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GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MATERIAIS UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO – UERJ-ZO Disciplina: Física do Estado Sólido – 1/P - 2022 Prof (a). Érika Dias Cabral Aluno: Pedro Henrique Poubel Mendonça da Silveira Data: 30/06/2022 Atividade: Elaborar um resumo sobre difração de raios X. Os materiais em geral (metais, cerâmicos, polímeros e minerais) possuem propriedades definidas por conta de sua composição química e microestrutura. Dessa forma, a análise microestrutural possui como finalidade a criação de metodologias específicas em análises químicas, difração de nêutrons, difração de raios x, microscopia óptica e eletrônica, entre diversos outros métodos de caracterização. Uma dessas técnicas de caracterização é a difração de raios X (DRX). O DRX é uma técnica de fundamental importância no campo da caracterização dos materiais para obtenção de informação em escala atômica dos materiais cristalinos e amorfos. A difração de raios X é um fenômeno de espalhamento de ondas eletromagnéticas que ocorre quando uma onda encontra obstáculos. Quando os raios X incidem em um cristal, estes são espalhados, de forma a ocorrer simultaneamente a reflexão parcial da onda e a absorção de parte da energia transportada por esta onda, no qual é emitida como uma radiação secundária. Entre os raios refletidos, ocorrerão interferências construtivas e destrutivas. Quando a diferença entre seus caminhos ópticos for um número inteiro de comprimento de onda, irá ocorrer uma superposição construtiva (um feixe de raios X difratado será observado), isto significa que as ondas estão em fase; caso contrário, haverá superposição destrutiva e não se observara qualquer sinal de raios X e diz que as ondas estão fora de fase. Wilhem Conrad Röntgen descobriu acidentalmente, em 1895, os raios X. Poucos anos depois, em 1912, Max Von Laue observou que os raios X possuíam comprimento de onda, variando de 0,5 a 2,5 ângstrom (Å), propondo desta forma, que os átomos dentro de uma rede cristalina poderiam difratar estes raios X, pelo fato de possuírem a mesma ordem de grandeza do tamanho atômico (3 Å). No ano seguinte, William Bragg propôs um modelo que explicava a formação dos picos de difração. Esta equação é conhecida como Lei de Bragg e desempenha papel fundamental no uso da difração de raios X para estudos cristalográficos. 2 ∙ 𝑑 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑛λ Onde 𝜆 é o comprimento de onda da radiação utilizada, 𝑛 é um número inteiro, 𝜃 é o angulo de difração dos feixes de raios X e 𝑑 é o espaçamento interplanar o qual se deseja medir. A partir destes estudos, a técnica de difração de raios X foi aprimorada, de forma que atualmente é uma das técnicas mais utilizadas na caracterização de diversos materiais. Por ser uma técnica não destrutiva, é utilizada na caracterização de uma imensa gama de materiais, tais como fluidos, metais, minerais, polímeros, cerâmicas, catalisadores, fármacos, filmes finos, entre diversos outros materiais existentes. A técnica é versátil não só por ser utilizada em vários materiais, mas também por possuir aplicações em diversas áreas, como a microeletrônica, geração de energia, ciência dos materiais etc.
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