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PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 1 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 1) PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Os princípios fundamentais da Constituição Federal englobam todos aqueles princípios que estão previstos nos artigos 1º a 4º da CF/88, quais sejam: • Princípio Republicano (art. 1º, caput); • Princípio do Estado Democrático de Direito (art. 1º, caput); • Princípio Federativo (art. 1º, caput); • Fundamentos da República (art. 1º, I a V); • Princípio Democrático (art. 1º, parágrafo único); • Princípio da Separação dos Poderes (art. 2º) • Objetivos Fundamentais da República (art. 3º) • Princípios das Relações Internacionais (art. 4º) Todos esses princípios serão detalhados nesta apostila, todavia, para melhor compreender o que são os princípios de uma maneira geral, é importante conhecer a diferenciação existente entre as normas regras e as normas princípios. NORMAS: estão divididas em dois grupos – “normas regras” e “normas princípios”. • Norma regra: são normas específicas, que impõem uma conduta específica. • Norma princípio: são normas genéricas, que impõem diretrizes, regras gerais de comando. Exemplo: O art. 37 da CF/88 traz normas regras e normas princípios em seu texto, tais como o princípio da impessoalidade (impossibilidade de utilização da máquina estatal para fins outros que não sejam a finalidade pública) e a regra de que nas propagandas governamentais não pode haver a divulgação da imagem de agentes políticos (vedação de uma conduta específica). PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 2 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor CONFLITO ENTRE NORMAS: Se o conflito se dá entre normas regras, vigora a lei do tudo ou nada, ou seja, ou se cumpre a regra integralmente ou não se cumpre a regra. Não existe meio termo. Em sentido contrário, se o conflito se dá entre normas princípios, deve haver a ponderação entre eles, de forma que sejam otimizados os valores preceituados em ambos. Os princípios fundamentais são as normas genéricas que preveem valores que dão sustentação à Constituição Federal de 1988 e que podem ser ponderadas entre si. 2) FORMAS DE GOVERNO Forma de governo é o modo de escolha dos governantes. Classificação das formas de governo: a) Segundo Maquiavel: As formas de governo seguem uma classificação dualista, classificando-se em REPÚBLICA e MONARQUIA. i. Monarquia: é baseada em dois princípios fundamentais: ➔ Hereditariedade; e ➔ Vitaliciedade. ii. República: é baseada em dois princípios fundamentais: ➔ Eletividade (representatividade); e ➔ Temporariedade. No quadro a seguir, esquematizamos a diferença entre a República e a Monarquia: República Monarquia Eletividade Hereditariedade Temporariedade Vitaliciedade Representatividade popular (o povo escolhe o seu representante) Ausência de representatividade popular Possibilidade de responsabilização dos governantes. Inexistência de responsabilidade dos governantes. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 3 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor ATENÇÃO! A primeira Constituição brasileira (1824) previa a Monarquia como forma de governo. Todavia, desde a Constituição de 1891 o Brasil adota a forma republicana de Governo. b) Segundo Aristóteles: as formas de governos podem ser classificadas em puras e impuras quanto à finalidade buscada pelos governantes. i.Puras: o governante busca o bem comum. Podem ser exercidas: ➔ Por uma só pessoa (MONARQUIA); ➔ Por algumas pessoas (ARISTOCRACIA, governo dos mais virtuosos, dos mais capacitados); ou ➔ Por todas as pessoas (DEMOCRACIA). ii.Impuras: o governante busca o seu próprio bem particular. Podem ser exercidas: ➔ Por uma só pessoa (TIRANIA), ➔ Por algumas pessoas (OLIGARQUIA) ou ➔ Por todas as pessoas (DEMAGOGIA). 3) SISTEMAS DE GOVERNO Sistema de governo é o modo de relacionamento entre os poderes (notadamente entre os poderes executivo e legislativo). a) PARLAMENTARISMO: • Há uma superioridade do parlamento (do poder legislativo); • O chefe do executivo é o 1º Ministro; • As funções de chefia de Estado (atuação no plano internacional) e de chefia de Governo (atuação no plano interno, doméstico) são exercidas por pessoas diferentes; b) PRESIDENCIALISMO: • Existe maior equilíbrio entre os poderes; • O chefe do poder executivo é o Presidente; • A chefia de Estado e de Governo são exercidas pela mesma pessoa – o Presidente; PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 4 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 1º MINISTRO PRESIDENTE O 1º Ministro é escolhido pelo parlamento. O presidente é eleito pelo voto direto da população. Depende da confiança da maioria do parlamento. O presidente dispensa essa confiança (muito embora, na prática, se torne difícil governar sem o apoio do parlamento, isso é possível teoricamente). Não tem mandato fixo, permanece enquanto houver apoio da maioria parlamentar. Exerce um mandato fixo e pré- determinado e só pode ser destituído antes do fim do mandato nos casos de impeachment (crimes de responsabilidade). CUIDADO! As classificações de forma de governo e de sistema de governo são complementares, ou seja, são possíveis todas as combinações entre República, Monarquia, Presidencialismo e Parlamentarismo. Veja os exemplos: • República Presidencialista: Brasil, Argentina, EUA e etc. • República Parlamentarista: Portugal e etc. • Monarquia Presidencialista: Vaticano (único exemplo atual). • Monarquia Parlamentarista: Inglaterra, Espanha, Suécia e etc. No quadro a seguir esquematizamos as principais diferenças entre o presidencialismo e o parlamentarismo: Presidencialismo Parlamentarismo Independência entre os Poderes nas funções governamentais. Regime de colaboração; corresponsabilidade entre Legislativo e Executivo. Governantes (executivo e legislativo) com mandato por prazo certo. O Primeiro-Ministro só permanece na chefia de governo enquanto possuir maioria parlamentar. O mandato dos parlamentares pode ser abreviado por uma dissolução do parlamento. Só há um chefe do executivo, que acumula as funções de chefe de Estado e chefe de Governo. Chefia do Executivo é dual, já que exercida pelo Primeiro Ministro (chefe de governo), juntamente ao Presidente ou Monarca (chefes de estado). PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 5 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor EVOLUÇÃO DA FORMA E SISTEMA DE GOVERNO NO BRASIL 1824: Monarquia Parlamentarista. Nessa época, Dom Pedro II era muito jovem quando assumiu o trono. Assim, houve uma diminuição das atribuições do Príncipe Regente. 1889: República Presidencialista (por ocasião da proclamação da república); 1961: República Parlamentarista Esse período foi fruto de negociação interna por ocasião da assunção do então Vice-Presidente – João Goulart – ao poder após a renúncia de Jânio Quadros. Nesse período, com a renúncia de Jânio Quadros e a assunção de João Goulart (Jango), houve uma nova tentativa de esvaziar os poderes do Presidente da República, dividindo-os com o Parlamento. A figura de Primeiro-Ministro, nesse período, coube a Tancredo Neves, que, mais à frente, seria eleito Presidente da República, cargo que não chegou a assumir ante sua morte por diverticulite. 1963: República Presidencialista (mudança decorrente de um plebiscito que consultou a população sobre quais deveriam ser o sistema e a forma de governo no Brasil); 1988: República Presidencialista(atual Constituição Federal); 1993: República Presidencialista De acordo com o artigo 2º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), cinco anos após a promulgação da Constituição, seria realizado um plebiscito, a fim de que o povo decidisse qual a forma e o sistema de governo que desejavam. À época, foram mantidas a república e o presidencialismo. CUIDADO! Prevalece na doutrina que a forma de governo e o sistema de governo não constituem cláusulas pétreas, podendo ser modificados a qualquer momento, portanto. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 6 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 4) FORMA DE ESTADO É o modo de repartição territorial do poder. Existem basicamente duas formas de Estado: unitário e federado. a) ESTADO UNITÁRIO O poder é territorialmente centralizado. Exemplo: Portugal: Há um único centro produtor de normas que são aplicadas em todo o território do país. No Estado Unitário, existe um único centro de poder político no país. Esse poder central pode optar por exercer suas atribuições de maneira centralizada (Estado unitário puro), ou descentralizada (Estado unitário descentralizado administrativamente). Nos dias atuais, prevalece a figura dos Estados unitários descentralizados. Vale lembrar que mesmo nesse caso a autonomia não será ampla, como ocorre com a Federação. b) ESTADO FEDERADO O poder é territorialmente descentralizado. Exemplo: Brasil: Há um centro produtor de normas que tem aplicação a todo o território nacional (congresso nacional), todavia, existem outros diversos entes produtores de normas com aplicação restritas a espaços territoriais específicos (assembleia legislativa de São Paulo, Câmara Municipal de Santos). ATENÇÃO! Em um Estado Federado, existe uma pluralidade de ordenamentos jurídicos vigentes em um mesmo território, como ocorre em municípios brasileiros, que se submetem às normas municipais, estaduais e federais simultaneamente. No Brasil, a primeira Constituição a optar pela forma federativa de Estado foi a de 1891, que, como vimos, também foi responsável pela modificação da forma de governo, de Monarquia para República. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 7 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor c) CONFEDERAÇÃO A confederação tem por característica principal ser formada pela união dissolúvel (possibilidade de separação – secessão) de Estados soberanos. Essas nações se vinculam, normalmente, por meio de tratados internacionais. A diferença marcante entre federação e confederação é que aquela é formada pela união indissolúvel de entes autônomos, ao passo que esta, pela união dissolúvel de Estados soberanos. FEDERAÇÃO CONFEDERAÇÃO Regida por Constituição Regida por tratado internacional entre países soberanos. Vedação ao direito de secessão (separação). Possibilidade de secessão. Os entes possuem autonomia. Os países integrantes possuem soberania. 5) FORMA FEDERATIVA DE ESTADO A) ORIGENS DA FORMA FEDERATIVA: • FEDERALISMO CENTRÍPETO (por agregação): ocorre quando vários Estados independentes e soberanos decidem se unir formando um Estado soberano único. É o modelo de federalismo dos EUA, no qual os Estados membros mantiveram autonomia política (legislam e escolhem seus próprios representantes políticos, por exemplo), mas perderam sua soberania. O ponto de partida do federalismo centrípeto é uma confederação, que é o conjunto de países independentes e soberanos que se unem por meio de um tratado internacional para atuarem externamente com um padrão comum. Na confederação os países confederados mantêm sua soberania e possuem o direito de retirada a qualquer tempo, tratando-se, portanto, de uma união dissolúvel. FEDERALISMO CENTRÍFUGO (por desagregação): ocorre quando um Estado unitário descentraliza o poder, atribuindo autonomia política (capacidade de legislar e escolher seus próprios representantes políticos, por exemplo) aos Estados membros que antes possuíam mera autonomia administrativa. É o modelo do Brasil, que na época do Império era um Estado Unitário dividido em províncias, que possuíam apenas autonomia PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 8 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor administrativa. Todavia, com a proclamação da República, o Brasil deixou de ser um Estado Unitário, concedendo autonomia política às antigas províncias – que passaram a ser chamadas de estados membros. B) CARACTERÍSTICAS DE UMA FEDERAÇÃO Toda federação deve atender a oito características fundamentais. Veja abaixo quais são: I. AUTONOMIA POLÍTICA DOS ESTADOS MEMBROS Podemos dizer que a autonomia política é menos que do que soberania e mais que autonomia administrativa. A autonomia política é caracterizada por quatro poderes: ➢ Autolegislação: é o poder de fazer suas próprias leis (legislações estaduais e municipais); ➢ Autogoverno: é o poder de eleger os próprios governantes (governadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e vereadores); ➢ Auto-organização: é o poder de editar sua própria Constituição Estadual (no caso dos Estados) ou Lei Orgânica (nos casos do DF e Municípios); ➢ Autoadministração: é o poder de gerir os próprios recursos e elaborar o seu próprio orçamento. CUIDADO! Na federação os entes federativos possuem autonomia política. Nos estados unitários, os entes federativos possuem mera autonomia administrativa; e nas confederações, os entes possuem soberania (sendo possível, por exemplo, a secessão a qualquer tempo). II.INDISSOLUBILIDADE DO VÍNCULO FEDERATIVO Não há direito de secessão na federação, ou seja, um estado membro não pode abandonar o estado federativo. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 9 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor III.INTERVENÇÃO FEDERAL Na federação, deve haver mecanismos de intervenção federal em casos de estrita necessidade para garantir a manutenção do pacto federativo. A intervenção federal será sempre excepcional e temporária. IV.ÓRGÃO LEGISLATIVO REPRESENTATIVO DOS ESTADOS MEMBROS Na federação deve existir um órgão legislativo que representa o interesse dos estados membros. No estado federativo Brasileiro, este órgão legislativo representativo dos estados membros é o Senado Federal. V.CONSTITUIÇÃO FEDERAL Na federação, o pacto federativo será regido pela Constituição Federal (documento interno). Trata-se de um importante ponto de distinção entre a federação e a confederação, pois esta última é regida por um tratado internacional que pode ser rompido a qualquer momento. VI.TRIBUNAL FEDERATIVO É necessário que exista um tribunal que seja responsável por dirimir conflitos federativos. No estado federativo Brasileiro, trata-se do Supremo Tribunal Federal, que será responsável por decidir as causas que envolvam conflitos entre Estados membros diferentes, entre Estados membros e o DF, entre a União e Estados membros ou DF (art. 102, I, f, da CF/88). ATENÇÃO! Os conflitos envolvendo municípios e qualquer outro ente federativo não colocam em risco a federação e, portanto, não constituem competência originária do STF. VII.VEDAÇÕES FEDERATIVAS As federações precisam prever vedações aos seus entes federativos que garantam a solidez do pacto federativo. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 10 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor No caso do estado federativo Brasileiro, as vedações estão previstas basicamente no art. 19 da CF/88, artigo extremamente cobrado em provas de concurso público: IMPORTANTE! Art. 19. Évedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - Recusar fé aos documentos públicos; III - Criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Além das vedações previstas no art. 19 da CF/88, temos também uma vedação especificamente tributária prevista no art. 152 da CF/88: Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. VIII.FORMA FEDERATIVA COMO CLÁUSULA PÉTREA A forma federativa de Estado deve ser considerada cláusula pétrea na constituição do estado federado, ou seja, não passível de mudança. Trata-se de instrumento que garante a indissolubilidade da federação. No caso brasileiro está prevista expressamente no art. 60, § 4º, I, da CF/88. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 11 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor C) CARACTERÍSTICAS DO FEDERALISMO BRASILEIRO • A federação é cláusula pétrea (art. 60, § 4º, I, da CF/88); • Não há direito de secessão (art. 1º, caput e art. 34, I, ambos da CF/88); • Federalismo centrífugo (desagregação); • Federalismo assimétrico ou cooperativo (os entes federados possuem características – competências – diferentes e uns cooperam com os outros); • Soberania é um atributo da República Federativa do Brasil e não da União (art. 1º, I e art. 18, caput, ambos da CF/88); União República Federativa do Brasil Pessoa jurídica de direito público Interno Pessoa jurídica de direito público Externo Autônoma Soberana • Federalismo de terceiro grau (pois existem três níveis de entes federados – União, Estados e Municípios). OBSERVAÇÃO: O Distrito Federal é um ente federativo híbrido, cumulando características e atribuições dos Estados e Municípios, mas que não representa um nível independente de ente federado. ATENÇÃO! No Brasil, a União, os estados membros, o Distrito Federal e os municípios (entes federativos) possuem autonomia financeira, administrativa e política, mas não possuem soberania (nem mesmo a União). A soberania é atributo da República Federativa do Brasil! PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 12 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 6) DEMOCRACIA É o poder originário do povo, exercido pelo povo e para o povo. A) MODELOS DE DEMOCRACIA • Democracia direta (participativa) É o modelo ateniense de democracia, segundo o qual cada uma das leis era votada em praça pública por todos os populares. • Democracia indireta (representativa) É o modelo Francês de democracia, segundo o qual representantes são eleitos periodicamente pelo povo para votarem as leis em nome de toda a população. • Democracia semidireta (mista) Combina as características das anteriores, ou seja, representantes são eleitos para votarem em nome da população, todavia existem institutos que garantem participação popular direta nas decisões estatais (exemplos: plebiscito, referendo, iniciativa popular para a proposição de projetos de lei, ação popular, orçamento participativo, gestão democrática do SUS e da Educação e etc.). No Brasil, temos a seguinte previsão na Constituição: Art. 1º, Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Em razão disso, temos que a democracia no Brasil é mista ou semidireta. Isso porque, apesar de a democracia indireta ser a regra em nosso ordenamento (os cidadãos votam em seus representantes e esses nos governam e aprovam as leis) existe previsão constitucional de atuação direta do povo, como na situação da iniciativa popular de lei, no referendo e no plebiscito. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 13 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 7) ESTADO DE DIREITO A) CONCEITO É o Estado cujos poderes são limitados. Trata-se, portanto, de um contraponto ao Estado Absoluto, que possuia poderes ilimitados e irrestritos. B) CONSEQUÊNCIAS DA ADOÇÃO DO ESTADO DE DIREITO NO BRASIL • Responsabilização política dos governantes Os governantes podem ser responsabilizados por crime de responsabilidade (art. 85 da CF/88), quebra de decoro parlamentar (art. 55, § 1º, da CF/88) ou improbidade administrativa (art. 37, § 4º, da CF/88). • Obrigatoriedade de prestação de contas pela administração pública (art. 70 e art. 5º, XXXIII, ambos da CF/88); • Direitos fundamentais do cidadão; C) FASES OU PARADIGMAS DO ESTADO DE DIREITO O Estado de direito evoluiu com o passar do tempo, passando por três fases bem delimitadas: ➢ Estado liberal de direito (fase liberal); ➢ Estado social de direito (fase social); ➢ Estado democrático de direito (fase democrática); • FASE LIBERAL Estabelece limites negativos ao Estado, impondo obrigações de não fazer. É uma verdadeira busca pela liberdade, exigindo que o Estado não tenha ingerência na vida privada dos cidadãos. Um contraponto marcante ao até então vigente estado absolutista. Essa fase liberal foi influenciada pelas revoluções liberais burguesas (revolução francesa - 1789, independência do EUA - 1776 e a revolução gloriosa - 1688). PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 14 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor • FASE SOCIAL Já não se restringia a limitar a atuação do Estado. Nessa fase social passa-se a exigir do Estado uma atuação para que alguns direitos mínimos fossem garantidos aos cidadãos. Busca-se uma justiça social. Essa fase social foi influenciada pela primeira revolução industrial (revolução da máquina a vapor) e revolução socialista russa (1917). • FASE DEMOCRÁTICA O poder do Estado deve ser limitado, estabelecendo-se o que o Estado deve e não deve fazer e, mais importante, que o Estado deve ser controlado pelo povo, pela sociedade civil. Essa fase democrática foi influenciada pela terceira revolução industrial (revolução tecnocientífica), no contexto do fenômeno da globalização. 8) FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA Os fundamentos da República Federativa do Brasil estão previstos nos incisos do art. 1º da CF/88. Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Lembre-se do famoso mnemônico que auxilia na memorização dos 5 fundamentos da república federativa brasileira: SO CI DI VA PLU PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 15 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor SOberania CIdadania DIgnidade da pessoa humana VAlores sociais do trabalho e da livre iniciativa PLUralismo político Os fundamentos são as bases da república, e devem ser assegurados a todos os cidadãos imediatamente. São normas de eficácia plena e aplicabilidade imediata. A) SOBERANIA Existe divergência doutrinária sobre a natureza da soberania elencada como fundamento da república. Para uma corrente (José Afonso da Silva), seria a soberania popular (todoo poder exercido pelo e para o povo), enquanto outra corrente (Alexandre de Moraes) defende tratar-se da soberania da República Federativa do Brasil. Para provas objetivas não é possível definir qual seria a posição mais razoável, dada a divergência apresentada. Todavia, MUITA ATENÇÃO com esse tema em prova: a CF/88 não diz expressamente que a soberania é popular e muito menos que é da República Federativa do Brasil, portanto, qualquer dessas afirmações em uma prova objetiva estaria errada. B) CIDADANIA Em sentido estrito, cidadania representa o direito de votar e/ou ser votado, ou seja, trata-se da capacidade eleitoral ativa e passiva. Em sentido mais amplo, a cidadania representa o direito à não marginalização social. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 16 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor CUIDADO! No contexto dos fundamentos da república, a cidadania deve ser entendida em seu sentido amplo. O que não significa, todavia, que a CF/88 não trate da cidadania em seu sentido estrito em outros dispositivos, como por exemplo, no art. 5º, LXXIII ao exigir como requisito para legitimidade ativa na ação popular, a cidadania (nesse caso, capacidade eleitoral). C) DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA Trata-se do “meta princípio”, supraprincípio ou princípio matriz do nosso ordenamento jurídico, ou seja, é o princípio que orienta todos os demais. O STF entende, inclusive, que a dignidade da pessoa humana guarda íntima relação com a busca da felicidade (STF, RE 477.544). Deriva da ideia de Immanuel Kant de que o ser humano não tem preço, mas sim dignidade, ou seja, existem direitos fundamentais que não podem ser negociados ou mitigados. Existem várias decisões que se fundamentam neste fundamento da república: impossibilidade de corte de energia de um cidadão que necessita do funcionamento ininterrupto de aparelhos elétricos para garantir sua sobrevivência, necessidade de distribuição de remédios pelo SUS, excepcionalidade no uso de algemas nos casos de prisões (Súmula Vinculante nº 11) e etc. D) VALORES SOCIAIS DO TRABALHO E DA LIVRE INICIATIVA Ao passo em que o Estado deve garantir direitos aos seus trabalhadores, também é necessário que se garanta aos cidadãos o livre direito de exercer atividades que lhe gerem lucros (livre iniciativa). Compete, portanto, ao Estado compatibilizar os dois direitos (proteção dos trabalhadores e garantia de livre iniciativa de atividades privadas lucrativas). E) PLURALISMO POLÍTICO Abrange não só o pluripartidarismo (possibilidade de existência de vários partidos políticos), mas também a liberdade de expressão política (poder defender livremente qualquer causa política) e o direito de sufrágio universal. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 17 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 9) OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA Os objetivos fundamentais estão previstos no art. 3º da CF/88: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – Construir uma sociedade livre, justa e solidária; (PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE SOCIAL) II - Garantir o desenvolvimento nacional; III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Lembre-se do mnemônico: “CO GA ERR PRO” Os objetivos fundamentais são expectativas, são aquilo que o Brasil pretende atingir em algum momento no futuro. Neste ponto, diferenciam-se dos fundamentos da república, tendo em vista que enquanto os fundamentos são de aplicação imediata, os objetivos fundamentais são algo que se almeja atingir. São normas de eficácia limitada e possuem aplicabilidade mediata (para o futuro). Serão aplicados ao caso concreto conforme surjam as normas regulamentadoras. É muito importante lembrar que os objetivos internos (artigo 3º), os princípios nas relações internacionais (artigo 4º) e os direitos sociais (artigo 6º) são considerados normas programáticas (limitadas de caráter programático). PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 18 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 10) PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO BRASIL Estão previstos no art. 4º da CF/88: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - Independência nacional; II - Prevalência dos direitos humanos; III - Autodeterminação dos povos; IV - Não-Intervenção; V - Igualdade entre os Estados; VI - Defesa da paz; VII - Solução pacífica dos conflitos; VIII - Repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - Concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. CUIDADO! Em relação ao princípio da Concessão de asilo político. Asilo político é diferente de asilo diplomático: asilo político significa receber o estrangeiro no território brasileiro, enquanto asilo diplomático significa receber o estrangeiro na embaixada brasileira em território estrangeiro. O asilo diplomático é algo bastante controvertido no direito internacional e não representa um dos fundamentos que regem as relações internacionais do Brasil. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 19 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor Asilo político é diferente de refúgio político: ASILO POLÍTICO REFÚGIO POLÍTICO Asilo político é para quem sofre perseguição política no país de origem. Refúgio político é para quem é fugitivo de guerra ou de situação de grave violação de direitos humanos. O asilo político está previsto na CF/88. O refúgio político está previsto em Lei Ordinária. O asilo político é de concessão discricionária. O refúgio político é ato vinculado. 11) PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES A) ORIGEM HISTÓRICA Em geral, se atribui a Aristóteles a ideia inicial da separação dos poderes. John Locke, posteriormente, retomou o tema tratando da existência de um poder legislativo, de um poder confederativo e de um poder de administrar. Todavia, quem propagou a ideia de separação de poderes com os contornos que conhecemos hoje, muito embora não tenha sido o seu criador, foi Montesquieu, segundo o qual haveria três poderes: legislativo, executivo e judiciário. Bolingbroke, teórico inglês, falava sobre a questão da harmonia dos poderes, conhecida também como freios e contrapesos ou “checks and balances”. Segundo o autor, a harmonia entre os poderes seria fruto de uma fiscalização recíproca entre eles. Exemplo de mecanismo de controle recíproco: O legislativo tem a função típica de criar as leis. O judiciário pode declarar a inconstitucionalidade das referidas leis. Os ministros do STF são escolhidos pelo Presidente da República (executivo) com a aprovação do Senado Federal (legislativo). PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 20 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor B) ELEMENTOS DA SEPARAÇÃO DOS PODERES Os elementos que compõem a separação de poderes estão previstos expressamente no art. 2º da CF/88: Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Independência: cada poder tem sua função típica, contudo, sem deixar de exercer de modo atípico as funções típicas dos outros poderes, justamentepara garantir a sua independência. Harmonia: trata-se do controle recíproco entre os poderes. EXECUTIVO LEGISLATIVO JUDICIÁRIO MINISTÉRIO PÚBLICO UNIÃO Presidente da República com o auxílio dos Ministros de Estado. Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) Tribunais Federais (Tribunais Superiores, Juízes Federais e TRF’s). Ministério público da União ESTADOS Governador com o auxílio dos secretários de estado. Assembleia legislativa TJ + Juízes de direito Ministério Público dos Estados DISTRITO FEDERAL Governador com o auxílio dos secretários de estado do DF. Câmara Legislativa do DF X X MUNICÍPIOS Prefeito com o auxílio dos secretários municipais. Câmara Municipal X X PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 21 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor TRIBUNAIS DE CONTAS, MINISTÉRIO PÚBLICO E DEFENSORIA PÚBLICA INTEGRAM QUAIS PODERES? Nenhuma dessas instituições está em relação de subordinação aos Poderes estudados. O Tribunal de Contas da União atua como auxiliar do Congresso Nacional, mas mantém independência e ausência de subordinação hierárquica (STF, ADI 4.190). Quanto ao Ministério Público, igualmente, tem-se em independência e inexistência de subordinação. Mas, sem dúvidas, o julgado do STF mais cobrado em provas de concursos quando se trata de separação dos poderes diz respeito à Defensoria Pública. O caso envolvia um ato de Governador de Estado que, ao receber o orçamento encaminhado pela Defensoria local dentro dos limites da LDO, promoveu cortes. Além disso, ele ainda inseriu a instituição na estrutura da Secretaria de Justiça, subordinada ao Executivo (STF, ADPF 307). C) PODERES DO ESTADO E AS RESPECTIVAS FUNÇÕES Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Todo o Poder emana do povo. No entanto, como vimos, visando a um melhor funcionamento da máquina pública, Montesquieu desenvolveu a teoria da separação dos poderes e os desdobrou em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. Cada um deles exerce uma função principal, chamada de típica, e funções secundárias, as atípicas. Veja no quadro seguinte: PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 22 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor PODER FUNÇÃO TÍPICA FUNÇÃO ATÍPICA Executivo Administrar (executar) 1 legislar: por exemplo, ao editar uma medida provisória ou um decreto autônomo. 2 julgar: julgamentos feitos pelo CADE acerca da possível formação de cartéis ou outras formas de violação da concorrência. Judiciário Julgar 1 legislar: elaboração de Regimentos Internos. 2 administrar: ‘cuidar’ de seus servidores. Ex.: conceder férias. Legislativo Legislar e fiscalizar 1 julgar: processar e julgar as autoridades indicadas pela CF/1988 (artigo 52). Ex.: Pres. da República. 2 administrar: ‘cuidar’ de seus servidores. Ex.: concessão de horas extras. (Quadro extraído do curso do professor Aragonê Fernandes) D) EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DOS PODERES • ACUMULAÇÃO DE CARGOS NO PODER LEGISLATIVO E EXECUTIVO: Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - Investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; Nesse caso haveria uma cumulação de funções: mandato eletivo do poder legislativo e cargo do poder executivo. Afinal, muito embora esteja licenciado do cargo no poder legislativo, o parlamentar não perde o seu mandato. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 23 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor ESTUDO DIRIGIDO 01) Quais são os princípios fundamentais previstos na Constituição Federal? 02) Qual a diferença entre as regras e os princípios? 03) Quais são as formas de governo na classificação de Maquiavel? Quais seus princípios fundamentais? 04) Quais são os sistemas de governo? Quais suas características? 05) Quais são as formas de Estado? 06) Como se classifica o federalismo de acordo com sua origem? 07) Quais são as características de uma federação? 08) A forma federativa de Estado é cláusula pétrea no Brasil? 09) Quais são os modelos de democracia? Quais as suas características? 10) O que é um Estado de Direito? 11) Quais as consequências da adoção de um Estado de Direito no Brasil? 12) Quais são as fases do Estado de Direito? 13) Quais são os fundamentos da República Federativa do Brasil? 14) Quais os objetivos da República Federativa do Brasil? 15) Quais são os princípios que regem a República Federativa do Brasil nas relações internacionais? 16) Qual a origem do princípio da separação dos poderes? PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 24 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 17) Quais os elementos da separação dos Poderes? 18) Existe exceção ao princípio da separação dos Poderes? PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 25 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 1) (CESPE/ PROCURADOR DE ESTADO – PGE-SE/ 2017) Quanto à forma, o Estado brasileiro é classificado como a) democrático, embasado no princípio da igualdade. b) republicano, fundamentado na alternância do poder. c) republicano, sendo essa forma protegida como cláusula pétrea. d) Estado democrático de direito. e) federativo, sujeito ao princípio da indissolubilidade. 2) (FCC/ AGENTE DE FISCALIZAÇÃO – ARTESP/ 2017) Considere: I. Elegibilidade dos representantes, ou seja, as autoridades são investidas no poder pela eleição, que poderá ser direta ou indireta. II. Temporariedade do mandato. III. Responsabilidade dos governantes, os quais devem prestar contas de seus atos. IV. Trata-se da mais antiga forma de governo ainda em vigor. No que concerne às características da forma de governo republicana, está correto o que consta APENAS em a) I e IV. b) II e III. c) I, II e III. d) I, II e IV. e) III e IV. 3) (FCC/ ANALISTA – PGE-MT/ 2016) Um grupo de servidores da Procuradoria-Geral do Estado do Mato Grosso, recém empossados, participou de uma palestra de boas-vindas, oportunidade em que foram abordados temas relacionados à República Federativa do Brasil. Houve consonância com o disposto na Constituição Federal quando mencionado que a) a soberania é princípio que rege as relações internacionais do Brasil. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 26 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor b) a independência nacional é fundamento do Estado Democrático de Direito brasileiro. c) a solução pacífica dos conflitos é fundamento do Estado Democrático de Direito brasileiro. d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativas são fundamentos do Estado Democrático de Direito brasileiro. e) a dignidade da pessoa humana é princípio que rege as relações internacionais do Brasil. 4) (FCC/ TÉCNICO – PGE-MT/ 2016) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, previsto no art. 3o da Constituição Federal, a) garantir uma renda mínima a todo cidadão. b) combater à fome. c) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. d) erradicar o analfabetismo. e) garantir a paz no território nacional.5) (FCC/ TÉCNICO – PGE-MT/ 2016) O fundamento do Estado Democrático de Direito, previsto no art. 1o da Constituição Federal, que torna o cidadão titular de direitos e o qualifica como participante da vida do Estado é a) a livre iniciativa e os valores sociais do trabalho. b) a soberania. c) a dignidade da pessoa humana. d) a cidadania. e) o pluralismo político. 6) (CESPE/ ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PCGO/ 2016) Assinale a opção que apresenta um dos fundamentos da República Federativa do Brasil previsto expressamente na Constituição Federal de 1988. a) valores sociais do trabalho e da livre iniciativa PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 27 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor b) autodeterminação dos povos c) igualdade entre os estados d) erradicação da pobreza e) solução pacífica dos conflitos 7) (FCC/ AGENTE DE APOIO LEGISLATIVO – ALMS/ 2016) Nos termos da Constituição Federal, a República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos a) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. b) constituir uma sociedade livre, justa e solidária. c) o repúdio ao terrorismo e ao racismo. d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. e) a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 8) (FCC/ AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL – SEGEP-MA/ 2016) Erradicar a pobreza e a marginalização é a) um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. b) um fundamento da República Federativa do Brasil. c) uma norma constitucional de aplicabilidade imediata e eficácia plena. d) uma regra constitucional auto executável. e) uma competência privativa da União. 9) (FCC/ TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL – SEGEP-MA/ 2016) NÃO consta entre os princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil: a) A defesa da paz. b) O repúdio ao terrorismo e ao racismo. c) A prevalência dos direitos humanos. d) A redução das desigualdades regionais na América Latina. e) A autodeterminação dos povos. PROFESSORES CARLOS ALFAMA E PAULO IGOR PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS FUNDAMENTAIS 28 ZERO UM CONSULTORIA – Professores Carlos Alfama e Paulo Igor 10) (FCC/ ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT 23ª REGIÃO/ 2016) O princípio da solidariedade social a) não está contemplado no segmento normativo da Constituição Brasileira. b) tem previsão restrita ao preâmbulo da Constituição e como tal não pode ser invocado judicialmente para seu asseguramento. c) é corolário do princípio da soberania nacional que, garantindo a indissolubilidade do Estado, obriga a formação de laços de solidariedade na sua defesa. d) não é princípio constitucional, mas mero fundamento da República. e) é um dos três componentes estruturais do princípio democrático quando a Constituição preconiza o modelo de construção de uma sociedade livre, justa e solidária. GABARITO 1 – e 2 – c 3 – d 4 – c 5 – d 6 – a 7 – d 8 – a 9 – d 10 – e
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