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Ficha de Leitura 1

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Princípios Constitucionais do Processo 
 
Aluno: Emerson Daudt Ricardo Professor(a): Me. Daniele V. de Oliveira 
FICHA DE LEITURA 
Título: 
 1.1 - Curso de Direito Constitucional - Direitos fundamentais processuais; 
 1.2 - Princípios do processo na Constituição Federal - Norma, principio, regra, garantia, 
direito. 
Autor(es): 
 1.1 - Ingo Wolfgang Sarlet, Luiz Guilherme Marioni e Daniel Mitidieiro; 
 1.2 - Nelson Nery Junior. 
 
A Constituição Federal de 1988, garante o direito fundamental ao processo justo, 1 
garantia inspirada na constituição norte americana. Ainda que a constituição faça menção ao 2 
“devido processo legal” (due process of law), prefere a doutrina se referir a direito ao processo 3 
justo (giusto pocesso, procès équitable, faires verfahren, fair trial). Sendo reconhecido pela 4 
doutrina como um modelo em expansão, variável e perfectibilizável, sendo de natureza 5 
processual. 6 
O direito ao justo processo é concretizado pela atuação da administração judiciaria, 7 
uma vez que o Estado Constitucional, tem o dever de tutelar os direitos. Todo e qualquer 8 
processo está sujeito ao controle de justiça processual, para sua efetiva legitimação. Seja 9 
jurisdicional ou não, todos os processos devem atentar para uma organização processual 10 
mínima, tal qual traçado na CF/88, pois o processo justo, depende de seus elementos 11 
estruturantes e requer efetiva adequação do processo ao Direito Material. 12 
Enquanto o legislativo, o judiciário e o executivo são destinatários, as pessoas físicas 13 
e jurídicas são titulares do direito ao processo justo, ainda que haja regra geral a respeito. Todo 14 
aquele que mantem personalidade processual, pode intentar juridicamente. O direito ao 15 
processo justo goza de eficácia vertical, horizontal e vertical com repercussão lateral. O mesmo 16 
se diga de seus elementos estruturantes. Ele obriga o Estado Constitucional a adotar condutas 17 
concretizadoras. 18 
O direito ao processo justo exerce papel de centralidade na compreensão da 19 
organização infraconstitucional do processo. É nele que se deve buscar a unidade na 20 
conformação do processo no Estado Constitucional. Também na colaboração, que é um modelo 21 
Princípios Constitucionais do Processo 
 
Aluno: Emerson Daudt Ricardo Professor(a): Me. Daniele V. de Oliveira 
que visa a organizar o papel das partes e do juiz na conformação do processo, estruturando-o 22 
como uma verdadeira comunidade de trabalho, em que se privilegia o trabalho processual em 23 
conjunto do juiz e das partes. 24 
O acesso à justiça diz respeito à amplitude da prestação da tutela jurisdicional, ao 25 
momento em que pode ser proposta ação e ao custo financeiro do processo. A tutela jurisdicional 26 
é a mais ampla possível no direito brasileiro. É imprescindível para a prestação de tutela 27 
jurisdicional efetiva a fiel identificação da tutela do direito pretendida pela parte, sendo 28 
imperioso, em primeiro lugar olhar para o direito material a fim de saber qual a situação jurídica 29 
substancial que se pretende proteger judicialmente. 30 
O direito à igualdade perante o Estado Constitucional é pressuposto básico de toda e 31 
qualquer concepção jurídica de Estado. Estado Constitucional é Estado em que há juridicidade e 32 
segurança jurídica. Significa dizer: todos abaixo do direito, o que remete à justiça, que por sua 33 
vez remonta à igualdade. Direito à igualdade processual, formal e material, é o suporte do direito 34 
à paridade de armas no processo. O processo só pode ser considerado justo se as partes dispõem 35 
das mesmas oportunidades e dos mesmos meios para dele participar. 36 
Nosso sistema jurídico protege a imparcialidade impondo vedações aos juízes, 37 
prevendo a possibilidade de impugnação por impedimento ou suspeição. São meios de proteção 38 
infraconstitucional do direito ao juiz natural. 39 
O direito de ação, como direito ao processo justo, tem o seu exercício balizado pela 40 
observância do direito ao contraditório ao longo de todo o arco procedimental. O direito à ampla 41 
defesa constitui direito do demandado. É direito que respeita ao polo passivo do processo. O 42 
direito de defesa é direito à resistência no processo e, à luz da necessidade de paridade de armas 43 
no processo, deve ser simetricamente construído a partir do direito de ação. O direito de defesa 44 
com os meios e recursos a ela inerentes, alcança a todo e qualquer processo. jurisdicional ou 45 
não, estatal ou não, o direito de defesa se impõe como núcleo duro que contribui para a 46 
legitimação da imposição da tutela jurisdicional ao demandado. 47 
Não são admissíveis no processo provas ilícitas. Prova ilícita é toda aquela obtida 48 
deforma contrária ao direito. Pouco importa se a violação concerne ao direito material ou ao 49 
direito processual- em ambos os casos a prova deve ser considerada ilícita. As partes têm direito 50 
à produção de prova admissível. Em geral, a produção da prova ocorre durante o processo que 51 
visa à prestação da tutela do direito. Pode acontecer, contudo, de ser necessário produzi-la de 52 
forma imediata. 53 
A publicidade é elemento indispensável para conformação do processo justo, 54 
podendo ser geral ou restrita, imediata ou mediata, sem as duas última de regra geral, sendo 55 
Princípios Constitucionais do Processo 
 
Aluno: Emerson Daudt Ricardo Professor(a): Me. Daniele V. de Oliveira 
restrito apenas em defesa da intimidade ou do interesse social. O processo ainda pode contar 56 
com várias situações de sigilo constitucional. Existe m situações em que o acesso restrito à 57 
informação faz parte de projeto estatal de combate a determinadas espécies de crimes. 58 
Todos os julgamentos serão públicos e fundamentadas todas a decisões sob pena de 59 
nulidade. O dever de motivação das decisões judiciais é inerente ao Estado Constitucional. Sem 60 
motivação a decisão judicial perde suas características basilares. Um dos fundamentos do Estado 61 
Constitucional é a segurança jurídica, sendo que o legislador não pode prejudicar a coisa julgada, 62 
sendo elemento central na conformação do direito ao processo justo. 63 
Para a efetividade do acesso a tutela jurisdicional por parte de todos que dela 64 
necessitem, independente de origem, raça, sexo, cor, idade ou condição social, é imprescindível 65 
que seja prestada assistência jurídica integral e gratuita ao que comprovam insuficiência de 66 
recursos econômicos. Tem direito ao benefício da gratuidade judiciária quem afirma ou afirmar 67 
e provar a sua necessidade. Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja 68 
situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários de advogado, 69 
sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 70 
O direito fundamental à duração razoável do processo constitui princípio redigido 71 
como cláusula geral. Ele impõe um estado de coisas que deve ser promovido pelo Estado a 72 
duração razoável do processo. O processo deve ser avaliado, para fins de aferição de sua 73 
duração, levando-se em consideração todo o tempo em que pendente a judicialização do conflito 74 
entre as partes. 75 
A regra do duplo grau de jurisdição goza em geral de grande prestígio, tendo em 76 
conta a tradicional submissão da sentença de primeiro grau à revisão pelos tribunais ordinários. 77 
Ter direito ao duplo grau de jurisdição significa ter direito a um duplo exame de mérito por dois 78 
órgãos distintos do Poder Judiciário. 79

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