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UNIVERSIDADE PAULISTA PIM X

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
SEI – SISTEMA DE ENSINO INTERATIVO 
CURSO DE GESTÃO DO AGRONEGÓCIO 
 
 
 
 
FÁBIO HENRIQUE LEPRE 
JEAN RICARDO SARTORIO 
LUIS AUGUSTO ARAUJO 
LUIS CARLOS DO ROSÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR VIII - PIM X 
MARFRIG GLOBAL FOODS S.A - MARFRIG 
CADEIAS PRODUTIVA, MERCADO FUTURO E ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
FÁBIO HENRIQUE LEPRE 
RA: 1818985 
JEAN RICARDO SARTORIO 
RA: 1801098 
LUIS AUGUSTO ARAUJO 
RA: 1800022 
LUIS CARLOS DO ROSÁRIO 
RA: 1801071 
 
 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR VIII – PIM X 
MARFRIG GLOBAL FOODS S.A - MARFRIG 
CADEIAS PRODUTIVA, MERCADO FUTURO E ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 Trabalho de Agronegócio apresentado à Universidade 
 Paulista – Unip, como requisito parcial para a obtenção. 
De média bimestral nas disciplinas de Cadeias Produtivas III, 
Mercado Futuro I e Administração de Propriedades Rurais. 
 
 
 Orientador: ALESSANDRA MOURA 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
 
RESUMO 
No decorrer da história as demandas por novos produtos e métodos de produção dentro 
do mercado global foram modificando a maneira de produzir e processar alimentos. A economia 
global atual retrata um mercado cada vez mais competitivo entre as companhias, acompanhada 
de uma maior demanda e exigência de seus clientes por melhores produtos e serviços. Tal 
cenário tem impulsionado empresas a buscarem alternativas para se tornarem mais eficientes 
não só na produção quanto na qualidade de seus produtos. Algumas destas empresas 
conseguiram se consolidar dentro do cenário mundial de produção se tornando verdadeiras 
gigantes e líderes de mercado através de estratégias, investimentos e planos de expansão muito 
bem elaborados e um estudo profundo e analítico dos segmentos de mercado. O presente Projeto 
Integrado Multidisciplinar (PIM X), tem por objetivo analisar a empresa MARFRIG gigante no 
segmento de produção de carne bovina. Assim busca analisar pontos fortes e fracos da cadeia 
produtiva empresa, pois envolve os produtos processados e comercializados pela empresa desde 
a produção de seus parceiros e fornecedores (dentro da porteira), até o produto final. Também 
suas estratégicas de contratos futuros, negociações e commodities dentro do mercado futuro e 
a termo. Iremos também dar ênfase a administração de propriedades rurais parceiras na 
produção dos produtos comercializados pela empresa. Quais os métodos administrativos 
adotados dentro dessas propriedades e como funcionam as parceiras de produção como a 
integração. A pesquisa realizada teve caráter qualitativo. Foi elaborado através de livros 
didáticos da Unip Interativa, pesquisa no site da Marfrig, entre outros. 
 
Palavras-Chave: Cadeias Produtivas, programas, mercado futuro, fornecedores e 
administração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ABSTRACT 
Throughout history, demands for new products and production methods within the 
global market have changed the way food is produced and processed. The current global 
economy portrays an increasingly competitive market among companies, accompanied by 
greater demand and demand from its customers for better products and services. This scenario 
has driven companies to look for alternatives to become more efficient not only in production 
but also in the quality of their products. Some of these companies managed to consolidate 
themselves within the world production scenario, becoming true giants and market leaders 
through very well elaborated strategies, investments and expansion plans and a deep and 
analytical study of the market segments. The present Integrated Multidisciplinary Project (PIM 
X), aims to analyze the giant company MARFRIG in the beef production segment. Thus, it 
seeks to analyze the strengths and weaknesses of the company's production chain, as it involves 
the products processed and marketed by the company from the production of its partners and 
suppliers (within the gate), to the final product. Also its strategies of futures contracts, 
negotiations and commodities within the futures and forward markets. We will also emphasize 
the management of partner rural properties in the production of products sold by the company. 
What are the administrative methods adopted within these properties and how do production 
partners work such as integration. The research carried out was qualitative. It was prepared 
using textbooks from Unip Interativa, research on the Marfrig website, among others. 
 
Keywords: Productive Chains, programs, future market, suppliers and administration. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................06 
2 CADEIAS PRODUTIVAS III.................................................................................................07 
2.1 Cadeias produtivas da Marfrig...................................................................................................07 
2.2 Pontos fortes da cadeia produtiva da Marfrig.............................................................................08 
2.2.1 Boas práticas de fabricação – Programa Bem-estar Animal da Marfrig Beef............................09 
2.2.2 Produtos diferenciados da Marfrig.............................................................................................12 
2.2.3 Logística de transporte da Marfrig..............................................................................................12 
2.3 Pontos fracos da cadeia produtiva da Marfrig............................................................................13 
3 MERCADO FUTURO I...........................................................................................................13 
3.1 Contrato futuro............................................................................................................................13 
3.2 Cotações boi gordo.....................................................................................................................14 
4 ADMINISTRAÇÃO DE PROPRIEDADES RURAIS..........................................................15 
4.1. O Administrador.........................................................................................................................15 
4.2 Planejamento estratégico da produção da Marfrig.....................................................................15 
4.3 Estratégias de negócios da Marfrig............................................................................................16 
4.4 Plano de ação da Marfrig...........................................................................................................17 
4.5 Controle da Marfrig....................................................................................................................17 
4.6 Análise da economia...................................................................................................................18 
4.7 Gestão de riscos corporativos da Marfrig...................................................................................18 
4.8 Pontos fracos na administração da Marfrig................................................................................19 
5 CONCLUSÃO...........................................................................................................................20 
 REFERÊNCIAS.......................................................................................................................21 
 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM X) do curso Gestão do Agronegócio 
da Universidade Paulista– UNIP tem por objetivo mostrar de forma clara e objetiva, na 
disciplina de Cadeias Produtivas III pontos fortes e fracos da cadeias produtivas da Marfrig, na 
disciplina Mercado Futuro I através de gráficos das cotações diárias das commodities boi gordo 
busca mostrar o acompanhamento da Marfrig junto a Bm&fBovespa para futuros contratos e 
na disciplina de Administração de Propriedades Rurais busca demostrar os pontos fortes e 
fracos (oportunidades de melhorias) da administração da Marfrig. 
A Marfrig é uma empresa com presença e atuação global, com produtos consumidos por 
milhões de clientes em mais de 100 países. Atualmente, é uma das companhias líderes na 
produção de carne bovina no mundo, ocupando a liderança quando o assunto é hambúrgueres 
com capacidade de 232 mil toneladas por ano. Só na América do Sul sua capacidade é de 
126.000 toneladas por ano. A empresa conta com 26 unidades operacionais, tem capacidade 
de abate de 21.000 cabeças de gado por dia e 2 milhões de ovinos por ano. Com atuação na 
América do Norte e América do Sul, a empresa soma 20 unidades de abate, 12 de 
processamento e dez centros de distribuição e escritórios comerciais, incluindo Europa e Ásia. 
E ainda a Marfrig está nos Estados Unidos por meio da National Beef, que exporta para mais 
de 30 países e tem capacidade de abate de 13,1 mil cabeças de gado por dia. A companhia é 
responsável por 3 unidades de abate de bovinos, 5 unidades de processamento de carne, 
incluindo um curtume e uma das maiores fábricas de hambúrgueres do mundo, localizada em 
Ohio. Seus produtos são comercializados internamente nos canais de varejo, atacado 
e foodservice, sendo também a principal exportadora de carne bovina resfriada dos Estados 
Unidos, focada nos mercados do Japão e Coreia do Sul. 
O Projeto Integrado Multidisciplinar foi elaborado através dos livros textos Unip 
Interativa de acordo com que trata o tema, e por pesquisas detalhadas através do site da Marfrig 
entre outros. A Marfrig tem a visão de ser reconhecida como a melhor empresa global de 
proteínas, com a missão de fornecer globalmente a melhor proteína através da relação de longo 
prazo com seus consumidores, criando produtos de alta qualidade e seguridade motivados a 
oferecer o melhor aos seus clientes, em seus valores tem foco no cliente com simplicidade, 
transparência e respeito, buscando a excelência e empreendedorismo em tudo que faz. 
 
 
7 
 
2- CADEIAS PRODUTIVAS III 
2.1 – Cadeias produtivas da Marfrig 
Cadeias produtivas é definida como sucessão de operações de transformação da matéria 
prima básica até o produto final ao mercado consumidor. A matéria prima básica é a que dá 
origem às demais até a obtenção do produto final. A organização da cadeia se faz por meio dos 
seus componentes e, parcialmente, pelas relações formais e informais desenvolvidas por eles. 
 Para Batalha e Silva (2001) uma cadeia de produção pode ser segmentada, de jusante 
(início da cadeia) a montante (final da cadeia), em três macros segmentos: Comercialização: 
representa as empresas que estão em contato com o cliente final da cadeia de produção e que 
viabilizam o consumo e o comércio dos produtos finais. 
Podem ser incluídas nestes macros segmentos as empresas responsáveis somente pela 
logística de distribuição; Industrialização: representa as firmas responsáveis pela transformação 
das matérias primas em produtos finais destinados ao consumidor. O consumidor pode ser uma 
unidade familiar ou outra agroindústria; e produção de matérias primas: reúne as firmas que 
fornecem as matérias primas iniciais para que outras empresas avancem no processo de 
produção do produto final. 
Uma cadeia de produção pode ser vista como um sistema aberto e a relação da firma 
com seu meio ambiente concorrencial é um pré-requisito essencial a definição de uma 
estratégia. Este é justamente um dos pontos fortes da análise de cadeias de produção que busca 
estudar estas relações, portanto elas devem ser empregadas como ferramenta de gestão 
empresarial. Por isso grande atenção tem sido dada aos mecanismos de coordenação da cadeia 
e a sua estrutura de governança. 
A coordenação da cadeia é um processo dinâmico para promover explicitação de normas 
de relacionamentos vigentes, trazendo uma harmonia entre os agentes dos segmentos 
envolvidos, como produtor, processador, consumidor. Essa coordenação permite a empresa 
receber, processar, difundir e utilizar informações de modo a definir e viabilizar estratégias 
competitivas, reagir a mudanças no meio ambiental ou aproveitar oportunidades de lucro. Já 
Humphrey e Schmitz (online, 2001), usam o termo coordenação para expressar o fato de 
algumas empresas serem obrigadas a seguir parâmetros estabelecidos por outras empresas 
dentro dessas cadeias. 
8 
 
Do ponto de vista dos autores, a Marfrig atua em todas as etapas dá cadeia de produção, 
ao analisarmos a cadeia produtiva da empresa vimos que ela começa com o produtor rural, o 
pecuarista que, recria e engorda bovinos e caprinos para vender à Marfrig como demonstra a 
figura I – Cadeia Produtiva Marfrig. 
Figura I – Cadeia Produtiva da Marfrig. 
 
 Fonte: https://ri.marfrig.com.br/pt/grupo-marfrig/ciclo-de-producao 
Observando a figura I - Cadeia Produtiva da Marfrig podemos ver que a empresa obtém 
uma relação duradouras com pecuaristas e parceiros de negócio – que a ajudam a levar os 
produtos à mesa dos consumidores. Esse relacionamento é pautado na transparência e resulta 
da qualidade das carnes e dos cortes, reconhecida pelos restaurantes mais conceituados. 
Dentro dessa parceria a Marfrig premia os produtores de acordo com a qualidade dos 
animais ofertados para o abate. São analisados padrões raciais, maturidade, peso, acabamento 
de gordura entre outros, além do programa Marfrig Club que tem o objetivo de estimular os 
fornecedores a produção consciente e responsável com menos impactos ambientais e respeito 
animal. A premiação feita pela Marfrig é um ponto forte da empresa, pois ela consegue 
incentivar os seus fornecedores seguirem as boas práticas de fabricação, assim obtém animais 
de qualidade para sua produção. 
2.2 – Pontos fortes da cadeia de produção da Marfrig 
Dentre os pontos fortes na cadeia produtiva da Marfrig, podemos destacar a estrutura 
operacional da empresa, ou seja, toda a capacitação técnica e sanitária durante os processos que 
9 
 
envolvem o abate, como: Insensibilização, sangria, esfola, evisceração, desossa, cortes entre 
outros. Todos os processos são feitos com profissionais altamente treinados, dentro de 
modernas instalações e cumprindo todas as exigências e normas estabelecidas pelos órgãos de 
vigilância. A Marfrig se destaca pela alta capacidade de produzir grandes quantidades sem 
perder na qualidade de seus produtos, tendo a supervisão e vigilância do Serviço de Inspeção 
Federal (SIF) em todos os processos de abate de suas unidades. A empresa tem destaque 
internacional com premiações de órgãos renomados pela qualidade e selos de certificações de 
seus produtos. 
2.2.1 - Boas práticas de fabricação – Programa de Bem-estar Animal da Marfrig Beef 
Em se tratando de pontos fortes da cadeias de produção da Marfrig podemos destacar as 
boas práticas de fabricação, pois a empresa segue todas as normas de (BPF), essenciais para 
qualidade do produto final, além de realizar rígidos processos de controle de qualidade, antes 
da porteira, dentro da porteira e pós porteira. 
Para Mantilla (2020), as boas práticas de fabricação (BPF) são um conjunto de 
princípios e regras para o correto manuseio de alimentos, abrangendo desde as matérias-primas 
até o produto final, de forma a garantir inocuidade dos alimentos produzidos para o consumo 
humano. É considerado o programa base para a adoção de outros sistemas de qualidade na 
indústria de alimentos, sendo um pré-requisito para a implementação dosistema de Análise de 
Perigos e Pontos Críticos de controle (APPCC). 
Com o Programa de Bem-estar Animal da Marfrig Beef, elaborado de acordo com os 
padrões legais e exigências de clientes, visa garantir a segurança e o tratamento humanizado 
por meio de regras e procedimentos internos regularmente auditados. O trabalho é desenvolvido 
em parceria com fornecedores e colaboradores, priorizando sempre a qualidade dos produtos. 
O Bem-estar Animal, é composta por técnicos (zootecnistas e médicos veterinários) e 
colaboradores devidamente treinados e capacitados. A equipe é responsável por desenvolver 
estratégias, implementar melhorias de manejo e estrutura para oferecer o tratamento adequado 
aos animais, seguindo requerimentos previstos nas legislações nacionais e internacionais, 
protocolos de clientes e ações voluntárias da Companhia. 
Todas as pessoas envolvidas no manejo dos animais recebem treinamentos técnicos, são 
capacitados, comprometidos e aptos para garantir os procedimentos corretos. Para Traballi 
(2016, pag. 70) o treinamento dos manejadores, bem como sua satisfação com o trabalho, 
10 
 
influencia a relação dos humanos com os animais, resultando em maior facilidade no trabalho 
com o gado, diminuição na ocorrência de lesões e fraturas nos animais e diminuição de danos 
às instalações. 
No manejo pré-abate e abate, a Marfrig Beef proporciona e mantém todas as condições 
previstas no programa, buscando melhorar o manejo e minimizar o estresse. O manejo pré-
abate pode influenciar diretamente a qualidade das carcaças, proporcionando fraturas ósseas e 
hematomas, além de poder aumentar a incidência na carne do fenômeno chamado de DFD 
(dark, firm and dry – escura, dura e seca) (TRABALLI, 2016, pag. 70 apud GREGORY, 1998). 
Para Traballi (2016, pag. 70 apud Costa et al., 2002) as falhas no manejo e no transporte, 
além de problemas nas fases críticas de embarque e desembarque, podem levar os bovinos a se 
tornarem agitados, gerando estresse e, consequentemente, diminuindo o seu bem-estar. Esses 
fatores podem elevar o risco de acidentes e de aumento de contusões, bem como afetar 
significativamente a qualidade da carne e o aproveitamento das carcaças. 
De acordo com o autor, a Marfrig Beef possui um sistema de logística que atua na 
coordenação do segmento, contando com o apoio do setor de Compra de Gado. É do interesse 
da Marfrig que haja uma escala para direcionar os animais às unidades mais próxima para evitar 
longas distâncias e períodos prolongados, buscando, sempre que possível, o menor tempo de 
viagem. Todos os motoristas são orientados a zelar pelo bem-estar dos animais durante todo o, 
em treinamentos realizados regularmente. Já os transportadores são convidados a conhecer as 
unidades e os processos, visitas promovidas para disseminar conhecimento e conscientização. 
Traballi (2016, pag. 70) ainda fala que para proporcionar um adequado bem-estar tanto 
dos animais como também dos funcionários, as instalações e equipamentos de um matadouro-
frigorífico devem apresentar bom estado de conservação e funcionalidade. 
Segundo o autor, as acomodações da Marfrig buscam seguir as legislações e normas 
estabelecidas. O alojamento é feito em instalações adequadas, com piso antiderrapante, currais 
higienizados a cada troca de lote, faz utilização das densidades recomendadas. As unidades 
possuem os mais modernos equipamentos de contenção e prévia insensibilização, mantidos de 
forma adequada e que, em conjunto com os parâmetros recomendados e pessoas treinadas, 
contribuem de forma positiva na eficácia da insensibilização em 100% dos animais designados 
ao atordoamento, garantindo inconsciência prolongada e evitando qualquer sofrimento 
desnecessário. 
11 
 
A Marfrig Beef obteve resultados satisfatórios com o programa bem-estar animal como 
demonstra a figura II – Índice de Bem-estar Animal, tornando a empresa mais competitiva em 
comparação com seus concorrentes no seu segmento. 
Figura II – Índice de Bem-estar Animal 
 
 Fonte: https://ri.marfrig.com.br/pt/grupo-marfrig/ciclo-de-producao. 
Os responsáveis pela área de Bem-estar Animal da Marfrig Beef realizam visitas 
técnicas nas propriedades de fornecedores, acompanham o manejo de embarque, avaliando os 
critérios contemplados no documento preenchido durante a visita técnica. Um dos critérios que 
definem as propriedades a serem visitadas no mês é o índice de hematomas encontrados nas 
carcaças dos animais, classificados durante o abate. 
Por meio do Programa Marfrig Club, a Companhia faz a verificação de todos os itens 
apresentados na figura II e promove visitas de conscientização nas fazendas. Durante as visitas 
técnicas, a equipe utiliza questionários específicos para manter um controle das evoluções e 
pontos que precisam ser melhorados. 
E ainda a Marfrig trabalha com a compra responsável de gado, para que uma fazenda 
seja aprovada e autorizada a se tornar uma fornecedora de animais para a Marfrig, é preciso que 
atenda a requisitos referentes ao tipo de manejo adotado na propriedade, boas práticas de 
conservação do meio ambiente – o que inclui o respeito aos critérios de desmatamento – e à 
conformidade legal da operação. Esses princípios seguem uma política específica, desenvolvida 
com base nos compromissos assumidos pela Companhia e em conformidade com os 
procedimentos relacionados ao Sistema Integrado de Gestão, Segurança Alimentar, Meio 
Ambiente e Direitos Humanos. 
Para a Marfrig, o bem-estar animal é parte fundamental de sua estratégia de negócios. 
Para conduzir esse tema, possui política específica. A gestão é feita com base nos princípios 
éticos e em leis e regulamentações aplicáveis, observando também as exigências dos clientes 
dos diferentes mercados que atende. 
12 
 
2.2.2 - Produtos diferenciados da Marfrig 
Segundo Dahan (2018) investir na diferenciação de produtos é uma maneira de 
conseguir uma posição melhor na mente do consumidor. Isso significa investir em um conjunto 
de atributos e diferenças importantes e valorizadas pelo público-alvo, que ofereça algo a mais 
que a concorrência não consiga alcançar. De acordo com a autora, a Marfrig através das boas 
práticas de bem-estar animal, realizadas em parceria com os fornecedores de gado, permitem 
que a Marfrig ofereça a clientes e fornecedores produtos diferenciados como: 
- Grass Fed. Do Uruguai, a marca Viva Grass Fed Beef reúne cortes de carne de gado 
alimentado exclusivamente no pasto, com gramíneas, um atributo que atende à demanda do 
mercado norte-americano. Além de serem criados livres em pastagens, os animais não recebem 
antibióticos, hormônios de crescimento e alimentos com produtos de origem animal. Aprovados 
pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e desenvolvidos em parceria 
com fornecedores locais, os produtos são comercializados nas principais redes da América do 
Norte. 
- Grain Fed. A marca Certified Angus Beef® Natural, da National Beef, é uma linha de 
produtos premium proveniente de animais alimentados exclusivamente com grãos. Eles vêm de 
fazendas no centro-oeste americano, onde são alimentados com milho. O gado é criado sem 
antibióticos ou hormônios, com uma dieta 100% vegetariana. 
2.2.3 – Logística de transporte da Marfrig 
Outro ponto forte da empresa que podemos destacar é a logística de transporte da 
empresa, pois ela aposta no transporte multimodal. Segundo Silva (2013, pag. 109) a 
multimodalidade ocorre quando utilizamos mais de uma modalidade para transportar 
mercadorias. Essa foi uma das medidas adotadas pela Marfrig para diminuir a emissão de GEE 
vem do Brasil, onde mais de 1 mil caminhões deixaram de circular nas estradas do país com 
produtos da Companhia em 2019. 
Com o apoio da Brado, empresa que é referência nacional em serviços de logística 
multimodal, a Marfrig está utilizando trens para levar até o porto os produtos destinados à 
exportação com origemnas unidades de Tangará da Serra, Várzea Grande, Pontes e Lacerda, 
no estado do Mato Grosso, e Ji Paraná e Chupinguaia, em Rondônia. Essa decisão permitiu 
reduzir em 62% a emissão de CO2, contribui para diminuir a exposição a riscos de acidentes 
nas rodovias brasileiras, além de que se traduzir em economia de R$ 2,3 milhões. 
13 
 
2.3 - Pontos fracos da cadeia produtiva da Marfrig 
Dentre os pontos fracos na cadeia produtiva da Marfrig em comparação com empresa 
do mesmo segmento da empresa, podemos citar a falta de um programa de incentivo de 
produção voltado para o pequeno e médio produtor. Poderia tornar oportunidade para Marfrig 
o desenvolvimento de parcerias com os pequenos e médios pecuaristas assegurando a compra 
do produto final no melhor preço, dando orientações, treinamentos e suporte técnico como 
genética para eles produzirem animais diferenciados nos quesitos de qualidade de carcaça, score 
de carcaça, percentual de gordura, precocidade e qualidade final. Além de uma política fiscal 
que favoreça a produção do pequeno e médio produtor através de incentivos fiscais, ou seja, os 
pequenos e médios produtores pagarem menos tributos para produzir carne de qualidade. 
3 - MERCADO FUTURO I 
3.1 – Contrato futuro 
“Mercados futuros ou a termo são os quais negociam compromissos de compra e venda 
de determinado ativo para entrega em data futuro e liquidação em prazo determinado e a um 
preço previamente estabelecido de certo ativo‑objeto.” (DITTICIO, 2020, pag.138). 
No que diz o autor, a Marfrig trabalha negociando suas compras e vendas nos mercados 
futuros, a fim de eliminar as incertezas dos preços na hora da comercialização, já que os 
compromissos são ajustados diariamente e são negociados em bolsas. Com os contratos futuros, 
a empresa tem como objetivo de proteger os seus fornecedores e suas indústrias contra 
oscilações de preço de seus produtos. 
A Marfrig também trabalha com mercado de Boi a Termo, aonde faz negociações 
futuras na bolsa, assumindo a burocracia da transação. Pois com esse mercado conseguem 
antecipadamente completar suas escalas de abate e não ficam tão dependentes em comprar 
animais todos os dias para completar suas escalas. Os seus fornecedores procuram a empresa, 
negocia seus animais em qualquer momento, fecha um acordo de compra e venda, a data e a 
quantidade de arrobas que serão entregues. 
O valor de venda é travado ou não no ato do contrato, com base nas cotações do mercado 
futuro feito pela Marfrig. Dessa forma, os seus fornecedores conseguem garantir o valor que 
receberá na data acordada, sem se preocupar com as oscilações de preços nesse período. E ainda 
com uma possível alta dos valores na cotação na data do vencimento do contrato, ele perderá a 
oportunidade de obter um maior lucro. 
14 
 
Para se proteger nas transações futuras a Marfrig acompanha diariamente as cotações na 
Bm&fBovespa e ainda utiliza operações de hedge. Segundo Ditticio (2020, pag. 151) fazer 
hedge é, obter proteção ou um seguro contra eventuais problemas, usualmente de formação e 
preços, que possam vir a ocorrer com os ativos até o momento de sua comercialização. 
3.2 – Cotações boi gordo 
Para Ditticio (2020, pag. 122) a análise técnica (ou gráfica) procura mostrar o 
comportamento, no tempo, das cotações no mercado por meio de símbolos gráficos. Visa 
estabelecer projeções sobre o comportamento dos produtos a partir de padrões observados no 
passado e são considerados a evolução das suas cotações, no mercado. 
No Brasil, as operações relacionadas ao boi gordo são realizadas na Bolsa de 
Mercadorias & Futuro Bovespa (Bm&fBovespa). Cada contrato do boi gordo estabelece um 
acordo de compra e venda de 330 arrobas liquidas (4.950 kg) de animal bovino macho. O preço 
do contrato é estabelecido no momento de sua negociação, porém o pagamento só acontece em 
sua data de vencimento. O valor das cotações é sobre a Arroba do boi, como podemos ver 
abaixo no gráfico I – Cotações diária do boi gordo referente ao mês de maio do ano de 2020. 
Gráfico I – Cotações boi gordo de referente ao mês de maio de 2020. 
 
Fonte: Montagem própria, 2020. 
Nota se no gráfico I, a variação da arroba do boi é diária. No início do mês se iniciou no 
valor de R$206,63 e logo no dia seguinte houve uma redução para o valor de R$ 196,02. Se um 
produtor houvesse um contrato com vencimento no dia 20 pelo valor de R$200,00 por exemplo, 
haveria uma vantagem de aproximadamente R$3,00 por arroba. Porém se o vencimento do 
contrato acontecesse no dia 15, o produtor perderia a oportunidade de ganhar aproximadamente 
R$1,00 por arroba. 
195
196
197
198
199
200
201
202
203
204
205
0 5 10 15 20 25 30 35
Cotação boi gordo - B3 Maio/2020
15 
 
4 – ADMINISTRAÇÃO DE PROPRIEDADES RURAIS 
4.1 – O Administrador da Marfrig 
Para iniciar os estudos sobre Administração de Propriedades Rurais é fundamental 
entender quem é e quais são as funções do administrador. Para Gomi Neto (2020, pag.18) o 
administrador é a pessoa que organiza, planeja e orienta o uso dos recursos financeiros, físicos, 
tecnológicos e humanos das empresas, buscando soluções para todo tipo de problema 
administrativo. 
E ainda Gomi Neto (2020, pag.18 apud Maximiano, 2002, pag.28) fala que as 
organizações necessitam da ajuda de gestores para realizar o processo de administrar e ser 
eficaz. O principal motivo para a existência das organizações é o fato de que certos objetivos 
só podem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoas. 
Do ponto de vista dos autores, a Marfrig utiliza as três funções básicas da administração 
e do administrador que são: Planejamento, implementação e controle. Através do planejamento 
estratégico a empresa busca eficaz em seus negócios, a implementação é realizada por equipes 
treinadas, seu plano de ação é elaborado para planejar as ações que são necessárias para que 
determinado objetivo seja alcançado e seu controle é feito por auditores, através de auditorias 
internas e externas. 
4.2 – Planejamento estratégico da produção da Marfrig 
Gomi Neto (2020, pag.102 apud Fischmann e Almeida 1991, p. 25) define planejamento 
estratégico como uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma 
organização, cria a consciência de suas oportunidades e ameaças de seus pontos fortes e fracos 
para o cumprimento de sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito de 
direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar ameaças. 
O plano estratégico da Marfrig é elaborado de acordo com a visão da empresa de ser 
reconhecida como a melhor empresa global de proteínas. O plano estratégico da empresa é um 
dos pontos fortes da administração da Marfrig, pois é uma ferramenta utilizada pela empresa 
para coordenar sua produção em relações com o futuro. Para Gomi Neto (2020, pag. 102 apud 
Hamel e Prahalad 2005, pag. 88): “a essência da estratégia está em criar as vantagens 
competitivas de amanhã mais depressa do que as rivais possam imitar as vantagens que você 
possui hoje”. 
16 
 
Uma das etapas do plano estratégico da Marfrig é obter competividade diante de seus 
concorrente, através da consultoria prestada no antes da porteira a seus fornecedores que são os 
pecuaristas, com a finalidade de auxiliar o administrador do agronegócio em suas fases de 
produção, pois são eles quem fornecedores de matéria prima para empresa. Gomi Neto (2020. 
Pag. 25 apud Antunes 1999, p. 55) comenta sobre a importância da administração rural, 
afirmando que “a correta administração das atividades rurais é fundamental para a 
sobrevivência na realidade atual do mundo competitivo em que vivemos”. 
A necessidade de atualização dos meios de gerenciamento nas empresas rurais é, hoje, 
uma realidade fundamental para alcançar resultados de produção e produtividade que 
garantam o sucesso do empreendimento. Por meio de tecnologias que permitem 
interligarcriações, pode ser possível obter rendimentos adicionais, diluir custos e 
economizar insumos. Uma empresa rural existe para aumentar a riqueza de seus 
proprietários (GOMI NETO, 2020 pag. 25 apud CREPALDI, 1998, pag. 53). 
De acordo com os autores, a consultoria da Marfrig é formada por equipes treinadas 
com conhecimento das condições de mercado e dos recursos naturais, que ponha em prática o 
plano de ação da empresa e faz todo o processo gerenciamento que dá aos fornecedores os 
elementos básicos para o desenvolvimento de sua atividade econômica de forma sustentável. 
Eles ajudam os fornecedores a tomar decisões sobre o qual raça de bovinos ou caprinos 
eles deve produzir, baseando-se nas condições de mercado e dos recursos naturais de seu 
estabelecimento rural. Orienta ao quanto produzir, levando em consideração fundamentalmente 
a quantidade de terra de que dispõe, além do capital e da mão de obra que pode empregar. Busca 
estabelecer o modo como vai produzir, a tecnologia que vai empregar, ou seja, tecnologias de 
informáticas ou a própria mecanização de suas propriedades para que eles possam produzir 
qualidade de maneira sustentável. 
Também busca controlar a ação desenvolvida, verificando se as práticas de manejo 
recomendadas estão sendo aplicadas corretamente e no tempo devido. E ainda acompanha a 
avaliação dos resultados obtidos na sua produção medindo os lucros ou prejuízos e analisando 
quais razões fizeram com que o resultado alcançado fosse diferente do previsto ao início de seu 
trabalho. Outro ponto a destacar planejamento estratégico da Marfrig é as estratégias de negócio 
utilizado pela empresa. 
4.3 – Estratégias de negócios da Marfrig 
Em se tratando do seguimento dentro da porteira é outro ponto forte da administração 
da Marfrig podemos destacar a estratégia de negócio da empresa. Os negócios da Marfrig 
Global Foods se dividem em três frentes: processamento de carne, que responde por 90% dos 
17 
 
resultados, industrializados, que representam 10%, e produtos plant-based, segmento de alto 
valor agregado em que ingressou em 2019. 
Com essa nova frente, a Marfrig amplia seu portfólio e se destaca como pioneira em 
proteína vegetal, atendendo uma demanda que é crescente no mundo. Esse posicionamento se 
insere na estratégia de negócios adotada, e busca agregar ganhos de eficiência em 
processamento de carne, além de aumentar a participação dos industrializados e da proteína 
vegetal nos resultados. O plano de ação da empresa é elaborado diante de sua missão. 
4.4 – Plano de ação da Marfrig 
Segundo Gomi Neto (2020, pag. 103) o plano de ação é elaborado para planejar as ações 
que são necessárias para que determinado objetivo seja alcançado. Para elaborá‑lo deve‑se levar 
em conta a missão da empresa e relacioná‑la com as atividades principais naquele ano, 
considerando os resultados esperados. Referente ao que diz o autor, o plano de ação da empresa 
foi elaborado com a missão de fornecer globalmente a melhor proteína através da relação de 
longo prazo com os seus consumidores, criando produtos de alta qualidade e seguridade 
motivados a oferecer o melhor aos seus clientes. 
Como o nome já diz, o plano de ação é concebido para desencadear uma ação, é um 
planejamento para uma determinada atividade. No plano de ação da Marfrig é definido pelo 
objetivo de obter melhor qualidade de seus produtos, utilizando estratégias para elaborar seu 
cronograma de gerenciamento de tempo, a empresa busca identificar os responsáveis para cada 
ação, para que eles possam buscar por recursos em todas as fases necessárias para atingir os 
objetivos aonde são repassados para seus fornecedores. Os objetivos e desafios da Marfrig é 
resumido na necessidade de serem consistentes, claros, comunicados, desmembrados e 
motivadores, além de baseados na premissa de que são frutos de estratégias que trazem 
resultados positivos à empresa que controlados pelo controle. 
4.5 – Controle da Marfrig 
Segundo Gomi Neto (2020, pag. 104 apud Oliveira 2008, p. 253), define controle como 
uma função do processo administrativo que, mediante a comparação com padrões previamente 
estabelecidos, procura medir e avaliar o desempenho e o resultado das ações, com a finalidade 
de realimentar os tomadores de decisões de forma que possam corrigir ou reforçar esse 
desempenho ou interferir em funções do processo administrativo, para assegurar que os 
resultados satisfaçam às metas, aos desafios e aos objetivos estabelecidos. 
18 
 
De acordo com o autor, o controle feito pela administração da Marfrig no seu plano 
estratégico, é através de auditoria interna e externa, aonde assessora na análise das 
demonstrações financeiras e no desenvolvimento de controles internos. Também fiscaliza e 
coordena os trabalhos das consultorias prestados aos produtores, especialmente nas questões 
relativas à contabilidade, controles financeiros internos e demais controles de observância legal. 
A composição do Comitê é coordenada por conselheiro independente e os membros possuem 
experiência na área contábil-societária. E ainda em se tratando no depois da porteira a Marfrig 
faz análise da economia para elaboração de seu plano estratégico. 
4.6 – Análise da economia 
“A economia pode ser definida como o estudo de como as pessoas e a sociedade 
decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir 
bens variados” (GOMI NETO, 2020, pag. 47). 
A Marfrig em se tratando ao que diz o autor, elabora seu plano estratégico diante de 
estudos econômicos. Através da macroeconomia, a empresa analisa o comportamento da 
economia como um todo, por meio de preços e quantidades absolutos. Fazem parte dela os 
movimentos globais nos preços, na produção ou no emprego. Já com a microeconomia a 
Marfrig estuda o comportamento de cada molécula econômica do sistema, por meio de preços 
e quantidades relativas. Para exemplificar, pode‑se citar a análise do funcionamento de 
empresas, ou o comportamento de pessoas. 
4.7 – Gestão de riscos corporativos 
Gomi Neto (2020, pag. 48) fala que risco é a possibilidade de perda financeira. Os 
conceitos de risco, retorno e custo de oportunidade devem nortear as decisões sobre 
investimentos. O risco pode ser considerado como sinônimo de incerteza e desta forma refere‑se 
à variação das taxas de retorno. Em relação ao que fala o autor, duas abordagens são utilizadas, 
pela Marfrig, para gerenciar os riscos corporativos aos quais está exposta: 
- Riscos significativos aos negócios são amparados em políticas próprias, aprovadas 
pelo Conselho de Administração. Assim, questões como variações cambiais, flutuação das 
taxas de juros, variações dos preços de commodities e liquidez, passíveis de serem mitigadas, 
são conduzidas com base na Política de Gerenciamento de Riscos. Transações com partes 
relacionadas e situações de conflito de interesse, por sua vez, também são norteadas por política 
específica, a qual estabelece diretrizes, procedimentos e alçadas para que as transações 
19 
 
financeiras (empréstimos) e operacionais (compra e venda) entre as partes sejam realizadas a 
valores de mercado. Tal política também assegura transparência aos fornecedores, acionistas, 
investidores e ao mercado em geral, e promove a equidade de tratamento com fornecedores e 
clientes, alinhado às melhores práticas de Governança Corporativa adotadas pelo mercado. 
- Riscos em que não há controle direto, como alterações regulatórias, condições 
ambientais e de mercado – inerentes à atividade da Companhia –, não contam com políticas 
específicas, sendo administrados por meio de monitoramento contínuo. Analisados 
individualmente, esses riscos são gerenciados por procedimentos e processos estruturados, de 
forma a minimizar os possíveis impactos que possam provocar. Os principais riscos a que a 
Companhia está exposta estão sujeitos a fatores internos e externos, de diferentes 
complexidades.A estrutura organizacional, as práticas, os procedimentos e as políticas de 
controles internos atuam de forma sistemática e consistente na identificação das mudanças, na 
avaliação dos riscos e em respostas efetivas. 
4.8 – Pontos fracos na administração da Marfrig 
Como vimos o planejamento estratégico da Marfrig é muito bem elaborado pela sua 
administração, através dele a empresa consultoria seus fornecedores, faz gestão de risco, 
análises econômicas, estratégias de negócio, faz todo o controle, desenvolve planos de ação e 
uma das etapas dele é a consultoria prestada aos seus produtores na administração de suas 
propriedades. Mas ao analisarmos a administração da empresa vimos que a um ponto fraco por 
parte da empresa no modo de nós vermos, mais poderia se tornar uma oportunidade. 
Como vimos na disciplina Cadeias Produtivas III e ao analisamos a disciplina que 
estamos falando, um ponto fraco da administração da Marfrig é o apoio aos pequenos e médios 
fornecedores, proprietários das pequenas propriedades, não que a empresa não tem nenhuma 
iniciativa, mais o apoio poderia ser melhorado. Para Gomi Neto (2020, pag. 34) pequena 
propriedade é “o imóvel rural de área compreendida entre um e quatro módulos fiscais.” 
 
 
 
 
 
20 
 
5. CONCLUSÃO 
Ao término deste presente Projeto Integrado Multidisciplinar (PIM X) da Unip 
Interativa, cabem aqui apresentar os resultados da pesquisa referente a Marfrig. 
Em Cadeias Produtivas III mostrou os pontos fortes da Marfrig, como alta capacidade 
de produzir, a estrutura operacional, a capacitação técnica e sanitária durante os processos que 
envolvem pré-abate e abate, seguindo as boas práticas de fabricação com o programa concedido 
pela empresa para conscientizar seus fornecedores a produzirem corretamente de maneira 
sustentável, produzindo produtos diferenciados com melhor qualidade. Com a aposta no 
transporte multimodal conseguiu reduzir em 62% a emissão de CO2, contribui para diminuir a 
exposição a riscos de acidentes nas rodovias brasileiras, além de que se traduzir em economia 
de R$ 2,3 milhões. Já o ponto fraco da empresa que podemos mencionar a falta de incentivos 
aos pequenos e médios produtores, em contrapartida poderia ser oportunidade para empresa. 
Já na disciplina de Mercado Futuro I demonstrou que a Marfrig trabalha com mercado 
de Boi a Termo disponibiliza uma maior instabilidade financeira aos seus fornecedores e ainda 
antecipa suas escalas de abate. No mercado futuro a empresa faz com compras e vendas através 
de contratos futuros, aonde os seus compromissos são ajustados diariamente pelas bolsas como 
vimos no gráfico I - Cotações diária do boi gordo referente ao mês de maio do ano de 2020 da 
Bm&fBovespa, aonde é acompanhado diariamente pela Marfrig. Vimos que para se proteger 
das transações futuras a empresa usa hedge. 
Sobre a disciplina Administração de Propriedade Rurais, os pontos fortes da empresa 
são traçados através do planejamento estratégico elaborado pela administração da empresa para 
a sua produção, sendo uma das etapas é a consultoria prestada aos seus fornecedores. Como 
também as estratégias de negócio, plano de ação e seu controle e análise econômica. Através 
da gestão de risco faz abordagens para gerenciar os riscos corporativos aos quais está exposta. 
Em se tratando em pontos fracos podemos abordar o mesmo da disciplina da Cadeias Produtivas 
III a falta de incentivos aos pequenos e médios fornecedores, aonde pode ser uma grande 
oportunidade para a empresa busca a competitividade em seu segmento. 
Com isso conclui-se que todos os objetivos do trabalho foram alcançados e conseguimos 
aplicar na prática o aprendizado adquirido nas três disciplinas. 
 
 
21 
 
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https://www.cepea.esalq.usp.br/upload/kceditor/files/Cepea-B3-Metodologia-Indicador-BOI-
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21 fev. 2018. Disponível em: https://guiademarketing.com.br-diferenciação-de-produtos//. 
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