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Direito internacional

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Direito internacional
Introdução 
No direito internacional os Estados (Soberanos) que compõem a sociedade internacional em seu plano, não há uma autoridade superior, sendo à comunidade escalada de forma horizontal, ou seja, todos os Estados estão no mesmo patamar. Cabe lembrar que os Estados em seus âmbitos internos tem uma autoridade superior que exerce a chefia de Estado e a Chefia de Governo, de acordo com os regimes parlamentarista e presidencialista representando a vontade e interesses dos povos, e que à Sociedade Internacional é descentralizada. 
Em direito interno as normas são hierarquizadas como se
se inscrevessem, graficamente, numa pirâmide encabeçada pela
lei fundamental. Não há hierarquia entre as normas de direito
internacional público, de sorte que só a análise política — de
todo independente da lógica jurídica — faz ver um princípio
geral, qual o da não intervenção nos assuntos domésticos de
certo Estado, como merecedor de maior zelo que um mero dispositivo
contábil inscrito em tratado bilateral de comércio ou
tarifas.
Já o Estado, no plano internacional, não é originalmente jurisdicionável perante
corte alguma. Sua aquiescência, e só ela, convalida a autoridade
de um foro judiciário ou arbitral, de modo que a sentença
resulte obrigatória e que seu eventual descumprimento
configure um ato ilícito.
Fundamentos do DIP
Consiste em ter sistema jurídico autônomo ao se ordenam as relações de Estados soberanos. Tais as circunstâncias, é compreensível que os Estados não se subordinem senão ao direito que livremente reconheceram ou construíram. 
Princípio do Pacta Sunt Servanda: princípio segundo o qual o que foi pactuado deve ser cumprido — é um modelo de norma fundada no consentimento perceptivo.
Regras resultantes do consentimento criativo são aquelas das quais a comunidade internacional poderia prescindir. São aquelas que evoluíram em determinado sentido, quando perfeitamente poderiam ter assumido sentido diverso, ou mesmo contrário. E é impossível, em definitivo, conceber que a mais rudimentar das comunidades sobreviva sem que seus integrantes reconheçam, quando menos, o dever de honrar as obrigações livremente assumidas. 
4. Roteiro do curso. Em quatro partes distintas este curso propõe
o estudo das normas que regem a sociedade internacional,
da personalidade dos Estados e outros componentes desse quadro de atores, dos espaços que integram o domínio público internacional, e finalmente dos conflitos internacionais e de seus meios alternativos de solução.
5. O rol das fontes no Estatuto da Corte da Haia. Redigia-se
em 1920 o estatuto do primeiro tribunal vocacionado para resolver
litígios entre Estados sem qualquer limitação de ordem geográfica
ou temática. A certa altura do texto surgia a necessidade
de que se dissesse qual o direito aplicável no âmbito da jurisdição
nascente, tanto significando a necessidade de fazer um
rol das formas de expressão do direito internacional público, um
roteiro das fontes onde se poderiam buscar, idoneamente, normas
internacionais. O estatuto relacionou então os tratados, os costumes
e os princípios gerais do direito. Fez referência à jurisprudência
e à doutrina como meios auxiliares na determinação
das regras jurídicas, e facultou, sob certas condições, o emprego
da equidade.