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Atenção Humanizada e Qualificada à Gestação

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Atenção Humanizada e Qualificada à Gestação, ao Parto, ao Nascimento e ao Recém-Nascido
Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Criança - PNAISC
Apesar dos avanços, a mortalidade infantil no Brasil, está em níveis acima do aceitável
Desafios:
- Mudanças Sociais, econômicas e demográficas 
- Transição epidemiológica
- Situações de Vulnerabilidades sociais
- Acesso ao uso de álcool e drogas por crianças; ou crianças de famílias onde há situação de uso abusivo de álcool ou outras drogas;
- Reconhecimento e à afirmação dos direitos relacionados à diversidade cultural e especificidades de crianças com deficiências;
- indígenas, negras, quilombolas, ciganas, população rural e das águas;
- crianças em situação de rua, em serviços de acolhimento, filhos e/ou filhas de mulheres no sistema prisional;
- medicalização da vida, desde o parto e nascimento, patologização das dificuldades escolares;
- terceirização do cuidado com a criança; 
- Bullying no ambiente escolar.
Eixo Estratégico I 
“Consiste na melhoria do acesso, cobertura, qualidade e humanização da atenção obstétrica e neonatal, integrando as ações do pré-natal e acompanhamento da criança na atenção básica com aquelas desenvolvidas nas maternidades, conformando-se uma rede articulada de atenção”
1- Organização da Rede e Seus Pontos de Atenção e Cuidado
2- Prevenção das transmissões vertical do HIV, STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, herpes simples) e do vírus zika
3- Triagens Neonatais Universais: (TNU)
4- Alta qualificada do recém-nascido da maternidade, com vinculação da dupla mãe-bebê à Atenção Básica. 
- Atenção Integral – Início PAISM - promoção saúde sexual e reprodutiva, desde a adolescência, propondo o protagonismo e a autonomia da mulher .(BRASIL, 1984)
- A Rede de Atenção à Saúde Materna, Neonatal e Infantil (Rede Cegonha) objetiva fomentar a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança, com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança (zero aos 24 meses); e organizar os pontos de atenção para a garantia do acesso, com acolhimento e resolutividade, com a finalidade de reduzir a mortalidade materna e infantil, [...] com a definição das responsabilidades em todos os níveis de atenção, integração do cuidado da Atenção Básica com a Atenção Hospitalar, onde ocorre a absoluta maioria dos partos.
[..] há necessidade de se aprimorar o cuidado cotidiano nos serviços de saúde.
[..] , buscando equilíbrio e prevenção de intervenções desnecessárias, assumindo-se que práticas sem recomendação técnica durante o trabalho de parto e nascimento podem contribuir para a persistência dos índices ainda elevados de morbidade e de efeitos adversos físicos e psíquicos, imediatos, de médio e longo prazo na vida da mulher e da criança, com prejuízo do seu pleno desenvolvimento.
- Repercutem ainda na satisfação das mulheres com a experiência do parto e nascimento, que apontam tratamento desrespeitoso e violência institucional, inclusive em relação a práticas desnecessárias realizadas com o bebê, como a sua separação da mãe logo após o nascimento. 
1 - Organização da Rede e Seus pontos de Atenção e Cuidado:
- A Atenção Básica, especificamente a Estratégia Saúde da Família (ESF), é a porta de entrada preferencial do sistema de saúde na atenção perinatal e coordenadora do cuidado.
- Em conformidade com o nível de complexidade para cada caso, de acordo com a Portaria n.º 1.459, de 24 de junho de 2011(BRASIL, 2011a), recomendações e protocolos nacionais e locais articulam-se com os demais níveis de atenção para o alcance de resposta efetiva. 
- A atenção pré-natal é realizada na Atenção Básica e a continuidade do cuidado até o parto deve
ser mantida durante toda a gestação por esta equipe.
- O parto é uma urgência prevista, que deve estar contemplada no planejamento da Atenção Básica e da rede local de saúde. Mesmo nos casos em que também é necessário o acompanhamento pré-natal de alto risco (Pnar), o acompanhamento na Atenção Básica deve ser mantido, com exames, vacinação e avaliação integral das necessidades da mulher, práticas educativas e monitoramento do cuidado.
- Desde a atenção pré-natal, devem ser realizadas ações específicas para apoio à implementação das práticas baseadas em evidências e da legislação vigente, com a disseminação da informação adequada à gestante e aos familiares e fortalecimento do controle social, com o intuito de fomentar os direitos da mulher e da criança, de acesso à atenção humanizada ao parto e ao nascimento, promoção do nascimento saudável, do vínculo mãe e filho, dos laços familiares e sociais e do aleitamento materno.
Rede de Atenção à Saúde:
- Acesso ao cuidado em todos os níveis de complexidade no pré-natal, parto e puerpério e atenção ao recém-nascido (RN)
- Modelo multidisciplinar e colaborativo de atenção pré-natal, ao trabalho de parto, parto e nascimento
-Recursos humanos disponíveis e em constante processo de educação permanente,
- Transporte seguro, pré e inter-hospitalar para a mulher e a criança.
- Humanização da assistência: cuidado individualizado centrado na pessoa, protagonismo da mulher e da família e respeito às suas escolhas; propiciar e estimular laços de proteção, vínculo, afeto, informação adequada e consentimento sobre os procedimentos a serem realizados.
- Promoção da fisiologia do parto normal e do nascimento saudável com utilização de tecnologia apropriada baseada em evidência e ação/intervenção oportuna apenas se necessário; evitar procedimentos sem respaldo técnico (jejum, tricotomia, toques repetidos, ocitocina para aceleração do trabalho de parto, amniotomia, manipulação perineal, manobra de Kristeller, episiotomia).
- Alojamento conjunto desde o nascimento e garantia de cuidado para a mulher e o RN, de acordo com suas necessidades
- Ambiência adequada para favorecer conforto, respeito, dignidade e privacidade, presença do acompanhante da gestante, incentivo à livre movimentação e deambulação, livre posicionamento no parto, 
2 - A Prevenção das transmissões vertical do HIV, STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, herpes simples) e do vírus zika
- A transmissão vertical (da mãe para a criança durante a gravidez) destas doenças merecem destaque por refletirem problemas no sistema de saúde, em especial má qualidade do pré-natal na Atenção Básica, dado que existem ações de prevenção e controle ou tratamento, para esses agravos. 
- Diante de uma ocorrência indesejável e prevenível como esta, a informação sobre cada caso deve retornar à equipe de Atenção Básica, retroalimentando as ações dos serviços, de modo que as medidas pertinentes sejam tomadas, prevenindo-se novos casos.
- As ações em doenças sexualmente transmissíveis/vírus da imunodeficiência humana/ síndrome da imunodeficiência adquirida (DST/HIV/aids) voltadas para gestantes e crianças têm conseguido diminuir significativamente o risco da transmissão vertical do HIV no País, graças a oferta de exames diagnósticos e quimioprofilaxia adequados durante a gestação, o parto e o puerpério.
- Já em relação à transmissão vertical de sífilis persiste o desafio de qualificação e de agilização do diagnóstico e do tratamento em tempo oportuno da gestante e de seu parceiro, com o Brasil ainda mantendo índices inaceitavelmente elevados de bebês com sífilis congênita.
- Toda gestante deve ser orientada, no pré-natal, a realizar exames para identificar doenças que possam ser transmitidas aos seus bebês: infecções pelo vírus do HIV, STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, herpes simples) e do vírus zika sob o seu consentimento e direito ao sigilo do resultado.
- Vale ressaltar que as Unidades Básicas de Saúde (UBS) disponibilizam testes rápidos para HIV e sífilis, visando aumentar a resolutividade e a agilidade no diagnóstico e no tratamento destas patologias na gravidez.
- O recém-nascido de mãe soropositiva deve receber quimioprofilaxia e/ou tratamento adequado imediatamente após o nascimento e durante as seis primeirassemanas de vida (42 dias).
3- Triagens Neonatais Universais: (TNU)
-Objetivo: identificar distúrbios e/ou doenças em recém-nascidos e lactentes em tempo oportuno, para intervenção adequada, garantindo tratamento e acompanhamento contínuo, conforme estabelecido nas linhas de cuidado, com vistas a reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida.
- A triagem neonatal é realizada em quatro modalidades: biológica, auditiva, ocular e de cardiopatias congênitas críticas, além da avaliação do frênulo lingual 
- Avaliação do Frênulo Lingual - “Teste da Linguinha” (Avaliação do Frênulo da Língua de Recém-nascidos), por meio da Lei n.º 13.002, de 20 de junho de 2014, que em seu artigo 1º define: “É obrigatória a realização do Protocolo de Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês, em todos os hospitais e maternidades, nas crianças nascidas em suas dependências.”
- Para regulamentar sua implementação, o Ministério da Saúde publicou a “Nota Técnica n.º 09/2016”, visando “Orientar profissionais e serviços de saúde sobre a identificação precoce de anquiloglossia em recém-nascidos..”
4 - Alta qualificada do recém-nascido da maternidade, com vinculação da dupla mãe-bebê à Atenção Básica 
- Sempre que possível, a mãe deve deixar a maternidade já com a data agendada para o comparecimento entre o 3º e o 5º dia de vida na Unidade Básica de Saúde (UBS), visando ao “5º Dia de Saúde Integral” para a mulher e seu recém-nascido (vide esta e outras orientações a serem dadas para a mãe no momento da alta, na Portaria n.º 2.068, de 21 de outubro de 2016, de Diretrizes de atenção no Alojamento Conjunto).
- O “5º Dia de Saúde Integral” é um momento privilegiado para detecção de dificuldades e necessidades particulares da mãe e do bebê, de riscos e vulnerabilidades.
- Verificação dos registros da maternidade nas Cadernetas de Saúde da Criança e caderneta da Gestante, sobre as condições de parto/nascimento e intercorrências nos primeiros dias de vida, que exigem cuidados na Atenção Básica (icterícia etc.).
- Escuta das dúvidas da mãe e orientação sobre os primeiros cuidados para a mãe (aí incluindo o planejamento familiar) e para o bebê, inclusive a observação de sinais de alerta/perigo.
- Observação da mamada (verificação da adequação da “pega” etc.) e incentivo ao aleitamento materno, com apoio quanto às dificuldades apresentadas.
- Checagem dos resultados das triagens neonatais ocular (teste do olhinho) e auditiva (teste da orelhinha), com agendamento de novas testagens, se necessário. 
- Coleta de sangue para a triagem neonatal biológica (teste do pezinho), caso não tenha sido realizada na maternidade.
- Aplicação de vacinas para a mãe (dTpa – tétano, difteria e coqueluche, tríplice viral, sarampo, rubéola e caxumba), caso ainda não vacinada, e para o RN (BCG e hepatite B), caso não tenha sido imunizado na maternidade.
- Agendamento das consultas, preferencialmente médicas, de pós-parto e planejamento familiar para a mãe, e de puericultura.
- Sempre que possível, deve ser estimulada a presença do pai neste e em outros momentos de atendimento à mãe e ao bebe, de forma a empoderá-lo para o apoio à mulher e para o cuidado de sua criança.

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