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MODELO DE PEÇA QUEIXA-CRIME

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .....ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MACEIÓ-AL
Antônio Carlos, brasileiro, solteiro, economista, portador do RG n.º xxxxxxxxxx SSP/AL, inscrito no CPF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na xxxxxxxxx, neste ato, representado seu Advogado, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, ajuizar a presente QUEIXA-CRIME, com base nos arts. 41 e 44 do Código de Processo Penal e art. 100, §2º, do Código Penal, c/c o art. 30 do Código de Processo Penal.
 QUEIXA-CRIME
contra Ritinha Almeida, brasileira, solteira, [profissão], portador do RG n.º xxxxxxxxxx SSP/AL, inscrito no CPF sob o n.º xxxxxxxxxx, residente e domiciliado na xxxxxxx, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir expostos.
1. DOS FATOS:
No dia 19 de abril de 2014, a querelada Ritinha Almeida, difamou e injuriou o querelante, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação, ofendendo, ainda, sua dignidade e decoro. 
 Na ocasião, Ritinha Almeida, vizinha e ex-namorada de Antônio Carlos, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, por meio de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Ponta Verde, em Maceió, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Antônio Carlos. o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Antônio Carlos não passa de um cretino, idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha e sem juízo!”, e, com o propósito de prejudicar Antônio Carlos perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas de Maceió, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”.
Imediatamente, o querelante, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Ritinha Almeida em seu perfil pessoal. 
Ritinha Almeida, ao utilizar o seu computador pessoal para inserir as expressões injuriosas e difamantes, no perfil do querelante em sua rede social, usou meio que facilitou a divulgação da difamação e injúria, incidindo, por isso, a causa de aumento de pena prevista no art. 141, III, do Código Penal. 
 
2. DO DIREITO:
 Ao afirmar que o querelante cretino, idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha e sem juízo!, a querelada praticou o crime de injúria, previsto no art. 140 do Código Penal. 
 Ao afirmar que o querelante trabalha todo dia embriagado e que no dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas de Maceió, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo, a querelada praticou o crime de difamação, previsto no art. 139 do Código Penal. 
Ritinha Almeida praticou a injúria e a difamação no mesmo contexto, mediante única publicação, com desígnios autônomos, em concurso formal imperfeito de crimes, nos termos do art. 70, segunda parte, do Código Penal. 
Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta de Ritinha Almeida, qual seja, uma única publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos, Ritinha Almeida praticou dois crimes, a saber: injúria e difamação. 
3. DOS PEDIDOS:
Diante de todo o exposto, nos termos fáticos e legais, o querelante, pede, encarecidamente, a Vossa Excelência, que seja recebida e autuada a presente queixa-crime, julgando-se ao final, totalmente procedente os pedidos formulados na inicial acusatória, para o fim de condenar o querelado Ritinha Almeida, nas sanções penais descritas nos artigos, 139 e 140, c/c art. 141, III, n/f do art. 70, todos do Código Penal, razão pela qual requer o querelante:
a) a designação de audiência preliminar ou de conciliação; 
b) a citação da querelada; 
c) o recebimento da queixa-crime; 
d) a oitiva das testemunhas arroladas; 
e) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos artigos 139 e 140 c/c o Art. 141, III, n/f com o Art. 70, todos do CP; f) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV, do CPP.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Maceió, 26 de Março de 2022
ADVOGADO
OAB/xx nº xxxxxx
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. José Antunes
2. Joaquim Almeida Prado
3. Velásquez Siqueira

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