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Aula 11 - Hipertensão Arterial na APS

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Carla Bertelli – 3° Período 
Hipertensão Arterial na APS 
Aula 10 
 
 – é uma doença crônica não 
transmissível, uma medida de PA feita em 
pelo menos 2 ocasiões diferentes, feito de 
forma correta, bexiga vazia, pernas 
descruzadas, repouso de 5 min. 
 
PAS > ou = a 140 
PAD > ou = 90 
 
Uso do MAPA e do MRPA 
 
Benefícios do tratamento superam os riscos 
(tanto tratamento medicamentoso ou não) 
 
Lembrar que existem vários fatores envolvidos 
na HAS – genéticos, ambientais 
 
Ela é frequentemente assintomática, sendo 
difícil o paciente ir buscar atendimento por 
cotna desse aumento 
 
É um dos principais fatores de risco tratáveis 
para DCV, DRC e morte prematura. 
 
Na APS, a HAS apresenta-se em geral como 
um fator de risco integrante do risco 
cardiovascular global. As doenças associadas 
à HAS (doença coronariana e 
cerebrovascular, principalmente), quando já 
estabelecidas, podem ser motivo para o 
referenciamento ao especialista focal. 
 
A avaliação do risco cardiovascular pode 
auxiliar no planejamento de metas e decisão 
sobre tratamentos, mas não deve ser utilizada 
como critério único de decisão. 
 
Deve-se ter especial cuidado para não 
transformar um fator de risco em um 
“problema de saúde”, transformando uma 
pessoa clinicamente saudável em doente, o 
que poderá ter impactos negativos na sua 
qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
O que causa? 
 
A HAS pode vir isoladamente ou associada a 
demais fatores de risco ou doenças já 
estabelecidas. Não há uma causa definida 
para o seu desenvolvimento, mas diversas 
características estão associadas a ela, bem 
como às doenças cardiovasculares 
propriamente ditas, como, por exemplo, o 
sedentarismo, a história familiar, a obesidade, 
o tabagismo, as condições socioeconômicas 
desfavoráveis. A HAS isolada, ou relacionada 
a outros fatores de risco, associa-se a um 
risco aumentado de doenças 
cardiovasculares, sobretudo as doenças 
cerebrovasculares e as doenças isquêmicas 
cardíacas. 
 
Se associa a fatores de risco metabólicos 
(dislipidemia, obesidade abdominal, 
intolerância e glicose) 
 
Impacto nos custos médicos e 
socioeconômicos decorrente das 
complicações (fatais e não fatais) devido a 
complicações muito piores que podem ser 
evitadas 
 
Genética – influencia até 50% dos casos 
Idade – Vasos começam a ficar mais rígidos e 
os idosos tem um aumento da PA 
Sexo – Ocorre principalmente em jovens, 
maioria homens acima de 60 anos e em 
mulheres 
Etnia – Existem locais em que há mudanças 
impactantes em relação a cor/raça 
 
 
 
Fatores de Risco 
 
Ingestão de Sódio 
Sedentarismo 
Álcool 
Drogas e medicações 
Apneia Obstrutiva do Sono 
 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
Prevalência da HAS no Brasil 
 
Estima-se que com este cut-off, cerca de 46% 
dos adultos norte-americanos sejam 
hipertensos e mais 30 milhões de pessoas 
serão rotuladas como hipertensas pelo novo 
critério somente naquele país. Essa 
recomendação é controversa, pois o benefício 
de tratar pessoas com valores mais baixos de 
pressão é muito pequeno,4,5 subestima o risco 
de efeitos adversos do tratamento e do rótulo 
e subestima o risco de sobrediagnóstico de 
pressão alta 
 
Prevenção Primária 
 
Controle do Peso 
Dieta Saudável 
Atividade Física 
Diminuir/Cessar o consumo de Álcool e 
Tabaco 
Controle do estresse emocional 
Espiritualidade 
 
Tudo isso é importante para redução de danos 
– o bom trabalho da APS nesse diagnóstico 
precoce e acompanhamento dessas coisas 
pode ajudar a diminuir os números de 
hipertensos na comunidade, além de diminuir 
doenças cardiovasculares piores 
 
 
 
 
Diagnóstico e Classificação 
 
Medidas a PA elevada 
Várias aferições (exceções com lesão em 
órgão alvo) 
História Médica (Pessoal e Familiar) 
Exame Físico 
Investigação Clínica e Laboratorial 
 
 
 
 
A PA é parâmetro fundamental na avaliação 
do indivíduo atendido devido a uma 
emergência, mas este não é o caso da 
consulta de seguimento do hipertenso, que 
inclui as seguintes ações: 
 
● Estabelecer o índice de massa corporal 
(IMC) e a circunferência abdominal para o 
cálculo do risco cardiovascular. 
 
● Realizar exame físico geral, pois alguns 
estigmas podem indicar causas secundárias 
de HAS, como hipertireoidismo e síndrome de 
Cushing. 
 
● Realizar exame cardiovascular, para auxiliar 
na suspeita de lesão de órgãos-alvo, como 
nas doenças ateroscleróticas, no aneurisma 
de aorta abdominal e na insuficiência 
cardíaca. Entretanto, deve-se tomar cuidado, 
pois o valor diagnóstico de alguns achados de 
exame físico em pacientes assintomáticos é 
geralmente muito baixo e inespecífico. O 
exame de fundo de olho é importante também 
nesta etapa. 
 
Exames Complementares - Após a definição 
do diagnóstico de hipertensão, os seguintes 
exames devem ser incluídos na avaliação 
inicial:18 glicemia de jejum, colesterol total e 
frações, triglicérides, creatinina sedimento 
urinário e microalbuminúria, potássio e ECG 
em repouso. 
 
 
Anamnese 
 
A avaliação subjetiva deve ser bastante 
valorizada. Obter informações sobre o 
momento de vida, as condições 
socioeconômicas e os relacionamentos 
pessoais pode auxiliar na identificação de 
fatores estressores frequentemente 
confundidos com “pressão alta” 
 
Carla Bertelli – 3° Período 
 As informações sobre estilo de vida, hábitos 
de atividade física, hábitos alimentares, uso 
de cafeína, álcool, tabaco e outras drogas, 
história familiar de doenças cardiovasculares 
em familiares de primeiro grau (pai/mãe e 
irmãos antes dos 55/65) também são 
importantes, bem como a avaliação de história 
pessoal de doenças cardiovasculares 
manifestas prévias (infarto, angina, acidente 
vascular cerebral [AVC]) e outros problemas 
de saúde previamente diagnosticados 
 
 
Estratificação de Risco Cardiovascular 
 
Depende dos níveis da PA 
Dos fatores de risco associados 
Presença de LOA 
 
Tratamento Não Farmacológico 
 
As medidas não farmacológicas englobam 
uma série de mudanças de estilo de vida, 
como aumento da atividade física, perda de 
peso, dieta mais saúdável (com restrição de 
sódio, sobretudo de alimentos 
industrializados), cessação do tabagismo, 
redução de uso excessivo de álcool. Tais 
medidas em geral são difíceis de implementar 
individualmente, pois dependem não apenas 
da força de vontade das pessoas, mas 
também do contexto socioeconômico e 
cultural em que vivem. Assim, um erro comum 
é culpar os pacientes por seus hábitos de vida 
não saudáveis e prescrever de forma 
autoritária e persecutória modificações de 
estilo de vida que muitas vezes são 
inatingíveis 
 
 
Tratamento Farmacológica 
 
É muito comum que as pessoas lancem mão 
de medicamentos anti-hipertensivos de 
modos bastante diferentes daqueles 
imaginados e prescritos por seus médicos. Os 
betabloqueadores, por exemplo, 
proporcionam alívio sintomático das crises de 
ansiedade. No entanto, o uso de 
medicamentos que deve ser evitado é o 
decorrente da sobremedicalização, quando a 
pessoa lança mão do medicamento anti-
hipertensivo como medida terapêutica para 
situações do dia a dia. Como é frequente 
relacionar alguns sintomas, como vertigens, 
tonturas, cefaleia nucal, taquicardia, além de 
um sem-número de outras possibilidades 
criativas das pessoas, é também frequente 
que as pessoas nomeiem estas crises 
sintomáticas como “pressão alta”, lidando com 
os sintomas como se fossem HAS. Contudo, 
estes são sintomas psicossomáticos comuns, 
assim como a própria elevação transitória da 
PA. 
 
 
 
 
Quando encaminhar 
 
Hipertensão Resistente (3 ou mais 
medicações em doses adequadas) 
 
Hipertensão 
 
Hipertensão de difícil controle: com, no 
mínimo, três medicações de classes 
diferentes em doses adequadas e após avaliar 
adesão. 
 
Hipertensão secund á ria: as características 
que sugerem hipertensão secundária estão 
descritas. Dependendo da condição do 
serviço e da segurança clínica, o médico de 
família e comunidade pode iniciar a 
investigação na APS e referenciar em um 
segundo momento. 
 
 
Carla Bertelli– 3° Período 
Emergências hipertensivas: aqui, ressalta-
se que o grupo emergências hipertensivas 
reúne diferentes diagnósticos, cujo manejo 
inicial está descrito em outros capítulos. 
Nesses diagnósticos, o papel do médico de 
família e comunidade é reconhecer a 
emergência, prestar os cuidados iniciais e 
referenciar a pessoa ao serviço de 
emergência. São exemplos de emergências 
hipertensivas: infarto agudo do miocárdio e 
síndromes coronarianas agudas, AVC 
isquêmico ou hemorrágico, dissecção de 
aorta, edema agudo de pulmão, encefalopatia 
hipertensiva e eclâmpsia.

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