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APG 20 - SENTINDO NA PELE

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APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 1 
APG 20 – Sentindo na pele 
1) COMPREENDER A REGULAÇÃO DA GLICOSE E A AÇÃO DOS 
HORMÔNIOS PANCREÁTICOS (JEJUM E ALIMENTADO E ÍNDICE 
GLICÊMICO) 
→ O pâncreas endócrino possui dois hormônios principais: insulina 
e glucagon = juntos eles regulam o metabolismo da glicose, dos 
ácidos graxos e dos aminoácidos. 
→ Há outros hormônios: somatostatina (é um modelador*) que é 
liberada em resposta a refeição, inibindo a secreção de 
insulina, glucagon e PP (polipeptídeo pancreático) e o PP que 
está relacionado a sensação de saciedade. 
*comunicação intercelular (células da ilhota): junções 
comunicantes, capilares fenestrados e vênulas e neural. 
➢ REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO – VISÃO GERAL 
→ A insulina (reduzindo os níveis = hipoglicêmico) e o glucagon 
(aumentando os níveis = hiperglicêmico) são os hormônios 
chave na regulação de curto prazo da concentração da 
glicemia, a glicose no sangue. 
→ Alterações nos níveis circulantes desses hormônios permitem 
ao organismo estocar energia quando o alimento está 
disponível em abundância ou dispor da energia estocada, por 
exemplo, durante "crises de sobrevivência", como fome, lesão 
grave e situações de "luta ou fuga". 
➢ INSULINA 
→ SÍNTESE DA INSULINA: A insulina é um hormônio polipeptídico 
produzido pelas células β das ilhotas de Langerhans - grupos 
de células endócrinas, incrustados na porção exócrina do 
pâncreas. 
→ A biossíntese envolve dois precursores inativos, a PRÉ-PRÓ-
INSULINA e a PRÓ-INSULINA, que são clivados 
sequencialmente para formar a INSULINA ATIVA + o 
PEPTÍDEO C. O peptídeo C é essencial para a organização 
correta da molécula de insulina. Além disso, devido a sua meia-
vida mais longa no plasma, o peptídeo C é um bom indicador 
da produção e da secreção de insulina. 
→ A insulina é estocada em grânulos no citosol, que, com o 
estímulo apropriado são liberados por exocitose. 
→ A insulina é degradada pela enzima insulinase, presente no 
fígado e, em menor quantidade, nos rins. 
→ A insulina possui uma meia-vida plasmática de 
aproximadamente seis minutos. Essa curta duração de ação 
permite alterações rápidas nos níveis circulantes desse 
hormônio. 
 
 
→ REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DA INSULINA: a secreção de 
insulina é regulada por substratos e hormônios que estão 
circulando no sangue: 
✓ Estimulação da secreção de insulina: é devida ao 
AUMENTO DE GLICOSE no sangue, a mais importante! 
HIPERGLICEMIA = 
ESTÍMULO PARA A 
LIBERAÇÃO DE INSULINA! 
1) Aumento da glicose sanguínea 
2) A glicose se liga ao GLUT 2 
3) A glicose é fosfofiralada a 
glicose-6-fosfato, através da 
ação da glicocinase 
4) A glicose-6-fosfato é oxidada 
e libera ATP 
5) O ATP fecha canais de K 
6) Ocorre uma despolarização 
7) Abertura dos canais de cálcio 
8) Aumento da concentração 
intracelular de cálcio 
9) As vesículas com insulina vão ser mobilizadas e sofrem 
exocitose, liberando a insulina 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 2 
→ MECANISMO DE AÇÃO: Com a insulina liberada, ela necessita 
ligar-se ao receptor a subunidade alfa (extracelular), o 
receptor sofre uma alteração conformacional e ativa 
subunidade beta (intracelular) na parte da tirosinocinase, que 
fosforila o receptor e determinadas substâncias = 
proteinocinases, fosfatases, fosfolipases e proteínas G. Logo 
após a insulina + receptor sofre endocitose e será degradada. 
 
✓ Inibição da secreção de insulina: a síntese e a liberação 
de insulina estão diminuídas quando existe escassez de 
combustíveis da dieta (hipoglicemia, hipocalemia = ↓
 potássio e inibida pela somatostatina) e também durante 
períodos de estresse (por exemplo, febre ou infecção). 
Esses efeitos são mediados principalmente pela 
adrenalina, que é secretada pela medula adrenal em 
resposta ao estresse, ao trauma ou ao exercício intenso. 
→ AÇÕES METABÓLICAS DA INSULINA: A insulina liga-se a 
receptores específicos de alta afinidade na membrana celular 
da maioria dos tecidos, incluindo o fígado, o músculo e o tecido 
adiposo. O efeito geral da insulina nesses tecidos é promover 
o armazenamento do excesso de glicose que está no sangue, 
no formato de glicogênio, principalmente no fígado e músculos, 
já no tecido adiposo será via triacilgliceróis. 
➢ GLUCAGON 
→ O glucagon é um hormônio polipeptídico de cadeia linear 
simples com 29 aminoácidos secretado pelas células α das 
ilhotas de Langerhans pancreáticas. 
→ O glucagon, juntamente com a adrenalina, o cortisol e o 
hormônio do crescimento (os "hormônios 
contrarreguladores"), se opõe a muitas das ações da insulina. 
Em especial, o glucagon age na manutenção dos níveis de 
glicose sanguínea, EVITANDO A HIPOGLICEMIA DE JEJUM, pela 
ativação da glicogenólise e da gliconeogênese hepáticas, ele 
aumenta e mantem a glicose no sangue. 
→ Como acontece com outros hormônios peptídicos, o glucagon 
é sintetizado como pré-pró-glucagon. O peptídeo de 
sinalização e outras sequências peptídicas são removidos, 
para a produção do glucagon que depois é armazenado em 
grânulos densos, até ser secretado pelas células α. Tanto a 
glicose como a insulina inibem a síntese do glucagon; elementos 
sensíveis à insulina e ao AMPc estão presentes no gene para 
o pré-pró-glucagon. 
→ SECREÇÃO DO GLUCAGON E EPINEFRINA: Especificamente, a 
secreção do glucagon é aumentada por: 
✓ GLICEMIA BAIXA: Uma diminuição na concentração 
plasmática de glicose é o principal estímulo para a 
liberação de glucagon. Durante um jejum noturno ou 
prolongado, os níveis elevados de glucagon previnem a 
hipoglicemia. Entretanto, quando tem uma hiperglicemia, 
terá inibição do glucagon!!! 
✓ AMINOÁCIDOS: Os aminoácidos provenientes de uma 
refeição que contém proteínas estimulam a liberação de 
glucagon e de insulina. O glucagon impede efetivamente a 
hipoglicemia, que de outra forma ocorreria como 
resultado da secreção aumentada de insulina após uma 
refeição rica em proteínas. 
✓ ADRENALINA: Níveis elevados de adrenalina circulante, 
produzida pela medula adrenal, ou de noradrenalina, 
produzida pela inervação simpática do pâncreas, ou de 
ambas, estimulam a liberação de glucagon. Assim, durante 
períodos de estresse, trauma ou exercício intenso, os 
níveis elevados de adrenalina podem sobrepor-se aos 
efeitos dos substratos circulantes sobre as células α. 
Nessas situações - independentemente da concentração 
de glicose no sangue - os níveis de glucagon se elevam 
em antecipação ao aumento na utilização de glicose. 
→ AÇÃO MÚTUA: As ações metabólicas do glucagon e epinefrina 
são reforçadas mutualmente e vão neutralizar a ação da 
insulina. O glucagon atua, principalmente, no fígado 
promovendo o processo chamado GLICOGENÓLISE (quebra do 
glicogênio) e também vai promover o aumento da 
GLICONEOGÊNESE (é a rota pela qual é produzida glicose a 
partir de compostos aglicanos = não-açúcares ou não-
carboidratos, mas há produção de energia). Já a epinefrina 
vai estimular a GLICOGENÓLISE no fígado e no músculo, e 
também a liberação de ácidos graxos livre (lipólise), 
principalmente no tecido adiposo. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 3 
 
→ MECANISMO DE AÇÃO: começa com o hormônio se ligando a 
receptor da membrana celular, acoplado a adenilil ciclase por 
uma proteína G. O segundo mensageiro é o AMPc, que ativa 
proteinocinases que fosforilam várias enzimas; as enzimas 
fosforiladas, então, medeiam as ações fisiológicas do glucagon. 
 
➢ HIPOGLICEMIA 
→ A hipoglicemia frequentemente ocorre em pacientes em 
tratamento com insulina, com controle estrito. O consumo e o 
metabolismo subsequentes do etanol inibem a gliconeogênese, 
ocasionando hipoglicemia em indivíduos com depleção nos 
estoques de glicogênio hepático.O consumo de álcool pode 
também aumentar o risco de hipoglicemia em pacientes que 
fazem uso da insulina. O consumo crônico de álcool pode 
causar hepatopatia alcoólica. 
➢ SOMATOSTATINA 
→ A somatostatina pancreática inibe a secreção de insulina e de 
glucagon por ações parácrinas, nas células α e β. Assim, 
a somatostatina é secretada pelas células δ em resposta à 
refeição, difunde para as células α e β próximas e inibe a 
secreção de seus respectivos hormônios. Aparentemente, a 
função da somatostatina é de modular, ou limitar, as 
respostas da insulina e do glucagon à ingestão de alimentos. 
2) ANALISAR A FUNÇÃO E O EFEITO DOS CORTICOIDES NO 
ORGANISMO 
→ O cortisol é o hormônio mais conhecido quando se fala de 
córtex adrenal, sendo o principal GLICOCORTICOIDE, já que o 
mais potente, o mais biologicamente ativo. 
→ A liberação é estimulada diretamente pelo hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), liberado na hipófise. 
→ A estimulação da liberação do cortisol ocorre 15 minutos após 
o surto de ACTH. A liberação do cortisol é maior durante as 
primeiras horas de vigília, e os níveis declinem a medida que o 
dia prossegue. Por sua liberação pulsátil, os níveis variam 
durante o dia. 
→ O ACTH estimula a liberação de cortisol por meio de sua ligação 
a um receptor de melanocortina 2 da membrana plasmática 
nas células adrenocorticiais. O ACTH aumenta e ativa a síntese 
de StAR, a enzima envolvida no transporte de colesterol para 
a membrana mitocondrial interna. A liberação de ACTH pela 
adeno-hipófise é regulada pelo peptídeo, o hormônio liberador 
de corticotrofina (CRH). O cortisol inibe a biossíntese e a 
secreção do CRH e ACTH. 
→ O cortisol tem uma ampla faixa de ações e muitas vezes é 
caracterizado como um “hormônio de estresse”. 
→ Em geral: 
• Aumenta a glicose sanguínea: O efeito metabólico mais 
importante do cortisol é seu efeito protetor contra a 
hipoglicemia. Quando os níveis sanguíneos de glicose 
diminuem, a resposta normal é a secreção do glucagon 
pancreático, que promove a gliconeogênese e a quebra 
de glicogênio. Na ausência de cortisol, entretanto o 
glucagon é incapaz de responder adequadamente a um 
desafio hipoglicêmico. Como o cortisol é necessário para 
a plena atividade do glucagon e das catecolaminas, diz-se 
que ele tem um efeito permissivo em relação a estes 
hormônios. 
• Ações cardiovasculares: O cortisol reforça seus efeitos 
sobre a glicose sanguínea por meio de efeitos positivos 
sobre o sistema cardiovascular. O cortisol tem ações 
permissivas sobre catecolaminas ao aumentar a 
expressão do receptor adrenérgico e 
consequentemente contribuir para aumentar o débito 
cardíaco e a pressão arterial. O cortisol estimula a 
síntese de eritropoietina e por isso aumenta a produção 
de eritrócitos. A anemia ocorre quando o cortisol é 
deficiente e policitemia ocorre quando os níveis de 
cortisol são excessivos. 
• O cortisol aumenta a lipólise, disponibilizando ácidos 
graxos aos tecidos periféricos para a produção de 
energia. O glicerol pode ser usado para a gliconeogênese. 
• No músculo, altos níveis de cortisol podem resultar em 
hipocalemia (por ações mineralocorticoides), que pode 
produzir fraqueza muscular porque hiperpolariza e 
estabiliza a membrana das células musculares e 
consequentemente dificulta a estimulação. 
APG – SOI II Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/2º Período 
 
 4 
 
• O cortisol protege o organismo contra os efeitos nocivos de 
respostas inflamatórias e imunológicas desenfreadas. Os 
corticoides possuem ação anti-inflamatória e 
imunossupressora. Dessa maneira, contribuem para a 
regulação do sistema imune, o que permite a redução da 
inflamação e o controle das manifestações clinicas de doenças 
auto-imunes. 
• O cortisol também poupa energia para lidar com o estresse 
ao inibir a função reprodutora. 
• No osso e cartilagem, diminui a expressão do IGF-1 e do 
hormônio do crescimento. A presença em níveis excessivos 
de glicocorticoides resulta em osteoporose e compromete o 
crescimento do esqueleto e a formação óssea ao inibir a 
síntese de osteoblastos e de colágeno. O cortisol causa 
equilíbrio negativo do cálcio. O cortisol diminui a absorção 
intestinal de Ca2+ e aumenta a excreção renal de Ca2+, 
resultando na perda de Ca2+ pelo corpo. 
• O cortisol promove gliconeogênese hepática. Uma parte da 
glicose produzida no fígado é liberada para o sangue, e o 
restante é estocado como glicogênio. Como resultado, o 
cortisol aumenta a concentração de glicose no sangue. 
3) ENTENDER A RELAÇÃO DO GLICOCORTICOIDE COM O 
METABOLISMO E DOENÇAS AUTOIMUNES 
→ Inflamação e respostas imunológicas muitas vezes fazem 
parte da resposta ao estresse. Contudo, a inflamação e as 
respostas imunológicas carregam um potencial de dano 
importante e podem causar a morte se não forem mantidas 
em um EQUILÍBRIO HOMEOSTÁTICO. 
→ Como um hormônio de estresse, o cortisol tem um papel 
importante para manter a homeostasia imunológica, o cortisol, 
juntamente com a epinefrina e a norepinefrina, reprime a 
produção de citocinas pró‑inflamatórias e estimula a produção 
de citocinas anti‑inflamatórias. 
→ A resposta inflamatória à lesão consiste em dilação local dos 
capilares e aumento da permeabilidade capilar, com edema 
local resultante e acúmulo de leucócitos. Estas etapas são 
mediadas por prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos. 
→ O cortisol inibe a fosfolipase A2, uma enzima essencial na 
síntese de prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos. O 
cortisol também estabiliza as membranas lisossomais, 
consequentemente diminuindo a liberação das enzimas 
proteolíticas que aumentam o edema local. 
→ Em resposta à lesão, os leucócitos normalmente deixam o 
sistema vascular e migram para o local de lesão. Esse 
processo complexo geralmente é inibido pelo cortisol, assim 
como a atividade fagocitária dos neutrófilos, embora a 
liberação dos neutrófilos pela medula óssea seja estimulada. 
Análogos de glicocorticoides frequentemente são usados 
farmacologicamente devido a suas propriedades 
anti‑inflamatórias. 
→ O cortisol inibe a resposta imune e por esse motivo análogos 
de glicocorticoides são usados como imunossupressores em 
transplantes de órgãos. Altos níveis de cortisol diminuem o 
número de linfócitos T circulantes (particularmente linfócitos 
T auxiliares) e reduzem sua capacidade de migração para o 
local de estímulo antigênico. Glicocorticoides promovem a 
atrofia do timo e outros tecidos linfoides. Embora os 
corticosteroides inibam a imunidade celular, a produção de 
anticorpos pelos linfócitos B não é comprometida. 
REFERÊNCIAS 
• COSTANZO, Linda S.. Fisiologia. 5. ed. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2014 
• BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. (Ed.). Fisiologia. 7. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. 
• SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem 
Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017

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