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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DEPARTAMENTO DE FÍSICA - ICENE FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO (Notas de Aula) Prof. Ricardo Souza da Silva 2 Referências 1 - INTRODUÇÃO À FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO. CHARLES KITTEL. Edição 8A. ED. 2006. 2 - INTRODUÇÃO À FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO. IVAN S. OLIVEIRA E VITOR L. B. DE JESUS. Edição 3ª ED 2017. 3 - FÍSICA DO ESTADO SÓLIDO. NEIL W. ASHCROFT E N. DAVID MERMIN. Edição 2011 4 - Atkins | Físico-química – Fundamentos - Vol. 1 e 2. Editora LTC. 10º Edição. 2017. 5 - David J. Griffiths. Mecância Quântica. Editora Pearson Universitária. 2º Edição. 2011. . 6 - GAPONENKO, S. V. Optical Properties of Semiconductor Nanocrystals. Cambridge: Cambridge University Press, 1998. 3 1- Estrutura Cristalina 1.1 - Introdução • Sólidos: Materiais resistentes a forças de deformação. • Cristal: Sólido que apresenta simetria espacial bem definida. • Amorfo: Sólido que não apresenta estrutura cristalina regular. • Cristais apresentam propriedades físicas (ópticas, elétrica e magnéticas) que modificam devido ao arranjo atômico. 1.2 - Vetores de Translação Cristal ideal: repetição infinita de um grupo idêntico de átomos. Base: grupo de átomos (pode ter um ou mais átomos). Rede cristalina (Rede de Bravais): conjunto de pontos geométricos no qual as bases estão associadas. A uma rede primitiva tridimensional tem-se associada três vetores primitivos �������, ������� e �������. Os vetores de translação primitivos são utilizados para definir os eixos cristalinos. �������, �������, �������� e �������� são vetores de translação primitivos. Os vetores �� ����� �� ����� não são vetores de translação primitivos. O paralelepípedo formado pelos eixos primitivos �������, ������� e ������� é denominado de célula primitiva e apresenta o menor volume possível. Para � � �� �� �� sítios, número de células primitivas do cristal, de uma rede finita é o conjunto de pontos na forma. �� � ��������� � ��������� � ��������� Em que: 0 ≤ �� < N1; 0 ≤ �� < N2; 0 ≤ �� < N3; 4 O volume do paralelepípedo de eixos, �������, ������� e ������� é definido por: �� � |�������. �������� � ��������| A base associada a uma célula primitiva é denominada de base primitiva. Nenhuma base possui menos átomos do que uma célula primitiva. Este tipo de célula é denominado de célula de Wigner-Seitz. Para o caso bidimensional, uma célula primitiva é obtida da seguinte forma: 1- Ligar todos os pontos da rede aos pontos vizinhos por segmento de setas. 2- Trace retas passando pelo ponto médio dos segmentos de reta obtidos e perpendicular a esses segmentos. 3- A área em cinza é a célula primitiva de Wigner-Seitz. Os cálculos teóricos para o estudo das propriedades (ópticas, magnéticas, eletrônicas, etc) dos materiais é realizada a partir da célula primitiva de Wigner- Seitz. 1.3 - Tipos Fundamentais de Redes As redes cristalinas podem ser mapeadas em si próprias por translações, reflexão, também por rotação em torno de um eixo que se passa por um ponto da rede. As rotações que mapeiam a rede e levam a si próprias são de 2�, ��� , ��� , ��� , ��� e múltiplos inteiros dessas rotações. Não existe uma rede mapeada por 2� 5� e 2� 7� que a leve a si mesma. 1.3.1 - Redes Bidimensionais Existe cinco tipos de redes bidimensionais, sendo, a rede oblíqua: E quatro tipos de redes especiais que apresentam as seguintes restrições: Rede Quadrada 5 Rede Hexagonal Rede Retangular Rede Retangular Centrada Esses 5 tipos de redes bidimensionais são denominados Rede de Bravais, para o caso bidimensional. 1.3.2 - Redes Tridimensionais No caso tridimensional há 14 tipos de rede agrupadas em 07 sistemas sendo: Considerando: |�������| = �; |�������| = �; |�������| = Que representam o parâmetro de rede da estrutura cristalina da rede de Bravais. O parâmetro de rede é constante e característico de cada material. 1) Triclínico (1 rede) 2) Monoclínico (2 redes) |�������| ≠ |�������| ≠ |�������| α = γ = 90º ≠ β 6 3) Ortorrômbico (4 redes) 4) Tetragonal (2 redes) 5) Cúbico (3 redes) |�������| = |�������| = |�������| ! = " = # = 90& 6) Trigonal (1 rede) |�������| = |�������| = |�������| α = β = γ < 120º ≠ 90º 7 7) Hexagonal (1 rede) |�������| = |�������| ≠ |�������| ! = " = 90º # = 120º Exemplos: 1. Vetores de translação da rede cubica de face centrada CFC (Cúbico F). ������� = 12 ��)̂ + +̂� ������� = 12 �,+̂ + -./ ������� = 12 �,)̂ + -./ Sendo: �� = ������� + ������� + ������� �� = �)̂ + �+̂ + �-. Célula de Wigner-Seitz da rede cubica de face centrada CFC (Cúbico F). Volume da célula primitiva CFC �� = |�������. �������� � ��������| ��������������� = ��4 1 )̂ +̂ -.0 1 11 0 12 = � �4 ,)̂ + +̂ − -./ = ��4 ,)̂ + +̂ − -./ �� = �2 �)̂ + +̂�. ��4 ,)̂ + +̂ − -./ �� = ��8 �)̂. )̂ + +.5 +̂� �� = ��4 2. Rede de Bravais da rede cubica de corpo centrado CCC (cúbico I). Célula de Wigner-Seitz para a rede CCC. 8 Vetor de translação para a rede CCC. Sendo: ������� = �� � ( ) ̂+ +̂ - -. ) ������� = �� � ( - ) ̂+ +̂ + -. ) ������� = �� � ( )̂ - +̂ + -. ) � = aresta do cubo (parâmetro de rede) 3. Célula de Wigner-Seitz e vetor de translação para a rede de Bravais hexagonal. |�������| ≠ |�������| ≠ |�������| Vetores de translação para a Rede Hexagonal ������� = 12 �,)̂ − √3+̂/ ������� = 12 �,)̂ + √3+̂/ ������� = -. A relação entre c e a é dada por: 8 cos 30& = � 2� 8 √3 2� = � 2� 8 = � √3� �� = 8� + < 2=� 9 � = √8√3 = 1,633 1.4 - Fator de Empacotamento Atômico É a relação entre o volume de átomos com o volume da célula unitária, sendo: F . E . A = @ABA� • N = número de átomos que efetivamente ocupa a célula unitária • Va = volume do átomo (4 3� � r³) • r = raio do átomo • Vc = volume da célula unitária. • Exemplos: 1.4.1 - F. E. A para a rede cúbica simples (1) Arranjo atômico (2) Átomos dentro da célula unitária. (3) Átomos dentro da célula (bidimensional). Volume da célula: �� = �� = �2C�� = 8C� Número de átomos dentro da célula unitária: �D de átomos em cada vértice: 8 × �D = 1 átomo E. F. G = @ABA� = � .HI � J³DJ³ = 0,52 Sendo, 52% da célula primitiva é constituída de átomos. 1.4.2 - F . E . A para a rede cúbica de corpo centrado (1) Arranjo atômico (2) Posições dos átomos na célula unitária. (3) Átomos dentro da célula. Número de átomos: N = 8 × �D + 1 = 2 átomos 16C� = �� + 2�� � = �√� r Volume do número de átomo compactados na estrutura CCC: ��B = 2 ��J³� = D� �C³ Volume da célula: �� = �� = 64C³3√3 10 E. F. G = @ABA� = 0,68 Sendo, 68% da célula primitiva é constituída de átomos. 1.4.3 - Estrutura de empacotamento hexagonal denso A estrutura hexagonal compacta é formada por dois hexágonos sobrepostos e um plano intermediário com 3 átomos (laranja). O hexágono é formado por 6 átomos no vértice e 1 no centro (cinza). (1) Arranjo atômico. (2) Posições dos átomos na célula unitária. Volume do número de átomo compactados na estrutura hexagonal compacta: ��B = 6 4�C³3 = 8�C³ O volume da célula unitária hexagonal é: �� = 24√2C� E o fator de empacotamento é dado: E. F. G = ���� = 0,74 Sendo, 74% da célula primitiva é constituída de átomos. 1.5 - Planos e direções cristalográficas para estruturas cubicas A identificação dos planos e direções de estruturas cristalinas são importantesserem estudadas devido as propriedades físicas (ópticas, magnéticas, eletrônicas, estruturais) dependerem da orientação cristalográfica. 1.5.1 - Planos Cristalinos Os planos que passam por pontos da rede cristalina são representados por três algarismos que caracterizam as suas coordenadas, denominados de índice de Miller. A determinação dos índices de Miller é realizada da seguinte forma: • Determina-se o ponto de interseção (x, y, z) entre o plano e os eixos cristalinos em termos das constantes de rede ���, ��� ���. • Calcula-se o recíproco, �L , �M , �N, destes números e determina os três números inteiros na mesma preparação. • Os índices de Miller h, k, l são os menores números inteiros na mesma proporção de �L , �M , �N. • O plano dos índices de Miller são colocados entre parênteses �ℎ-P�. Exemplo: 11 • Interseção nos pontos 4, 2, 1. • Recíprocos ��, ��, �� • Os três números inteiros são 1, 2, 4 • O Índice de Miller é (124) • Interseção nos pontos 1, ∞ ∞. • Recíprocos ��, �R, �R • Os três números inteiros são 1, 0, 0. O Índice de Miller é (100). • Interseção nos pontos �� , 1, ∞. • Recíprocos ��, ��, �R • Os três números inteiros são 2, 1, 0. O Índice de Miller é (210). 1.5.2 - Direção dos Planos Cristalinos Para determinar as direções em estruturas cristalinas, se estabelece as seguintes regras: - Estabelecer uma origem no sistema de coordenadas; - Determinar as coordenadas da origem do vetor; -Determinar as coordenadas da extremidade do vetor; - Subtrair as coordenadas da extremidade com as da origem; - A representação da direção de crescimento do plano cristalino é dada por Sℎ-PT. - A representação da família de vários planos cristalinos que estão numa mesma direção é dada por 〈ℎ-P〉. 12 Exemplo: A direção é [010] e família 〈010〉. A direção é S21W2WT e família 〈21W2W〉. O traço sobre o índice indica que a direção é negativa. A direção é [210] e família 〈210〉. 13 2- Difração de ondas e a Rede Recíproca 2.1 Lei de Bragg A estrutura dos cristais pode ser investigada por difração de fótons, elétrons e nêutrons. A difração depende da estrutura do material como também do comprimento de onda utilizado. Considerando uma família de planos paralelos separados por uma distância interplanar X. O parâmetro de rede que é a distância entre os átomos é �. Sendo Y o ângulo de incidência. A diferença de percurso entre os raios refletidos por planos vizinhos é 2XZ �Y. A lei de Bragg é expressa: 2XZ �Y = �[ Interferência construtiva [ = o comprimento de onda do feixe � = números inteiros A lei de Bragg é satisfeita para comprimento de onda [ ≤ 2X. 2.2 - Amplitude da onda Espalhada A lei de Bragg estabelece apenas a condição para que ocorra a interferência construtiva das ondas espalhadas pela estrutura cristalina. Para analisar a intensidade relativa dos vários feixes difratados, precisa-se estudar o espalhamento dos átomos que compões a base cristalina, que depende da distribuição espacial de elétrons dentro de cada célula. 2.2.1 - Análise de Fourier Um cristal é invariante a qualquer translação: \�� = ]�������� + ]�������� + ]�������� Onde ]�, ]�, ]� são números inteiros. Sendo ��C�� a concentração de elétrons na célula unitária. Que obedece a relação: ��C�� = �,C� + \��/ Que representa uma função periódica. Considere uma função periódica unidimensional ���� cujo período é � na direção �. Pode-se expandir ���� em uma série de Fourier de senos e cossenos. 14 ���� = �& + ^ _`a cos b2�c�� daef+ gasen b2�c�� dj • `a e ga são coeficientes de Fourier. • c = números inteiros positivos • ��B = nos argumentos de seno e cosseno faz com que ���� tenha período �. ��� + �� = �&+ ^ _`a cos b2�c�� + 2�cdaef+ gasen b2�c�� + 2�cdj = �&+ ^ _`a cos b2�c�� daef+ gasen b2�c�� dj = ���� O gráfico abaixo representa uma função periódica n(x) de período a e os termos ��aB , c = 0,1,2,3, … é um ponto da rede recíproca. A função ���� pode ser reescrito como: ���� = ^ �a l��aLBa O somatório estende a todos os valores inteiros de c. Para que ���� seja uma função real é preciso que: �ma∗ = �a Pois nesse caso, a soma dos termos de c e – c é real. A soma é dada por: ���� = �a _cos b2�c�� d + psen b2�c�� dj + �ma _cos b2�c�� d− psen b2�c�� dj= ,�a + �ma/ cos b2�c�� d+ p,�a − �ma/ sen b2�c�� d Onde, os coeficientes de Fouries são: `a = �a + �ma ga = �a − �ma Sendo: ���� = 2 qr�arstutvwx cos b2�c�� d −2yzr�arsttuttv {x sen b2�c�� d Onde qr�ar e yzr�ar representam a parte real e imaginária de ����. Assim, a concentração de elétrons ���� é um número real. Deve-se encontra um conjunto |} de vetores tal que: ��C�� = ^ �~~ l~.J������� 15 �~: �� ��C�çã� X Pé�C��Z �� éP]P� X �p�� C− g p�� Seja invariante para todas as translações \�� que deixem o cristal invariante. 2.2.2 - Inversão da Série de Fourier O coeficiente �a de ���� = ^ �a l��a LBa É dado pela inversão da Série de Fourier: �a = �m� � � ��� ml��aLBBf X� Substituindo ���� em �a tem-se: �a = �m� � �a�Bf exp p S2� �c − c� ��TX� Que resulta a integral em: � � �a�� l�� ,a�ma/ − 1�p 2� �c − c� � = 0 Sendo: �a = 0; para c ≠ c’. Já que c’ e c são inteiros. Para c’ = c, l�f� = 1 e o valor da integral: � �a�Bf exp p S2� �c − c� ��TX� = � Sendo: �a = �m�,�a��/ = �a� Que é uma identidade. Para o volume (x,y,z) tem-se que: ��C�� = ∑ �~ l~}.J��}~ Sendo a inversão dada por: �~ = 1�� � ��C}� l~}.J��}X� �� é o volume da célula do cristal. 2.3 - Vetores da Rede Recíproca Para a análise da concentração de elétrons pela análise de Fourier tem-se que determinar o vetor |}. Considerando �������, ������� e ������� um conjunto de vetores primitivos da Rede de Bravais, pode-se escrever o vetor da rede recíproca gerada a partir dos vetores primitivos, sendo: ������ = 2� ������� × ��������������. �������� × �������� ������� = 2� ������� × ��������������. �������� × �������� ������� = 2� ������� × ��������������. �������� × �������� Sendo o produto escalar entre o vetor primitivo e o vetor da rede reciproca dado por ��. ��� = 2��l� Onde tem-se o delta de Kronecker dado por: �l� = 1; p = � �l� = 0; p ≠ � 16 De forma que o vetor |} seja escrito como combinação linear dos vetores da rede recíproca: | ���� = �������� + ��������� + ��������� Sendo: ��, ��, ��= números inteiros Que apresenta invariância desejada para qualquer vetor de translação \ ���� = ]�������� + ]�������� + ]�������� Sendo ]�, ]�, ]� números inteiros. Dessa forma tem-se que: �,C ���/ = �,C ��� + \ ����/ = ^ �~ l~�.J� l~�.���~ Que ocorre para: l~�.��� = 1 Sendo: l~�.��� = exp�,�������� + ��������� + ���������/. �]��������+ ]�������� + ]����������= expSp���]� + ��]�+ ��]��2�T Sendo |}. \�} deve ser 2� vezes um número inteiro, lembrando que (��]� + ��]� +��]�� resulta num número inteiro. Portanto: ��C}� = �,C} + \�}/ = ^ �~ l~}.J} Que apresenta a invariância desejada. Dessa forma, todo o cristal deve estar associado a duas redes, uma rede cristalina e uma rede recíproca. Os vetores da rede do cristal têm dimensão de comprimento e da rede recíproca dimensão de (comprimento)-1. 2.4 - Condições de Difração: Formulação de Von Laue O conjunto de vetores |} da rede recíproca determina todas as reflexões possíveis da radiação incidente. Supondo uma amostra no qual ocorre a incidência e a refração de um feixe. A diferença entre as fases do feixe incidente e refratado é l,���}m���}�/.J}, cujo o afastamento C}. A amplitude da onda espalhada por um elemento de volume é proporcional a concentração de elétrons ��C}�. A amplitude de espalhamento E para uma onda difratada é dada por: E = � ��C}� l,����m����`/.J�X� = � ��C}� ml∆����.J�X�Sendo: −∆���� = ���� − � ����� Ou: � ���� + ∆���� = � ����� 17 ∆���} = Vetor espalhamento Substituindo: ��C}� = ^ �~ l~�.J�~} Em E tem-se E = � ��C�� ml,����m����`/.J}X� Para um vetor do espalhamento igual ao vetor da rede recíproca, define-se a condição de Von Laue: ∆� ���� = |� Sendo a amplitude do espalhamento é dada por: E~ = ��~ E~ = ��� � ��C}� ml~}.J��}X� No espalhamento elástico de fóton <ℎ , = - = ��¡ =, elétrons ou nêutrons, sendo: r����r = r����`r Ou seja, a frequência do feixe incidente é igual à do feixe espalhado. Para que ocorra a difração, tem-se que: ∆���� = |� � ����� − ���� = |� ���� + |� = � ����� r���� + |�r = r� �����r �� + 2����. |� + |� = � ¢ = �� 2����. |� + |� = 0 Que é a condição de Von Laue, que relaciona o vetor de onda incidente com o vetor da rede reciproca. O vetor da rede recíproca | ���� = ℎ������ + -������� + P�������, que são vetores da rede recíproca, e o parâmetro de rede X£¤¥ = ��r~�r. Demonstrando: A diferença de caminho para raios de dois pontos separados por X. ���� = ��¡ �¦; § p� p� pX �� ����` = ��¡ �¦`; § p� Zc�Pℎ�X� A diferença de caminho fica: X �ZY + X �ZY’ = X�. ��¦ − �¦`� (Versor �¦ e o vetor X� tem mesma extremidade; a origem do versor �¦` coincide com a extremidade do vetor X�). 18 A condição para a interferência construtiva é: X ����. ��¦ − �¦`� = ¨[ ¨ = 1, 2, 3, … �p�� pC�Z� Portanto: X ����. ,���� − ����`/ = 2�¨ X}. ∆���} = 2�¨ Para ∆���� = |� X�. |� = 2�¨ Sendo: X = 2�¨r|}r X = XpZ�â� p� ��C �Z cP���Z No qual se tem a equivalência geométrica da condição de Von Laue com a Lei de Bragg. Fazendo Y = Y`. r|�r = 2�Z �Y Combinando com: r|�r = 2�Ẍ Tem-se: 2�Z �Y = 2�Ẍ �Z �Y = �Ẍ 2�[ Z �Y = �Ẍ 2XZ �Y = ¨[; ¨ = 1, 2, 3, … ª p X «C��� 2.5 - Zonas de Brillouin A célula primitiva de Wigner-Seitz da rede recíproca é chamada de primeira Zona de Brillouin. Primeiro desenha-se os vetores que ligam a origem em relação aos pontos próximos da rede recíproca. Em seguida traça-se retas perpendiculares passando pelo ponto médio dos vetores. A menor região que contém a origem e é limitada por essas retas é a 1ª Zona de Brillouin. Os limites da 1ª Zona de Brillouin são os planos perpendiculares aos vetores da rede recíproca ¬��, ¬�� ¬ ��, passando pelo ponto médio desses vetores, dados 19 por: ¬ 12 �����} = ¬ �� )̂ ¬ 12 ������} = ¬ �� +̂ ¬ 12 ������} = ¬ �� -. Exemplo: Os vetores primitivos da rede de Bravais da estrutura cristalina CCC são: ������� = 12 ��−)̂ + +̂ + -.� ������� = 12 ��)̂ − +̂ + -.� ������� = 12 ��)̂ + +̂ − -.� Vetores da rede reciproca da estrutura cristalina CCC são: ������ = 2�� �+̂ + -.� ������� = 2�� �)̂ + -.� ������� = 2�� �)̂ + +̂� 20 O vetor de translação de menor módulo são 12 vetores (todos as escolhas independentes de sinal). ¬������ = 2�� �¬)̂ ¬ -.� ¬������� = 2�� �¬)̂ ¬ +̂� ¬������� = 2�� �¬+̂ ¬ �� Que estão representados na figura: O vetor de translação geral da rede recíproca (substituindo ������, ������� �������) é dado por: | ���� = �������� + ��������� + ��������� | ���� = 2�� ��� + ���)̂ + 2�� ��� + ���+̂ + 2�� ���+ ���-. O volume da célula no espaço reciproco é dado: �¤ = r������. ,������� ® �������/r Sendo os vetores da rede reciproca: ������ = 2� ������� × ��������������. �������� × �������� ������� = 2� ������� × ��������������. �������� × �������� ������� = 2� ������� × ��������������. �������� × �������� 2.6 – Analise de Fourier da Base: Fator de Estrutura e Fator de Forma Atômico Considerando a periodicidade da rede para um cristal, o arranjo geométrico dos átomos que ocupam efetivamente uma célula unitária, pode ter efeitos importantes na difração. Aplicando a condição de Von Laue, a amplitude associada a um pico de difração é dada por: E~ = ��~ = ��� � ��C�� ml~�.J�X� Para � células unitárias temos: E~ = �g~ Sendo g~ denominado fator de estrutura, dado por: g~ = � ��C�� ml~�.J�X��饯¥B O fator de estrutura descreve matematicamente como uma onda incidente é espalhada. Considerando a base da estrutura com mais de um átomo, a densidade eletrônica ��C�� é escrita como uma superposição de funções de densidades eletrônicas ���C��, associada a cada átomo � da base. Sendo C�� a posição do átomo � na célula unitária, a densidade eletrônica a todos os átomos da base Z é dada por: ��C�� = ^ ��,C� − C��/°�±� Sendo: C�� = ����� + ²���� + ����� Para 0 ³ �� , ²� , �� ´ 1. 21 Representando vetorialmente, sendo a densidade eletrônica ��C�� localizada pelo vetor posição C�: O fator de estrutura é reescrito: g~ = ^ � ��,C� − C��/ ml~�.J�X��饯¥B°�±� Fazendo µ� = C� − C�� que independe da origem, e C� = µ� + C��, o fator de estrutura é dado por: g~ = ^ � ���µ�� ml~�.,¶���·J�¸/X��饯¥B°�±�= ^ ml~�.J�¸ � ���µ�� ml~�.,¶���·J�¸/X��饯¥B°�±� Como µ� independe da origem, a integral é estendida para todo o espaço. Definindo o fator de forma atômica §� temos: §� = � ���µ�� ml~�.¶���X�A O fator de forma atômica representa a medida de espalhamento do átomo � na célula. O fator §� depende do número e da distribuição eletrônica dos átomos da base, do comprimento de onda da radiação incidente e do ângulo de espalhamento. Reescrevendo o fator de estrutura temos: g~ = ^ §� ml~�.J�¸°�±� No qual a soma é realizada para todos os átomos contidos dentro da célula unitária, como representado a seguir: Para o caso de um cristal formado com famílias de planos cristalinos representadas pelo índice de Miller 〈ℎ-P〉, o produto escalar entre vetor de translação |� da rede reciproca a posição C�� dos átomos da rede cristalina é dado por: |�. C�� = ,ℎ���� + -���� + P����/. ,����� + ²����+ �����/= 2�,ℎ�� + -²� + P��/ E o fator de estrutura é dado por: g~�ℎ-P� = ^ §� ml~�.J�¸°�±� g~�ℎ-P� = ^ §� ml���,£L¸·¤M¸·¥N¸/�°�±� A intensidade da onda espalhada é proporcional a |g~|� = g~g~∗. A intensidade de espalhamento é nula para alguns vetores da rede reciproca, consequência da interferência destrutiva entre os átomos da base. Exemplo: Obtendo o fator de estrutura dos cristais de KCl e KBr, que apresentam estrutura cristalina semelhante ao NaCl, que é uma rede de Bravais CFC e bases ¹�0,0,0� <�� , �� , ��=º. 22 Numa célula cubica simples (em cinza) temos uma base com 8 átomos, sendo: �·: »�0,0,0�; b12 , 12 , 0d ; b12 , 0, 12d ; b0, 12 , 12d¼ E: `Pm: »b12 , 12 , 12d ; b12 , 0,0d ; b0, 12 , 0d ; b0,0, 12d¼ O fator de estrutura para o cristal KCl é dado: g~�ℎ-P� = ^ §� ml���,£L¸·¤M¸·¥N¸/�°�±� g~�ℎ-P� = §�½�1 + ml��£·¤� + ml��£·¥�+ ml��¥·¤��+ §w¥¾� ml��£·¥·¤� + ml�£+ ml�¤ + ml�¥� Sendo: g~�ℎ-P� = ¿ �4§�½ + 4§w¥¾�; Z ℎ, -, P → c�C Z4§�½ − 4§w¥¾; Z ℎ, -, P → p¨c�C Z0; Z ℎ, -, P → c�C p�P¨ �� c�C Z �] p¨c�C Z Á O fator de forma atômica como definido é dado por: §� = � ���C�� ml~�.J�X�A Para uma distribuição eletrônica esférica simétrica, no qual o átomo pode ser representado como uma esfera pontual em C� = 0, sendo: §� = � ���0� fX� = � Â��0�X� = ÂAA Onde  é o numero de elétrons no átomo. Dessa forma, §� é a razão entre a amplitude da radiação espalhada pela distribuição de cargas negativas em torno de um átomo e a amplitude da radiação que seria espalhada se essas cargas estivessem concentradas em um ponto. Na direção do feixe incidente, tem-se que | = 0 e §� = Â. A distribuição de elétrons observadas nos sólidos por difração de raios-x é igual a distribuição de elétrons em átomos isolados do mesmo tipo. Isso significa que a distribuição de elétrons da camada de valência não é alterada quando os átomos se combinam para formar os sólidos, mas que a intensidade dos feixes refletidos é descrita adequadamente pelos fatores dos átomos isolados e não é muito sensível a distribuição de elétrons na camada de valência.23 3 - Ligações Químicas nos Sólidos 3.1 - Átomo de Hidrogênio Para um elétron de carga – que se move em um potencial central gerado por um núcleo  (Z número atômico) sendo: ��C� = − �4�ÃfC C = ��� + ²� + ����� A equação de Schroedinger, relacionada com a parte cinética e potencial, aplicada na função de onda ψ se torna: ћ�2ÅC ∇�Ç +  �4�ÃfJ Ç = FÇ Å = È¨È + ¨ Sendo Å a massa reduzida, onde È é a massa do núcleo e ¨ a massa do elétron. Devido a simetria esférica do sistema, aplica-se o Laplaciano em coordenadas esféricas: ∇�= 1C É�ÉC� �C� + 1C�Z �Y ÉÉY bZ �Y ÉÉYd+ 1C�Z ��Y É�ÉÊ� A função de onda são indexados por três números quânticos n,l e m dada por: ÇË,¥,z�C, Y, Ê� = Ë�C�Ì¥z�Y, Ê� Ë�C� = parte radial Ì¥z�Y, Ê�= harmônicos esféricos (parte angular) Os valores possíveis para os números quânticos são: � = 1,2,3,... (número quântico principal) P = 0,1,2, . . . , � − 1 (número quântico orbital) ¨ = −P, −1, +1, . . . , +P (número quântico azimutal). Para cada valor de � existem n valores de P; para cada valor de P existem 2P + 1 valores de m. A densidade de probabilidade de encontrar a partícula num estado de energia E é dado: rÇË,¥,z�C, Y, Ê�r� = | Ë�C�Ì¥z�Y, Ê�|� |Ìqz�Y, Ê�|�XYXÊ é a probabilidade de encontrar a partícula entre Y e Y + XY , e Ê Ê + XÊ, e | Ë�C�|�C�XC é a probabilidade de encontrar a partícula entre r e r + dr. A condição de normalização de onda é dada por: �rÇË,¥,z�C, Y, Ê�r�X� = �| Ë�C�Ìqz�Y, Ê�|� C�XCXYXÊ = 1 As auto energias para este caso são: FË = − ÅÂ� ��4�Ãf��2ћ�� 24 O sinal de (-) indica que os estados são ligados, e para En = 0 o elétron é livre do átomo. 3.2 - Formação dos Sólidos Para P = 0, 1, 2, 3, corresponde aos orbitais Z, c, X, §, que são representados pelos orbitais atômicos. A representação do diagrama de Pauling. A classificação dos níveis de energia só faz sentido para átomos isolados. A representação das séries de Lyman, Balmer e Paschen para o átomo isolado de hidrogênio. Em um sólido existe a interação entre vários átomos, superpondo suas funções de onda. Num sólido não se refere a níveis de energia, mas a bandas de energia. 25 r0 = separação de equilíbrio Formação das bandas de energia com a superposição das funções de onda. O tipo de ligação que mantém um sólido coeso depende da configuração eletrônica dos átomos envolvidos. • Formalmente, o problema da ligação química em moléculas e sólidos necessita da resolução da Equação de Schroedinger para um sistema de � núcleos atômicos e � elétrons que interagem mediante forças eletrostáticas. Desprezando os efeitos relativísticos e termos dependentes do spin, escreva a equação de Schroedinger para um núcleo �, de massa ÈB e carga ÂB , coordenada B ��B, ²B, �B�; �� = 1,2, … , �� e para um elétron -, de massa ¨ e carga – , e coordenada C¤ ��¤, ²¤, �¤�; �- = 1,2, … , ��. Hamiltoniano de um elétron i interagindo com - − 1 elétrons e � núcleos é dada por: Íl = − ћ�2¨l ∇JÎ� + ^ �4�Ãf|C�l − C�¤| Ë �Ïl − ^ ÂB �4�ÃfrC�l − ��Br Ë B Hamiltoniano de um núcleo j interagindo com k elétrons e � − 1 núcleos. Í� = − ћ�2È� ∇и� − ^ Â� �4�Ãfr ��� − C�¤r Ë � + ^ ^ Â�ÂB �4�Ãfr ��� − ��Br @ BÑ� @ �±� Somando os Hamiltonianos: Í = − ћ�2 ^ ∇JÎ�¨l Ë l±� − ћ �2 ^ ∇и�È� @ �±� + ^ ^ �4�Ãf|C�l − C�¤| Ë �Ñl Ë l±� + ^ ^ ÂB� �4�Ãfr ��� − ��Br @ BÑ� @ �±� − ^ ^ Â� �4�ÃfrC�l − ���r @ �±� Ë l±� Os termos da Hamiltoniana representam: 1º termo: energia cinética do elétron; 2º termo: energia cinética do núcleo; 3º termo: interação elétron-elétron, 4º termo: interação núcleo-núcleo; 5º termo: interação elétron–núcleo. 3.3 - Ligação Covalente Para uma molécula formada por dois núcleos A e B, com cargas  e Â′ e um único elétron − . 26 O operador Hamiltoniano é dado por: Í = − ћ�2¨ ∇� −  �4�ÃfCÓ − Â′ �4�ÃfCÔ +  �4�Ãf • CÓ = Distância do núcleo G ao elétron. • CÔ = Distância do núcleo « ao elétron. • R = Distância entre os núcleos G e «. A Equação de Schroedinger é dada por: ÍÇz&¥ = FÇz&¥ Çz&¥ = função de onda da molécula A energia da molécula é expressa pelo valor esperado de Í no espaço, sendo a integral de volume: F = Õ Ç∗z&¥ÍÇz&¥X�Õ Ç∗z&¥ Çz&¥X� A função de onda da molécula é dada pela combinação linear dos orbitais atômicos, sendo: Çz&¥ = Ó̀ÇÓ + `ÔÇÔ ÇÓ = Função de onda relativo ao núcleo A. ÇÔ = Função de onda relativo ao núcleo B. Ó̀ e `Ô = constantes ≠ 0 O valor esperado da Hamiltoniana fica: � Ç∗z&¥ÍÇz&¥X�= � Ó̀∗ÇÓ∗ Í Ó̀ÇÓX� + � Ó̀∗ÇÓ∗ Í`ÔÇÔX� + � `Ô∗ÇÔ∗ Í`ÔÇÔX� + � Ó̀∗ÇÓ∗ Í`ÔÇÔX� E: � Ç∗z&¥ Çz&¥X�= � Ó̀∗ÇÓ∗ Ó̀ÇÓX� + � Ó̀∗ÇÓ∗ `ÔÇÔX� + � `Ô∗ÇÔ∗ `ÔÇÔX� + � Ó̀∗ÇÓ∗ `ÔÇÔX� Sendo: F = Õ Ç∗z&¥ÍÇz&¥X�Õ Ç∗z&¥ Çz&¥X� Onde: ÍÓÓ = � ÇÓ∗ ÍÇÓX� ÍÔÔ = � ÇÔ∗ ÍÇÔX� ÍÓÔ = ÍÔÓ = � ÇÓ∗ ÍÇÔX� g = � ÇÓ∗ ÇÔX� = � ÇÔ∗ ÇÓX� Obtém-se: F = Ó̀�ÍÓÓ + `Ô�ÍÔÔ + 2 Ó̀`ÔÍÓÔÓ̀� + `Ô� + 2 Ó̀`Ôg Para a condição de mínimo tem-se: ÉFÉ Ó̀ = ÉFÉ`Ô = 0 27 Obtendo as equações algébricas: » Ó̀�ÍÓÓ − F� + `Ô�ÍÓÔ − Fg� = 0Ó̀�ÍÓÔ − Fg� + `Ô�ÍÔÔ − F� = 0 Impondo que o determinante do sistema se anule tem-se: �ÍÓÓ − F��ÍÔÔ − F� − �ÍÓÔ − Fg�� = 0 Fazendo HAA = HBB obtém-se: F¬ = ÍÓÓ ¬ ÍÓÔ1 ¬ g S = Integral de superposição pode variar de 0 (não já sobreposição das funções de onda) a 1 (superposição total das funções atômicas) HAA e HBB representa a energia do elétron no átomo isolado. Antiligante = nível mais alto de energia Ligante = nível mais baixo de energia A energia da molécula é maior ou menor que a energia do átomo isolado. Exemplo: Ge, diamante, Si. 3.4 - Ligação Iônica A ligação iônica ocorre entre elementos de baixa energia de ionização com elementos de alta eletronegatividade. Exemplo: NaCl Na = 5,14eV energia de ionização Cl = 3,71eV afinidade eletrônica A transferência de um elétron do Na para o Cl equivale a 1,43eV. A ligação iônica pode ser descrita classicamente. O potencial eletrostático entre dois íons p e � que possuem carga e separados por uma distância Cl� é dada por: ∅l� = ¬ �4�FfCl� O sinal será negativo para íons de cargas opostas e será positivo para íons de cargas iguais. Para distâncias muito pequenas, adiciona- se um outro termo, para representar a repulsão entre os íons. Sendo: ∅l� = ¬ �4�FfCl� + «Cl�Ë B e n são determinados a partir das condições de equilíbrio. A energia potencial de separação de dois íons é representada no gráfico. 28 A energia potencial do i-ésimo íon é dada por: ∅l = ^ ∅l��Ïl A energia total do cristal é dada por: ∅ = �∅l Onde N é o número total de íons no cristal. Tem-se que: Cl� = ×l�X d = distância entre íons vizinhos ×l� = múltiplo de distância mínima X e depende da estrutura cristalina. O potencial é reescrito: ∅ = � Ø− �4�FfX ^ ¬1×l� + «XË ^ 1×l��ÏllÏ� Ù Sendo: ! = ^ ¬1×l�� Onde, ! é denominada constante de Madelung e determina a contribuição do potencial eletrostático ∅ na energia de ligação de cristais iônicos. Exemplo: Mostre que a constante de Madelung A, de uma cadeia linear de íons igualmente espaçados com cargas positivas e negativas alternados é igual a 2ln2. A constante de Madelung é dada por: ! = ^ ¬� 1×l� Para que o cristal seja estável é necessário que a energia potencial ∅ seja negativa e, portanto, que a constante ! seja positiva. Adotando como referência o íon negativo, o sinal positivo se aplicará aos íons positivos e o sinal negativo aos íons negativos. A partir de um determinado íon �, distante de C� do íon de referência, e X a distancia entre os íons vizinhos mais próximos, em uma cadeia linear infinita tem-se: ^ ¬ 1×l� = 2�11 − 12� + 13 − 14 + ⋯ � Que também pode ser escrita: !X = ^ ¬ 1C� = 2�1X − 12X� + 13X − 14X + ⋯ � E: ! = ^ ¬ 1C� = 2�11 − 12� + 13 − 14 + ⋯ � O fator 2 aparece devido a presença dos íons a esquerda e a direita Usando a relação:29 ln�1 + �� = �1 − ��2 + ��3 − ��4 + ⋯ Para � = 1: ln 2 = 11 − 12 + 13 − 14 + ⋯ Portanto: ! = 2P�2 A constante de Madelung determina a contribuição do potencial eletrostático na energia de ligação dos cristais iônicos. Para o NaCl; ! = 1,748 Para o CsCl; ! = 1,763 Cristais iônicos são maus condutores devido ao fato dos elétrons que formam a ligação estarem fortemente presos aos íons. 3.5 - Ligação Metálica • 66% dos elementos da tabela periódica cristalizam na fase metálica. • Algumas semelhanças com a ligação covalente: superposição das funções de onda atômicas de sítios vizinhos. • Superposição das funções de onda muito maior do que na ligação covalente. • Metais de transição (Fe, Ni, Mn, Co) a camada X forma a BC, mais interna não se encontra completamente cheia, dando origem a interessantes propriedades magnéticas. • Lantanídeos as camadas s e d formam a banda de condução. A camada 4f, mais interna que a 5d, é incompleta e normalmente não formam bandas. Com isso tem-se a formação de momentos magnéticos localizados que mantém, no estado metálico, as propriedades magnéticas dos átomos isolados. • Potencial de Ionização: potencial necessário para retirar um elétron da sua camada de valência. • Eletronegatividade: tendência do átomo de uma ligação química em ganhar elétrons. 3.6 - Pontes de Hidrogênio • Átomo de H preso a outros dois átomos. • Núcleo do H é composto por um único próton com raio da ordem de 10-13cm, um fator 105 menor que o diâmetro de um átomo típico. • O potencial de ionização do H é muito grande (13,59eV) quando comparado ao de outros elementos (Li = 5,39eV; K = 4,34eV). • H não é facilmente ionizado e não formam cristais iônicos. 3.7 - Força de Van der Waals: Ligação Molecular Para dois átomos de um gás inerte separados por uma distância R muito maior que o raio atômico. Para um átomo neutro, o potencial eletrostático resultante é nulo, devido ao potencial eletrostático da distribuição eletrônica sem cancelado pelo potencial eletrostático do núcleo. 30 Os átomos induzem momentos dipolares nos átomos vizinhos e estes momentos dão origem a uma força atrativa. Ligação dos átomos no cristal: força de Van der Waals, formando o cristal molecular. Considerando dois osciladores lineares 1 a 2 separados por uma distância R, sendo que, cada oscilador possui um par + e – separados por distâncias x1 e x2, respectivamente: O Hamiltoniano dos dois osciladores lineares sem interação é dado por: Íf = 12¨ ×�� + 12 ��� + 12¨ ×�� + 12 ��� Sendo a constante dada por: = ¨Üf� Üf= frequência natural dos osciladores O Hamiltoniano com a interação coulombiana é dado por: Í� = � − � + �� − � − �� + � + �� − �� Sendo os termos da Hamiltoniana: 1º termo = interação entre as cargas positivas do oscilador 1 e 2. 2º termo = interação da carga positiva do oscilador 1 com a carga negativa do oscilador 2. 3º termo = interação da carga positiva do oscilador 2 com a carga negativa do oscilador 1. 4º termo = interação entre as cargas negativas dos osciladores 1 e 2. Utilizando a expansão: 11 + � = 1 − � + �� − �� + �� … Nos Hamiltonianos tem-se 1 Ý1 + �� Þ = 1 _1 − �� + <�� =�j 1 Ý1 − �� Þ = 1 _1 + �� + <�� =�j 1 Ý1 + �� − �� Þ= 1 ß1 − �� + �� + ��� − ���� � à O Hamiltoniano é dado por: Í� ≅ − 2 ����� � O Hamiltoniano total pode ser escrito como: Í = Íf + Í� Escrevendo o Hamiltoniano total em função das coordenadas: �{ = 1√2 ��� + ��� �Ó = 1√2 ��� − ��� ou �� = 1√2 ��° + �Ó� �� = 1√2 ��{ − �Ó� O termo com índice S é devido ao movimento simétrico do sistema. O termo 31 com índice A é devido ao movimento antissimétrico do sistema. Os momentos associados aos dois modos: ×{ = 1√2 �×� + ×�� ×Ó = 1√2 �×� − ×�� O Hamiltoniano total é dado por: Í = ß 14¨ ×{� + 12 â2¨Ü� − 2 � � ã �{�à + ß 14¨ ×B� + 12 â2¨Ü� + 2 � � ã �Ó�à Onde o 1º termo entre colchetes se refere a um oscilador harmônico de massa 2m e frequência Ü� o 2º termo entre colchetes se refere a um oscilador harmônico de massa 2m e frequência Ü�. As frequências dos osciladores acoplados e dada por: Ü� = _ 1̈ b2¨Ü� − 2 �dj� �� Ü� = _ 1̈ b2¨Ü� + 2 �dj� �� Fazendo: � = 2¨Ü� Para o termo �q¢¤ÐI ≪ 1, pode-se expandir as expressões até segunda ordem, sendo: Ü� = å �2¨ 11 − �� � − 12 â �� �ã�2 Ü� = å �2¨ 11 + �� � − 12 â �� �ã�2 A energia do sistema acoplado é dada por: F = 12 ћ�Ü� + Ü�� Substituindo Ü�e Ü� até segunda ordem tem-se: F = ћ2 å �2¨ 12 − â �� �ã�2 Que pode ser reescrita como: F = Ff − G � A interação é atrativa (sinal negativo) e inversamente proporcional a sexta potência da distância entre os dois osciladores. Sendo: Ff = ℎÜf e G = ћ �2 å 12¨�� A interação de van der Waals é responsável pela formação dos cristais em gases inertes e de muitas substancias orgânicas. 32 4- Fônons: Vibrações da Rede Cristalina Fônons são quantas (plural de quantum) de vibração de rede que corresponde a um pacote de onda elástica. 4.1 – Cristal unidimensional com base monoatômica: Modo Acústico Para um plano s, composto por átomos de massa m, que se desloca em relação a origem e tem sua posição determinada pela coordenada Us, tendo como vizinho os planos S + P �× = ¬1�. Aplicando uma força sobre esse plano tem-se: E° = ^ `æ�ç°·a − ç°�æ Fs = força aplicada no plano s. Cp = constante de força entre os átomos vizinhos Expressando os coordenados Us e Us+p: ç° = ç l¤°B mlèé ç°·a = ç l¤�°·a�B mlèé= ç l¤°B l¤aB mlèé ç°·a = ç° l¤aB a = distância entre os planos • E° = ∑ `æ� l¤aB − 1�ç l¤°B mlèéæ • ¨çê° = ∑ `æ� l¤aB − 1�ç°æ • −¨Ü�ç° = ∑ `æ� l¤aB − 1�ç°æ Para os planos p = ±1 tem-se: • −¨Ü� = �̀, l¤�B − 1/ + `m�� ml¤B − 1� Fazendo: C1 = C-1 = C Tem-se: −¨Ü� = `, l¤B + ml¤B − 2/ −¨Ü� = `S2 �Z-� − 2T A relação de dispersão w(k), entre a frequência com o vetor de onda, é dada por: Ü� = 2`̈ �1 − �Z-�� Para os limites da 1ª Zona de Brillouin (- =¬ � �⁄ ) tem-se: XÜ�X- = 2̈ `�Z �-� = 0 Sendo: Z �� 12 -� = 12 �1 − �Z-�� Portanto: Ü = b 4̈ `d� �� Z � b12 -�d O gráfico de w em função de k para a região de - ≪ 1 �� ou [ ≫ �. 33 O movimento dos átomos na 1ª Z.B. é reproduzido também para fora da 1ª Z.B. No limite para longos comprimentos de onda �-B ≪ 1� tem-se w=0. No instante t = 0 tem-se a representação de alguns modos normais. (a) K = 0, modo de translação, (b) - =¬ � �⁄ onda estacionária, com átomos se movimentando em sentido oposto em relação aos átomos vizinhos. (c) Modo normal com um vetor de onda qualquer. A velocidade de grupo transporta a energia de uma onda no meio, sendo definido por: �í����� = ∇���Ü�-� �í = XÜX- Ü = b4 ̈d� �� Z � b12 ��d �í = b4 ̈d� �� 12 � �Z 12 �� �í = â`��¨ ã � �� �Z b12 -�d O gráfico da velocidade de grupo em função do vetor de onda: Nos extremos da 1ª Z.B. a velocidade de grupo é zero. No ponto - = � �⁄ a onda é estacionária. No ponto k = 0 a velocidade de grupo é igual a velocidade da luz. Este resultado também é observado na teoria de propagação acústica em meios contínuos, e como, w é proporcional a k no limite de longos comprimentos de onda, é chamado de modo acústico de vibração. Para o contínuo, ou seja [ ≫ �, tem-se: �Z-� = 1 − 12 �-��� Onde: Ü� = 2̈ ` b1 − 1 + 12 �����d Ü� = `̈ ���� XÜX� = �í Ü = �í� Ü� = �í��� `̈ ���� = �í��� �í = b`̈ d� �� ; [ ≫ � 34 4.2 - Determinação da Constante de Força Representando o oscilador harmônico acoplado num sistema com constante de força (constante elástica) C e átomos com massa m. Pode-se determinar a constante de força (C) a partir da relação de dispersão: ¨Ü� = 2 ^ `æ�1 − �Z-a��æ Multiplicando ambos os lados por cos ���, sendo: t = número inteiro � ¨Ü� cos � -� X- =� B⁄m� B⁄ 2 ^ `æ � ,1 − cos -a�/ cos �-� X- � B⁄ m� B⁄æef Para t ≠ p; t e p = númerosinteiros � ,1 − cos -a�/ cos �-�X- � B⁄ m� B⁄ = 0 Para t = p ¨ � Ü-� cos -��X- =� B⁄m� B⁄ 2 ^ `æ î � cos -��X- � B⁄ m� B⁄æef − � cos -�� cos -a� X- � B⁄ m� B⁄ ï cos -�� cos -a� = 12 ð �ZS�c − ��-�T + �ZS�c + ��-�Tñ= 12 ð1 + �Z�2c-��ñ; � = c Sendo: ¨ � Ü�� cos -��X- =� B⁄m� B⁄ 2 ^ `a2aef � S1 + �Z�2cX��TX- � B⁄ m� B⁄ ¨ � Ü-� cos -��X- =� B⁄m� B⁄ ^ `aaef � X- = 2` � �⁄ � B⁄ m� B⁄ `a = ¨�2� � Ü�- cos,-a�/X- � B⁄ m� B⁄ Constante de força para dois planos separados por uma distância c� para um cristal com uma base monoatômica. 4.3 - Vibrações em Cristais com Base Diatômica A relação de dispersão w(k) apresenta novas características quando a base da 35 célula primitiva da rede cristalina contém dois ou mais átomos. Uma rede linear diatômica apresenta dois ramos: ramo óptico, ramo acústico. Para as redes tridimensionais tem-se os modos longitudinais acústicos (LA) e transversais acústicos (TA) e modos longitudinais ópticos (LO) e transversais ópticos (TO). Em um cristal com p átomos tem-se 3p graus de liberdade sendo: 3p – 3 ramos ópticos e 3 ramos acústicos. Para N células primitivas há pN átomos com 3N graus de liberdade associados aos modos acústicos LA e TA e (3p – 3)N graus de liberdade associado aos modos ópticos LO e TO. Considerando uma rede diatômica com átomos de massa M1 e M2. A força aplicada nos planos com coordenadas Uj e vj È�çê� = `�,�� − ç�/ − ,ç� − ��m�/� È�çê� = `��� + ��m� − 2ç�� È��ê� � `�,ç�·� 3 ��/ 3 ,�� 3 ç�/� È��ê� � `�ç�·� � ç� 3 2��� Expressando as coordenadas: ç� � çqÎò¸óq¾Îôõ ç�·� � çqÎò�¸½ö�óq¾Îôõ �� � �qÎò¸óq¾Îôõ ��m� � �qÎò�¸¾ö�óq¾Îôõ Substituindo as coordenadas: 3È�Ü�ç� � `���1 � �B� � ¤�B mlèé3 2çq�ò¸óq¾Îôõ� 3È�Ü�ç � `�,1 � ml�B/ 3 2`ç 3È�Ü�� � `ç,1 � l�B/ 3 2`� Representando matricialmente: ÷ 2` 3 È�Ü� 3`�1 � ml�B�3`�1 � l�B� 2` 3 È�Ü� ÷ � 0 4`� 3 2`Ü��È� � È�� � È�È�Ü�3 `�,1 � l�B/,1 � ml�B/� 0 4`� 3 2`Ü��È� � È�� � 2`��1 3 �Z���� 0 È�È�Ü� 3 2`Ü��È� � È��� 2`��1 3 �Z��� � 0 Fazendo w2 = x Tem-se: È�È��� 3 2`��È� � È��� 2`��1 3 �Z��� � 0 Para cos Ka << 1 pode-se expandir obtendo-se: �Z�� � 1 3 12 ���� � ⋯ Sendo: È�È��� 3 2`��È� � È�� � `����� � 0 � � 2�È� � È��2È�È� ¬ ø4`��È� � È��� 3 4È�È�`�����2È�È� Para � � ��¡ ´´ 1 tem-se: �· � 2`�È� � È�� � 2`�È� � È��2È�È� 36 �· � Ü·� � 2` < �ùö � �ù¢=, para K = 0 (Ramo óptico) Há soluções cuja frequência não vai a zero na origem e sim a uma constante w+. Estas soluções fazem parte do ramo ótico. - Para �¬� ܬ�; � ≪ � �⁄ tem-se: �m � `È�È� ÝÈ� � È�¬ ��È� � È���3 È�È������� �� Þ • Expandindo esse termo em série de Taylor: ß1 3 È�È������È� � È���à � �� � 1 � 12 È�È������È� � È��� � ⋯ O termo a ser obtido Üm�: Üm� � `È�È� ß�È� � È�� 3 �È� � È��� 12 È�È������È� � È��à Sendo: Üm� � �� w�¢B¢�ùö·ù¢�, para Ka = ¬ ú (ramo acústico) Tem-se a presença de uma solução com relação de dispersão linear ω e k que é associada à propagação de ondas sonoras e, portanto, denominada ramo acústico. Para valores de - � ¬ � �⁄ tem-se: Ü� � 2`�È� � È��2È�È� ¬ `2È�È� S4�È� � È���3 8È�È��1 3 cos ���T� �� Ü� � `È�È� SÈ� � È� ¬ �È� � È���3 2È�È��1 3 �Z���T� �� Ü� � `È�È� 1È� � È� ¬ bÈ� � È� � 2È�È� 3 4È�È��È� 3 È��� d � �� 2 Ü� � `È�È� SÈ� � È� ¬ �È� 3 È��T Tem-se: No limite da 1ª Z.B. ûü ýÜ·� � 2È̀�Üm� � 2È̀�þ� �� � ¬ � �⁄ • Fônons acústicos = átomos movem no mesmo sentido. 37 Fônons ópticos = átomos movem em sentido contrário. Para o ramo óptico em k = 0 tem-se: �3Ü�È�ç � `��1 � ml�B� 3 2`ç3Ü�È�� � `ç�1 � l�B� 3 2`� »È�ç � � 3 çÈ�� � ç 3 � Somando tem-se: È�ç � È�� � �� 3 ç� � �ç 3 �� È�ç � 3È�� ç� � 3 È�È� O sinal – indica que os átomos de massa M1 move em sentido oposto aos átomos de massa M2. Os fônons ópticos são modos vibracionais do material que correspondem a uma polarização elétrica oscilante localmente, ao nível de uma célula do material. Os átomos como um todo vibram com os fônons acústicos, porém, apenas as nuvens de elétrons mudam de posição com os fônons ópticos. A frequência dos fônons ópticos é muito maior que a dos fônons acústicos. 4.4 - Quantização das Vibrações da Rede – Fônons A energia de vibração da rede pode ser reescrita por: F � b� � 12d ћÜ n = número de fônons Obtendo a amplitude quadrática média dos fônons, considerando: ç � çf �Z�� �ZÜ�, sendo U o deslocamento em relação a origem. A energia cinética média é dada por: �� � 12 ¨ç� � �� � 12 ¨�3Üçf cos �� sın Ü�WWWWWWWWWWWWWWWWW�� Para o deslocamento em torno de sua posição de equilíbrio no ponto x = 0. Sendo: �� � 12 ¨Ü�çf�Z ��Ü� • < Z ��Ü� > = �� Portanto: �� � 14 ¨Ü�çf� Como a energia cinética média é: �� � 12 F � 12 b� � 12d ћÜ Tem-se: çf� � 2 b� � 12d ћ/�¨Ü� çf � å2 b� � 12d ћ/�¨Ü� Relação entre o deslocamento de um modo ao número de ocupação � do modo. 38 5.Fônons: Propriedades Térmicas O estudo das propriedades térmicas da matéria deve levar em consideração o estudo macroscópico (Termodinâmica) que considera as variáveis do estado (pressão, volume e temperatura) e microscópico (Mecânica Estatística). 5.1 – Capacidade Térmica de um gás de Fônons A capacidade térmica dos sólidos para altas temperaturas não depende da temperatura e obedece a lei de Dulong- Petit: Cv = 3NKB �Ô = 1,380649x10-23 J.K-1 A constante de Boltzmann �Ô, relaciona a temperatura e energia das moléculas. Mas para baixas temperaturas os efeitos quânticos são considerados e a abordagem clássica não é aplicada. 5.1.1 - Modelo de Einstein Embora não houvessem muitos dados sobre os calores específicos dos sólidos, já havia medidas para o diamante em temperaturas até 50 K, em 1907, que mostravam uma diminuição rápida do valor da capacidade térmica a um volume constante (Cv) à medida que a temperatura baixava. A primeira tentativa para interpretar esses resultados foi feita por Einstein, seguindo a hipótese de Planck, utilizada para a lei de radiações. Einstein assume uma única frequência de oscilação para os osciladores que compõe o sólido, w. A capacidade térmica a um volume constante é definida: `� � bÉçÉ\dA A capacidade térmica é relacionada com a quantidade de calor que um corpo recebe e a variação de temperatura que este causa no corpo. A energia total U dos fônons em um cristal a temperatura T para N osciladores é dada por: ç � � ´ � > ћÜ� �ћÜ/� ^�ћÜ ⁄ �Ô\� 3 1� �Ô = Constante de Boltzmann Onde: ´ � > � �qћô ��� m� número médio dos fônons com vetor de onda K e polarização P em equilíbrio térmico (Distribuição de Planck). Sendo: `� � �ћÜ ÉÉ\ â 1 ћè ���� 3 1ã `� � �ћÜ\� ℎÜ�Ô î ћè ���� < ћè ���� 3 1=�ï `� � �ћ�Ü��Ô\� ћè ���� < ћè ���� 3 1=� Capacidade térmica para N osciladores com mesma frequência. Para as 3 dimensões: `� � 3�ћ�Ü��Ô\� ћè ���� < ћè ���� 3 1=� 39 Capacidade térmica para o modelo de Einstein. 5.1.2 - Contagem dos Modos Normais A energia para diferentes osciladores é dada por: ç � ^ ^ ћÜ�,æ �ћè /���� 3 1æ� Admitindo a polarização P na faixa de frequência de w e w + dw, e supondo que o cristal tenha uma densidade de modos DP(w). A densidade de modos está em função da frequência de oscilação w. A energia é dada por: ç � ^ � 8æ�Ü� ћÜß < ћè���= 3 1à XÜæ E a capacidade térmica da rede cristalina é dada por: `� � bÉçÉ\dA `� � �Ô ^ � 8æ�Ü��� LXÜ� L 3 1��æ Sendo � � ћÜ/�Ô\ 5.2 - Densidade de modos em uma dimensão Considerando uma rede dimensional de comprimento L e N + 1 partículas, no qual as partículas na posição s = 0 e s = N são fixos. Definindo qS o deslocamento da partícula s- �{��, �� � �f �c,�3pÜ�,æ�/Z �Z�� Os valores de K aplicando a condição de contorno para x = 0 e x = L são: Z ��-0� � Z ��-ª� � 0 Que é valido para: -ª � �� - � ¬ ��ª �� � 1,2, … . � Para uma variação infinitesimal do número de onda dK, tem-se: ��� � �� X� (númerode modos) A densidade de modos D(w) é dado por: 8�Ü� � �ú��XÜsuv @ 8�Ü�XÜ � ���� = densidade de modos por unidade de frequência. Para uma rede bidimensional o número de modos permitidos é: ��� � ��� b ª2�d� 5.2.1 - Densidade de modos em três dimensões Para 3D tem-se que o volume é: b ª2�d� � b �8��d Para uma esfera com vetor de onda K, o raio da esfera K tem-se 40 O número total de modos é ,ª 2�� /�o volume de uma esfera de raio K. ��� � b ª2�d� 4���3 A densidade de modos para cada polarização é dada por: 8�Ü� � X�XÜ � ���2�� X�XÜ 8�Ü� � �Ü�2���� Sendo: Ü � �- � = velocidade do som 5.3 - Modelo de Debye O modelo de Debye relaciona a variação da capacidade térmica com a temperatura. Para um cristal com N células primitivas, o número total de modos acústicos é N. A frequência de corte para um número total de N modos dos fônons acústicos é dada por: Üf� � 6������ Máxima frequência de fônons. O vetor de onda correspondente é: �� � Üf� �� � â6������ ã � �� A energia térmica é dada por: ç � � XÜ8�Ü� ´ ��Ü� > ћÜ ´ ��Ü� > � 1 ћè ���� 3 1 Sendo: ç � � â �Ü�2����ã ћÜ< ћè ���� 3 1= XÜ è� f Multiplicando por 3 (3 graus de liberdade) e denominando: �� � ћÜ��Ô\ � Y\ Tem-se: ç � 3�ћ2���� � Ü� £è ���� 3 1 XÜ � è� f 3��Ô�\�2����ћ� � �� L 3 1 X� Sendo a temperatura de Debye Y, definida por: Y � ћÜ��Ô � ћ��Ô â6���� ã � �� Temperatura relacionada com a frequência de vibração dos fônons. A energia total de fônons é dada por: ç � 9��Ô\ â\�Y�ã � �� L 3 1 L� f N = número de modos dos fônons acústicos A capacidade térmica é dada por: 41 `A � bÉçÉ\dA Sendo: `A � 3�ћ�2�����Ô\� � Ü� ћè ���� < £è ���� 3 1=� XÜ è� f `A � 9��Ô b\Yd� � �� L� L 3 1�� X�L�f Capacidade térmica no Modelo de Debye Para baixas temperaturas Tem-se: � �� L 3 1 X� R f � � �� ^ m°LX� R L±� R f � 6 ^ 1Z� � ��15 R °±� Dessa forma tem-se: ç � 3����Ó\�5Y� ; \ ´ Y Portanto: `A � bÉçÉ\dA `A � 12�5 � ��Ô b\Yd� Capacidade térmica a volume constante para o modelo de Debye. A diferença da capacidade térmica aplicando os modelos de Einstein e Debye são mostrados na figura: 42 6. Teoria de Drude dos Metais O modelo do físico alemão Paul Drude, proposto em 1900, considerou o metal como um gás de elétrons livres em uma caixa, sendo os íons positivos, que formam a estrutura do material, representados por esferas fixas e impenetráveis e os elétrons como partículas que se movem entre os íons e se chocam com eles. Na representação abaixo o núcleo e o centro do íon conservam a sua configuração no átomo livre, e os elétrons de valência deixam o átomo para formar o gás de elétrons. Um elemento metálico tem um núcleo de carga ÂB, sendo ÂB o número atômico e a carga do elétron que vale 1,60®10m��`. Em volta do núcleo estão os elétrons  de valência ligados de modo relativamente fraco e os elétrons ÂB 3  ligados ao núcleo de forma relativamente forte que tem um papel bem menor nas reações químicas e são conhecidos como os elétrons mais internos. Uma medida da densidade eletrônica é dada por: �� � 1� � 4�C°�3 Sendo C° o raio da esfera de volume � que contém os elétrons de condução que é dado por: C° � å 34��I No qual a razão entre C° com o raio de Bohr �f � ℏ¢zq¢ � 0,529®10m�¨ para metais fica entre 2 e 3 e para metais alcalinos entre 3 e 6. A densidade eletrônica de alguns metais à 300K é apresentada na tabela a seguir: Como cada átomo contribui com  elétrons, o número de elétrons por ¨� é dado por: � � �� � 6,002®10m�� µzG Em que µz é a densidade de massa e G a massa atômica do elemento. 43 A teoria de Drude estudou a resposta de metais sujeitos a campos externos (elétrico e magnético) e a gradientes de temperatura e utilizou a teoria cinética de gases, que trata as moléculas de um gás como esferas sólidas idênticas movendo em linha reta até se colidirem, para descrever de forma probabilística as colisões entre os elétrons e os íons, postulando a existência de um tempo de relaxação � que é definido como o tempo médio entre duas colisões sucessivas de um elétron. A quantidade �� representa o número de vezes que um elétron colide por unidade de tempo. As colisões são consideradas elásticas e de forma aleatória. Supondo um campo elétrico aplicado a um pedaço de metal. Caso não houvesse as colisões, a força elétrica ficaria: Xc�X� � 3 F�� c� � 3 F��� A velocidade eletrônica média dada por: �� � 3 F���¨ Onde ¨ é a massa do elétron. A densidade de corrente elétrica é dada por: �� � �`�� � 3� � �� � 3� �� Sendo �` a densidade volumétrica de carga. �� � � �F���¨ Este resultado mostra que a densidade de corrente elétrica é proporcional ao tempo, quando aplicado um campo elétrico a um metal, o que não é observada na prática. Drude resolveu esse problema usando a ideia de tempo de relaxação, com as seguintes suposições: 1. A probabilidade que um elétron sofra uma colisão entre os instantes � e � � X� é dada simplesmente por �é� onde τ é o tempo de relaxação. As colisões são, portanto, eventos não-correlacionados. 2. Entre duas colisões, o elétron viaja em linha reta, como uma partícula livre (caso não esteja sob a ação de forças externas) de forma que o caminho livre médio é dado por: P � �� 3. Aplicando o teorema de equipartição de energia da teoria cinética dos gases, no qual gases diferentes tem a mesma energia cinética média por moléculas, sendo: 12 ¨�� � 32 �Ô\ O momento de um elétron pode ser alterado por uma força externa §���� ou por colisões. Um elétron sofre uma colisão entre � e � � X� com probabilidade �é� . Assim, a fração dos elétrons que colidem neste intervalo é �é� , e a fração dos elétrons que não colidem é �1 3 �é� � . Assim, a contribuição para c��� � X�� dos elétrons que não colidem é: 〈c��� � X��〉 � ,〈c��� �〉 � §����X�/�1 3 X�� � Os elétrons que sofreram colisão no intervalo de tempo considerado também contribuem para c��� � X��, já que após a colisão eles continuam sendo acelerados pela força §����. Podemos dizer que a contribuição destes elétrons é menor que §���� X� ⋅ �é� , já que não sabemos o instante exato da colisão. Este termo contribui apenas em ordem X��para o momento médio final. Mantendo apenas os termos lineares em X�, temos: 44 〈c��� � X��〉 � 3〈c��� �〉 X�� � §����X�3 §���� X��� Para o termo X�� → 0, o modelo de Drude para o espalhamento de elétrons é a equação geral de movimento em três dimensões para uma partícula de momento c� no qual atua uma força arbitrária §�, dado por: Xc����X� � §���� 3 c��� �� Que representa a 2º Lei de Newton com um termo dissipativo a��é �� . Para a atuação de um campo elétrico constante sobre o metal, sendo a densidade de corrente elétrica a partir da representação de Drude fica: �� � � ��¨ <1 3 mé �� = F�� Para � → 0, temos: �� � � ��¨ F�� � �f F�� Onde: �f � � ��¨ Sendo �f a condutividade elétrica DC do metal, obtido pela Lei de Ohm. Drude relacionou a condutividade elétrica, que é uma grandeza macroscópica, com a carga � � e a massa �¨� do elétron e com o tempo de relaxação �. Como �f pode ser obtido experimentalmente, os valores obtidos para o tempo de relaxação são em torno de � ≈ 10m��Z. Em um condutor, o obstáculo ao movimento de portadores é representado por uma propriedade mensurável denominada resistência, definida por: � �p Mostrando que quando há uma aplicação da XXc ��� nas extremidades de um resistor de comprimento ª e secção de área G, uma corrente elétrica p irá circular por ele. Substituindo a XXc e a corrente elétrica temos: � �p � Fª�G Sendo: F � G�ª � µ� A resistência é proporcional ao comprimento de inversamente proporcional a área do resistor, sendo: � µ ªG Sendo a constante µ a resistividade elétrica domeio que pode ser escrita em função do tempo médio de colisão é dado por: � � � ��¨ F � � ��¨ µ� µ � ¨� �� Sendo ¨ a massa e a carga do elétron e � o numero de portadores por volume. A resistividade elétrica de alguns materiais é representada na tabela a seguir: 45 6.1 – Efeito Hall e Magnetorresistência Ocorre quando os portadores de carga num condutor têm uma velocidade de arraste ��B. Submetendo um condutor na direção � a um campo elétrico externo FL, uma densidade de corrente elétrica �L flui no condutor. Considerando portadores de carga negativa com velocidade ��B que é submetida a força de magnética E�ù, fazendo com que as cargas se desviem perpendicularmente (para a direção ²) e acumulando em uma das bordas. Esse fenômeno é chamado de Efeito Hall. A medida em que as cargas se acumulam, uma borda fica carregada negativamente e outra positivamente, de forma que a força magnética e a força elétrica se equilibram na direção ². Como a corrente elétrica continua a fluir na direção �, ocorrendo um aumento da resistência no condutor que é definido como Magnetorresistência, definida a partir do Eletromagnetismo por: µ�Í� � FL�L A magnetorresistência é dependente do campo magnético. A força magnética faz com que as cargas negativas desloquem de forma que aparece uma ��� entre as bordas. Dessa forma, aparece um campo magnético orientado na direção e sentido do eixo �, dando origem a uma força elétrica que cresce até igualar com a força magnética. A força de Lorentz se anula, sendo: A força de Lorentz é dada por: 3 F�� 3 3 ��B®Í��� � 0 F�� � ��B®Í��� Em módulo tem-se: FM � �BÍ A ��� entre as bordas é denominado de tensão de Hall, sendo: � � FM² � �BͲ A densidade de corrente elétrica na direção � é dada por: �L � µ�B �L � µ FMÍ 46 Definindo o coeficiente de Hall que é dado por: � 1µ � FM�LÍ No qual � é o número de partículas e � a densidade de portadores por volume. A corrente elétrica é dada por: �L � 3� �B A velocidade de arraste é dada por: �B � 3 �L� � FMÍ Definindo o coeficiente de Hall como: � 3 1� � FM�LÍ Para metais e semicondutores os portadores tem sempre uma carga . Definindo o número de portadores por volume em função da tensão de Hall temos: � � 3 �LͲ � , c�C��X�C Z � ���p��Z � � �LͲ � , c�C��X�C Z c�Zp�p��Z 6.2 – Condutividade Elétrica AC de um Metal Para calcular a corrente induzida em um metal por um campo elétrico dependente do tempo, define-se: F����� � !F���"� ml#é$ O momento linear pode ser escrito como: c���� � !c��"� ml#é$ A equação de movimento é dada por: Xc����X� � §���� 3 c��� �� Xc����X� � F����� 3 c��� �� 3p"c��"� ml#é � F���"� ml#é 3 c��"� ml#é� 3p"c��"� � F���"� 3 c��"�� A densidade de corrente elétrica é dada por: ����� � 3 � c��� �¨ Sendo: ����� � ���"� ml#é Temos: 3p"���"� � 3 � S3p"c��"�T¨� ���"� � 3 � ̈ c��"�� ���"� � � �¨ <1� 3 p"= F���"� A densidade de corrente elétrica para a propagação da radiação eletromagnética no metal é dada por: ���"� � ��"�F���"� No qual define-se a condutividade dependente da frequência " do campo elétrico: ��"� � �f�1 3 p"�� Onde �f é a condutividade elétrica do metal DC. A propagação da radiação eletromagnética é associada aos campos elétrico e magnético dependentes do tempo. Aplicando a Lei de Ampere- Maxwell proveniente das equações de Maxwell em um meio material definidas no S.I. por: ∇���®«���C�, �� � Å&���C�, �� � Å&Ã& ÉF���C�, ��É� 47 ∇���®«���C�, �� � Å&��"�F���C�, �� � Å&Ã& ÉF���C�, ��É� ∇���®«�� � Å&��"�F���"� ml#é� Å&Ã& ÉF���"� ml#éÉ� Sendo: ÉF���"�É� � 3p"F���"� Onde: ∇���®«�� � Å& âp��"�" � Ã&ã ÉF���"�É� No qual define-se a permissividade elétrica dependente da frequência " da onda eletromagnética e da condutividade elétrica do material, dada por: Ã�"� � Ã& � p��"�" � Ã& � p�f"�1 3 p"�� Para altas frequências no qual: "� ≫ 1 Temos: Ã�"� � Ã& â1 3 "a�"�ã Onde define-se a frequência de plasma: "a � â� �Ã&¨ã �/� Analisando fisicamente as consequências a permissividade elétrica, ou constante dielétrica. - Para " ´ "a, no caso de ser real e negativa, a radiação eletromagnética não se propaga no metal. - Para " > "a , a permissividade elétrica é positiva e a radiação se propaga pelo metal sem ser atenuada. Para metais alcalinos observa-se que se tornam transparentes para frequências em torno do ultravioleta ou maiores. A Tabela a seguir mostra a comparação entre a predição teórica e o valor medido do comprimento de onda de plasma [a ����#x para vários metais alcalinos. Elemento λ Teórico (103 Å) λ Observável (103 Å) Li 1,5 2,0 Na 2,0 2,1 K 2,8 3,1 Rb 3,1 3,6 Cs 3,5 4,4 Fonte: Aschroft/Mermin A frequência de plasma surge também no contexto das oscilações longitudinais de carga que podem ocorrer em um metal, sendo associadas a densidades de corrente oscilatórias ��"� no material. Uma maneira qualitativa de entender essas oscilações de carga que o metal pode sustentar (também conhecidas como oscilações de plasma ou plásmons) é através do modelo simplificado que está ilustrado na figura a seguir. Considere um gás de elétrons com densidade � que se desloca como um todo por uma distância � em relação aos núcleos positivos. Este deslocamento irá produzir densidades superficiais de carga � (não confundir com a condutividade) em faces opostas do sólido, como mostrado a figura, com σ = ±� � . Forma-se então, instantaneamente, a configuração de um capacitor de placas paralelas, com um campo elétrico homogêneo e igual a σ %& . Este campo causará uma força restauradora no gás de elétrons como um todo. De fato, cada elétron estará sujeito a uma força restauradora E = − Ëq¢L%& , que dará origem uma oscilação harmônica com frequência de plasma 48 "a = <Ëq¢%'z=�/�. A figura corresponde a um plásmon com grande comprimento de onda (da ordem do tamanho do cristal), mas tais oscilações podem ocorrer também com comprimentos de onda menores. A região em marrom representa o gás de elétrons. 6.3 – Condutividade Térmica de um Metal O modelo de Drude supõe que a corrente térmica no metal seja transportada pelos elétrons de condução. Esta hipótese é baseada na observação empírica de que os metais são melhores condutores de calor do que os isolantes. Então, a condução térmica pelos íons (presentes tanto nos metais como nos isolantes) é muito menos importante do que a condução térmica pelos elétrons de condução (presentes somente nos metais). O modelo de Drude se aplica a lei de Wiedemann-Franz no qual a razão entre as condutividades térmica �-� e elétrica ��� são proporcionais a temperatura, sendo: -� = ª\ Sendo ª um constante de proporcionalidade denominado número de Lorentz que para os metais vale: ª = ���Ô�3 � = 2,44®10mD�(/�� Supondo uma barra de metal, na direção �, submetida a um gradiente de temperatura ∇���\ no qual metade dos elétrons são provenientes do lado de maior temperatura �\�� e outra metade do lado de menor temperatura �\��. O vetor ��) representa a densidade térmica de corrente. Para pequenas variações de ∇���\ a densidade térmica de corrente obedece a lei de Fourier que estabelece que o fluxo de calor através de um material é proporcional à temperatura, dada por: ��) = −-∇���\ Sendo F�\� a energia térmica por elétron em equilíbrio térmico a uma temperatura T. Os Ë� elétrons que estão no sentido de maior para menor temperatura �\� → \�� tem energia F�\S� − 〈�〉�T� e os Ë� elétrons que estão no sentido de menor para maior temperatura �\� → \�� tem energia F�\S� + 〈�〉�T�. Sendo 〈�〉a velocidade média dos elétrons e � o tempo de relaxação. A densidade de corrente térmica é dada por: ��) = ��)*¯qËéq + ��)+Jl& �) = �2 〈�L〉F�\S� − 〈�〉�T�− �2 �LF�\S� + 〈�〉�T� 49 �) = �2 〈�L〉 XFX\ X\X� �−〈�〉��− �2 �L XFX\ X\X� �〈�〉�� �) = −�〈�L〉〈�〉� XFX\ X\X� Para as três dimensõesa velocidade média dos elétrons é dada por: 〈�L〉 = 〈�M〉 = 〈�N〉 = 13 〈�〉 Sendo: ��) = − 13 �〈�〉�� XFX\ ∇���\ O calor especifico a volume constante é dado por: A = � XFX\ = �� XFX\ A densidade térmica de corrente é dada por: ��) = − 13 〈�〉�� A∇���\ Sendo a condutividade térmica dada por: - = 13 〈�〉�� A A condutividade elétrica DC obtida pelo modelo de Drude é dada por: � = � ��¨ Pela lei de Wiedemann-Franz temos: -� = 13 〈�〉�¨ A� � Pela lei da Termodinâmica temos: A = 32 ��Ô E: 12 ¨�� = 32 �Ô\ Dessa forma a razão da condutividade térmica pela elétrica é dada pela Wiedemann-Franz: -� = 3�Ô�2 � \ A relação entre a condutividade térmica e a condutividade elétrica é uma manifestação de uma classe de fenômenos conhecidos como fenômenos termoelétricos. Segundo o modelo de Drude, há uma constante de proporcionalidade que vale 1,1®10mD�(/�� como sugeriam os resultados experimentais, aproximadamente metade do valor experimental. Porém, na época Drude errou por um fator 2 o cálculo de sua condutividade encontrando exatamente o valor experimental. Mais duas outras discrepâncias também são observadas, sendo: o calor específico à temperatura ambiente é tipicamente 100 vezes menor que o resultado clássico, enquanto que as velocidades quadráticas médias são da ordem de 100 vezes maiores, devido ao Princípio de Exclusão de Pauli. 50 7.Gás de Fermi de Elétrons Livres: Modelo de Sommerfeld Os férmions são partículas que apresentam momento de spin múltiplos de meio inteiro (Exemplo: ±1/2, ±3/2, ±5/2, ...). Bósons são partículas que apresentam o momento de spin múltiplo de inteiros. O gás de Fermi de elétrons livres é aplicado a um conjunto de férmions que não se interagem. Elétrons em metais e semicondutores podem aproximadamente serem considerados como gás de Fermi. Para considerar as propriedades quânticas de um metal, o físico Arnold Sommerfeld passou a considerar um gás quântico ideal. No modelo de Sommerfeld os elétrons do gás são considerados como partículas em uma caixa de volume V = L3. 7.1 – Densidade de Energia A função de onda para um elétron livre é dado por: ÇË = G l¤�� .J� Tem-se que a energia para um elétron livre é dada por: F = c�2¨ = − ћ�∇�2¨ c� = −p ћ∇���, momento linear A equação de Schroedinger para uma partícula livre é dada por: FÇË = − ћ�∇�2¨ ÇË Analisando em 1D: FÇË = − ћ�2¨ X�X�� ÇË Sendo: FË = ћ�2¨ <��ª =� , � = 1, 2, 3, … Que representa o autovalor de energia. Onde: - = ��ª , � = 1,2,3, … A energia de Fermi tem-se: F+ = ћ�2¨ <�+�ª =� F+ = ћ�2¨ �+� Relação do vetor de onda com a energia para o nível mais preenchido. Na superfície de Fermi estão localizados os elétrons com maior energia, denominada de energia de Fermi (EF) e módulo vetor de onda de Fermi (kF). O número total de orbitais na esfera de Fermi é dado por: � = b ª2�d� . 4��+�3 . 2 , 2 Z]C� X�Z ��P�C Z X� Zcp� ¬ 1/2. � = ª��+�3�� = ��+�3�� 51 A densidade de orbitais eletrônicos por volume. � = �� = �+�3�� Densidade de orbitais eletrônicos por volume. A energia de Fermi pode ser reescrita como: F+ = ћ�2¨ �+� F+ = ћ�2¨ �3����� �� A velocidade das partículas na superfície de Fermi é dada por: ×+����} = ћ�+����} ¨�+ = ћ�+ �+ = ћ�+̈ �+ = ћ̈ â3���� ã � �� A densidade de orbitais por energia é dada por: ��F� = X�XF Sendo: � = �3�� b2¨Fћ� d� �� Onde: ��F� = �3�� . 32 b2ћ̈� d� �� F� �� ��F� = �2�� b2ћ̈� d� �� . F� �� , F > 0 É a medida do número de estados com energia E. ��F� = 0; F ´ 0 Nesse caso, a energia é complexa. Para T = 0K (zero absoluto) a energia de Fermi é dada por: � = � F� �� ln � = ln � + ln F� �� ln � = 32 ln F + � X�� = 32 XFF X�XF = 32 �F ��F� = X�XF = 32 �F ; F > 0 ��F+� = 32 �F+ Densidade de orbitais de Fermi: fornece o número de elétrons por energia de Fermi. 7.2 - Capacidade Térmica do Gás de Elétrons Para T = 0, todos os estados abaixo do nível de Fermi estão preenchidos. Havendo N elétrons para preencher uma banda a T = 0 é necessário que: � = � ��F�XF-.f Nesse caso todos os N elétrons teriam energia menor do que a energia de Fermi. Quando um material é aquecido a partir do zero absoluto, alguns elétrons são excitados da região 1 para a região 2 com energia KBT. 52 O número de elétrons excitados corresponde a @��. que estão na faixa de energia KBT. \+ = -.�� = Temperatura de Fermi. Temperatura para que a partícula tenha a energia de Fermi. Tipicamente para n ≈ 1023 TF ≈ 104K. A energia térmica associada aos elétrons excitados é aproximadamente: çq¥ ≈ � \\+ �Ô\ A capacidade térmica eletrônica a volume constante é dada por: `Aq¥ = bÉçÉ\dA ≈ ��Ô\\+ A probabilidade de encontrar estados ocupados com energia E e E+dE para T>0 da energia total é dada por: ∆ç = � ��F�F§�F�XF − � ��F�FXF-.fRf A distribuição de Fermi-Dirac que representa a probabilidade de ocupação de um estado de energia com energia E é dado por: §�F� = 1 �-m-.� ���� + 1 O número de elétrons para T>0 é dado por: � = � ��F�XF§�F�;Rf Multiplicando por EF e derivando em relação a temperatura, tem-se: F+ × /@/� = Õ F+��F� /0�-�/�Rf XF = 0; número de partículas não se altera com a variação da temperatura. `Aq¥ = Õ ��F�F /0�-�/�Rf XF e E = EF 0 = � ��F�F+ ɧ�F�É\Rf XF Subtraindo as duas equações tem-se: `Aq¥ = � ��F�SF − F+T ɧ�F�É\ XFRf §�F� = 1 �-m1� ���� + 1 ; Å = F+ ɧ�F�É\ = �F − F+��Ô\� S-m-.T ���� _ �-m-.� ���� + 1j� Para energias próximas a energia de Fermi: ��F� = ��F+� `Aq¥ = ��F+� � �F − F+���Ô\� �-m-.� ���� _ �-m-.� ���� + 1j� XF R f `Aq¥ = ��3 �Ô�\��F+� 53 `Aq¥ = ���Ô�\2F+ � = ����Ô\2\+ Observa-se que `Aq¥ depende da Temperatura. Essa dependência é válida para \ ´ \+. Para o valor clássico tem-se `A = �� ��Ô. 54 8.Elétrons Em Cristais As diferenças nas propriedades física de condutores, isolantes e semicondutores são devidos à formação de uma estrutura de bandas nesses materiais, o qual por sua vez resulta da interação elétron-rede e do preenchimento dos níveis de energia, obedecendo ao Princípio de Exclusão de Pauli. 8.1 - Bandas de Energia em Cristais Um átomo isolado possui estados quânticos estacionários caracterizados por níveis de energia discreto e quantizados, correspondente aos orbitais atômicos designados por 1s, 2s, 3s, 3p, 3d, etc. Num átomo com muitos elétrons nos níveis de menor energia possível, obedecendo ao princípio de Exclusão de Paul. Como o elétron é dotado de spin, cada estado orbital comporta dois elétrons com spins opostos. Quando se aproxima um grande número de átomos, tem-se um grande número de níveis próximos um dos outros, formando uma banda de energia quase contínua. r = a = distância de equilíbrio de separação atômica Para uma distância infinita os níveis de energia de estados equivalentes coincidem e são iguais a de um átomo isolado. A medida que a distância diminui, os níveis se separam, devido a interação entre átomos vizinhos, dando origem a formação de várias bandas de energia. O número de níveis de uma banda é igual a 2�2P + 1��, sendo P o número quântico orbital e � o número de átomos. 8.2 - Teorema de Bloch Os autovalores de um elétron que se movem em um cristal são dados pela equação de Schroedinger. Sendo ç�C}� o potencial que atua sobra o elétron na posição C} (interação núcleo- elétron) onde: ß3 ℎ�2¨ ∇� + ç�C}�à Ç = FÇ �} = localiza um núcleo em relação a outro. C} = localiza o elétron em relação ao núcleo. Para um cristal perfeito a energia potencial possui a mesma periodicidade da rede cristalina, sendo: ç�C}� = ç�C} + �}� Dessa forma devido a todos os pontos da rede de Bravais serem equivalentes, é 55 intuitivo pensarque Ç�C}� e Ç�C} + �}� são funções de onda em C} e C} + �}, tal que: |Ç�C}�|� = rÇ�C���} + �����}r� 8.3 - Aproximação de Ligação Forte Aplica-se a elétrons que ocupam camadas atômicas internas, mantendo, em um sólido, um certo caráter localizado. Seja 2�C}� um autoestado de um elétron em um átomo isolado com autoenergia E0. Supondo 2�C}� normalizado e não degenerado, como por exemplo, um estado S. A hipótese fundamental a aproximação de ligação forte é que no cristal a superposição das funções 2�C}� de átomos vizinhos é pequena e a energia extra do elétron no cristal, devido a superposição, também é pequena comparada a energia que possuía antes do átomo isolado. A Hamiltoniana do elétron no cristal pode ser escrita como uma parte atômica e uma parte do cristal, sendo: Í = ÍBé ÍBé ≫ Í�J Sendo: ÍBé2�C}� = Ff2�C}� Quando um elétron está próximo a um ponto �} da rede, sua função de onda será aproximadamente igual a 2�C���} − �����}. Sendo: 2�C���}� = 2�C���} − �����} Que são denominadas de funções de Wannier em sítios diferentes e são ortogonais. A função de onda do elétron em qualquer ponto do cristal é uma combinação de orbitais atômicos. Ç��C}� = ^ G���}.Ð�} l���}.Ð�}Ð 2�C���} − �����} Sendo G���}.Ð�} a amplitude da função de onda. Normalizando tem-se: ^ G���}.Ð�}� = 1Ð ^ G���}.Ð�}� � �G�,Ð�Ð G���}.Ð�} � 1√� N = o número de sítios da rede. Portanto: Ç��C}� � 1√� ^2�C���} 3 �����} l���}.Ð�}Ð A função de onda do elétron do cristal para a aproximação de ligação forte. Para saber com Í�J modifica as energias E0 do elétron no átomo, calcula-se o valor esperado de Í�J usando as funções de onda da equação anterior, e integrando no volume V da célula primitiva, sendo: ´ Í�J > = ∆F� = � Ç�∗ �C}�Í�JÇ��C}�X� ∆F� = � 1√�2Ð ml���}.Ð�����}Í�J 1√�2Ð l���}.Ð�}X� ΔF� � 1� ^ ^ l���}.�Ð�}mÐ�����}�Ð� �S2Ð Í�J2ÐX�TÐ Para � no 1º termo e ≠ no segundo termo: 56 ΔF�= 1� � 2ÐÍ�J2ÐX�бÐ�� 1� ^ l���}.�Ð�}mÐ�����}� ÕS45� 6745�ATÐÏÐ� Fazendo: ûü ý ∝= − 1� � ∅ÐÍwÐ∅ÐX�C, � ′# � 3 1� � ∅Ð ÍwÐ∅ÐX�C , ≠ Tem-se: ΔF� � 3∝ 3# l���}.�} X} � �} 3 ′���} : liga o átomo da posição �} aos seus primeiros vizinhos. ∝ = é o valor esperado de ÍwÐ no sítio atômico �}, que é a correção perturbativa de 1ª ordem na energia do elétron em relação ao átomo isolado. # = é a integração da função de onda de átomos vizinhos. # = mede o grau de superposição dessas funções da onda e descreve as propriedades do elétron no sólido. A energia total do cristal é dada por: F� � Ff � ∆F� Onde Ff é o valor esperado para a energia do átomo isolado e ∆F� é o valor esperado para a energia do cristal devido a interação do átomo na posição �} com os átomos vizinhos. Exemplo: Considerando uma rede cubica simples cuja a distância é �. Cada átomo possui 6 primeiros vizinhos como mostrado na estrutura cristalina da figura. O vetor X} � �} 3 ′���} a partir do átomo central (laranja) em relação aos seus 06 vizinhos (azul) corresponde às coordenadas: X} � �} 3 ����} � �¬�, 0,0�, �0, ¬�, 0�, �0,0, ¬�� Sendo a energia total do sistema dada por: F� = Ff + ∆F� = Ff−∝ −# l���}.�} F� = Ff−∝ −#� l¤9B + ml¤9B + l¤:B+ ml¤:B + l¤;B + ml¤;B� 57 A energia total do sistema é dado por: F� = Ff−∝ −2#� �Z�-L�� + �Z,-M�/+ �Z�-N��� O desdobramento de um nível de energia do átomo em uma banda de energia devido a interação com os 06 primeiros vizinhos no modelo de ligação forte é representado por: Para -L = -M = -N = 0, tem-se o mínimo de energia dado por: F� = Ff−∝ −6# Nos limites da 1º Zona de Brilhouin, onde - � ¬ �B tem-se o máximo de energia dado por: F� � Ff3∝ �6# No qual se tem uma largura de banda de 12# que são atribuídas a superposição das funções de onda dos átomos vizinhos. 8.4 - Gás de elétrons em um Potencial Fraco Para o caso de um gás de elétrons livres, obedece a uma função periódica, sendo a energia na posição C} igual a energia na posição C} + �}. A dependência de F� com K se repete a cada múltiplo de 2� �� , sendo essa periodicidade expressa dentro da 1ª Zona de Brillhoin. Periodicidade no espaço K da energia do elétron livre. O período no espaço real é � e no espaço recíproco é 2� �� . O potencial ç(C}) é escrito em função dos vetores da rede recíproca, sendo: ç(C}) = ^ ç� l���}.J} � Potencial Periódico Que pode ser expandido como função de uma onda plana sendo: ç� = 1� � X� ml���}.J}ç(C})A�q¥¥ Denominado de coeficiente de Fourier sendo V o volume da célula primitiva. Assumindo uma inversão de simetria, tem-se: ç(C}) = ç(−C}) => ç,���}/ = ç,−���}/ Assumindo a função de onda dada por: Ç(C}) = ^ ¤ l¤ ����}.J} ¤ Aplicando a equação de Schroedinger, tem-se: − ћ�Æ�2¨ Ç(C}) + ç(C})Ç(C}) = FÇ(C}) 58 Resultando em: − ћ�Æ�2¨ ^ ¤ l¤ ����}.J}¤ + ^ ç� l���}.J} ¤ � ^ ¤ l¤ ����}.J} ¤ = F ^ ¤ l¤ ����}.J} ¤ ���}: Vetor da rede reciproca -′���}: Vetor da 1º Zona de Brilhouin Sendo: ßћ�k′�2¨ − Fà ^ � l� ����}.J}� + ^ ç� � ^ ¤ l,¤ ����}·���}/.J} ¤ = 0 Fazendo: -′���}: -′���}- ���} Tem-se ßћ�k′�2¨ − Fà ^ � l¤ ����}.J}� + ^ ç�¤� ¤ ����}m���} l¤ ����}.J}= 0 Para ç� = 0 tem-se: F = ћ¢= ¢�z (Partícula livre) Supondo que ç(C}) possua apenas um único coeficiente de Fourier associado a um valor mínimo K = G, tem-se: ç~ = çm~ = ç A equação de Schroedinger pode ser reescrita como: ßћ�k�2¨ − Fà � + ç~ ¤ m~ + çm~ ¤ ·~ = 0 Essa equação vale para todos os valores de k’ dentro da 1º zona de Brilhouin. Estamos interessados nos valores próximos ao limite da 1º zona de Brilhouin, ou seja, para -′ = ± ~�, onde os efeitos do potencial sobre o elétron são mais acentuados. Obtém-se duas equações: > Sà − FT ~ �� + ç m? ¢� = 0, - = |2 ç ~ �� + Sà − FT −~ �� = 0, - = − | 2 @ Sendo: à = ћ�k′�2¨ Igualando o determinante do sistema a zero, obtém-se as energias do elétron: (à − F)� + ç� = 0 (à − F)� = ±|ç|� Portanto: F = à ± |ç| F = ћ�k′�2¨ ± |ç| = ћ�|�8¨ ± |ç| No qual tem-se: `~ �� = −ç Ã~ �� − F `m~ �� Sendo: `~ �� = ±`m~ �� A partir da função de onda: 59 Ç(C}) = ^ ¤ l¤ ����}.J} ¤ Fazendo - = |2 = ± � � Tem-se: Ç·(C�) = `~ �� b l ~J� + ml~J� d = 2`~ �� cos �C � Çm(C�) = `~ �� b l ~J� − ml~J� d = 2p`~ �� sen �C � As funções de onda são rotuladas de (+) e (-) dependendo do modo como seu sinal se comporta quando substituído de C} por −C}. As duas ondas estacionarias são compostas por duas partes de ondas progressivas que se propagam para a direita e para a esquerda. Essas funções de onda representam distribuições espaciais de cargas diferentes. Representado no espectro de energia: Na 1º Zona de Brilhouin o espectro de energia do elétron livre divide-se em dois ramos, havendo um gap de energia igual a 2U. Na energia potencial os íons positivos estão localizados nas posições de x = 0, a, 2a, 3a, ...onde a energia potencial é menor. A distribuição da densidade de probabilidade de uma onda progressiva na rede é representada na por: No qual a função Ç·(C�)acumula elétrons nas proximidades dos íons positivos, reduzindo a energia potencial. E a função Çm(C�) acumula elétrons na região entre os íons, aumentando a energia potencial, como representando no espectro de energia de E(k) x k. 60 9. Semicondutores *Adaptado: GUIMARÃES, Éder Vinícius. Síntese e caracterização de nanocristais semicondutores magnéticos diluídos de Bi2-xCoxS3 em matrizes vítreas. 2017. 116f. Dissertação (Mestrado em Química) - Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Química de Minas Gerais, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2017. Em materiais sólidos as interações entre os átomos ocorrem em uma faixa de níveis de energia chamada BV. Como os elétrons em um sólido podem existir apenas
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