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Farmacocinética Farmacodinâmica

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1 @ju.raminelli – ATM 2026.2 
FARMACOLOGIA 
Farmacocinética = o que o organismo faz com o 
fármaco 
Farmacodinâmica = o que o fármaco faz com o 
organismo 
 pela boca
Oral - VO 
 Preparações revestidas (entéricas): 
proporcionam proteção do fármaco contra o pH 
ácido do suco gástrico, o qual pode inativar o 
remédio 
o Envoltório químico 
o Omeprazol 
o Ácido acetilsalicílico  dissolve-se 
quando passa para o intestino delgado 
porque é irritante ao estômago 
 Preparações de liberação prolongada: LA/LL 
o Liberação lenta  absorção lenta  
efeito prolongado 
o Bom para os fármacos com meia-vida 
curta 
o Morfina: aumenta a meia-vida e diminui 
a necessidade de reaplicação de 6/dia 
para 2/dia 
Sublingual & Bucal – SL 
 A principal vantagem é a velocidade da 
absorção 
 O fármaco se difunde rapidamente na corrente 
sanguínea através dos capilares, pois tal região 
é muito bem vascularizada 
 Evita biotransformação da primeira passagem 
  diretamente na corrente sanguínea 
 Início de ação rápido 
 Evita biotransformação da primeira passagem 
(TGI) 
Intravenosa 
 Controle máximo da dosagem administrada 
 O fármaco não pode ser “revertido” como em 
outras vias quando associado a carvão ativado, 
por exemplo 
 Pode desencadear reações adversas 
Intramuscular 
 Depósito  liberação prolongada 
o Absorção por difusão simples 
 Muitas vezes dissolvida em solução aquosa 
Subcutânea 
 Efeito lento, constante e prolongado 
 Absorção por difusão simples 
 Diminui riscos de hemólise e trombose 
Inalação Oral 
 Ex.: bombinha de asma 
 A mucosa dos pulmões é muito permeável e o 
fármaco cai diretamente na circulação para o 
coração 
 Corticoesteroides, broncodilatadores 
(salbutamol) 
Inalação Nasal 
Inalação Intratecal e Intraventricular 
 Vantagem contra a barreira hematoencefálica 
 Diretamente no líquor na medula  sobe para 
o encéfalo 
 Tratamento com antibióticos na meningite 
criptocócica 
Tópica 
Transdérmica 
 Oferta prolongada do fármaco 
 Sua ação depende da porcentagem de gordura 
do indivíduo e da lipossolubilidade do fármaco 
 Adesivos transdérmicos 
Retal 
 50% da circulação da região retal não passa 
pelo sistema porta, o que minimiza a 
biotransformação que ocorre na 1ª via de 
passagem (hepática) 
Difusão passiva 
 Maioria dos fármacos passa livremente pela 
membrana celular (hidro e lipo) 
 Baixa especificidade de fármacos 
 Mais  menos 
Difusão facilitada 
 Sujeito a competição de fármacos que 
competem pela mesma proteína 
transportadora 
 Transporte de moléculas grandes 
Transporte ativo 
 
 
 
2 @ju.raminelli – ATM 2026.2 
FARMACOLOGIA 
 Pode ser contra o gradiente de concentração 
 Alta especificidade de fármacos 
 Gasto de energia: hidrólise de ATP 
 Sujeito a competição de fármacos 
Endocitose & Exocitose 
 Transporte de fármacos muito grandes  
formação de vesículas  endocitose 
(pinocitose) 
 Alguns neurotransmissores são liberados por 
exocitose 
Fatores determinantes para a absorção 
pH 
Fármacos que são ácidos fracos ou bases 
fracas não ionizados conseguem atravessar a 
membrana células facilmente, enquanto os 
ionizados/protonados não 
 Quanto maior o fluxo sanguíneo do local, mais 
rápida é a absorção 
 Quanto maior a área tecidual de absorção, maior a 
eficácia da mesma 
 Com aumento de passagem gástrica, há 
diminuição do tempo que o medicamento fica no 
TGI, diminuindo sua absorção 
 Fármaco ingerido com alimento  absorção mais 
lenta 
o Depende, a ingestão com o alimento pode, 
conforme o fármaco, melhorar a absorção 
ou ainda inibi-la 
 Glicoproteína P: transportador transmembrana que 
leva os fármacos da célula para o sangue 
o Quanto mais glicoproteína P  menor a 
absorção 
o Relação com resistência a certos fármacos 
Biodisponibilidade 
Porcentagem do fármaco que é absorvida, ou 
seja, o que cai na circulação sanguínea. 
 VO sobre biotransformação, ou seja, parte do 
fármaco é conjugado no fígado e o que vai para a 
circulação sistêmica corresponde à porção 
biodisponível = biotransformação de primeira 
passagem. 
 Fármacos muito hidrofílicos são pouco absorvidos 
porque não se difundem a membrana celular e 
fármacos muito lipofílicos também são pouco 
absorvidos porque não se difundem nos líquidos 
aquosos do organismo. 
 Certos fármacos são quimicamente instáveis, ou 
seja, podem se desativarem em contato com o suco 
gástrico, por exemplo 
Bioequivalência: dois fármacos que são semelhantes 
quando comparados em relação à biodisponibilidade e 
o tempo necessário para alcançar o pico de 
concentração plasmática. 
 Modo de absorção, metabolismo, excreção etc.  
mesma farmacocinética 
Equivalência terapêutica: mesma dosagem, 
substância ativa, via de administração etc. 
 Medicamentos genéricos 
 O efeito precisa ser o mesmo, mas a forma e o 
tempo podem mudar 
Leito vascular  LEC  tecido alvo 
o Migração reversível 
Fluxo sanguíneo 
 Quanto maior o fluxo sanguíneo local, mais rápida 
é a distribuição do fármaco 
o O fármaco se concentra mais rapidamente 
no SNC que em músculos e tecido adiposo 
o Porém conforme ele vai se depositando 
nos músculos e tecido adiposo, a 
concentração para o SNC diminui e o efeito 
vai passando. 
Permeabilidade capilar 
 No fígado e no baço, uma fração significativa da 
membrana basal é exposta em razão de os 
capilares serem descontínuos e grandes, através 
dos quais podem passar grandes proteínas 
plasmáticas. 
 É mais difícil, por exemplo, para o fármaco chegar 
até o cérebro ou até o SNC porque é onde os 
capilares não são fenestrados então o fármaco 
precisa atravessar o endotélio do vaso ou ser 
transportado ativamente. 
Ligação a proteínas 
 Retarda ou impossibilita a ação do fármaco porque 
dificulta o seu transporte para fora do vaso 
sanguíneo. Contudo, possui a vantagem de ser 
uma reserva do fármaco porque ele pode se 
desassociar da proteína quando houver pouco 
fármaco livre no plasma. 
 O fármaco pode se ligar à tecidos e pode agir como 
reserva do fármaco ou ser tóxico ao tecido. 
Lipofilicidade 
 Aquela coisa que fármacos lipofílicos se dissolvem 
na membrana celular e hidrofílicos são 
transportados através das junções com fendas. 
Volume de distribuição 
 O fármaco pode ser distribuído pelo plasma, no 
caso, fica preso no compartimento vascular, ou 
pode ser distribuído pelos tecidos do corpo 
 Os fármacos que são altamente conjugáveis ou são 
moléculas muito grandes têm dificuldade em sair do 
vaso (heparina)  distribuição = volume de plasma. 
 
 
 
3 @ju.raminelli – ATM 2026.2 
FARMACOLOGIA 
 Fármacos hidrofílicos ou pequenos conseguem 
facilmente passar pelo endotélio vascular, contudo, 
precisam de transportadores para passar pela 
membrana celular (tecido alvo)  distribuição = 
volume de plasma + líquido intersticial = LEC 
 Fármacos pequenos molecularmente e lipofílicos 
são altamente distribuídos entre LEC e tecidos 
(etanol). 
 Qualquer fator que aumente o Vd pode aumentar a 
meia-vida e prolongar a duração de ação do 
fármaco. 
 Um valor de Vd excepcionalmente elevado indica 
considerável sequestro do fármaco em algum 
tecido ou compartimento do organismo. 
 Corresponde à capacidade de eliminação 
 A cinética de biotransformação pode ser de 
primeira ordem (linear) ou de ordem zero (não 
linear). 
o A primeira significa que a cada meia-vida, 
a concentração se reduz em 50%). 
o Esta, refere-se a substâncias que estão 
presentes em doses muito altas e significa 
que a velocidade da biotransformação 
permanece constante no tempo. 
 Fármacos lipofílicos precisam ser transformados 
em substâncias mais hidrofílicas para que possam 
ser eliminados nos rins, pois difundem-se na 
membrana celular e são reabsorvidos nos túbulos 
contorcidos distais dos néfrons. 
Fase I: no fígado, o fármaco sofre oxidação, 
redução e/ou hidrólise 
o Sistema citocromo P450: superfamília de 
isoenzimas contendo heme presentes na 
maioria das células,mas principalmente no 
fígado e no TGI  ativa pró-fármacos 
 Omeprazol, eritromicina, 
cetoconazol e ritonavir inibem 
 A inibição está relacionada à 
efeitos adversos dos pró-fármacos 
 Fase II: conjugação 
o Se o metabólito resultante da fase I é 
suficientemente polar, ele pode ser 
excretado pelos rins. 
o Os fármacos que possuem um grupo –OH, 
–NH2 ou –COOH podem entrar 
diretamente na fase II e ser conjugados 
sem uma reação de fase I prévia. 
 Pacientes com disfunção renal podem ser 
incapazes de excretar os fármacos, ficando sujeitos 
ao risco de acumulá-los e apresentar efeitos 
adversos. 
 A lipossolubilidade e o pH não influenciam a 
passagem dos fármacos para o filtrado glomerular. 
Contudo, variações na VFG (velocidade de filtração 
glomerular) e a ligação dos fármacos às proteínas 
afetam esse processo. 
 Pode ocorrer competição entre fármacos pelos 
transportadores em cada um dos sistemas (de 
ânions e de cátions) 
 Eliminação renal 
1. Filtração glomerular 
2. Secreção tubular proximal 
3. Reabsorção tubular distal 
 Estado de equilíbrio: momento em que a 
concentração plasmática do fármaco é sempre 
constante em detrimento da administração, 
distribuição e depuração constantes em um uso 
contínuo do fármaco. 
o Demora de a 5 meia-vidas 
 Dose de manutenção: 
CL= depuração e F = biodisponibilidade 
 
 
 A dose de ataque é melhor para fármacos com 
meia vida longa 
 Em geral, ácidos fracos como o fenobarbital podem 
ser eliminados mais rapidamente com a 
alcalinização da urina. O bicarbonato alcaliniza a 
urina e mantém o fenobarbital ionizado, diminuindo 
sua reabsorção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 @ju.raminelli – ATM 2026.2 
FARMACOLOGIA 
 Agonistas se ligam ao receptor e o ativam e 
agonistas inversos se ligam e inativam 
 Agonistas parciais não possuem a mesma eficácia 
que os agonistas totais, contudo, podem serem 
usados como antagonistas quando concomitantes 
a agonistas totais 
 Um agonista inverso é um agente capaz de se ligar 
ao mesmo receptor que um agonista, mas 
induzindo uma resposta farmacológica oposta 
o Atividade intrínseca 
 Os antagonistas não funcionam na ausência de 
agonistas e não possuem atividade intrínseca 
 Antagonistas competitivos são aqueles que 
competem com os agonistas pelo mesmo receptor 
o Ligam-se de forma reversível 
o Deslocam a curva pra direita 
o Diminui a potência 
 Antagonistas irreversíveis diminuem a quantidade 
de receptores disponíveis para os agonistas 
o Diminui a eficácia 
 Antagonistas alostéricos não atuam no mesmo 
receptor que os agonistas, ou seja, não competem, 
mas se fixa em um local específico que 
impossibilita a ação do agonista 
o Diminui a eficácia 
 Antagonistas funcionais atuam conforme a 
fisiologia. Eles são, na verdade, agonistas com uma 
função oposta, mas atuando em receptores 
diferentes. 
o Histamina X epinefrina 
 Ligantes hidrofílicos se ligam a receptores por fora 
da membrana celular enquanto os lipofílicos se 
difundem pela membrana e se ligam a receptores 
do outro lado da membrana 
Canais iônicos disparados por ligantes: os canais de 
ligação regulam o formato do poro pelo qual passam 
íons 
o Esses canais precisam serem abertos por 
agonistas para que os íons passem 
o Neurotransmissão, contração cardíaca e 
muscular 
Receptores transmembrana acoplados à proteína G 
o Subunidades α, β e γ 
o Interagem com GDP (guanosina difosfato) 
e GTP (guanosina trifosfato) 
o Quando inativas estão no meio intracelular, 
mas ao serem ativadas migram para o 
citosol e ativam enzimas amplificadoras ou 
canais iônicos 
o GPCR: receptores de proteína G 
o Tipos: Gs, Gi e Gq 
o α ativa (GTP) e o resto inativa 
o GDI mantém GTP 
o GTPase inativa novamente GTP porque 
hidrolisa o γ-fosfato do GTP e devolve a 
afinidade da subunidade α pelo dímero βγ 
o RGS são reguladores que auxiliam a 
GTPase 
o Gs ativa adeniliciclase e Gi inibe 
o A adeniliciclase é responsável por produzir 
AMPc 
o A Gq ativa fosfolipase C  IP3 e 
diacilglicerol 
1. Mensageiro se liga ao GPCR 
2. Mudanças estruturais do GPCR 
3. GEF desloca GDP para GTP = ativação da proteína 
G 
4. A subunidade α dissocia-se do dímero βγ 
5. Cascata de sinalização intracelular 
6. Ativação de efetores 
Receptores ligados a enzimas: 
o Sua ativação acarreta o aumento da função 
enzimática no citosol 
o Esses receptores conseguem fosforilar 
tirosina em si mesmos, o que modifica a 
estrutura da proteína  cascata de 
ativações  multiplicação do sinal 
Receptores intracelulares: 
o O ligante precisa ser lipofílico 
o Ligante-receptor  núcleo da célula  
altera fatores de transcrição  altera 
expressão gênica 
o Ex.: hormônios esteroides 
 
 Taquifilaxia: Quando um receptor é exposto a 
administrações repetidas de um agonista, o 
receptor se torna dessensibilizado e o contrário 
também ocorre, ou seja, é possível sensibilizar 
excessivamente um receptor e torná-lo resistente 
ao seu antagonista, por exemplo. 
 Conforme a concentração do fármaco aumenta seu 
efeito farmacológico também aumenta 
gradualmente até que todos os receptores estejam 
ocupados (efeito máximo). 
 O fármaco mais potente é aquele que necessita 
uma dose menor para obter um efeito. 
 A eficácia máxima de um fármaco ocorre quando 
todos os receptores estão ocupados pelo fármaco, 
e não se obterá aumento na resposta com maior 
concentração do fármaco. 
 Resposta quantal: o fármaco funciona ou não para 
o indivíduo, considerando que cada um responde 
de uma maneira particular 
 Índice terapêutico = dose tóxica/dose eficaz 
 Receptores de reserva: somente uma pequena 
fração do total de receptores precisa ser ativada 
para obter a resposta celular máxima

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