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Unidade 4 - Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais

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Diverdidade 
Étnico-Cultural
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Vivian Fiori
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais
• Culturas Urbana e Rural
• Cultura(s) Urbana
• Cultura e Modo de Vida no Campo
• Territorialidades Negras e Quilombolas
 · Analisar alguns aspectos da cultura urbana, rural e das comunidades 
tradicionais, principalmente no Brasil.
 · Discutir sobre os povos indígenas e quilombolas.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Cultura Urbana, Rural e as 
Comunidades Tradicionais
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais
Culturas Urbana e Rural
No mundo atual, cada vez mais integrado e global, as culturas urbana e rural, 
em muitos casos, fundem-se, hibridizam-se ou influenciam umas as outras. 
Assim, quando dizemos que esta Unidade tratará do tema cultura urbana e do 
campo, significa que no mundo atual, cada vez mais integrado do ponto de 
vista da informação, da circulação de ideias, da criação de redes sociais, que as 
culturas urbana e rural estão cada vez mais inter-relacionadas. No entanto, é fato 
também que existem características que são específicas de cada cultura, por isso 
vamos destacá-las.
Questões sobre os estilos de vida e a cultura em espaços urbanos e rurais 
são estudadas por antropólogos, geógrafos, sociólogos, linguistas, etnógrafos, 
historiadores, entre outras áreas do conhecimento. 
Importante!
Que etnografia é um ramo da Antropologia que busca descrever as tradições e culturas 
dos povos, mediante coleta de dados, análises e interpretações, principalmente a partir 
de trabalho de campo feito por um antropólogo? 
Não se deve considerar a etnografia como descrição de raças ou da cor da pele. Desse 
modo, não existe cultura do negro e do branco, pois cor da pele e/ou raça não é a mesma 
coisa que cultura. 
Você Sabia?
A cultura tem relação com o homem, com o tempo, com o ambiente no qual vive 
e sua comunidade ou grupo. Como explicam os pesquisadores, usando informações 
de Paulo Bernardi (1974, p. 55) sobre a interação entre esses elementos, temos que
[...] o anthropos, ou seja, o homem na sua realidade individual e pessoal; 
o ethnos, comunidade ou povo entendido como associação estruturada de 
indivíduos; o oikos, o ambiente natural e cósmico dentro do qual o homem 
se encontra a atuar; o chronos, o tempo, condição ao longo do qual, em 
continuidade de sucessão, se desenvolve a atividade humana. Acrescenta 
que um fator por si só não constitui a cultura, mas a ação dos quatro fatores 
é uma constante no processo cultural. Cada ação do indivíduo único, 
mesmo sendo novo, original ou importante, estaria destinada a perder-se 
ou apagar-se se não fosse apropriada pela coletividade, articulada num 
conjunto orgânico e transmitida como parte do patrimônio comum.
Trata-se, portanto, de uma interação entre os elementos do tempo, da etnia, da 
comunidade, do ambiente que caracterizam uma determinada cultura.
Considera-se também que as formas de existência dos grupos sociais – classes, 
castas e/ou outras formas de estratificação ou hierarquia social – contribuem 
também para certos hábitos, costumes, modos de vida que lhe são peculiares – de 
formas de expressão, hábitos de consumo, alimentação etc.
8
9
Não se trata de ser melhor ou pior, de valorizar essa ou aquela forma de cultura, 
por exemplo, se da cultura popular ou da elite, mas há condições ou características 
bem díspares entre as quais. 
Do mesmo modo, a vida no campo ou das comunidades tradicionais tem algumas 
especificidades. Entende-se por comunidades tradicionais aquelas que foram menos 
influenciadas por modos capitalistas de vida, universais. É o caso dos povos indígenas, 
das comunidades quilombolas, caiçaras, dos faxinais no Sul do Brasil. 
Importante!
Que os faxinais, por exemplo, constituem-se em comunidades tradicionais que vivem no 
Centro-Sul do Paraná? Que são formadas por famílias e povos que vivem de atividades 
no campo e cujos ascendentes eram povos camponeses que buscavam preservar sua 
forma de vida – de reprodução social – mediante uma maneira comunal de viver?
Leia a explicação dos cientistas sociais sobre o tema:
Tais comunidades possuem formas peculiares de apropriação do território 
tradicional, baseadas no uso comunal das áreas de criadouros de animais, 
recursos florestais e hídricos e no uso privado das áreas de lavoura, onde é 
praticada a policultura alimentar de subsistência com venda de pequeno 
excedente. Baseados em normas de conduta e de uso ambiental próprias, 
sobretudo na combinação de uso comum e privado dos recursos naturais, 
os faxinais são considerados uma forma de organização camponesa 
diferenciada no Sul do País (ROCHA; MARTINS, 2007, p. 209). 
Há um criadouro comunitário, com uso comum das pastagens, sendo que nesse espaço 
cercado encontram-se algumas residências com pequenos quintais e produção de 
hortaliças e agricultura de subsistência. Ao lado dessa área comum, há os complexos 
faxinais com agricultura, principalmente de milho, arroz e feijão. Buscam, assim, 
preservar seu direito étnico-cultural de estabelecer relações comunais, do trabalho em 
conjunto, de mutirões. 
Você Sabia?
Já o modo de vida urbano, principalmente nas grandes cidades e metrópoles, 
sofre inúmeras influências da indústria cultural, do processo capitalista. Não 
significa, no entanto, que inexistam contra racionalidades. É o caso de movimentos 
de contracultura de caráter eminentemente urbano. Há, de fato, identidades 
urbanas, caso de punks, skinheads, góticos, hip hop, rappers, grafiteiros, entre 
tantas outras manifestações relacionadas às formas de arte e expressão, bem como 
multiplicidade de identidades nas metrópoles do mundo e no Brasil. 
9
UNIDADE Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais
Figuras 1 e 2 – Algumas identidades urbanas
 Fontes: Wikimedia/Commons e Istock/Getty Images
Cultura(s) Urbana
Compreende-sepor cultura(s) urbana as formas de manifestação cultural, 
artística, esportiva, de expressão típicas das áreas urbanas. 
Alguns autores denominam tribos urbanas – termo este cunhado pelo sociólogo 
francês Michel Maffesoli – para os microgrupos que têm como premissa a interação 
social entre amigos e/ou de grupos com o mesmo gosto musical, de pensamento, 
formas de se vestir, preferência artística em comum, entre outros aspectos. Assim, 
teríamos como exemplo os grupos de hip hop. 
Outros definem que o termo tribo urbana não é adequado, pois o conceito de 
tribo deve estar associado aos povos tradicionais que vivem de maneira tribal, caso 
de alguns povos indígenas e de nativos africanos, por exemplo.
Para o antropólogo Magnani (1996) o termo tribo urbana é uma metáfora – e 
não um conceito –, porque emprestado das sociedades indígenas e outras não cabe 
usá-lo para as identidades socioculturais existentes no espaço urbano. 
Identidades urbanas, como roqueiros e góticos, criam espaços de convivência 
e modos de se vestir que são peculiares ao grupo, formulando uma identidade 
cultural tipicamente urbana. 
Importante!
Tribo versus tribo urbana?
[...] pode-se dizer que tribo constitui uma forma de organização mais ampla 
que vai além das divisões de clã ou linhagem (parentesco) de um lado e da 
aldeia de outro. Trata-se de um pacto que aciona lealdades para além dos 
particularismos de grupos domésticos locais. E o que vem à mente quando se 
fala em “tribos urbanas”? Exatamente o contrário dessa acepção: pensa-se logo 
em pequenos grupos bem delimitados, com regras e costumes particulares 
em contraste com o caráter homogêneo e massificado que comumente se 
atribui ao estilo de vida nas grandes cidades (MAGNANI, 1996, p. 49-50).
Trocando ideias...
10
11
Importante ressaltar que um adepto de estilo gótico, por exemplo, pode se 
expressar como tal, por meio de sua vestimenta, forma de pensamento, hábitos, 
gosto musical etc.; de outro, no cotidiano, não se relaciona somente com góticos, 
pois pode trabalhar em uma empresa com diferentes pessoas, as quais com gostos 
e interesses culturais específicos e distintos entre si. 
Daí a multidimensionalidade existente nas áreas urbanas, principalmente nas 
grandes metrópoles, onde em cada esquina encontramos tipos diferentes de 
culturas, espaços específicos para tais identidades urbanas. Por isso, a vida nas 
metrópoles é mais complexa, havendo um “bombardeio” diário de informações 
sobre maneiras de se vestir, de gostos que são muito variados.
Nas metrópoles, caso de São Paulo, Nova Iorque, Londres e Tóquio, percebe-se 
que existem vários grupos ou microgrupos que têm identidades urbanas próprias, 
caso dos adeptos do punk, do funk, do hip hop, da arte de rua, do samba, entre 
tantas outras manifestações.
O hip hop, por exemplo, é um movimento sociocultural urbano, cuja origem se 
deu em Nova Iorque, nas comunidades afrodescendentes e latinas, constituído de 
música, dança, pintura e poesia. Tal movimento se espalhou mundo afora, tornando-
se comum em periferias como as de São Paulo, por exemplo, principalmente entre 
os jovens. O hip hop é composto do Rhythm and Poetry (RAP) – ritmo e poesia –, 
do Disc-Jockey (DJ) – artista que cria os sons das batidas do hip hop –, do grafite 
e da breakdance – dança de rua. 
Nas metrópoles há heterogeneidade de manifestações culturais, uma especia-
lização de atividades e serviços relacionados à cultura artística, uma divisão social 
mais complexa, com grande diversidade étnica, cultural e de identidades urbanas, 
inclusive, de microgrupos. 
Figura 3 – Grafi te, arte pop urbana de rua
Fonte: Istock/Getty Images 
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UNIDADE Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais
O grafite está entre as formas de arte urbana que vem se disseminando nas 
grandes cidades, ganhando status nos últimos anos como arte de vanguarda e 
tendo, inclusive, apoio de iniciativas públicas e privadas para grafitar paredes 
também públicas e privadas, como forma de expressão de arte de rua. 
Grafite é um termo que deriva do latim grafitti e no período do Império Romano 
era denominação para as inscrições nas paredes de Roma e, a partir da década de 
1990, foi se transformando em arte pop urbana de rua. 
Outros estudos de cultura urbana estão relacionados às formas de apropriação 
do espaço das cidades por diferentes grupos raciais e étnicos, caso dos bairros 
típicos de imigrantes comuns em grandes cidades, que trazem consigo um pouco 
de sua cultura, criando um enclave cultural típico. É o caso dos bairros denominados 
Chinatown, em Los Angeles, Estados Unidos, onde há grupos de chineses vivendo 
e dando características asiáticas com suas lojas e restaurantes. Há também bairros 
de judeus, latinos, indianos, entre outros, em Nova Iorque, Londres, Paris e em 
outras metrópoles. 
Figura 4 - Chinatown nos Estados Unidos
Fonte: Istock/Getty Images
Alguns autores denominam tais enclaves de guetos urbanos quando esses 
bairros ou espaços são discriminados e desprovidos de infraestrutura urbana ou 
segregados socialmente. Um desses pesquisadores é Wacquant, como cita Frugoli 
Jr. (2005, p. 147): 
Wacquant, sociólogo que, a partir de ampla pesquisa etnográfica sobre um 
gueto negro de Chicago (1996), propôs uma concepção institucionalista 
do gueto enquanto conceito, que envolveria uma formação étnico-racial 
objetivamente inscrita no espaço, com uma população negativamente 
tipificada e o desenvolvimento de “instituições paralelas”, opondo-se 
claramente às visões de desorganização atribuída aos mesmos e ressaltando 
seus princípios constitutivos em meio a diversas coações estruturais, com 
a existência de uma racionalidade social local e regular. 
12
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Nos Estados Unidos, os modos de vida dos negros e da cultura norte-americana 
dos afrodescendentes deu origem a um estilo de vida que se contrapõe ao dos 
norte-americanos brancos e com melhor condição socioeconômica. Há preconceito 
racial e cultural, daí a expressão de guetos urbanos para esses bairros em Chicago, 
cidade do Meio-Norte dos Estados Unidos.
Desse modo, as questões racial, cultural, social e econômica se fundem, trazendo 
particularidades a determinados grupos que vivem nas cidades. 
Cultura e Modo de Vida no Campo
Nas sociedades e grupos que vivem no campo, nas áreas rurais, o modo de vida, 
em geral, está mais relacionado à natureza, mediatizado pelo tempo da natureza, 
um ritmo de vida mais lento do que o da acelerada metrópole. 
No Brasil, existem centenas de municípios de pequeno porte onde a vida rural é 
maior do que a urbana, nos quais o modo de vida está mais relacionado à natureza, 
ao extrativismo – vegetal e/ou animal –, à agricultura, à pecuária ou a atividades 
de turismo rural. 
É comum, no Brasil, que ocorram festividades tradicionais em pequenas 
comunidades, celebrações que podem estar relacionadas à religião ou religiosidade, 
ou ainda festas típicas associadas a algum produto agrícola – “festa do morango”, 
“da uva”, por exemplo – entre tantas outras conhecidas pelo Brasil. 
Ao produzir a festa, a preparação dos alimentos, as danças típicas, os membros 
da comunidade buscam reviver um pouco da cultura que tiveram seus antepassados 
e, assim, ressignificam sua identidade de cultura do campo.
Algumas dessas festas são transformadas conforme os interesses da indústria 
do turismo. Mudam a data ou algumas de suas características a fim de atender 
aos interesses do consumo em turismo, de modo que antigas tradições vão sendo 
remodeladas. Fundem-se também o campo e a cidade à medida que algumas dessas 
tradições do campo vão para a cidade, tornando-se uma festividade do meio rural, 
então em ambiente urbano.
Nas últimas décadas do século XX, o capitalismo tem adentrado cada vez mais 
no campo e vem alterando alguns costumes, formas de trabalho, tempo, lazer 
e modosde cultura. Logo, a ideia de vida mais simples, de um tempo para a 
realização da vida mais lenta no campo nem sempre é verdadeira no mundo atual.
Apesar disso, ainda temos, por exemplo, o modo de vida caipira, em alguns 
Estados brasileiros das regiões Sul e Sudeste. Tal cultura caipira foi produzida no 
período colonial, mediante miscigenações de grupos indígenas – principalmente 
Tupi-Guarani com brancos descendentes de europeus, o que originou o chama-
do caboclo. 
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UNIDADE Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais
Cultura que se formou com o ir e vir dos tropeiros pelo território nacional ainda 
no período colonial, do charque, do sotaque típico caipira de parte de São Paulo e 
Paraná, da música que retratava o cotidiano da roça.
Antônio Cândido (2001), em sua obra Os parceiros do Rio Bonito, retrata o 
modo de vida dos paulistas, da “cultura rústica”, expressão usada para designar o 
caipira até o século XX. Segundo pesquisadores do tema, até meados do século 
XIX, os termos paulista e caipira se equivaliam, com modos de vida e práticas 
festivas, organização familiar, práticas agrícolas, religiosidade e músicas típicas do 
que veio a ser definido como cultura caipira.
Já nos finais do século XIX, havia alguns estereótipos sobre o que seria o 
caipira, envolvendo certo preconceito daqueles que passaram a ser a elite com o 
processo de industrialização e urbanização pelo qual passaram algumas cidades 
paulistas – preconceito em relação ao sotaque, com o som da letra erre puxado, 
em relação ao modo de vida no campo, da vida mais simples, da “moda de viola”, 
entre outras características. 
Com o processo de urbanização no Brasil, que se intensificou após as décadas 
de 1970 e 1980 e com a inserção do capitalismo no campo, houve mais alterações 
nesse modo de vida considerado rural e caipira. Do agregado das fazendas, 
passamos a ter caseiros; da vida simples, passamos a ter cada vez mais tecnologias 
e também muitos expropriados do campo que foram para a cidade; da agricultura 
de subsistência ou pequena agricultura comercial derivou o agronegócio, formato 
de produção muito ligado à indústria alimentícia em larga escala. 
Mais recentemente, nas últimas décadas do século XX, a antiga música caipira, 
da moda de viola, passou a ser chamada de sertaneja, sob influência de novos 
vieses musicais e uso de inéditos equipamentos, melodias e letras. 
Contudo, não é somente no Estado de São Paulo que há esse modo de vivência 
e cultura atrelado à vida no campo e cujo estilo vem se alterando. No sertão do 
Nordeste há hábitos comuns seculares – de formas de se alimentar, expressões, 
vestimentas, por exemplo, do vaqueiro e do sertanejo agricultor (que vive ainda 
da agricultura de subsistência), com sua religiosidade católica – que também vem 
sendo alterados nos últimos anos. 
Já na Amazônia, existem vários povos e etnias indígenas e comunidades 
tradicionais de ribeirinhos, cujas tradições remetem a outras formas de religiosidade, 
organização social e cultura. 
14
15
Comunidades tradicionais:
Povos e comunidades tradicionais: grupos culturalmente diferenciados e 
que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização 
social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição 
para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, 
utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos 
pela tradição. [...] A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos 
Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) foi instituída, em 2007, por 
meio do  Decreto n.º 6.040. A Política é uma ação do governo federal que 
busca promover o desenvolvimento sustentável dos povos e comunidades 
tradicionais, com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos 
seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais, com 
respeito e valorização à sua identidade, suas formas de organização e suas 
instituições (Decreto Federal n.º 6.040/2000). 
Ex
pl
or
Embora possamos classificar ou identificar alguns grupos como povos ou 
comunidades tradicionais, são significativamente diversos em relação aos modos 
e organização social e familiar, hábitos, língua, maneiras de se relacionar com a 
natureza e com outros grupos, bem como formas de expressão religiosa e artística. 
O que une a comunidade tradicional é seu traço de ser mais comunal, de viver 
em comunidade, de ser menos influenciada pelo modo capitalista de produção – 
com sua cultura globalizada. Em geral, o que caracteriza a comunidade tradicional 
é ter um modo de vida mais atrelado à natureza, mais voltado ao mundo rural. Este 
é o caso dos ribeirinhos na Amazônia, que são povos descendentes de europeus e 
mestiços, que mantêm uma relação muito peculiar com o ambiente, como retratam 
os pesquisadores:
Na Amazônia os povos tradicionais não indígenas possuem um modo de 
vida baseado na atividade extrativista, seja ela aquática ou florestal, vivendo 
grande parte nas margens de rios, igarapés, várzeas e lagos. São povos 
que aprenderam por meio do uso dos recursos naturais e das relações 
sociais a conviver com o rio, a floresta, fazendo destes, elementos de 
representações de sua própria vida, as identidades coletivas. O ribeirinho 
também está inserido entre os povos tradicionais da Amazônia, cujo 
termo refere-se àquele que anda pelos rios. O rio constitui a base de 
sobrevivência dos ribeirinhos, fonte de alimento e via de transporte, graças, 
sobretudo, às terras mais férteis de suas margens. Esses povos possuem 
estreita relação com os rios nos quais tem muito mais que o alimento, 
tem todo um complexo cultural forjado nas suas múltiplas relações que 
com ele estabeleceram ao longo da ocupação de suas margens como 
localização estratégica e da consolidação das comunidades como forma 
de organização social (NASCIMENTO et al., 2013). 
Os ribeirinhos mantêm uma relação estreita com o meio no qual vivem, buscando 
ter uma interação com a natureza dos rios por meio das atividades praticadas pelos 
quais – agricultura, pesca e extrativismo vegetal. Em geral, as casas sobre palafitas, 
15
UNIDADE Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais
reconhecendo a subida e descida das águas, sendo o rio usado como meio de 
transporte de pessoas e mercadorias e para outras atividades econômicas, bem 
como símbolo da cultura dos ribeirinhos amazônidas.
Outros povos amazônidas considerados tradicionais são os indígenas. Não existe 
uma cultura indígena em si, mas vários povos e culturas indígenas. Tanto a língua, 
quanto os hábitos e crenças variam de um grupo para outro. Por isso, o uso do 
termo índio é equivocado, pois trata-se de uma expressão genérica que envolve 
uma simplificação do ponto de vista étnico-cultural.
Originalmente, tais grupos ocuparam todo o território brasileiro e se organizaram 
em tribos, tendo uma relação mais próxima com a natureza. Comumente, 
sobreviviam mediante a caça, pesca, coleta de vegetais e agricultura, como explica 
o pesquisador sobre esses povos no período colonial:
Embora pouco se saiba, ao certo, quanto às cifras da população que 
habitava o atual território brasileiro em 1500. Se Ángel Rosenblat a 
estimou em cerca de 1 milhão de pessoas, houve quem calculasse em 6,8 
milhões a população da Amazônia, Brasil Central e Costa Nordeste. De 
todo modo, a população nativa, que se contava na casa dos milhões de 
pessoas no limiar do século XVI, mal ultrapassa hoje os 300 mil indivíduos. 
De população, portanto, ou despovoamento, eis o primeiro grande traço 
da história indígena no Brasil, como de resto ocorreu nas Américas em 
proporções gigantescas (VAINFAS, 2007, p. 39).
O próprio processo de catequização, empreendido pelos jesuítas, procurava torná-
los cristãos e, de alguma forma, tinha a intenção de criar certa homogeneização dos 
diversos grupos indígenas existentes,buscando moldá-los à forma de vida branca e 
cristã, ocidentalizando-os. 
Durante vários séculos, muitos foram massacrados, outros morreram devido a 
doenças trazidas pelos colonizadores – os índios não tinham anticorpos para tais 
doenças –, outros tantos resistiram e lutaram por sua identidade. 
No século XX e início do XXI, a maioria dos grupos indígenas no território 
brasileiro estava situada principalmente na Amazônia, região cuja ocupação ainda 
era menor do que outras existentes no Brasil. Grupos indígenas também estavam 
distribuídos em pequenos territórios em outras partes do País, alguns mais isolados, 
outros mais integrados ao modo de vida social e cultural das regiões brasileiras. 
Em 1961, foi criado o Parque Nacional do Xingu, situado no Norte do Mato 
Grosso, reunindo algumas etnias indígenas, entre as quais: Kamayurás, Yawalapitís, 
Waurás, Kalapalos, Awetis e Ikpengs, sendo o primeiro território indígena 
constituído formalmente no Brasil, por Lei.
Em 1967, no período dos governos militares, foi criada a Fundação Nacional 
do Índio (Funai), mantendo a tutela dos grupos indígenas e de suas terras por 
meio, incialmente, de uma política de assimilação do indígena ao modo de vida do 
“branco”, desconsiderando sua diversidade. Trata-se da entidade responsável por 
16
17
promover políticas de delimitação, demarcação e regularização dos diferentes tipos 
de terras indígenas, bem como de elaborar políticas públicas de proteção a povos 
indígenas isolados. 
Importante!
Que a questão das terras indígenas após 1950:
Avançou, porém, o sistema de demarcação de terras de alguma forma articulada 
ao conceito de etnias, resultado dos maiores conhecimentos antropológicos 
adquiridos sobre os índios nas décadas de 1950 em diante. Os trabalhos dos 
Villas-Boas, de Claude Lévi-Strauss, de Darcy Ribeiro e tantos outros jogaram 
papel decisivo na repercussão política de conceitos mais ligados à “etnicidade” 
dos grupos indígenas, superando-se pouco a pouco a noção genérica de índio, 
via de regra estereotipada. Inúmeros processos de legalização e demarcação 
de terras indígenas foram levados a cabo, no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, 
sobretudo a partir do final da década de 1970. A Constituição de 1988 
reconheceu a organização social, as crenças, línguas e tradições dos grupos 
indígenas, garantindo-lhes a posse das terras tradicionalmente ocupadas. 
Pode-se dizer que triunfaram, politicamente, os conceitos ligados à “etnicidade” 
e o reconhecimento das alteridades sobre as noções de “aculturação” ou 
“civilização” – que pressupunham, na ação política, a eliminação dos índios, ao 
menos do ponto de vista cultural (VAINFAS, 2007, p. 57). 
Você Sabia?
Com a Constituição Federal de 1988, formalizou-se um novo tratamento da 
questão indígena, garantindo o usufruto exclusivo de seus territórios que foram 
tradicionalmente ocupados mediante seus costumes e tradições.
Figura 5 – Povos indígenas (Brasil)
Fonte: Istock/Getty Images
Apesar dos inúmeros conflitos existentes e com perdas territoriais de diversos 
grupos indígenas no Brasil, há alguns aspectos positivos ocorridos nas últimas 
décadas. Um dos quais se refere à legislação da educação brasileira que, a partir 
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) n.º 9.394/96 e das 
diretrizes curriculares nacionais da educação escolar indígena (1999), instituiu 
especificidades na educação escolar indígena, entre as quais:
17
UNIDADE Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais
 · A educação formal poderá ser em português e também na língua nativa de 
cada povo, tornando-se uma educação bilíngue;
 · Uma educação que fortaleça a memória e a cultura dos povos indígenas. 
Tal tarefa não é simples, pois há situações bastante variadas de crianças 
indígenas que são monolíngues – falantes de um idioma, apenas –, mas não da 
língua portuguesa, ocorrendo eventualmente também o contrário.
Além disso, há outras questões em relação de como se dá concretamente a 
produção de uma educação indígena. Em que essa educação deve ser diferenciada 
e específica em relação à educação escolar comum? Como será o material didático? 
Quem será o professor? Como introduzir conhecimentos novos e, ao mesmo 
tempo, contribuir para a preservação cultural de uma determinada etnia indígena?
Territorialidades Negras e Quilombolas
Na história brasileira, originalmente, a palavra quilombo se referia aos ambientes 
apropriados pelos escravos que fugiam e resistiam à escravidão, e a partir dos quais 
constituam espaços e modos de vida próprios.
Muitas vezes eram territórios móveis, pois à medida que tais espaços eram 
descobertos, eram buscados novos locais para se viver. O mais conhecido desses 
quilombos no Brasil foi o de Palmares, situado na região de Alagoas. Contudo, o 
termo quilombola, expressão usada para terras onde negros oriundos de antigas 
famílias de escravos ainda vivem atualmente, não tem relação direta somente com 
as antigas localidades de fugas de escravos do passado.
Há também casos de terras onde esses se situam e que foram desapropriadas dos 
antigos jesuítas, por doação ou concessão de terras de antigos proprietários rurais, 
e até mesmo atividades que ficaram enfraquecidas em um determinado período e 
cujos proprietários as abandonaram parcialmente, situações comuns, por exemplo, 
com a produção do algodão no sertão nordestino (CARVALHO; LIMA, 2013).
Assim, as situações são as mais variadas, incluindo-se casos de áreas ocupadas 
próximas à própria casa grande, dos antigos engenhos de cana-de-açúcar. 
Logo, tais terras, em diferentes condições de formas de ocupação ao longo da 
história brasileira, constituíram-se em territórios quilombolas, conforme explicam 
os pesquisadores:
É visto que a identidade quilombola apresenta-se estreitamente vinculada 
às formas como esses grupos relacionam-se com seu território, assim 
como com sua ancestralidade, tradições e práticas culturais, numa relação 
em que território e identidade seriam indissociáveis. A presença de uma 
territorialidade específica desses grupos relaciona-se à ocupação da terra 
baseada no uso comum e vem sendo construída em face de trajetórias de 
afirmação étnica e política (CARVALHO; LIMA, 2013, p. 321).
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Há diversas territorialidades quilombolas, em condições muito distintas, social e 
culturalmente, o que nos permite afirmar que se trata de uma “multiterritorialidade 
quilombola” no Brasil, pois o que as definem são o fato de serem espaços de 
antigos escravos, mesmo que culturalmente tais espaços possam ser muito distintos 
entre si. 
Com o período de redemocratização do Brasil, no final da ditadura militar – 
década de 1980 –, houve novos eventos normativos, legislações e políticas públicas 
relacionadas à questão dos territórios remanescentes dos quilombolas no Brasil. 
Não foram consideradas apenas aquelas terras que foram antigos quilombos 
– áreas onde os negros se refugiavam –, mas também as diferentes formas de 
ocupação existentes nas diversas regiões brasileiras – em áreas urbanas após o fim 
da escravidão, por exemplo.
Em geral, não se caracterizam por uma ocupação por lotes individuais, mas de 
uso comum, obedecendo às características existentes nas formas e modos de vida 
e produção, seja agrícola, extrativista ou outro meio de sobrevivência. O modo de 
vida e as relações socioculturais se baseiam principalmente em laços de vizinhança 
e parentesco.
O Decreto n.º 4.887/2003 define os quilombolas como grupos étnico-raciais 
segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de 
relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada 
à resistência à opressão histórica sofrida.
Conforme afirma o texto do Decreto, a definição de áreas remanescentes 
de quilombolas inicia-se pela própria definição do grupo, autoafirmando-secomo comunidade quilombola, havendo depois um processo que deverá ser 
institucionalizado, por meio de investigação histórica e antropológica.
Cabe ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do 
governo federal, identificar, reconhecer, delimitar, demarcar e dar o título de terras 
quilombolas no Brasil, cabendo aos interessados buscar evidenciar suas situações. 
A maioria desses territórios quilombolas situa-se no Maranhão, Bahia, Pará, Minas 
Gerais e Pernambuco.
No Maranhão, por exemplo, estima-se1 que existam cerca de 527 comunidades 
quilombolas, das quais poucas foram demarcadas, situadas em mais de 130 
municípios. Lutam por seus territórios e alguns têm como típica manifestação 
cultural a dança “tambor das crioulas”, que inclui dança de roda circular, tambores e 
cantos. Essa dança faz parte do patrimônio cultural imaterial do Brasil desde 2007. 
1 Fonte: <http://www.cpisp.org.br/comunidades/html/i_brasil_ma.html>.
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UNIDADE Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais
Figura 5 – Dança “tambor das crioulas” (Maranhão)
Fonte: OLIVEIRA, Leo
Desse modo, ainda que muitos dos territórios quilombolas não tenham sido 
reconhecidos formalmente, houve avanços em relação ao reconhecimento dos 
quais, por meio da Lei. 
Finalizando esta Unidade, reitera-se que atualmente o processo de globalização 
vem alterando os modos de vida e cultura no campo e nas cidades. No Brasil, 
apesar de as comunidades tradicionais serem expostas ao processo de ocupação 
capitalista, com diferentes disputas por territórios, houve avanços em relação às 
leis de proteção aos grupos indígenas e quilombolas, mas ainda há muito a ser feito 
para que tais leis sejam respeitadas.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Quilombos: espaço de resistência de homens e mulheres negros
BRASIL. Ministério da Educação. Quilombos: espaço de resistência de homens e mulheres 
negros. Brasília, DF: Rede de Desenvolvimento Humano; Unesco; MEC, 2005.
https://goo.gl/gqU5bC
Diretrizes curriculares nacionais para a educação escolar quilombola: algumas informações
Conselho Nacional de Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação 
escolar quilombola: algumas informações. Brasília, DF, 2011. 
https://goo.gl/rmHUSo
De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana
MAGNAN I, José Guilherme Cantor. De perto e de dentro: notas para uma etnografia 
urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 17, n. 49, jun. 2002.
https://goo.gl/IXI4mq
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UNIDADE Cultura Urbana, Rural e as Comunidades Tradicionais
Referências
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homem. São Paulo: 70, 1974. p. 50-61.
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identidades. São Paulo: Annablume, 2007.
BORJA, C. dos A. Territorialidade quilombola: o direito étnico sobre a terra 
na comunidade de Rincão dos Martimianos, RS. 2008. Dissertação (Mestrado) - 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2008.
BRASIL. Decreto n.º 4.887, de 20 de novembro de 2003. Brasília, DF, 2003. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4887.
htm>. Acesso em: 7 maio 2015. 
______. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares gerais para Educação 
Básica. Brasília, DF, 2010. 
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CARVALHO, R. M. A.; LIMA, G. F. da C. Comunidades quilombolas, territorialidade 
e a legislação no Brasil: uma análise histórica. Política & Trabalho, Revista de 
Ciências Sociais, n. 39, p. 329-346, out. 2013. 
FRUGOLI JR., H. O urbano em questão na Antropologia: interfaces com a Sociologia. 
Rev. Antropologia, São Paulo, v. 48, n. 1, jan./jun. 2005.
LIMA, C. M. G. de. Pesquisa etnográfica: iniciando sua compreensão. Rev. Latino-
Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, v. 4, n. 1, p. 21-30, jan. 1996. 
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Campo, v. 2, n. 2, p. 48-51, 1996. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/
cadernosdecampo/article/view/40303>. Acesso em: 16 jan. 2017.
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em comunidades rurais: um estudo da comunidade de Vila Manaus, no 
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ago. 2013. Disponível em: <http://www.eumed.net/rev/cccss/25/resistencia.
html>. Acesso em: 16 jan. 2017.
REIS, H. Fronteiras, territórios e espaços interculturais. Texto, n. 10, 2004. Disponível 
em: <http://www.intexto.ufrgs.br/n10/a-n10a9.html>. Acesso em: 19 ago. 2007.
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notas sobre a busca de reconhecimento. Campos: Revista de Antropologia Social, 
Curitiba, PR, v. 8, n. 1, p. 209-212, 2007.
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informacional. São Paulo: Hucitec, 1994.
VAINFAS, R. História indígena: 500 anos de despovoamento. In: INSTITUTO 
BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Centro de Documentação e 
Disseminação de Informações. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro, 
2007. p. 35-60. Disponível em: <http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/
liv6687.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2017. 
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