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ASMA ● Doença obstrutiva e inflamatória crônica das vias aéreas, logo existe a inflamação mesmo com o paciente assintomático. ● A inflamação crônica está associada à hiper-responsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de sibilos, falta de ar, aperto no peito e tosse, particularmente à noite ou no início da manhã. ● Obstrução ao fluxo aéreo (podendo ser apenas parcial em alguns pacientes) reversível espontaneamente ou com tratamento. - Processo inflamatório heterogêneo → muitas células participam → diversos fenótipos asmáticos - Hipersensibilidade → alérgenos → broncoespasmo - Não acomete parênquima pulmonar (alvéolos) → é uma doença de via aérea (brônquio e bronquíolo) - Processo inflamatório persistente → remodelamento brônquico → fibrose e estreitamento das vias Fisiopatologia → A contração e relaxamento do músculo liso que envolve as vias aéreas são regulados pela inervação do sistema autônomo. - Parassimpático (nervo vago e receptores colinérgicos) → constrição do brônquio - Simpático (receptores beta-2-adrenérgicos) → dilatação dos brônquios ● Antígeno/alérgeno é inalada → reconhecido pelas cél apresentadoras de antígeno (APC - cél dendríticas, macrófagos) → podem ativar 2 subconjuntos de células T auxiliares: - TH1 → estimulada por micróbios → diferenciam cél B em plasmócitos → IgG e IgM - TH2 → estimulada por helmintos e alérgenos → diferenciam cél B em plasmócitos → IgE + Fator de cres. que ativa mastócito (histamina) e eosinófilos (enzimas pró-inflamatórias e leucotrienos). ● Em pessoas com asma alérgica a diferenciação das células T é medida por TH2 . Essa predisposição à TH2 pode ser explicada por infecções respiratórias na idade precoce, as quais condicionaram a resposta inflamatória a ser TH2 ● As citocinas também fazem parte da patogênese da asma, agindo no epitélio brônquico e na musculatura alisa: - TNF-alfa: ativa neutrófilo e eosinófilo + ativa fibroblasto e aumenta prod de glicoproteína (remodelamento) - IL-4 - IL-5 Obs.: leucotrienos → estimulam a secreção de muco nas vias aéreas ● A liberação dos mastócitos (histamina - broncoconstritor) está relacionada à asma induzida por exercício (AIE) ● Algumas pessoas desenvolvem uma tríade clínica da asma : rinossinusite crônica com pólipos nasais + precipitação de crises de asma + rinite em resposta ao uso de AAS e outras AINES - Via alternativa: LOX (Lipoxigenase) quebra ácido aracdônico em leucotrienos → Processo inflamatório da asma - Anti-inflamatório não esteroidal não bloqueia LOX - Bloqueadores muito potentes de COX, como a aspirina que destrói a COX, deslocam o ácido aracdônico para a LOX que produz uma quantidade excessiva de leucotrienos → asma induzida por aspirina ● Asma clássica é eosinofílica e alérgica → Principal citocina relacionada é a IL-4 → aumenta a síntese de IgE e sensibiliza mastócitos (histamina/ endotelina/ leucotrieno) ● Asma eosinofílica não alérgica → Principais citocinas relacionada são IL-5 e IL-13 → Il-5 sinaliza a medula óssea a produção de eosinófilos → estimulam a produção de muco, mastócitos e descolamento do epitélio brônquico. ● Remodelamento das vias aéreas ou remodelamento brônquico são as alterações estruturais persistentes das vias aéreas que ocorrem na asma como resultado da inflamação crônica → aumento da espessura das paredes brônquicas (fibrose subepitelial), aumento do tecido da adventícia, aumento da espessura da camada muscular e formação de edema devido ao extravasamento microvascular → reduz capacidade pulmonar permanentemente ( reduz VEF1) Principais Fenótipos asmáticos 1. Asma alérgica: 80% dos casos, inicia na infância geralmente, histórico de atopia. Infiltração eosinofílica e responde bem ao CI. 2. Asma não alérgica: início tardio, geralmente mulheres, não relacionado à atopia. A infiltração pode ser por neutrófilos e eosinófilos. Resposta reduzida ao CI. 3. Asma com obstrução aérea fixa: asma de qualquer tipo com longa duração e tratamento irregular → remodelamento e perda permanente da capacidade pulmonar. 4. Asma relacionada à obesidade 5. Asma induzida por aspirina 6. Asma induzida por exercício Aeroalérgenos Ácaros: - D.pteronyssinus - D.farinae - Blomia tropicalis Baratas: - Blatella germanica - Periplaneta americana Animais: - Cão - Gato Fungos Pólens Diagnóstico - Clínico (manifestação clínica) + Funcional (espirometria ou teste de broncoprovocação ou medidas de PFE) OBS.: A espirometria do paciente asmático nem sempre está alterada. Uma espirometria normal não afasta o diagnóstico de asma. Ao contrário da DPOC que necessariamente a espirometria deve estar alterada para que haja o diagnóstico. Quadro Clínico - Dispnéia + tosse + sibilância (Tríade mais comum) - Opressão/desconforto torácico - Sintomas noturnos ou nas primeiras horas do dia - Piora com exposição a alérgenos - Espirometria com DVO e reversibilidade com uso de BD - Podem melhorar espontaneamente - Melhora total/parcial com tratamento - Período intercrise → assintomático ou oligossintomático (sintomas residuais) Antecedentes Início dos sintomas na infância Rinite alérgica = 80% dos asmáticos Alergias a medicações (aspirina, anti inflamatório), dermatite atopica História familiar de asma ou alergia Sintomas que reduzem a probabilidade de diagnóstico - febre, hemoptise - tosse isolada, sem outros sintomas respiratórios - produção crônica de secreção → na asma há pouca secreção e são mais hialinas - dor torácica - sintomas constitucionais, febre e perda de peso Avaliação complementar Funcional Espirometria com prova broncodilatadora Teste de Broncoprovocação Pico de fluxo expiratório (PFE) Hemograma Eosinofilia Pesquisa de alergia Teste cutâneo de leitura imediata IgE sérica específica Radiografia de tórax Diagnóstico diferencial Avaliação de complicações da asma → pneumotórax, pneumonia Obs.: na crise de broncoespasmo o exame de imagem pode mostrar hiperinsuflação pulmonar (retificação das cúpulas diafragmáticas, aumento dos espaços intercostais). Avaliação especializada Objetivos fundamentais: ■ Confirmação diagnóstica → clínica + exames complementares ■ Identificação de fatores desencadeantes de sintomas → infecção respiratória,mudanças climáticas, exposição a alérgenos, ingestão de alimentos ou conservantes, uso de fármacos (betabloq, AINES) ■ Reconhecimento da gravidade ■ Caracterização de atopia → deve ser buscada quando há presença de rinite alérgica, dermatite alérgica, reações a fármacos. ■ Caracterização da presença de rinossinusite ■ Confirmação da presença de hiper-reatividade ■ Avaliação crítica da história terapêutica ■ Planejamento da estratégia terapêutica imediata e a longo prazo → A presença de obstrução das vias aéreas inferiores (broncoconstrição) é suspeitada pela história (dispneia com chiado), confirmada pelo exame físico (sibilância) e mensurada pela espirometria ou pela determinação do PFE. OBS.: a ausência de atopia não exclui, necessariamente, o diagnóstico de asma! Anamnese detalhada 1. Início da doença, frequência das crises, ocasião em que ocorrem as crises 2. Intensidade das crises → hospitalizações, emergências e UTI 3. sintomas noturnos e matutinos 4. Fatores desencadeantes e de alívio 5. Influência das sintomas nas atividades habituais 6. Tratamentos anteriores e sua regularidade 7. medicações em uso (frequência e dose) → Corticóide sistêmico, corticóide inalatório, broncodilatadores 8. Infecção respiratória de repetição (sinusite e pneumonia) 9. sintomas de refluxo gastroesofágico 10. Outras medicações contínuas 11. Atopia pessoal ou familiar 12. Exposições ambientais (quarto, cama, forração, cortinas, locais úmidos e com mofo) 13. animais domésticos (cão, gato e pássaros) Espirometria - Demonstra limitação ao fluxo de ar e/u resposta ao BD → na asma há uma melhora significativa com uso de BD - Avalia a gravidade da obstrução → piora do VEF1 = exacerbação - Usa-se para acompanhamento e resposta ao tratamento - Espirometria do paciente asmático pode estar normal → sintomasoscilam - Sendo a espirometria normal, pode-se realizar o teste de broncoprovocação, que em geral será positivo mas não significa necessariamente asma, deve ser feita uma correlação com a clínica → Esse teste é obtido pela medida repetida do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), antes e depois da exposição do paciente a nebulizações com soluções progressivamente mais concentradas de substância provocativa, como a metacolina. Exame físico FTV: normal ou diminuído * ondas sonoras se propagam melhor nos sólidos. O ar reduz. Percussão: normal ou hipersonoridade Ausculta: Sibilos e prolongamentos expiratórios Obs.: A ausência de sibilos não exclui a asma. Em casos mais graves a obstrução pode ser tão acentuada que não há passagem de ar, gerando um tórax silencioso Diagnóstico diferencial - Outras doenças obstrutivas → DPOC - Estreitamento orgânico ou funcional da laringe; - Corpo estranho → início súbito - Obstrução Intrínseca ou Extrínseca da traquéia e brônquios maiores; - Bronquiolite viral → crises nos primeiros anos de vida - Rinites e Sinusites; - Fibrose cística, discinesia ciliar e imunodeficiências → ocorrência de infecções respiratórias de repetição - Refluxo Gastroesofágico; - Bronquiectasias; - Embolia Pulmonar; - Insuficiência Coronariana; - ICC OBS.: paciente asmático em crise com dor torácica → raio X → diagnóstico diferencial para pneumotórax devido tosse persistente MEDICAMENTOS DA ASMA Anti-inflamatórios esteroides inalatórios / Corticoides Inalatórios (CI) CI são o tratamento de manutenção de primeira linha na asma brônquica Representantes: - Budesonida - Fluticasona - Mometasona - Ciclesonida → indicada para pacientes com candidíase refratária. - Beclometasona Mecanismo de ação: agem nas células epiteliais do trato respiratório suprimindo a transcrição de genes ativadores do processo inflamatório. Ações: - Reduz o processo inflamatório dos brônquios - controle dos sintomas - redução da exacerbação da doença - melhora da resposta ao tratamento da crise Efeito adversos mínimos pois não há absorção → candidíase oral e disfonia Broncodilatadores Beta-2-agonista (principais)→ alívio rápido dos sintomas → efeito broncodilatador Representantes inalatórios beta-2-agonistas: ● De curta duração (4 - 6h) SABA (Em crises graves de asma, na emergência, preferência é pelos SABA) - Fenoterol (berotec) - Salbutamol - Efeitos adversos: palpitação, taquicardia e tremores. ● De longa duração (12h) LABA (Nunca devem ser usados isolados em tratamento de manutenção, somente em associação a CI) - Formoterol → usado na crise pois tem um início de efeito rápido (5 -10 min) - Salmeterol → não é usado na crise/ início do efeito em 60 min - Efeitos adversos: taquicardia, náusea, tremores e cefaleia Representantes beta-agonistas SC ou IV: - Terbutalina (SC) - Salbutamol (IV) - adrenalina (SC) Representantes anticolinérgicos (nebulímetro e nebulização) - Brometo de ipratrópio (nunca deve ser usado isolado em asma) → não é recomendado uso como tratamento de manutenção. Como resgate só pode ser usado associado a um SABA. - Tiotrópio - Efeito adverso: xerostomia. Importante instruir o paciente a nunca deixar o aerossol entrar em contato com os olhos (pode gerar glaucoma, catarata) OBS.: Indacaterol (broncodilatador de ultra longa ação 24h) não está liberado para uso em casos de asma, mesmo associado à CI. - Administração deve ser através de aerossol dosimetrado ou de NBZ - Aerossol com espaçador: dose menor (1:2,5) , menor incidência de tremores, palpitações e ansiedade - Dose: três doses a cada 20 min. e depois a cada 4 horas Corticóides Usado no tratamento de exacerbações mais graves. sistêmicos (CS) Corticóide VO tem a mesmo potencial de ação do IV - Previne a recidiva rápida após resgate de uma crise - Só deve ser usado no tratamento de manutenção quando todas as opções de CI forem esgotadas devido aos efeitos colaterais Representantes: - Prednisona (VO) - Prednisolona (VO) - Hidrocortisona (IV) - Metilprednisona (IV) → CS IV só é indicado se a função pulmonar for inferior a 30% do previsto em paciente sem melhora com uso de SABA em dose adequada. Anticorpo monoclonal anti-IgE (Omalizumabe) Anti-IgE tem a capacidade potencial de bloquear uma etapa importante na cascata alérgica e, dessa forma, reduzir o remodelamento das vias aéreas. - Tratamento da asma alérgica → mediada por IgE - Não é utilizado em crise asmática - Efeito adverso: anafilaxia (raro) Antileucotrienos Os antileucotrienos são anti-inflamatórios menos potentes e eficazes do que os corticoides inalatórios. - Pacientes com benefício no uso de antileucotrienos são os que apresentam broncoespasmo por exercício, asma associada à polipose nasal, asma com história de alergia à AAS. - Antagonismo dos receptores dos leucotrienos --> Montelucaste CLASSIFICAÇÃO DA ASMA A classificação da asma deve ser feita com base em 2 grandes critérios: - Grau de controle: controlada, parcialmente controlada e não controlada - Gravidade: Leve , moderada e grave → conforme intensidade do tratamento necessário para manter a doença sob controle. Classificação A classificação com base na avaliação do nível de controle dos sintomas é feita através de um questionário referente às últimas 4 semanas de sintomas: ● Lista de sintomas: - Sintomas diurnos >2x/semana - Qualquer despertar noturno devido a asma - Necessidade de medicação de resgate >2x/semana - Qualquer limitação de atividade BEM CONTROLADA Nenhum sintoma PARCIALMENTE CONTROLADA 1 -2 sintomas NÃO CONTROLADA 3-4 sintomas Manter paciente na menor etapa para o controle. Considerar escalonamento para ganho de controle Escalonar até obter controle Step up ou escalonar → aumentar o tratamento caso sintomas não estejam controlados ou com exacerbações. Lembrar de rever técnica e adesão antes. Step down ou descalonar → sintomas controlados por 3 meses, baixo risco de exacerbação → NÃO suspender o IC. A classificação da asma quanto a gravidade é com base no tratamento adequado para o paciente. Cada step de tratamento corresponde a um nível de gravidade. ASMA LEVE → step 1/2 ASMA MODERADA → step 3 ASMA GRAVE → step 4/5 Tratamento Tratamento crônico da asma - 2 objetivos: supressão de sintomas + diminuição dos riscos futuros (obstrução fixa, exacerbação) - Incluem medidas não farmacológicas e farmacológicas - As drogas antiasmáticas são divididas em 3 categorias: ● Terapia de controle → uso diário/ redução da inflamação → CI ● Terapia de resgate → sintomas que escapam ao controle → Beta-2-agonista ● Terapias adicionais (asma grave e refratária) → uso em pacientes que utilizam a terapia de controle em doses máximas e continuam sintomáticos → individualizada e leva em conta o fenótipo da asma. - A estratégia atual obedece a uma escada terapêutica na qual a intensidade do tratamento de controle é ajustada em função da resposta clínica (observada após 2-3 meses de tratamento) - A decisão de “descer” ou “subir” o tratamento depende de um ciclo contínuo: 1. avaliação da asma (grau de controle) 2. prescrição do tratamento no passo adequado 3. reavaliação da resposta clínica POR QUAL PASSO COMEÇAR ? - Normalmente começa-se pelo passo (step) 2, exceto casos em que os sintomas são muitos ocasionais e de pouca relevância clínica, nesses inicia-se com passo 1. - Sintomas importantes ou houver relato de crises graves → comece pelo passo 3 MANEJO DE ASMA - PACIENTE > OU = 12 ANOS MANEJO ASMA - CRIANÇA ENTRE 6 E 11 ANOS Crise de Asma / Exacerbação Episódio agudo ou subagudo de piora progressiva de falta de ar, chiado, tosse, aperto no peito. Causas: - Infecção viral → importância da vacinação para influenza - exposição a alérgenos/irritantes - Comorbidades: rinossinusopatia, DRGE, obesidade e síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) Clínica: - Agitação - Fala entrecortada - Taquipneia - Tempo expiratório prolongado - Inclinação para a frente com ombros elevados - Uso da musculatura acessória - Sibilos - principalmente expiratórios- Roncos - muco - MV diminuídos ou ausentes OBS: hipoxemia (hiposaturando) é raro em crises de asma → pensar em outras causas ou definir uma asma grave Avaliação clínica rápida →. adultos fazer espirometria e/ou pico de fluxo expiratório → oximetria de pulso - Exames complementares são dispensáveis, mas devem ser solicitados quando saturação < 93% ou com rebaixamento do nível de consciência 1. Gasometria arterial 2. Rx de tórax → suspeita de comorbidades/complicações 3. Hemograma → suspeita de infecção Paciente de Risco: - História de asma quase fatal (intubação, ventilação mecânica) - atendimento de urgência nos últimos 12 meses - em uso (atual ou recente) de CO - uso excessivo de beta agonista (>200 doses/mês) - má aderência - doença psiquiátrica ou problemas psicossociais - história de não adesão ao tratamento Crise leve e moderada - estado geral e mental normal - dispneia ausente ou leve, FC < 110 - sibilos ausente, localizados ou difusos - pico de fluxo > 50% previsto Crise grave / muito grave - estado geral: cianose, exaustão, sudorese - estado mental: agitação, confusão, sonolência - dispneia intensa, FC > 110 - sibilos ausentes, pico de fluxo < 50% previsto Brometo de Ipratrópio (Atrovent®): 40 gotas a cada 20 minutos, via NBZ (associado ao beta-2-agonista de curta, diluído em 3 a 5mL de SF0,9%). Conduta na crise de asma Medicações para crise de asma Broncodilatador → Terapêutica de primeira linha - Administração deve ser através de aerossol dosimetrado ou de NBZ - Aerossol com espaçador: dose menor (1:2,5) , menor incidência de tremores, palpitações e ansiedade - Dose: três doses a cada 20 min. e depois a cada 4 horas ● Fenoterol (berotec 5mg/ml; 200 mcg): 2,5 a 5,0 mg ou 10 a 20 gotas ou 2 a 4 puffs ● Salbutamol (aerolin 5mg/ml; 100mcg): 2,5 a 5,0 mg ou 10 a 20 gotas ou 4 a 8 puffs Brometo de ipratrópio - Pico de broncodilatação ocorre 1 a 3 horas após administração - Acrescenta broncodilatação em asmáticos com PFE < 200 l/min. - Reduz os riscos de tratamentos adicionais, exacerbação e hospitalização - Doses: 0,5 mg a cada 20 min. até 3 doses, depois a cada 4-6 horas (solução 0,25 mg/ml) Corticóides sistêmicos - Crise moderada usa-se 40-60mg/ dia de prednisona e 40-60mg de metilprednisolona de 6/6h nas crises graves - Ação após 4-6h - Mantêm-se por 7-14 dias Outras medicações - Oxigênio: para manter a SpO2 entre 93 - 95% - B-2-agonista EV ou SC (terbutalina ou salbutamol): sem evidência para uso em crise. muita taquicardia e tremores - Adrenalina: IM crise de asma com anafilaxia. Não deve ser usado rotineiramente. - Corticoide oral é tão efetivo quanto EV → mais barato, mais rápido e menos invasivo. Preferencialmente usado na primeira hora. - Ipratrópio (atrovent): uso em crise moderada ou grave sem resposta adequada às condutas iniciais. - Aminofilina ou teofilina: não deve ser usado - Sulfato de magnésio: usado em pacientes graves e crises graves recorrentes. Paciente com PFE o VEF1 <30% → Dose: 2g (4ml de sulf. de Mg 50%), podendo ser repetido em 20min. E a cada 24 horas se monitoriza os níveis séricos. - Antileucotrieno: EV ou VO não tem indicação para crise - ATB: se tiver outro quadro infeccioso concomitante Classifique as pacientes abaixo com base no nível de controle da asma: 1. Mulher de 16 anos de idade chega ao ambulatório com queixas de dispnéia que é mais frequentes no início da noite ou final da madrugada, três vezes por semana há 2 meses, que alivia espontaneamente ou após uso de broncodilatador em “bombinhas” e que surgem após mudanças de temperaturas ou contato importantes com poeiras. Os sintomas não prejudicam suas atividades diárias, mas tem despertares noturnos 2 vezes na semana
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