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Asma na Pediatria

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Asma na Pediatria 
 Asma é uma doença heterogênea crônica, geralmente caracterizada 
por inflamação crônica das vias aéreas, hiperreativdade brônquica e 
hiper secreção de muco. É definida pela história de sintomas 
respiratórios, como chiado no peito, falta de ar, aperto no peito e tosse 
que variam ao longo do tempo e em intensidade, juntamente com uma 
limitação variável ao fluxo expiratório
 Existem vários fenótipos (asma alérgica, asma não alérgica, início 
tardio, obesidade, etc.), mas a exata relação desses fenótipos com a 
clínica, evolução, tratamento e resposta terapêutica, não está 
estabelecida
Fisiopatologia
 Pode-se definir o processo de remodelagem brônquica como 
uma alteração estrutural consequentemente a um influxo de células 
inflamatórias e seus produtos, que inclui um ciclo de lesão e de 
reparação das paredes das vias aéreas. A remodelação é resultante 
de ciclos repetidos de lesão aguda, seguida por reparação 
envolvendo a maior parte dos componentes das paredes das 
pequenas e grandes vias aéreas.
Ao ter o primeiro contato com o antígeno será com a célula apresentadora 
de antígeno que apresenta pro CD4 que decide as citocinas que ele vai 
produzir que pode produzir il-12 fazendo com que haja resposta linfócitos 
Th1 com que os macrófagos onde eliminará o antígeno (NÃO TERÁ ASMA)
Resposta th2 fazendo com que citocinas e leucotrieno pro-inflamatórias 
levando a uma aumento do processo inflamatório - edema - diminuição da 
luz (ASMA)
 Processo inflamatório -> alterações 
estruturais-> espessamento da membrana 
basal e fragilidade da superfine epitelial -> 
anormalidade no controle neural 
autonômico (substância P, neurocinina A) -> alteração do 
tônus das vias aéreas, da permeabilidade vascular -> 
hipersecretor de muco -> mudança na função ciliar -> dano e 
rupturas -> Proliferação de células epiteliais e 
miofibroblastos -> depósito intersticial da membrana basal -> 
lesões irreversíveis 
 Exposição do alérgeno -> induz reação alérgica -> 
degrulação de mastócito -> liberação de inflamação de 
eosinófilo -> lesão intersticial das paredes das vias aéreas -> 
ativação de linfócitos T -> produção de citocinas 
Obstrução das vias aéreas de pequeno e médio porte por:
● Processo inflamatório crônico
● Secreção - muco e células inflamatórias
● Broncoconstrição - contração da musculatura lisa peribrônquica
Processo inflamatório crônico -> estreitamento brônquico 
intermitente e reversível -> remodelamento das vias aéreas -> lesão 
crônica não reversível -> enfisematoso 
Evolução
- toda vez que inflama gera broncoconstricção -> dilata
- quando maior a quantidade de crises pode evoluir para 
remodelação pulmonar causando lesões crônica 
 Ao controlar as crises diminui os riscos de ocorrer remodelação
Diagnóstico 
 A presença de sintomas respiratórios com as seguintes 
características aumenta a probabilidade do diagnóstico:
 ● Piora dos sintomas a noite ou pela manhã
 ● Variação dos sintomas ao longo do tempo
 ● Desencadeantes conhecidos
 ✓ infecções respiratórias virais
 ✓ exercício físico
 ✓ exposição a alergeno
 ✓ mudança de temperatura
 ✓ Exposição a irritantes: poluição atmosférica, tabagismo, 
fumaça de automóveis e cheiros fortes
Diagnóstico de Asma na Infância 
 As seguintes condições reduzem a probabilidade do diagnóstico 
de asma:
 ● Tosse isolada sem outro sintoma respiratório
 ● Produção crônica de escarro
 ● Falta de ar associado a tontura ou parestesia
 ● Dor torácica não explicada pela crise ou tosse
 ● Dispneia induzida por exercício ou esforço com inspiração 
ruidosa
Espirometria
 ● Redução da relação VEF1/CVF
 ✓ < 0,75 a 0,8 para adultos
 ✓ < 0,9 para crianças Reversibilidade Ao dar beta-2
Reversibilidade 
 ● Aumento de VEF1 em 12% ou 200 ml para adultos>
 ● Aumento de VEF1 em 12% para crianças
.
 Não pode ter recebido beta-2 de curta duração na últimas 4 horas e de 
longa nas últimas 15 horas
Sintomas atípicos de Asma pelo GINA 
Espirometria altera + reversibilidade com beta-2 = DIAGNÓSTICO DE ASMA
 Por que é tão difícil fazer diagnóstico de asma em crianças? 
 ● Sibilância recorrente é muito frequente na criança e a maioria não 
tem asma
 ● A maioria das crises de sibilância são induzidas por infecções 
respiratórias virais, as quais são muito frequentes na infância
 ● Alguns vírus estão diretamente implicados com sibilância recorrente 
na infância, destacando-se o VSR e rinovírus
 ● Crianças asmáticas também podem ter sibilância induzida por 
infecções virais
 ● Mais da metade das pessoas iniciam os sintomas de asma na infância
 ● Doença crônica mais comum da infância e principal causa de 
morbidade (faltas escolares, idas ao PS, internações)
 ● Atopia é uma característica presente na maioria dos asmáticos acima 
de 3 anos de idade (rinite e/ou dermatite)
 ● Sensibilidade a alérgenos recentemente se mostrou como um dos 
maiores fatores de risco para o desenvolvimento de asma
O diagnóstico de asma em lactantes e pré-escolares sibilantes 
recorrentes é mais provável quando há:
 ● Sibilância ou tosse desencadeada por exercícios, risadas ou choro, na 
ausência de infecção viral
 ● História de outras doenças alérgicas (rinite alérgica, dermatite 
atópica), sensibilidade a alérgenos os diagnóstico de asma em parentes 
de primeiro grau
 ● Melhora clínica após 2 a 3 meses de tratamento controle, com 
retorno dos sintomas após a cessação do tratamento
Classificação da Asma 
 ● Análise retrospectiva e oscila ao longo do tempo
 ● Baseado em quanto de medicação é necessário para o controle 
adequado dos sintomas
 Asma leve : controle obtido na etapa 1 ou 2
 Asma moderada: controle obtido na etapa 3 controlar a doença, 
mais grave será a doença.
 Asma grave: controle obtido na etapa 4 u 5
Crise Asmática ou Exacerbação Aguda da Asma 
 Um episódio agudo ou subagudo de progressiva dificuldade 
respiratória com tosse, sibilância e dor ou desconforto torácico ou 
combinação de todos esses sintomas, acompanhada por diminuição 
ao fluxo expiratório, que pode ser quantificado por medidas de 
função pulmonar e ou redução da medida de saturometria.
 A crise aguda de asma ou exacerbação aguda da asma é um 
evento que requer imediata ação tanto por parte do paciente (ou 
responsável) quanto por parte do médico, de modo a evitar 
desfechos como hospitalização, internação em UTI e até óbito. A 
ocorrência da crise aguda é um marcador de inadequado controle 
da doença.
Classificação da Intensidade da Crise 
Tratamento da Crise 
 Oxigênio se desconforto respiratório e saturometria < 92% 
 Tratamento do processo inflamatório
 ● Corticosteróide sistêmico
 ✓ prednisolona ou prednisona (1-2 mg/kg)
 ✓ metil prednisolona
 Tratamento do broncoespasmo
 ● Beta Adrenérgico de curta duração (beta-2) inalatório 
 ✓ exp.: salbutamol, fenoterol
 ● Anticolinérgico (brometo de ipratrópio)
 ● Sulfato de magnésio (crise grave)
Potente relaxante de musculatura lisa, também 
utilizado em grávidas com pré-eclâmpsia.
Broncodilatação e vasodilatação -> paciente 
pode ter hipotensão (efeito adverso)
Usado quando não responde bem com o beta-2 ou já chegou grave ao atendimento. 
É um anti-colinergico -> estimula a broncodilatação e diminui a secreção 
7m
!
Tratamento da Asma 
 ● Controle ambiental (evitar os desencadeantes)
 ● Corticoide inalatório em baixa dose
 ● Beta-2 agonista de longa duração (maiores de 6 anos- GINA) → 
pode ser usado em crianças menores de 6 anos apenas em casos 
muito graves (off lable)
 ● Beta -2 agonista de curta duração
 pré atividade física na asma induzida por exercício
 nas crises como medicação de resgate

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