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– DEFINIÇÃO A DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica – A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. A obstrução do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo tabagismo. Embora a DPOC comprometa os pulmões, ela também produz consequências sistêmicas significativas. A maioria das pessoas com DPOC tem enfisema ou bronquite crônica ou uma combinação dos dois. As pessoas nas quais predomina a bronquite crônica são, às vezes, chamadas de blue bloaters (azul pletórico), pois apresentam a pele azulada (devido aos baixos níveis de oxigênio no sangue) e possuem uma tendência a ter sobrepeso. Em contrapartida, os pacientes com enfisema têm sido chamados de pink puffers (soprador rosado). Eles tendem a ser magros, têm uma coloração normal da pele (rosada) e frequentemente expiram por entre os lábios franzidos, o que ajuda a abrir as suas vias aéreas. Fonte: MEDCEL. Pneumologia. 2019. EPIDEMIOLOGIA Atualmente, a OMS estima que seja a terceira causa de morte no mundo. Em países de baixa renda, a DPOC é a sexta causa de morte, nos de renda intermediária, é a terceira causa; e nos países desenvolvidos a quinta causa de morte. O aumento da mortalidade por DPOC nas últimas décadas pode ser decorrente da melhora tanto no diagnóstico clínico como na qualidade das estatísticas de saúde em todo o mundo. Por outro lado, a redução de mortalidade por causas cardiovasculares, a partir da década de 1980, aumentou o tempo de exposição ao tabaco, fazendo um aumento real na incidência. O tabagismo é o principal fator de risco para a DPOC. Aproximadamente 1 em cada 5 fumantes desenvolverá a doença. Nos pacientes não fumantes, a relação é extremamente baixa, 1 em cada 20 não fumantes. Dessa forma, o tabagismo ativo e passivo está diretamente relacionado ao processo inflamatório e ao desenvolvimento da limitação ao fluxo aéreo. A prevalência da DPOC em não fumantes nos EUA é em torno de 6,6%, mas, em alguns países, como Colômbia e África do Sul, esse número é muito elevado, chegando até a 50%. Fatores como deficiência de alfa-1 antitripsina, história pregressa de tuberculose pulmonar e/ou asma e constantes modificações do ar em decorrência de fontes energéticas oriundas da queima de biomassa (fonte enérgica da combustão de matéria orgânica) e da industrialização estão sendo relacionadas ao aumento da DPOC no mundo. A DPOC é uma doença que está em crescimento. Decorrente do envelhecimento populacional e pulmonar, o aumento da poluição atmosférica e os recentes e conhecidos fatores de risco. – FATORES DE RISCO Fatores precipitantes • Tabagismo • Poeira ocupacional • Irritantes químicos • Fumaça de lenha • Infecções respiratórias graves na infância • Condição socioeconômica Fatores predisponentes • Deficiência de alfa-1 antitripsina • Deficiência de glutationa transferase • Alfa-1 antiquimotripsina • Hiper-responsividade brônquica • Desnutrição • Prematuridade Tabagismo é o principal fator de risco ambiental e geral, podendo ocorrer com qualquer tipo de fumo, e o risco é maior com o aumento progressivo do consumo. Entretanto, entre diferentes tabagistas com a mesma carga de consumo, apenas alguns desenvolvem a doença, sugerindo que não só a carga, mas também fatores genéticos relacionados, modificam o risco. Outros fatores ambientais de risco são a exposição a poeira ocupacional (indústrias de borracha, plásticos, couro, têxtil, moagem de grãos, produtos alimentícios, entre outros segmentos de produção), irritantes químicos e poluição extra e intradomiciliar (aquecedores e fogão de lenha). Fatores genéticos A DPOC é uma doença poligenética e um exemplo de interação entre genética e ambiente. A deficiência hereditária de alfa 1 antitripsina é uma condição recessiva rara que apresenta enfisema panlobular em não fumantes. Um dado interessante é que familiares não fumantes em primeiro grau de pacientes com DPOC têm, com maior frequência, uma função pulmonar menor em relação àqueles sem histórico de DPOC na família. Exposição a inalantes Os efeitos nocivos da exposição a inalantes são aditivos e estão relacionados com cigarro, exposição ocupacional, poluição interna e poluição externa. A exposição ocupacional a químicos irritantes, a vapores e poeiras orgânicas ou inorgânicas representa mais um fator de risco, sendo que 10 a 20% dos sintomas ou da perda funcional relacionados com a DPOC podem ser de causas ocupacionais. A poluição interna está relacionada com a fumaça oriunda da queima de biomassa (lenha, excrementos de animais e carvão) em ambientes com pouca ventilação. Esses métodos empregados para aquecimento das habitações e utilizados em fogões para o preparo da alimentação são usados por três bilhões de pessoas, principalmente por mulheres e crianças. A poluição externa relaciona-se com a emissão de motores de carros em centros urbanos. A curto prazo, tem efeito mais prejudicial para cardiopatas. Fatores que alterem o desenvolvimento e o crescimento pulmonar São aqueles que atuam durante a gestação (prematuridade e redução do crescimento pulmonar), durante o nascimento (baixo peso ao nascer) e durante infecções graves nos primeiros anos de vida. E também a desnutrição. Estresse oxidativo Os pulmões são expostos a oxidantes endógenos provenientes dos fagócitos e de outras células, assim como oxidantes exógenos oriundos da poluição e dos cigarros. Quando há um desequilíbrio entre os sistemas enzimáticos e não enzimáticos, ativam-se mecanismos moleculares inflamatórios. Gênero As mulheres parecem ser biologicamente mais suscetíveis (dose e exposição menores para um maior efeito). Além disso, tem ocorrido um aumento do tabagismo entre mulheres. Infecções virais e bacterianas São fatores de risco para o início e também para as exacerbações da DPOC. Infecções respiratórias graves na infância, que podem depender de baixo peso ao nascer ou hiper-reatividade brônquica, relacionam-se com sintomas respiratórios na idade adulta. A infecção pelo HIV acelera o aparecimento da DPOC em fumantes. Pacientes com tuberculose pulmonar prévia têm maior risco de apresentar obstrução ao fluxo aéreo, independentemente do tabagismo, reduzindo-se o reconhecimento da DPOC em países nos quais a tuberculose é frequente. Condição socioeconômica desfavorecida É fator de risco para DPOC, podendo depender de maior risco de exposição à poluição interna e externa, desnutrição além do convívio em aglomerados e na pobreza. Nutrição Seu papel isolado é duvidoso, mas a desnutrição em animais de experimentos produziu DPOC e a tomografia computadorizada de tórax em mulheres anoréxicas mostrou alterações semelhantes às do enfisema. O baixo peso ao nascer é fator de risco para DPOC. Asma Asma e DPOC podem coexistir, mas a asma poderia ser um fator de risco para limitação fixa do fluxo aéreo, embora essa hipótese aguarde comprovação. Entretanto, sabe-se que asmáticos fumantes apresentam maior risco de DPOC do que fumantes não asmáticos. MANIFESTAÇÕES CLINICAS Os 3 sintomas cardinais da DPOC A tosse é o sintoma mais comum, podendo ser diária ou intermitente. A dispneia é o principal sintoma associado à incapacidade, redução da qualidade de vida e pior prognóstico. A produção excessiva de escarro. Inclui também: ➢ Sibilos ➢ Uma fase expiratória prolongada da respiração; ➢ Hiperinsuflação pulmonar que se manifesta pela atenuação dos sons cardíacos e pulmonares;➢ E aumento do diâmetro anteroposterior do tórax (tórax em barril). É comum que os sintomas não sejam constantes no decorrer de todo o dia. Muitos pacientes relatam piora dos sintomas (principalmente da tosse e expectoração) pela manhã, com melhora parcial no decorrer do dia. Progressão da doença A presença de outros sintomas menos comuns pode indicar progressão da doença, como por exemplo a perda ponderal, que muitas vezes é um resultado da dispneia quando o paciente se alimenta, causando redução da ingesta. A perda ponderal é um sinal de mau prognóstico em pacientes com DPOC. A doença avançada se manifesta com sinais de esforço respiratório (lábios cerrados, uso de musculatura acessória, tiragem intercostal, batimento de asa do nariz), retração paradoxal dos espaços intercostais (sinal de Hoover) e cianose. Os sinais de cor pulmonale incluem distensão das veias jugulares; desdobramento da segunda bulha cardíaca, com hiperfonese do componente pulmonar; sopro de insuficiência tricúspide; e edema periférico. História natural da doença Um paciente típico de DPOC apresenta inicialmente tosse e expectoração crônicas, que costumam preceder em muitos anos o desenvolvimento de limitação ao fluxo aéreo. A tosse ocorre primeiramente de modo intermitente e, a seguir, passa a acontecer durante todo o dia. A seguir, o indivíduo passa a desenvolver dispneia, sintoma que, na maioria das vezes, o leva a procurar atendimento médico, ocorrendo progressivamente aos esforços e até durante o repouso, de modo persistente, determinando limitação funcional, piora da qualidade de vida e pior prognóstico. Também pode se queixar de sibilância e sensação de opressão torácica. O exame físico na maioria dos casos se apresenta normal ou pouco alterado. Os achados de tórax enfisematoso (com aumento do diâmetro anteroposterior), redução da mobilidade pulmonar, hipersonoridade à percussão, frêmito toracovocal e murmúrio vesicular difusamente diminuído são encontrados em geral quando a função pulmonar já está bastante comprometida. Pode-se observar expiração prolongada e estertores finos durante toda a inspiração. Com o progredir da doença, desenvolve-se cor pulmonale, podendo-se identificar turgência jugular, hepatomegalia e edema de membros inferiores, além de segunda bulha cardíaca em foco pulmonar hiperfonética, sugestiva de hipertensão pulmonar. CONDUTA DIAGNÓSTICA O diagnóstico de DPOC deve ser sempre considerado em pessoas, sobretudo com: ➢ Mais de 40 anos ➢ Fator de risco (principalmente o tabagismo) Sintomas respiratórios crônicos como: ➢ Dispneia aos esforços ➢ Tosse crônica ➢ Produção regular de catarro e/ou crises de “bronquite” ou “chiado”. Esses indivíduos são candidatos a uma avaliação mais minuciosa, inclusive com realização de espirometria. ➢ História de tabagismo de mais de 70 maços/ano apresenta uma razão de verossimilhança positiva (RVP), ou likelihood ratio positivo (LR+), de 8,0 para DPOC. ➢ Ausência de tabagismo apresenta uma razão de verossimilhança negativa (RVN) de 0,16. ➢ Produção diária de catarro de mais de um quarto de xícara tem um RVP de 4,0; ➢ História de chiado tem um RVP de 3,8; ➢ História de dispneia tem um RVP de 2,2; ➢ E de tosse, de 1,8. A combinação de achados é mais útil para fechar o diagnóstico do que para excluí-lo. Assim, um indivíduo com qualquer combinação de dois dos seguintes achados tabagismo >70 maços/ano, história de DPOC ou diminuição dos sons respiratórios à ausculta, tem um RVP de 34 para DPOC, fechando o diagnóstico. Somente três elementos da anamnese e do exame físico se associaram ao diagnóstico de DPOC na análise multivariada: história prévia de DPOC (RVP ajustada de 4,4), presença de sibilos (RVP ajustada de 2,9) e tempo expiratório forçado acima de 9 segundos (RVP ajustada de 4,6). A RVP (ou LR+) combinada desses três fatores foi de 59 (fechando o diagnóstico de DPOC), e a RVN (ou LR-) foi de 0,3. Muitas vezes, a dispneia e a intolerância aos esforços são atribuídas à falta de preparo físico, ao processo de envelhecimento e ao tabagismo, e a tosse crônica (ou pigarro) é considerada uma resposta normal ao tabagismo, o que faz muitas pessoas com tais sintomas não procurarem a APS por acreditarem tratar-se de uma consequência normal da idade e do estilo de vida. Assim, deve- se ter uma postura de busca ativa de casos, quando se depara com indivíduos tabagistas. Existe uma discussão considerável sobre quais os melhores critérios diagnósticos para DPOC. Embora a espirometria seja a principal ferramenta diagnóstica, não há consenso sobre qual é o melhor parâmetro espirométrico. O parâmetro mais utilizado, preconizado pela GOLD e pela American ThoracicNSociety (ATS), para diagnosticar obstrução ao fluxo aéreo, é a relação VEF 1/CVF <0,70. Existem controvérsias quanto a essa classificação, principalmente no que diz respeito à classificação do estágio I (DPOC leve), em que a relação VEF1/CVF está menor do que 0,7, mas o VEF1 encontra-se normal (≥ 80% doNpredito), como uma “doença”. Assim, a rotulação de indivíduos assintomáticos, mas com espirometria alterada, é um problema com o qual se deve lidar, particularmente no contexto da APS. ANAMNESE A história clínica deve ser detalhada e incluir, além da avaliação dos sintomas: ➢ A história de vida do indivíduo, incluindo aspectos socioeconômicos, hábitos de vida, aspectos ocupacionais e aspectos psicodinâmicos; ➢ O impacto da doença na vida do indivíduo, incluindo limitação de atividades, faltas no trabalho e o impacto econômico; ➢ Efeito sobre a rotina familiar; ➢ Presença de sintomas depressivos e/ou ansiosos; ➢ Disponibilidade de suporte social e familiar; ➢ Padrão de desenvolvimento dos sintomas; ➢ História familiar de dpoc ou outras doenças respiratórias; ➢ Avaliação da presença de comorbidades, como dcv, depressão, anemia, neoplasias, osteoporose e problemas osteomusculares; ➢ História de exacerbações e hospitalizações prévias; ➢ Exposição a fatores de risco, principalmente o tabagismo atual ou pregresso, o tabagismo passivo e/ou exposição ocupacional, incluindo intensidade e duração; ➢ História pessoal de asma, alergias, sinusopatia e outras doenças respiratórias; ➢ Possibilidades para a redução de fatores de risco ➢ E, por fim, a adequação do tratamento atual, a percepção do indivíduo sobre sua doença e suas expectativas em relação ao tratamento. Os principais sintomas que sugerem limitação ao fluxo aéreo são o chiado, a tosse e a produção de catarro. Tosse é o sintoma mais frequente, precedendo ou aparecendo simultaneamente à dispneia na maioria dos casos (75%). É diária ou intermitente e, geralmente, produtiva. A dispneia é o sintoma mais importante, associando-se a incapacidade física, a piora da qualidade de vida e o pior prognóstico. É insidiosa no início e progressiva. O chiado está frequentemente presente, tendo sido relatado em 83% dos casos em algumas séries. Testes de avaliação É necessária uma avaliação multidimensional ou multissistêmica de indivíduos com DPOC, já que apenas o grau de obstrução aérea verificado pelo VEF1 não garante um correto diagnóstico. O Quadro 152.1 ilustra as várias formas de medir os preditores clínicos. Índice BODE É um instrumento que avalia: ➢ Estado nutricional (IMC), ➢ Obstrução aérea (VEF1) ➢ Dispneia (escala do MRC) ➢ Estado funcional (teste da caminhada de 6 minutos). Esse índice proporciona uma avaliação integrada dos aspectos respiratórios e não respiratórios da doença, o que reflete melhor a sua gravidade do que testes isolados, além de incluir domínios relacionados à qualidade de vida de indivíduos com DPOC. O índice BODE prediz mortalidade, hospitalizaçõese é sensível a mudanças produzidas por intervenções, como a reabilitação pulmonar. Esse índice vai de 0 a 10. A nova GOLD, entretanto, inclui, em sua avaliação clínica da gravidade da DPOC: MRC (medical research council) modificado (para avaliar o grau de dispneia) e CAT (COPD Assessment Test) para avaliar o comprometimento do estado de saúde pela DPOC. Com base nos sintomas, nas exacerbações e no grau de obstrução observado na espirometria (Quadro 152.6), a DPOC pode ser classificada como leve, moderada, grave ou muito grave. Entretanto, essa classificação não é mais utilizada para fins de tratamento farmacológico. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Asma é o principal diagnóstico diferencial. Tem início geralmente em idade precoce (muitas vezes na infância), com sintomas predominantemente noturnos ou no início da manhã, com variação acentuada do quadro clínico. Observa-se associação com rinite, eczema e/ou atopia, além de história familiar de asma. A limitação ao fluxo aéreo em geral é bastante reversível e difere ainda pelo processo inflamatório (predomínio de eosinófilos, mastócitos e linfócitos T CD4) e pela resposta ao tratamento com corticoide inalatório (são geralmente francamente responsivos). Na insuficiência cardíaca congestiva (ICC), podem-se observar estertores crepitantes em bases à ausculta, presença de terceira e/ou quarta bulha patológicas, além de outros achados sugestivos. Radiografia de tórax demonstra aumento da área cardíaca e sinais de congestão pulmonar podem ser evidenciados. Nessa doença, os testes de função pulmonar geralmente evidenciam restrição volumétrica e não limitação ao fluxo aéreo; eletrocardiograma e ecocardiograma devem ser solicitados. Nos casos de bronquiectasias, em geral há expectoração copiosa crônica, presença de crepitações e roncos à ausculta, podendo ocorrer baqueteamento digital e infecções respiratórias de repetição. A tomografia computadorizada de tórax é o exame padrão-ouro, demonstrando dilatação e espessamento da parede brônquica. Na tuberculose, o quadro clínico é variado, mas deve-se ter atenção a esse diagnóstico quando há sintomas respiratórios subagudos ou crônicos associado a febre, emagrecimento e sudorese noturna, principalmente no Brasil, onde o acometimento pulmonar por essa micobactéria é bastante frequente. A confirmação diagnóstica em geral é realizada pela positividade do micro- organismo em secreção respiratória (exame direto ou cultura). A bronquiolite obliterativa ou constritiva é bem menos prevalente e deve ser considerada nos casos de dispneia de progressão mais acelerada, em pacientes com alguma condição de risco para tal, como artrite reumatoide, exposição ocupacional compatível ou antecedente de tabagismo. Radiografia de tórax pode ser normal ou evidenciar hiperinsuflação pulmonar. Espirometria evidencia distúrbio ventilatório obstrutivo, em geral sem resposta à broncodilatação. VR, CRF e DLCO estão geralmente reduzidos, com CPT aumentada. Tomografia computadorizada de tórax é muito importante, podendo-se identificar espessamento da parede e dilatação bronquiolar, áreas de aprisionamento aéreo à expiração (padrão em mosaico) e nódulos centrolobulares. EXAME FÍSICO O exame físico de indivíduos com suspeita de DPOC deve procurar por sinais de hiperinsuflação pulmonar, os quais estão geralmente presentes na doença avançada: ➢ Tórax em barril ➢ Hipersonoridade à percussão do tórax ➢ Ausência de ictus ➢ Bulhas abafadas ➢ Excursão diafragmática reduzida Além de sinais de obstrução ao fluxo aéreo: ➢ Sibilos ➢ Expiração prolongada ➢ Presença de secreção nas vias aéreas (roncos). Ainda no exame físico lembrar de: ➔ Medir a oximetria de pulso. ➔ Medir o peso e a altura (IMC) ➔ Avaliar sinais de desnutrição e consumo muscular (DPOC graves) ➔ Avaliar sinais de comorbidades associadas e de diagnósticos diferenciais. Um dos exemplos típicos é o paciente com suspeita de DPOC que tem, na verdade, IC isoladamente ou associada à DPOC. Assim, a avaliação de sinais de IC, como estase jugular, hepatomegalia, sopros cardíacos, desvio de ictus, crepitações pulmonares, edema de membros inferiores, deve ser realizada cuidadosamente. Observar se o paciente apresenta: Sinal de Hoover Esse sinal pode estar presente em até 76% dos pacientes com DPOC grave. Uso de musculatura acessória. Pulso paradoxal, que podem ser úteis em situações de exacerbação aguda. Sinal de Hoover ou respiração paradoxal (em serrote) é um sinal médico no qual existe uma assincronia entre a respiração abdominal e a respiração torácica. Assim, o abdômen movimenta-se para fora enquanto o tórax se movimenta para dentro durante a inspiração. Pulso paradoxal é definido como uma queda superior a 10 mmHg na pressão arterial sistólica durante a fase inspiratória da respiração. Do ponto de vista da avaliação formal dos valores diagnósticos de itens do exame físico, apenas quatro deles têm valor diagnóstico independente para DPOC: 1. A presença de sibilos à ausculta pulmonar, 2. O tempo expiratório forçado aumentado (> 9 segundos), 3. A descida da laringe (distância entre o topo da cartilagem tireóidea e fúrcula esternal ≤ 4 cm) 4. A expiração prolongada. EXAMES COMPLEMENTARES O principal exame complementar para o diagnóstico da DPOC e sua classificação de gravidade é a espirometria. Exames de imagem, como radiografia torácica ou tomografia de tórax, são usados para avaliar diagnósticos diferenciais e comorbidades. Espirométrico (funcional) A espirometria é recomendada para todos os fumantes com mais de 40 a 45 anos que apresentam falta de ar aos esforços, tosse persistente, chiado, produção de catarro ou infecções respiratórias frequentes. É importante frisar que, embora a espirometria seja o exame confirmatório de excelência para o diagnóstico de DPOC e sua realização deva ser estimulada, em locais em que ela não esteja disponível, o diagnóstico clínico é suficiente para o início do tratamento. Os aspectos espirométricos principais na DPOC são o VEF1 e a CVF. A limitação do fluxo aéreo é definida pela presença da relação VEF1/CVF < 0,7 após uso de broncodilatador pela maioria das diretrizes clínicas mundiais. Portanto, esse achado é suficiente, do ponto de vista espirométrico, para o diagnóstico de DPOC. Radiológico A radiografia torácica frequentemente mostra hiperinsuflação pulmonar, mas tem a função principal de afastar diagnósticos diferenciais e outras comorbidades, como câncer de pulmão, bronquiectasias, IC, TB e doença intersticial pulmonar. Radiografia torácica anual para rastrear câncer de pulmão ou avaliar a evolução da DPOC não está indicada. Alguns estudos tem demonstrado benefício em rastrear câncer de pulmão com tomografia de tórax de baixa dose anual em populações selecionadas, porém isso ainda não é uma prática seguida mundialmente. Outros exames Alguns exames, embora não sejam necessários para o diagnóstico de DPOC, são importantes para avaliar suas comorbidades e complicações, devendo ser solicitados conforme a suspeita clínica. O hemograma deve ser realizado para afastar anemia e policitemia. O eletrocardiograma e o ecocardiograma podem ser realizados em pessoas com sinais sugestivos de IC/ cor pulmonale ou que apresentem sinais ou sintomas de outras DCVs. A oximetria de pulso de repouso e aos esforços deve ser realizada para avaliar hipoxemia e necessidade de oxigênio domiciliar, além da gasometria arterial (GA) para confirmação deste quadro. Quando referenciar? A maior parte dos indivíduos com DPOC pode ser acompanhada exclusivamente na APS, entretanto, existem situações que justificam uma avaliação do pneumologista. Entre essas situações, destacam-se:➢ Incerteza diagnóstica. ➢ DPOC em pessoas com menos de 40 anos. ➢ DPOC em pessoas que possuem um parente de primeiro grau com história de deficiência de α1-antitripsina. ➢ DPOC grave. ➢ Exacerbações frequentes. ➢ Hemoptise. ➢ Dificuldade em controlar os sintomas. ➢ Necessidade de oxigenoterapia domiciliar. ➢ Necessidade de reabilitação pulmonar. ➢ Necessidade de cirurgia. CONDUTA TERAPÊUTICA A abordagem de pessoas com DPOC na APS deve incluir pelo menos quatro componentes: 1. Avaliação e monitoramento da doença 2. Redução de fatores de risco 3. Manejo do indivíduo com DPOC estável 4. Manejo das exacerbações agudas. Os objetivos do acompanhamento e tratamento de pessoas com DPOC na APS são: ➢ Aliviar os sintomas. ➢ Prevenir a progressão da doença. ➢ Melhorar a capacidade física (tolerância aos exercícios). ➢ Melhorar o estado geral de saúde e bem- estar. ➢ Prevenir e tratar complicações. ➢ Prevenir e tratar exacerbações agudas. ➢ Reduzir a mortalidade. Referenciar ao especialista quando necessário (função de filtro). Realizar a prevenção quaternária (não referenciar ao especialista quando não necessário, não expor a pessoa a intervenções diagnósticas e terapêuticas desnecessárias e prevenir e minimizar os efeitos colaterais do tratamento). O tratamento inclui: ➢ Modificações do estilo de vida ➢ Educação em saúde ➢ Intervenções multidisciplinares ➢ Tratamento específico ➢ Tratamento das exacerbações e das comorbidades. TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO A cessação do tabagismo é a intervenção mais importante para reduzir o risco de desenvolver DPOC e para retardar sua progressão. Até mesmo um aconselhamento de três minutos realizado em cada encontro com um indivíduo fumante pode ser efetivo. Além disso, são atitudes que devem fazer parte das modificações de estilo de vida de pessoas com DPOC: ➢ Avaliação e redução de exposição ocupacional ➢ Redução de exposição à poluição ambiental doméstica ➢ Dieta saudável ➢ Atividade física regular TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Os principais objetivos do manejo farmacológico de pessoas com DPOC são a redução na severidade dos sintomas e a prevenção das exacerbações. A terapia broncodilatadora é central para o manejo da DPOC. Esse tratamento produz pequenos aumentos da função pulmonar medida pela espirometria e uma redução da hiperinsuflação dinâmica que leva à dispneia da DPOC. Indivíduos com DPOC frequentemente procuram o médico de família e comunidade por dispneia, e os broncodilatadores são o primeiro tratamento prescrito na maioria das vezes. Inicialmente, os broncodilatadores de ação curta, como os β2- agonistas salbutamol ou fenoterol, ou o anticolinérgico ipratrópio, podem ser utilizados, mas em indivíduos com sintomas persistentes, os broncodilatadores de longa duração produzem alívio mais uniforme e duradouro. Atualmente, há duas classes de broncodilatadores de ação longa ação disponíveis – β2-agonistas de longa ação (LABA, do inglês long-acting beta-agonists) – formoterol e salmeterol – e os anticolinérgicos de longa ação, ou antagonistas muscarínicos de longa ação (LAMA, do inglês long-acting muscarinic antagonists) – tiotrópio. Ambas as classes de agentes, comparados com placebo, se mostraram efetivas em aliviar os sintomas de portadores de DPOC. Embora as medicações para DPOC (broncodilatadores) não se tenham mostrado efetivas em impedir o declínio da função pulmonar em longo prazo ou reduzir a mortalidade, sua efetividade para reduzir os sintomas, diminuir as exacerbações e melhorar a qualidade de vida das pessoas justificam sua utilização no tratamento com DPOC. Algoritmo de tratamento de acordo com cada estágio da doença pulmonar obstrutiva crônica. LAMA, anticolinérgicos de longa ação; LABA, β2-agonistas de longa ação; Azul = Tratamento preferencial. *Caso VEF1 <50% do predito e o paciente tenha bronquite crônica. **Em ex-fumantes. Algoritmo para farmacoterapia inalatória na doença pulmonar obstrutiva crônica. * Primeira escolha de tratamento ** Caso persistir exacerbando após o tratamento de primeira escolha *** Indicado em pacientes com DPOC e bronquite crônica LABA: β2-agonista de longa duração; LAMA: anticolinérgico de longa duração; mMRC: escala de dispneia do Medical Research Council modificada; CAT, teste de avaliação da DPOC; VEF1%, VEF1 em % do predito; BD, broncodilatador; NAC, N-acetilcisteína. Tratamento das exacerbações agudas Inclui o uso de broncodilatadores inalados de curta ação (β2 agonistas e anticolinérgicos de curta ação) e corticoides sistêmicos. Os antibióticos (p. ex., amoxicilina) estarão indicados se houver o aumento da quantidade de catarro e a modificação do aspecto do catarro para purulento como parte da definição de exacerbação aguda. Dependendo do estágio da DPOC e da gravidade da exacerbação, suplementação de oxigênio para manter a saturação entre 90 e 92% ou suporte ventilatório não invasivo, ou mesmo ventilação mecânica (VM), poderão ser indicados. Fisioterapia respiratória pode ser necessária em situações selecionadas. A avaliação de outras causas potenciais de exacerbação aguda deve ser realizada se houver dúvida quanto à etiologia da piora dos sintomas. Indivíduos com exacerbações agudas podem ser tratados tanto ambulatorialmente pelo médico de família como podem necessitar de internação hospitalar, dependendo da gravidade do episódio. Também devem ser internados indivíduos com DPOC estáveis que se submeterão a alguns procedimentos que podem causar descompensações, como broncoscopia, biópsia transbrônquica ou biópsia transparietal com agulha, ou procedimentos médicos ou cirúrgicos que requeiram o uso de hipnoanalgésicos, sedativos ou anestésicos. Intervenções específicas Uso de mucolíticos Alguns estudos sugerem que a N-acetilcisteína e a carbacisteína reduzem o número de exacerbações agudas. Oxigenoterapia domiciliar Indicações: Pressão parcial arterial de oxigênio (PaO2) ≤ 55 mmHg ou SatO2 ≤ 88% em repouso. PaO2 entre 56 e 59 mmHg ou SatO2 ≤ 89% com evidências de cor pulmonale ou policitemia. Flebotomias (sangria) Indicações: Cor pulmonale descompensado com hematócrito (Ht) > 55%. Vacinação Anti-influenza – anualmente, no outono; está associada à redução de mortalidade. Antipneumocócica – uma dose após os 65 anos; alguns autores preconizam que seja repetida a cada 5 anos, porém sua eficácia não é tão bem documentada quanto a da vacina anti-influenza. Anti- Haemophilus influenzae – não há indicação. Reabilitação pulmonar É um programa multiprofissional que engloba: Diagnóstico preciso e avaliação de comorbidades. Tratamento farmacológico, nutricional e fisioterápico. Recondicionamento físico. Apoio psicossocial Educação, para otimizar a autonomia e o desempenho físico e social. Abordagem das exacerbações agudas. CONDUTA EDUCACIONAL Todo paciente com DPOC deve receber: ➢ Esclarecimento sobre a natureza da doença ➢ O acolhimento dos medos e inseguranças ➢ A avaliação de suas dificuldades para o autocuidado ➢ O apoio psicossocial ➢ A participação em grupos na unidade ➢ Orientações práticas sobre o uso de inaladores e a reabilitação pulmonar Todas essas etapas são parte fundamental das intervenções multiprofissionais e da educação em saúde. Há evidências de que sessões formais de orientações práticas para o uso de inaladores e espaçadores melhoram os desfechos clínicos e reduzem os custos totais com o tratamento. Essa é uma intervenção que não deve ser negligenciada pelas equipes de saúde, pois é muito grande o número de pessoas com DPOC consideradas não aderentesou refratárias ao tratamento que, na verdade, não sabem ou não conseguem utilizar de forma adequada os inaladores e os espaçadores. Uma ideia que tem sido utilizada com sucesso é a fabricação caseira de espaçadores com garrafas PET, atividade que pode ser integrada a grupos para pessoas com enfermidades respiratórias crônicas, como asma e DPOC, na unidade. O uso de inaladores não é intuitivo, e os dispositivos são diferentes, portanto, o médico de família e comunidade, o enfermeiro ou o farmacêutico deve demonstrar como se usa cada tipo de inalador e espaçador. Sessões práticas em grupo ou individuais são úteis. Oficinas para construção de espaçadores podem ser momentos lúdicos e de interação das pessoas com diagnóstico de asma ou DPOC, mas depende da demanda e da aceitação. COMPLICAÇÕES DPOC E CO-MORBIDADES São efeitos extrapulmonares frequentemente observados nos pacientes com DPOC: ➢ Perda de peso (principalmente devido a perda de massa muscular) ➢ Anormalidades nutricionais ➢ Disfunção músculo-esquelética A existência de DPOC também pode aumentar o risco para outras doenças, como: ➢ Infarto agudo do miocárdio ➢ Angina ➢ Osteoporose ➢ Infecção respiratória ➢ Fraturas ósseas ➢ Depressão ➢ Diabetes ➢ Distúrbios do sono ➢ Anemia ➢ Glaucoma. É preciso destacar a intima relação entre DPOC e câncer de pulmão, seja pela presença de um fator de risco comum a ambas as condições, como o tabagismo, além do possível envolvimento de genes de susceptibilidade ou comprometimento do clearance de carcinógenos em função das alterações observadas nas vias aéreas. Um diagnóstico diferencial cuidadoso e uma abordagem diagnóstica ampla devem ser realizadas em todos os pacientes com limitação crônica ao fluxo aéreo. É muito difícil separar os efeitos do tabagismo e da redução nas atividades físicas nesses processos de doença de um possível impacto sistêmico da DPOC relacionado a inflamações e hipóxia tecidual. Hipertensão pulmonar Em uma minoria de pacientes com DPOC, o desenvolvimento de hipertensão secundária é uma ocorrência comum. As elevações na pressão da artéria pulmonar variam de leves a moderadas e sua progressão é lenta. Entretanto, a presença de hipertensão pulmonar aumenta substancialmente o risco de mortalidade em pacientes com DPOC. A hipertensão pulmonar poderá resultar no desenvolvimento de cor pulmonale, que se caracteriza por hipertrofia do ventrículo direito e, finalmente, por insuficiência ventricular direita com edema periférico associado e congestão hepática passiva. Pneumotórax O risco de incidência de pneumotórax é elevado em pacientes com DPOC. E pode ser uma condição especialmente problemática principalmente em pacientes com DPOC grave, tendo em vista que a reserva respiratória desse grupo de pacientes é reduzida. Arritmias supraventriculares O risco de arritmias supraventriculares é muito grande em pacientes com DPOC. Alguns desses riscos elevados se relacionam ao uso de medicamentos. Por exemplo, o uso de teofilina foi associado a uma elevação no risco de incidência de arritmias supraventriculares, incluindo taquicardia atrial multifocal, em especial nas situações em que os níveis medicamentosos excederem janelas terapêuticas relativamente estreitas. Os agonistas beta2 não são completamente seletivos para receptores beta-adrenérgicos. Consequentemente, esses agentes podem produzir taquicardia e, em casos raros, arritmias cardíacas. Depressão O impacto psicossocial da DPOC pode ser devastador. A restrição aos exercícios e o receio de contrair infecções respiratórias podem levar ao isolamento social. A redução na capacidade funcional e a dependência cada vez maior de cuidadores podem ser motivos para frustração. Em geral, o desenvolvimento de ansiedade é uma resposta à dispneia. Depressão é uma complicação comum da Doença pulmonar obstrutiva crônica e na maior parte dos casos não é diagnosticada. Os pacientes com DPOC devem passar por uma triagem para depressão, sendo que, nos casos aplicáveis, a terapia com antidepressivos deve ser considerada, inclusive a utilização de benzodiazepínicos pode aliviar esses sintomas, embora seja necessária muita cautela para evitar a supressão do estímulo respiratório. A dispneia é o sintoma mais debilitante da DPOC, e sua relação com mau condicionamento físico, imobilização, isolamento social e depressão (Figura152.5) não deve ser negligenciada. A depressão é comum nos indivíduos com DPOC (41% têm sintomas depressivos), sendo responsável por piora da qualidade de vida e piora na adesão ao tratamento. A mortalidade é 2,7 vezes maior entre os que têm depressão grave. PROGNÓSTICO Geralmente é uma doença progressiva, observando-se piora da função pulmonar ao longo do tempo, mesmo que o indivíduo não se exponha mais aos fatores de risco e que utilize o melhor tratamento disponível, podendo determinar limitações na realização de atividades diárias e impacto psicossocial negativo. Não determina apenas alterações respiratórias, mas também efeitos sistêmicos adversos, como baixo índice de massa corpórea e repercussões sobre a musculatura esquelética, principalmente nos pacientes com doença em estágio mais avançado. O VEF1 declina gradualmente na maior parte dos pacientes com DPOC, sendo que normalmente ocorre uma aceleração no declínio com o avanço da idade, embora, em raras situações, ocorram reduções significativas nos valores do VEF1. O risco de mortalidade em relação à DPOC está intimamente associado ao nível de gravidade de redução no VEF1. O tempo necessário para o VEF1 cair em níveis críticos depende, em parte, dos valores iniciais. Por outro lado, este fato é influenciado por fatores ambientais e familiares como, por exemplo, enfermidades respiratórias na infância, hiperresponsividade das vias respiratórias e intensidade da exposição à fumaça de cigarros. A taxa acelerada de perda da função pulmonar diminui em fumantes após o abandono do tabagismo. No entanto, níveis elevados persistentes de células inflamatórias nos pulmões de ex-fumantes com DPOC sugerem a presença de um processo inflamatório auto-perpetuante, que continua a estimular enfisema progressivo e doença nas vias respiratórias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ARAUJO, Zênia Trindade de Souto; HOLANDA, Gardenia. O índice BODE correlaciona-se com a qualidade de vida em pacientes com DPOC?. J. bras. pneumol. São Paulo, v. 36, n. 4, p. 447- 452. 2010. CERVILHA, Daniela Aparecida de Brito. 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