário – 296,CC. - Se voltar sem fundo ou não. 
5.3 Responde pela solvência do devedor = pro solvendo. - Se assinar atrás do cheque.
6. Crédito penhorado não pode ser cedido se o credor tem ciência da penhora, mas se o devedor não cientificado pagar ao credor primitivo fica exonerado ou livre – restando ao cessionário (novo credor) cobrar o credorprimitivo – 298, CC. 
2.- Assunção de Dívida ou Cessão de Débito – 299, CC
-Conceito: É o negócio jurídico bilateral pelo qual o cedente (devedor) com consentimento expresso do credor (cedido) transfere sua dívida a um terceiro (cessionário = novo devedor). 
-Partes: devedor primitivo ou originário (cedente), terceiro (assuntor, cessionário ou novo devedor) e o credor (cedido). 
· Ocorre a substituição do devedor sem haja alteração do vínculo obrigacional.
-Exemplos: mutuário da casa própria que vende a casa e transfere a dívida com o banco mutuante ao comprador / adquirente do imóvel hipotecado (novo devedor); dono de uma padaria que a vende e o comprador (novo devedor) assume todo passivo (dívida) da padaria (trespasse = 1.146,CC); dono de carro financiado que vende o carro e transfere a dívida ao comprador (novo devedor) com o banco financiador. 
-Espécies:
a) Por expromissão = é a assunção de dívida em que um terceiro (expromitente = novo devedor) e o credor acordam a substituição do devedor primitivo sem que ele saiba ou consinta. Ex.: pai (terceiro ou novo devedor) que vai ao banco (credor) e mediante acordo assume o lugar do filho devedor (originário / primitivo), sem que ele saiba ou consinta. Considerada rara, mas pode acontecer afinal o banco pode querer um devedor com capacidade financeira melhor do que o devedor primitivo. 
Não se confunde com Pagamento feito pelo 3º não interessado (as 3 formas). Não se confunde com Sub-rogação porque o pai não paga a dívida do filho, assume a dívida apenas. Não se confunde com Novação porque não é criado uma nova obrigação, a obrigação ou dívida é a mesma. 
b) Por delegação = é a assunção de dívida em que o devedor (delegante) com consentimento expresso do credor indica terceiro (delegatário = novo devedor) para assumir o seu lugar na obrigação. Ex.: vide exemplos citados logo após o conceito de assunção. Essa assunção de dívida é a mais frequente. 
Algumas regras / Efeitos:
Liberatório = Exonera o devedor primitivo (cedente) em regra. O devedor só não fica liberado / exonerado se o terceiro (novo devedor) era insolvente e o credor ignorava – 299,CC;
Anuência Expressa do Credor = é obrigatória, podendo ser estipulado prazo para o credor consentir, se não se manifestar dentro do prazo (seu silêncio ou sua inércia) presume-se sua recusa (não aceitação) - 299,§ único, CC;
Garantia = salvo expressa concordância do devedor a garantia (fiança, aval, penhor, hipoteca, alienação fiduciária) se extingue com a assunção ou cessão de débito – 300,CC
Contrato de gaveta: sem o credor saber. 
Exceções Pessoais = o cessionário ou o novo devedor não pode alegar ou opor ao credor as exceções pessoais (por ex.: vícios de consentimento = erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo) que cabiam ao devedor primitivo – 302,CC;
Compra e venda de dívida devedor para outro devedor. Não pode opor ao que já está feito pelos aceitaram o contrato, apesar de a divida ser a mesma o que muda e que será outro devedor. 
Adquirente de imóvel hipotecado = pode assumir o pagamento da dívida (crédito garantido), tornando-se novo devedor, caso o credor (banco) apesar de notificado não impugnar em 30 dias a assunção de dívida – 303, CC.
Uma pessoa que está comprando uma casa hipotecada pelo banco.
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento.
06/04/2022
 ADIMPLEMENTO / PAGAMENTO
-Inicialmente não se pode esquecer que a concepção de pagamento / adimplemento deve ser entendida ou compreendida sempre no sentido amplo (lato sensu), ou seja, de extinção da obrigação (prestação).
-PAGAMENTO OU ADIMPLEMENTO pode ser:
DIRETO (Quem deve pagar, A quem se deve pagar, Objeto, Prova, Lugar e Tempo)
INDIRETO (Consignação, Sub-rogação, Imputação, Dação, Novação, Compensação, Confusão e Remissão) 
· PAGAMENTO DIRETO
1.- QUEM DEVE PAGAR – 304, CC
-Segundo o art. 304, caput, CC, qualquer interessado pode pagar ou cumprir uma obrigação, mas por óbvio o devedor é o principal, ou seja, o solvens. 
Qualquer interessado: terceiro, ele está fora da relação credor e devedor. 
Terceiro interessado interesse jurídico- fiador, avalista.
Terceiro não interessado: não tem interesse jurídico: pai. (afetivo) 
Banco sai da relação 
-O § único do art. 304 do CC assevera que qualquer interessado na extinção da dívida, ou seja, o 3º não interessado ou o 3º interessado pode pagar.
2.- A QUEM SE DEVE PAGAR – 308, CC
-O credor ou accipiens por obvio é quem deve pagar, mas também pode ser o seu representante legal ou contratual (115, CC). 
a) Legal = pais
b) Contratual (Mandatário = quem tem/recebe procuração), enfim, aquele que foi escolhido pelo credor, Ex.: diretor, administrador, gerente, funcionário, ... de empresa.
Mandato é um contrato de representação
Procuração é um instrumento que documenta o contrato.
Procuração legitima a pessoa receber por outro. 
c) Judicial = tutor ou curador 
3.- OBJETO DO PAGAMENTO – 313, CC
-O objeto de pagamento é a PRESTAÇÃO. 
-O foco nosso é prestação de dar/entregar a quantia ou valor devido, enfim, a prestação em dinheiro, mas naturalmente pode ser prestação de dar/entregar bem ou coisa devida, de fazer (prestar um serviço, executar uma tarefa) ou de não fazer (abster-se de determinado ato). Tem uma obrigação.
-Prestação diversa = em regra o credor não é obrigado a receber prestação diversa daquela que lhe é devida, ainda que mais valiosa – 313, CC. Mas o credor pode aceitar, porque as vezes é melhor receber algo do que não receber nada, sendo que nesse caso ocorrerá dação em pagamento – 356, CC. 
Quantia devida entregando um objeto, entregando no lugar. PODE DESDE QUE O CREDOR ACEITE.
Ex.: devedor deve 5 mil em dinheiro e oferece como pagamento ao seu credor a entrega de um moto BIZ. Caso o credor aceitar, ocorrerá uma dação em pagamento credor acaba aceitando receber o dinheiro invés da moto ou ao contrário. 
4.- PROVA DO PAGAMENTO – 319, CC
-É a quitação ou recibo. É direito do devedor ao pagar ou cumprir sua obrigação e dever do credor ao receber. 
Caso não seja fornecido recibo ou quitação, o devedor pode reter o pagamento (não fazer o pagamento). Se persistir tal situação, para evitar inadimplemento, o devedor deverá pagar por meio de consignação em pagamento (depósito bancário ou judicial do valor ou da coisa devida) – que será estudado mais adiante. 
-Requisitos da quitação ou recibo, que pode ser por instrumento particular – 320, CC: a) valor pago; b) espécie de dívida; c) nome do devedor ou do 3º que pagou; d) local e data; e) nome e assinatura do credor ou de seu representante.
-A falta de um ou outro requisito aliado às circunstâncias pode provar pagamento (§ único, 320, CC). Tendo o recibo o valor pago e a assinatura do credor presume-se pagamento até prova em contrário.
5.- LUGAR DO PAGAMENTO – 327, CC
Não faz sentido o devedor ir até o credor sendo que hoje existe pix. 
-Em regra o pagamento deve ser no domicílio do devedor (o credor deve ir cobrar o devedor), sendo nesse caso uma Dívida Querable ou Quesível – salvo: ajuste entre as partes, disposição legal (alimentos devem ser pagos no domicílio do credor), a natureza da obrigação ou as circunstâncias.
-Caso o pagamento seja ajustado para domicílio do credor a dívida será Portable ou Portável (o devedor deve ir até o credor para pagar). É uma exceção à regra. 
6.- DO TEMPO DO PAGAMENTO – 331, CC
· Prazo para o pagamento, paga sua dívida não ficar inadimplente. Vontade das partes. Dívida exigível de imediato, prestou você pode cobrar. Se for combinado parcelado, respeita.
-É o momento / data / prazo / vencimento para pagamento da dívida ou cumprimento da obrigação. 
-Em regra a dívida pode ser cobrada ou exigida de imediato pelo credor, salvo ajuste entre as partes ou disposição legal em contrário. 
-O comum é que a obrigação ou dívida tenha vencimento ou data para pagamento ajustado pelas partes. 
Não havendo ajuste de prazo para pagamento,o credor deve notificar o devedor definindo prazo para pagamento – 397, CC. Se o devedor não pagar, ficará em mora ou inadimplente, devendo responder por perdas e danos
· As partes devem ajustar, não tenha prazo para o cumprimento, tem que definir um prazo. Pagamento é mais abrangente, pagamento da devolução da casa. 
· Exemplo: emprestei a casa para amigo depois eu posso ir lá e devolver a casa. 
· Empréstimo e a casa para morar, não de imediato, prazo, tempo necessário. Uma vez que eu chego e aviso sobre o prazo. 
 (exemplo: prestação de serviço) ou por multa, correção monetária, juros de mora e honorários advocatícios (pagamento em dinheiro). 
-Tempo de pagamento da Obrigação Condicional – 332, CC (vinculada a fato futuro e incerto) = o pagamento ou cumprimento se dá quando ocorrer o implemento da condição, enfim quando ocorrer o fato futuro e incerto – cabendo ao devedor avisar o credor. 
Ex.: seguro de carro, quando houver o sinistro (colisão/batida), o segurado (credor) deve acionar a seguradora (devedora) para ela pagar a indenização referente o conserto do carro. 
· Obrigação condicional: passar na faculdade, o cumprimento da obrigação, o que você estabeleceu, fato futuro e incerto. 
A regra é que o credor só pode cobrar a obrigação ou dívida após o prazo ajustado/vencimento. Mas, há casos em que o credor poderá cobrar antecipadamente a obrigação ou dívida – 333, CC.
Será que preciso do caso de obrigações não vencidas, posso cobrar antecipadamente, NÃO, uma dívida só pode ser cobrada só quando vencida. Só nos artigos 333, quando um devedor falir insolvente
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código:
I - No caso de falência do devedor, ou de concurso de credores;
II - Se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor;
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
20/04/2022
PAGAMENTO INDIRETO
O termo ‘pagamento’ deve ser compreendido no sentido lato sensu (amplo), sentido de cumprimento, adimplemento ou extinção de obrigação. 
Pagamento indireto, por sua vez, é um modo alternativo (diferenciado) de cumprimento, adimplemento ou extinção de uma dívida ou obrigação.
1.- CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO – 334, CC
· Uma alternativa para o credor que quer pagar e não está conseguindo. Ou porque está viajando, morrer ou simplesmente ``sumiu´´ e ninguém sabe onde está. Pode ser feito consignação deposito bancário ou judicialmente.
· Pois mesmo que não consiga contato com o credor não significa que você não precisa pagar, pois quando o credor vir te cobrar pode cobrar juros, correção monetária.
· DEPOSITO BANCARIO: em caso de consignação é diferente do comum pois consignado você precisa ter endereço do credor.
-Conceito: É o pagamento modo indireto pelo qual o devedor (ou qualquer interessado) entrega a favor do credor (ou representante) a coisa devida, por meio de depósito bancário ou judicial, diante de algum impedimento ou fato autorizador, a fim de evitar inadimplemento e extinguir sua obrigação. 
É um remédio jurídico ou prerrogativa do devedor (ou qualquer interessado) que quer pagar e não consegue por culpa do credor ou algum outro motivo. 
-Objetivos = evitar os efeitos do inadimplemento, extinguir a obrigação ou dívida e liberar ou exonerar o devedor ou 3º. 
-Objeto/Coisa Devida (Arts. 341 e 342, CC):
a) Fungível: quando for um objeto substituível por outro da mesma quantidade, qualidade e gênero (Art. 342, CC), p/ ex.: dinheiro, 100 quilos de arroz, 200 sacas de café etc.;
b) Infungível: quando for um objeto insubstituível, móvel ou imóvel (Art. 341, CC);
OBS: A consignação em pagamento não pode ser utilizada para obrigação de fazer ou não fazer, pode apenas para obrigação de dar/entregar.
-Fatos, causas ou circunstâncias que autorizam a Consignação (Art. 335, CC):
O Art. 335 do CC (abaixo transcrito, ipsis litteris) estabelece um rol de fatos ou circunstâncias que autorizam a consignação de pagamento:
CC, Art. 335. A consignação tem lugar:
I - Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - Se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Atualmente, a doutrina dominante entende que o rol do Art. 335 do CC é não taxativo (exemplificativo), podendo, portanto, existir outros fatos que autorizem a consignação de pagamento.
2.-SUB-ROGAÇÃO
-Conceito (346, CC): é o pagamento pelo qual terceiro (interessado ou não interessado) paga dívida alheia ou empresta o valor necessário para pagamento, tornando-se novo credor. Trata-se de uma substituição do credor. Substituição: a sub-rogação objeto do nosso estudo consiste em uma substituição de pessoa (pessoal) e não de objeto (real)
Espécies:	
1.- Legal (346, I, II e III, CC): se opera de pleno direito (é automática) e independe da vontade das partes. Não precisa de termo de sub-rogação. 
 
 
3º NÃO INT. 
PAI = NOVO CREDOR (mutuante)
3.-IMPUTAÇÃO - 352, CC
-Advém do verbo imputar = indicar ou escolher. 
-Conceito: é o pagamento modo indireto em que o devedor tendo 2 ou mais débitos com um mesmo credor, de mesma natureza, líquidos e vencidos, não tendo o valor suficiente para pagar o valor total, indica ou escolhe qual desses débitos oferece pagamento. 
-OBS.: A imputação só se justifica quando o devedor não tem o valor total para pagar tudo o que deve ao credor.
 
- Requisitos: os débitos devem ser: 
a) De mesma natureza (fungíveis) = ex.: todos prestação em dinheiro; 
b) Líquidos (com valor nominal, preciso, conhecido – que não necessita de cálculo/apuração); 
c) Vencidos (atrasados/exigíveis); 
Ex.:
DEV. 
 CRED.
15 mil reais 
1ª. Dívida = 8 mil reais = vencida 10/12/19 (fica devendo 3 mil reais)
2ª. Dívida = 5 mil reais = vencida 10/08/19
3ª. Dívida = 10 mil reais = vencida 10/07/19 (tem garantia = avalista)
4ª. Dívida = 2 mil reais = vencida 10/02/20
-total devido 25 mil reais
4.-DAÇÃO - 356,CC
O termo dação vem do ver dar = dar em pagamento. 
-Conceito: é o pagamento modo indireto pelo qual o devedor oferece prestação diversa daquela que é devida ao credor, que aceita ao emitir quitação. Consiste em “datio in solution” – dar como solução.
Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
-A dação resulta de uma convenção entre credor e devedor, pois o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que de maior valor, conforme o princípio obrigacional do art. 313, do CC. A dação em pagamento = trata-se, pois, de exceção a este princípio.
-Ex: Sujeito deve 5 mil reais e oferece como pagamento uma moto e o credor aceita; Sujeito deve 100 mil reais e oferece como pagamento um terreno e o credor aceita; Sujeito deve 10 mil reais e oferece como pagamento uma prestação de serviço (pintar casa) e o credor aceita. 
5.-NOVAÇÃO - 360,CC
-Origem: Tem origem na conjugação dos termos: 
nova + obrigação.
-Conceito: É o pagamento modo indireto em que ocorre a criação de uma nova obrigação, pela substituição do objeto ou pela substituição do devedor ou do credor, a fim de substituir e extinguir a obrigação anterior/primitiva. 
-Animus Novandi (361, CC): A novação é caracterizada pelo ânimo ou vontade de criar uma nova obrigação, ou seja, a essência da novação é a intenção de novar. ELEMENTO ABSTRATO. 
-Situações que não induzem/caracterizam novação: 
a) Dilação (aumento)do prazo/parcelas para pagamento;
b) Parcelamento puro da dívida;
c) Inclusão de cláusula penal;
d) Alteração do lugar/modo de pagamento;
e) Acréscimo ou substituição de garantia.
*Normalmente essas situações são realizadas por meio de TERMO DE ADITAMENTO. São meras facilidades/ liberalidades que não caracterizam novação, principalmente se tidas isoladamente. Essas situações não promovem alterações substanciais, permanecendo a mesma dívida/obrigação. 
-OBS. FINAL: Não se confunde NOVAÇÃO com Dação, com Assunção de dívida, com Sub-rogação, ou Cessão de crédito, porque na NOVAÇÃO sempre vai haver o ANIMUS NOVANDI e nos outros institutos a dívida/ obrigação continua a mesma.
6.-COMPENSAÇÃO - 368,CC
-Conceito: é o pagamento modo indireto em que duas pessoas são ao mesmo tempo credora e devedora uma da outra, extinguindo-se as obrigações até onde elas se compensarem. Ou seja, até onde as dívidas recíprocas se contrabalançam. 
Pode haver compensação mesmo que os valores sejam desiguais. Ex.: ‘A’ deve 10 mil reais a ‘B’ e ‘B’ deve 8 mil reais a ‘A’. Eles podem compensar até 8 mil, sendo que ‘A’ terá que pagar 2 mil reais a ‘B’. 	
-Objetivo: evitar o pagamento duplo, desnecessário. Afinal de contas, pensando no exemplo acima, quem garante que se ‘A’ pagar a ‘B’, ‘B’ irá pagar ‘A’. Então, a compensação se impõe, desde que preenchidos os requisitos legais. 
-Espécies:
1.- Legal
-Ocorre por força da lei (independe da vontade das partes) e se opera de pleno direito (é automática).
2.- Convencional 
-Decorre da vontade das partes (não é automática) e também deve ser formalizada por Termo de Compensação;
-Não se exige os requisitos da Compensação Legal, basta a reciprocidade de débito e crédito;
3.- Judicial:
-Exige os mesmos requisitos da compensação legal = dívidas fungíveis, dívidas líquidas e dívidas vencidas.
-Ocorre sempre por meio de sentença/decisão judicial = nos casos em que o Juiz reconhece ou declara a compensação em uma Ação Declaratória, em uma Ação de Cobrança (Contestação/Reconvenção); ou em uma Ação de Execução (Embargos à Execução).
-Toda compensação judicial é legal. O contrário, não. Nem toda compensação legal será judicial. Isso porque a compensação legal pode ser reconhecida pelas partes, por termo de compensação. 
7.-CONFUSÃO (381,CC)
- Conceito: é o pagamento modo indireto em que se reúnem as qualidades de credor e devedor numa mesma pessoa, extinguindo-se a obrigação/dívida. 
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. 
Exemplos: 
1) Filho único (herdeiro único) deve uma grana (dinheiro) para o pai e, depois, o pai morre. Com a morte do pai, o filho/ herdeiro único herda os bens deixados pelo pai, inclusive o crédito que o pai tinha com ele. Neste caso, o filho se torna devedor e credor dele mesmo, ou seja, ocorre uma confusão. 
2) Empresa ‘A’ deve uma grana (dinheiro) para a Empresa ‘B’, em seguida a Empresa ‘A’ compra a Empresa ‘B’. Isto é, se torna uma empresa só, devedora e credora dela mesmo. Trata-se de uma confusão inter vivos. 
3) Noivo deve uma grana (dinheiro) para a Noiva e, em seguida, casam-se sob o regime da comunhão UNIVERSAL de bens. Neste caso o Noivo passa a ser devedor e credor dele mesmo, pelo menos em metade do que ele devia a Noiva. Trata-se também de uma confusão inter vivos. 
-CESSAÇÃO DA CONFUSÃO: Ocorrendo a cessação (FIM) da causa que gerou a confusão = que gerou efeito de pagamento, RESTABELECE-SE A OBRIGAÇÃO ANTERIOR OU PRIMITIVA. 
Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior. 
8.-REMISSÃO (385,CC)
- Conceito: = é o pagamento modo indireto em que o credor PERDOA a obrigação/dívida do devedor, que aceita, extinguindo-se a obrigação/dívida. 
O credor livremente / espontaneamente exonera ou libera o devedor de pagar a dívida. Só pode recair sobre direitos patrimoniais disponíveis, normalmente dinheiro. Por exemplo, não se pode perdoar dívida de alimentos, pelo menos em tese. Na prática ocorre a renúncia, que não é a mesma coisa que remissão. Na renúncia a dívida não se extingue. 
Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro*.
*Terceiro = fiador, avalista, co-devedor, co-credor. 
-ACEITAÇÃO DO DEVEDOR: É essencial. 
Obs.2 = Remissão ≠ Renúncia:
 Renúncia propriamente dita = ABRIR 					MÃO DE UMA DÍVIDA
-Renúncia (gênero)
 Remissão é espécie de renúncia*
*Mas tem diferenças: 
-Renúncia = é ato UNILATERAL e não requer aceitação do devedor. Nada impede que o credor queira cobrar o devedor posteriormente;
-Remissão = é ato BILATERAL e EXIGE ACEITAÇÃO DO DEVEDOR, extinguindo a dívida, não podendo ser cobrada posteriormente; 
-Renúncia = serve também para outros direitos (p/ ex.: herança, alimentos*(?);
*Há discussão se alimentos podem ser renunciados. Tem sido bem aceito pela doutrina e pela jurisprudência. 
-Remissão = só para direitos patrimoniais disponíveis (econômicos) = ex.: dívida em dinheiro;
-Renúncia = nada impede que o credor cobre a dívida depois de renunciar – desde que antes de prescrever = desde que antes de se tornar inexigível juridicamente;
-Remissão = o credor não poderá cobrar mais a dívida/obrigação, afinal ela foi extinta.
 
 40 mil = garantia 
DEV. CRED. 1 
 Pagto = 
 70 mil CRED. 2 Sub-roga- 
 ção Legal 
 
 110 mil 
 
 
DEV. CRED. HIPOT. = 
Vendedor C.V. de casa com Financiamento Banco 
 Saldo devedor = 100 mil reais 
 Compra e Venda 
 da casa hipotecada Pagto. = Sub-rogação legal 
 por 500 mil reais de 100 mil reais 
 
 
3º INT. 
ADQ. IMÓV. HIPOT . 
= NOVO CREDOR 
 
LOCATÁRIO LOCADOR 
Sub-locador 
 
 
 Sub-locação = Pagto. = Sub-rogação legal 
 Compensação (para não ser despejado = 
 privado) 
 
3º INT. 
Sub-locatário = mora na casa 
= NOVO CREDOR 
 LOCATÁRIO LOCADOR 
Afiançado/ CREDOR 
DEVEDOR Avalizado 
 
 
 
 Fiança / Aval Pagamento = Sub-rogação legal 
 
 
 
3º INT. 
Fiador / Avalista 
= NOVO CREDOR 
2.- Convencional (347, I e II, CC): depende da vontade das partes . O 
terceiro (não interessado normalmente ) não tem relação obrigacional 
alguma com o devedor ou com o credor. Deve ser feito um termo de 
sub-rogação. 
 
FILHO DEVEDOR CREDOR BANCO 
 
 
 
 Pagto. da dívida do filho = 
 Sub-rogação convencional 
 (equipara-se à cessão de crédito) 
 (equivale ao Pagto Direto, 3ª forma) 
 
3º NÃO INT. 
PAI = NOVO CREDOR 
 
FILHO DEVEDOR CREDOR BANCO 
 (mutuário) Pagamento 
 
 
 Empréstimo= mútuo 
 Sub-rogação convencional

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