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03 Gestao da Qualidade Desenvolvimento Sustentavel e os Setores Produtivos Brasileiros

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Prof. Adm. Hinton Bentes
Castanhal - Pará
2015
3. Gestão da Qualidade, 
Desenvolvimento Sustentável 
e os Setores Produtivos Brasileiros:
Gestão da Qualidade
Meio Ambiente
Administração
Gestão da Qualidade
Meio Ambiente
Administração
N
o s s o p a í s e e s t a d o s ã o 
conhecidos por suas proporções 
continentais, uma enorme 
variedade climática, um gigantesco 
patrimônio ambiental e a maior diversidade 
biológica do planeta. 
A
gora nesta unidade vamos 
trabalhar com a aplicação das 
ferramentas da gestão da 
qualidade que aparentemente podem parecer 
simples e algumas pessoas podem inclusive 
banalizar ou não dar a devida importância a 
aplicação.
B
oa parte da população e algumas empresas já compreenderam que a 
conservação dos recursos naturais é todavia, cada vez mais 
desafiadora, mas necessária. À medida que se consolidam 
demandas direcionadas ao resgate da enorme dívida social existente em nosso 
país, cresce proporcionalmente a pressão sobre a utilização dos recursos 
naturais disponíveis, tais como a expansão da fronteira agrícola e o 
extrativismo como veremos aqui.
O
 Estado precisa garantir, que a utilização dos recursos naturais seja 
feita de forma apropriada, de acordo com os pressupostos 
fundamentais do desenvolvimento sustentável e com isso cobra 
das empresas através das leis e o mercado cobra através dos consumidores. 
A
dministradores estamos chegando a um momento importante 
desta disciplina onde já analisamos os conceitos de básicos e 
algumas ferramentas voltadas a gestão da Qualidade para a 
empresas e para os sistemas produtivos. Espero que todos estejam se 
interessando cada vez mais sobre esta temática tão cativante que é a gestão da 
qualidade e o meio ambiente.
Adm. Hinton Bentes
CRA PA 6363
3 . Gestão da Qual idade , 
Desenvolvimento Sustentável e os 
Setores Produtivos Brasileiros:
O objetivo da implantação de um 
sistema de gestão ambiental é ade-
quar a organização às diretrizes mun-
diais de desenvolvimento, capacitan-
do-as a competir pelos mercados 
internacionais em nível de igualdade 
e, principalmente, criar e desenvolver 
uma cultura de preservação em todos 
os componentes da cadeia de valo-
res, se apoiando nas normas de 
gestão ambiental para uma assistên-
cia coerente com o conceito de desen-
volvimento sustentável.
Um sistema de gestão ambiental 
consistente deve direcionar e capaci-
tar a organização a encarar as 
demandas ambientais através de 
identificação e consecução de 
recursos, definição de responsabilida-
des, avaliações programadas das 
atividades, procedimentos operacio-
nais e processos.
Conforme as diretrizes da norma 
ambiental, o sistema de gestão 
pretende conferir á organização 
melhoria na relação com o meio-
ambiente para otimizar a utilização 
dos recursos naturais, implicando 
benefícios diretos de produtividade 
para a organização, desde o processo 
industrial até o produto final, pela 
capacidade de avaliação das 
consequências ambientais de suas 
atividades, produtos e serviços, redu-
zindo riscos de impactos ambientais, 
pela economia de matéria-prima e 
insumos, através de processos mais 
eficientes e da sua substituição, 
reutilização ou reciclagem e pela 
redução de custos com embalagens e 
atividades de descargas, manuseio, 
transporte e descarte de resíduos.
3.1 População tradicional: senti-
do e significado do conceito na 
Amazônia:
O conceito de população tradicio-
nal, que emergiu na Amazônia brasile-
ira nas décadas de 1970/1980, faz 
parte de uma constelação de situa-
ções teóricas e práticas produzidas no 
âmbito das demandas fundiárias e 
socioambientais dos grupos humanos 
que se estabeleceram na região, em 
particular no contexto do chamado 
ciclo da borracha. 
No Acre, os seringueiros, inicial-
mente chamados de Povos da 
Floresta face à similaridade ou identi-
ficação de suas atividades socioeco-
nômicas com o modo de vida indígena 
(Allegretti, 1994; Simonian, 2000; 
Silva, 2003; 2007), constituíram-se 
falecom@hintonbentes.com.br Castanhal - Pará
03
Gestão da Qualidade, 
Desenvolvimento Sustentável e os 
Setores Produtivos Brasileiros
Prof. Adm. Hinton Bentes
Gestão da Qualidade
Meio Ambiente
Administração
nos principais sujeitos protagonistas 
que estabeleceram o enfrentamento 
dos novos processos de ocupação 
dos ecossistemas locais via corte, 
queima, formação de pasto e criação 
de gado.
Para Castro (1998), esse é um 
momento de efervescência de um 
ambientalismo global que identificava 
nos indígenas, ribeirinhos, quilombo-
las, seringueiros e outros um referen-
cial importante para a proteção da 
biodiversidade amazônica. 
Assim, a conjuntura ambiental 
planetária, os processos de ocupação 
da Amazônia no contexto do regime 
militar, suas externalidades e os 
anseios das populações extrativistas 
locais geraram as condições objetivas 
para a construção do conceito de po-
pulação tradicional.
Por isso, a ideia de sustentabilida-
de ambiental é apresentada como 
condição indispensável à formação 
conceitual dessas populações. 
Há uma infinidade de críticas à 
concepção de população tradicional 
ligada à conservação da natureza in 
situ. Neste contexto, é de se citar o 
trabalho de Vianna (2008), o qual se 
baseia na realidade de Unidades de 
Conservação da Mata Atlântica, ou no 
que restou delas nos Estados de São 
Paulo e Rio de Janeiro. Na obra, a 
autora afirma que, em seu nascedou-
ro (décadas de 1970/1980/1990), o 
conceito de população tradicional era 
vago, impreciso e com uma relação 
quase nula com os processos da vida 
real das populações locais. 
Balizados pela teoria do bom selva-
04
gem, os autores que construíram esse 
conceito teriam apresentado as 
populações tradicionais como aque-
las que vivem em harmonia com a 
natureza, dicotomicamente coloca-
das frente à sociedade nacional domi-
nante (Vianna, 2008). 
Tais ideias teriam sido encampadas 
pelo movimento ambientalista e por 
seringueiros da Amazônia, e estes 
passaram a utilizar o conceito de 
maneira política, objetivando garantir 
o “[...] acesso a seus territórios e ao 
uso dos recursos naturais” (Vianna, 
2008, p. 22). 
Deste modo, longe de ser uma 
categoria com valor heurístico, o 
conceito de população tradicional 
teria, no sentido preservacionista do 
termo, um valor muito mais político e 
ideológico do que propriamente 
acadêmico-científico. O estudo de 
caso da autora demonstrou que 
muitas populações locais residentes 
em UC na Mata Atlântica passaram a 
utilizar a nomenclatura de populações 
tradicionais de maneira estratégica, 
em decorrência de possíveis ganhos 
advindos das políticas públicas ou 
ações de organizações não governa-
mentais (ONGs) voltadas às causas 
ambientais. 
A tese levantada por Vianna (2008, 
p. 24) foi a de que o conceito de 
população tradicional 
“[...] se consolidou por meio de 
diplomas legais, de políticas públicas 
e pela apropriação da expressão 
pelos movimentos sociais, como um 
instrumento de fortalecimento da luta 
pelo acesso à terra e ao uso dos 
recursos naturais”.
05
Evidentemente que o aspecto da 
sustentabilidade ambiental como 
elemento constitutivo do conceito de 
população tradicional precisa ser 
relativizado, principalmente no que se 
refere ao atual momento de homoge-
neização do território nacional, forte-
mente marcado por uma sociedade 
calcada na racionalidade instrumen-
tal, capitalista e mercadológica 
(Engels& Marx, 2003).
Ao longo desse processo homoge-
neizante, as necessidades de sobre-
vivência obrigam, muitas vezes, ribei-
rinhos, quilombolas, caboclos, serin-
gueiros, pescadores artesanais, 
indígenas, etc., a realizarem antropi-
zações nefastas ao meio ambiente, 
impactando os ecossistemas de 
maneira nada sustentável. 
Simonian (2000, p. 10) chama essa 
realidade de manejo negativo, que 
seria a “[...] exploração dos recursos 
naturais feita de modo destrutivo”. 
Isso ocorre porque as populações 
tradicionais são geralmente coopta-
das por parte de setores do Estado e 
por particulares, com visão voltada 
exclusivamente para o mercado e os 
ganhos imediatos que possam adqui-
rir. 
Pelo que Simonian (2007) ressalta, 
a problemática da corrupção e outras 
questões antidemocráticas podem 
perpassar a realidade de tais 
segmentos humanos, o que acarreta 
desdobramentos antipopulações 
tradicionais.
Por outro lado, Castro (1998, p. 5) 
busca demonstrar que é o próprio 
processo produtivo e reprodutivo das 
condições de produção e de vida que 
liga essas populações ao “[...] regime 
dos rios, a reprodução das espécies e 
o ritmo da natureza”. 
Autores como Balée (1989), 
Diegues (1996; 1993), Roué (1997) e 
Simonian (2003), dentre outros, 
apontam várias características que 
podem servir de fio condutor à 
compreensão conceitual dessas 
populações na Amazônia. 
3.1.1Características Destacas:
I) modo de vida dependente dos 
ciclos naturais;
II) saber familiar-comunitário 
transmitido de geração em geração e 
com concomitante elaboração de 
estratégias de uso e manejo da 
natureza; 
III) Noção de território onde o grupo 
se reproduz econômica, biológica e 
socialmente; 
IV) Produção voltada à subsistên-
cia familiar, doméstica ou comunal, 
ainda que uma parte desses produtos 
seja vendida em mercados locais; 
V) Construção simbólico-mítica 
associada à floresta e aos recursos 
hídricos; 
VI) Domínio quase completo dos 
processos produtivos, com utilização 
de tecnologia de baixo impacto e com 
predomínio artesanal e; 
VII) Sentimento de pertença a uma 
cultura distinta, particularmente em 
relação às sociedades urbanas 
Estas características são indicadas 
em Diegues (1993) p. 248-249
Como se observa acima, para 
estes teóricos o fundamento do 
conceito de população tradicional 
reside na relação quase simbiótica 
entre o modo de vida peculiar desses 
grupos humanos e a natureza. 
Em virtude da estreita dependência 
dos ecossistemas locais, certas popu-
lações acabam por realizar uma 
antropização de baixo impacto ambi-
ental e, em muitos casos, melhoram 
qualitativa e quantitativamente a bio-
diversidade local, como atestou 
Diegues (2001, apud Guerra & 
Coelho, 2009, p. 29). 
[...] As práticas culturais de manejo 
dos recursos naturais desenvolvidas 
por algumas dessas populações 
interagem com o processo evolutivo 
das espécies há milhares de anos, de 
modo que a presença das populações 
e o manejo que fazem de determina-
dos ecossistemas são essenciais à 
manutenção da biodiversidade. O 
caso dos maasai é um exemplo, pois a 
implantação de parques e a retirada 
desse povo que manejava a paisa-
gem de savana em regiões da 
Tanzânia e do Quênia, com queima-
das periódicas, levaram à continuida-
de do processo de sucessão ecológi-
ca, de modo que áreas anteriormente 
cobertas por herbáceas passaram a 
ser dominadas por arbustos, com 
redução nas populações de grandes 
mamíferos.”
O tipo mais puro dessas popula-
ções são os indígenas, como se 
depreende de Kern (2014), o qual 
06
observa que são eles fundamentais 
na manutenção e no melhoramento 
de partes relevantes dos ecossiste-
mas do bioma Amazônia, a exemplo 
do que ocorreu nos castanhais, nos 
balatais e nas terras pretas de índio – 
TPI, todas fertilíssimas.
É com base em características 
como essas colocadas acima que o 
conceito de populações tradicionais 
vem sendo pouco a pouco habitado 
por pessoas reais, as quais estão 
pautando suas demandas e exigindo 
do Estado brasileiro políticas públicas 
e ações de governo voltadas especifi-
camente às suas necessidades.
Assim, desde a criação das primei-
ras RESEX em 1990, que se constitu-
iu no primeiro grande ganho das 
populações tradicionais amazônicas, 
observa-se que o governo federal 
vem propondo e/ou implementando 
projetos, programas e políticas volta-
dos especificamente a essas popula-
ções, assim como criou organizações 
governamentais com objetivos volta-
dos à gestão de territórios habitados 
por populações tradicionais.
Foi esse movimento, ora protagoni-
zado por sujeitos sociais e suas 
demandas locais, ora por cientistas 
sociais ligados às causas ambientais, 
que fez emergir no campo estatal um 
conjunto de leis e regulamentações 
voltadas às demandas das popula-
ções tradicionais. 
Deste modo, a primeira grande 
definição legal sobre elas encon-
tra-se na Lei 9.985/2000, que criou o 
Sistema Nacional de Unidades de 
Conservação da Natureza – SNUC.
 Conforme Brasil (Art. 18, 
2000), pode-se ler que as populações 
extrativistas tradicionais são aquelas:
“[...] cuja subsistência baseia-se no 
extrativismo e, complementarmente, 
na agricultura de subsistência e na 
criação de animais de pequeno porte”. 
 Entretanto, pode-se dizer que 
a conceituação mais consistente 
elaborada no campo legislativo está 
contida no Decreto nº 6.040/2007, 
que legalizou a Política Nacional de 
Desenvolvimento Sustentável dos 
P o v o s e C o m u n i d a d e s 
Tradicionais, como se lê a seguir:
[...] grupos culturalmente diferencia-
dos e que se reconhecem como tais, 
que possuem formas próprias de 
organização social, que ocupam e 
usam territórios e recursos naturais 
como condição para sua reprodução 
cultural, social, religiosa, ancestral e 
econômica, utilizando conhecimen-
tos, inovações e práticas gerados e 
transmitidos pela tradição (Brasil, 
2007, Art. 3º, I). 
 Ao levar-se em consideração 
as arguições teóricas e conceituais 
acima, assim como as proposições 
doutrinárias do Estado Nacional 
Brasileiro, entender-se-á por popula-
ção tradicional como aquela que, por 
apresentar um modo de vida próprio e 
dependente dos ciclos naturais tende, 
em essência, à manutenção ecossis-
têmica dos territórios onde habitam, 
imbricando ecologicamente produção 
e reprodução econômica e sociocultu-
07
ral com a própria natureza circundan-
te.
3.2 Impactos Ambientais:
 De forma simplificada pode-se 
afirmar que em termos de avaliação 
do impacto ambiental das atividades 
humanas existem três grandes 
problemas no país, inseparáveis mas 
inconfundíveis, cada um com uma 
sistemática de análise científica 
distinta: as atividades energético-
mineradoras, as atividades industria-
is-urbanas e as atividades agrossilvo-
pastoris. 
 Em geral, os critérios, instru-
mentos e métodos utilizados para 
avaliar o impacto ambiental são 
próprios a cada uma dessas três 
atividades e não universais. O impac-
to ambiental das atividades energéti-
cas e mineradoras é, em geral, 
intenso, pontual, limitado e preciso em 
termos de localização (uma hidrelétri-
ca, uma mineração, por exemplo). 
 Empreendimentos dessa 
na tu reza envo lvem parce las 
pequenas de população nos seus 
impactos diretos e são bastante 
dependentes de fatores relativamente 
controláveis. Existem metodologias 
bem estabelecidas para avaliar e 
monitorar o impacto ambiental desses 
empreendimentos,onde os aspectos 
de projeto, engenharia e planejamen-
to são passíveis de um alto grau de 
previsão e controle.
 Segundo o Artigo 1º da 
Resolução n.º 001/86 do Conselho 
Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA), Impacto Ambiental é 
"qualquer alteração das propriedades
químicas, biológicas do meio ambien-
te, causada por qualquer forma de 
matéria ou energia resultante das 
atividades humanas que afetem dire-
tamente ou indiretamente:
Ÿ A saúde, a segurança, e o bem 
estar da população;
Ÿ As atividades sociais e econômi-
cas;
Ÿ O biota;
Ÿ As condições estéticas e sanitá-
rias ambientais;
Ÿ A qualidade dos recursos ambi-
entais
 Portanto, a definição de 
Impacto Ambiental está associada à 
alteração ou efeito ambiental conside-
rado significativo por meio da avalia-
ção do projeto de um determinado 
empreendimento, podendo ser nega-
tivo ou positivo (Bitar & Ortega, 1998).
 O impacto ambiental das 
atividades industriais-urbanas é, em 
geral, de intensidade variada, 
podendo ir de pontual (no caso de 
uma fábrica poluidora, por exemplo) a 
difuso (no caso dos poluentes emiti-
dos pela frota de veículos, por exem-
plo).
 Uma boa parte desses impac-
tos dependem de obras de infra-
estrutura e de saneamento, mais 
amplas do que a abrangência de cada 
empreendimento. Processos de 
planejamento e crescimento urbanos 
também cumprem um papel determi-
nante em muitos casos. 
 As atividades industriais-
urbanas atingem, direta e indireta-
mente, grandes parce las da 
população. Existe uma grande 
08
quantidade de normas, leis e regula-
mentos vigindo sobre esse tema, 
objeto de uma ação fiscalizadora 
relativamente intensa por parte da 
população e órgãos públicos.
 Já os impactos ambientais das 
atividades agrícolas são em geral 
tênues, bastante dependentes de 
fatores pouco controláveis (chuvas, 
temperaturas, ventos etc.), atingem 
grandes áreas de forma pouco 
precisa, frequentemente crônica, 
pouco evidente, intermitente e de 
difícil quantificação (perda de solos, 
produção de gases, erosão genética, 
contaminação de águas subterrâneas 
com fertilizantes ou pesticidas etc.).
 Em muitos casos os piores 
impactos ambientais da agricultura 
são invisíveis aos olhos da população, 
dos consumidores e dos próprios 
agricultores, ao contrário do que ocor-
re com uma fábrica ou uma minerado-
ra.
 Também a nível sócio-
econômico, a diferença entre a 
agricultura e as outras atividades 
humanas é enorme: empregos gera-
dos, condições trabalho, fatores sazo-
nais, legislação específica, produção 
de riqueza, valor agregado etc. O 
mundo urbano situa-se na montante 
(fornecimento de insumos) e na 
jusante (agro-indústrias e consumido-
res) da atividade agrícola podendo 
mascarar o repasse de impactos 
ambientais indiretos, positivos ou 
negativos. 
 O uso do álcool combustível 
nas grandes cidades é um exemplo 
típico de uma transferência de impac-
to ambiental positivo do campo para a 
área urbana.
 Nesse sentido, o impacto 
ambiental de uma atividade agrícola 
não pode ser tratado como o de uma 
atividade industrial-urbana ou, pior 
ainda, como o de uma atividade de 
exploração energético-mineradora, 
como pretendem alguns. Um campo 
cultivado não é uma fábrica, nem uma 
mina.
 Os sistemas de produção da 
cana-de-açúcar ainda são bastante 
heterogêneos a nível nacional, no que 
pese a modernização tecnológica 
dessa atividade. O setor canavieiro 
emprega desde tecnologias de ponta 
até práticas que datam do neolítico, 
como o uso das queimadas para 
facilitar a colheita. 
 A evolução tecnológica do 
cultivo da cana-de-açúcar é constante 
mas diferenciada segundo os interes-
ses e as estratégias das empresas. 
Nesse sentido, a visão e as possibili-
dades de gestão do impacto ambien-
tal do cultivo para um pequeno 
plantador-fornecedor são, obrigatori-
amente, diferentes da de um grande 
empresário do setor.
 Por essas razões, para enten-
der-se tecnicamente o caso do 
impacto ambiental (ecológico + sócio-
econômico) da cana-de-açúcar, é 
necessário uma compreensão de sua 
inserção nas especificidades da avali-
ação de impacto ambiental da agricul-
tura.
 Na tabela a seguir são apre-
sentadas as classificações dos 
impactos ambientais propostas no 
manual de orientação para elabora-
ção do Estudo de Impacto 
Ambiental/Relatório de Impacto 
09
Ambiental - EIA/RIMA (Lei 6938/81):
OS IMPACTOS AMBIENTAIS
PODEM SER:
Temporários 
e 
Permanentes
Diretos 
e 
Indiretos
Benéficos 
e 
Adversos
Imediatos 
e a 
Médio e 
Longo Prazos
Locais, 
Regionais 
e 
Estratégicos
Reversíveis 
e 
Irreversíveis
O EIA/RIMA é feito por 
uma equipe multidisciplinar, 
pois deve considerar o impacto 
da atividade sobre os diversos 
meios ambientais: natureza, 
patrimônio cultural e histórico, 
o meio ambiente do trabalho 
e o antrópico
3.3 Elaboração de Indicadores de 
Qualidade e Ambientais:
 Devemos entender que os 
princípios estabelecidos nestas aulas 
e documentos visam constituir a base 
fundamental para processos decisóri-
os e ações das organizações que 
buscam promover a sustentabilidade, 
desta forma deve ser utilizado como 
referencial e para a melhoria do 
desempenho de processos produti-
vos.
 O atendimento a um princípio 
confirma-se quando os respectivos 
critérios são cumpridos. O cumpri-
mento de cada critério é verificado 
mediante o atendimento dos respecti-
vos indicadores. 
 Desta forma, é definida uma 
estrutura hierárquica de princípios, 
critérios e indicadores, que tem a 
função de estabelecer boas práticas e 
uma referência para o acompanha-
mento, avaliação e mensuração de 
processos produtivos com relação 
aos requisitos de sustentabilidade. 
Princípio 1 – Cumprimento da 
Legislação:
 A organização deve, em suas 
decisões e atividades, atender à 
legislação federal, estadual e munici-
pal em vigor e aos acordos internacio-
nais ratificados pelo Brasil. 
Critério 1.1 – A organização deve 
atender à legislação e outros regula-
mentos ambientais, sanitários, traba-
lhistas, previdenciários, tributários, 
fiscais e de defesa do consumidor 
aplicáveis. 
10
Indicadores: 
1.1.a) identificação e monitoramento 
da atualização da legislação e de 
outros regulamentos aplicáveis. 
1.1.b) registros de comprovação do 
atendimento à legislação e a outros 
regulamentos aplicáveis. 
1.1.c) conformidade ambiental, de 
acordo com a legislação vigente. 
1.1.d) conformidade sanitária, de 
acordo com a legislação vigente. 
1.1.e) conformidade trabalhista, de 
acordo com a legislação vigente. 
1.1.f) conformidade previdenciária, de 
acordo com a legislação vigente. 
1.1.g) conformidade tributária, de 
acordo com a legislação vigente. 
1.1.h) conformidade fiscal, de acordo 
com a legislação vigente. 
1.1.i) conformidade com a legislação 
de defesa do consumidor. 
1.1.j) medidas adotadas junto à cade-
ia de valor, visando a sua conformida-
de com a legislação e outros regula-
mentos ambientais, sanitários, traba-
lhistas, previdenciários, tributários, 
fiscais e de defesa do consumidor 
aplicáveis. 
Princípio 2 – Gestão Sustentável 
dos Recursos Naturais:
 Alguns principios e ferramen-
tas de gestão já foram apresentados e 
analisados, mas é necessário enten-
der que a organização deve promover 
a gestão sustentável dos recursos 
naturais renováveis e não renováveis, 
inclusive na cadeia de valor.
Critério2.1 – A organização deve 
considerar a identificação de aspec-
tos e a avaliação dos impactos ambi-
entais, sociais e econômicos ao ado-
tar estratégias relacionadas ao 
desenvolvimento de produtos e à 
seleção e ao uso das matérias-primas 
e insumos, inclusive na cadeia de 
valor. 
Indicadores:
2.1.a) aquisição de matérias-primas e 
insumos que evitem e reduzam a 
geração de resíduos, efluentes e 
emissões. 
2.1.b) aquisição e utilização de maté-
rias-primas e insumos que evitem e 
reduzam os impactos sociais negati-
vos e potencializem os impactos 
sociais positivos. 
2.1.c) uso de matérias-primas renová-
veis. 
2.1.d) uso de materiais reciclados. 
2.1.e) reuso de insumos. 
2.1.f) minimização de desperdícios 
em todas as atividades da organiza-
ção. 
2.1.g) minimização do consumo de 
água. 
2.1.h) reutilização dos recursos hídri-
cos. 
2.1.i) utilização de resíduos, visando à 
redução do consumo de matérias-
primas. 
2.1.j) otimização do uso de matérias-
primas e insumos. 
Critério 2.2 – A organização deve 
adotar procedimentos que permitam 
rastrear o produto e o serviço em 
11
todas suas etapas. 
Indicadores: 
2.2.a) controle de todas as etapas do 
processo produtivo, incluindo o esto-
que. 
2.2.b) controle de contratos de com-
pra de insumos e venda do produto 
final. 
2.2.c) controle de produto rejeitado. 
2.2.d) identificação do produto na 
área de produção. 
2.2.e) identificação, proteção e manu-
seio do produto nas áreas de armaze-
namento. 
Critério 2.3 – A organização deve 
estimular a adoção de práticas que 
promovam a conservação de energia 
relacionada aos seus produtos, 
processos, serviços e instalações. 
Indicadores: 
2.3.a) racionalização do uso de ener-
gia nas instalações. 
2.3.b) redução do consumo de ener-
gia pelos sistemas de iluminação, 
ventilação, refrigeração e aquecimen-
to, assegurando o conforto ambiental. 
2.3.c) melhoria da eficiência energéti-
ca e conservação de energia na pres-
tação de serviços. 
2.3.d) redução de perdas e desperdí-
cios de energia no processo produti-
vo. 
2.3.e) melhoria da eficiência energéti-
ca de seu produto. 
2.3.f) melhoria da eficiência energéti-
ca da logística. 
2.3.g) utilização de energia renovável. 
Princípio 3 – Preservação, conser-
vação e recuperação da biodiversi-
dade: 
 A organização deve realizar 
suas atividades de modo a minimizar 
os impactos negativos e potencializar 
os impactos positivos sobre a flora e a 
fauna, preservando, conservando e 
recuperando ecossistemas locais. 
Critério 3.1 – As atividades do 
processo produtivo devem ser condu-
zidas considerando a preservação, a 
conservação e a recuperação dos 
ecossistemas. 
Indicadores: 
3.1.a) estabelecimento do processo 
produtivo e das obras de infra-
estrutura em áreas previstas pela 
legislação vigente e aplicável. 
3.1.b) identificação e atendimento às 
restrições de uso de unidades de 
conservação existentes na área de 
influência do processo produtivo. 
3.1.c) identificação e atendimento às 
restrições de uso de áreas de reserva 
legal e áreas de preservação perma-
nente existentes na área de influência 
do processo produtivo. 
3.1.d) seleção de áreas a serem 
utilizadas pela organização priorizan-
do as áreas antropizadas. 
3.1.e) caracterização de fauna e flora 
na área de influência da organização. 
P r i n c í p i o 4 – M e l h o r i a e 
M a n u t e n ç ã o d a Q u a l i d a d e 
Ambiental:
As atividades da organização devem 
12
promover a conservação dos recur-
sos hídricos, edáficos e atmosféricos. 
Critério 4.1 – A utilização da área 
pelas atividades da organização deve 
ser precedida de planejamento ambi-
ental. 
Indicadores: 
4.1.a) caracterização do solo. 
4.1.b) caracterização dos recursos 
hídricos. 
4.1.c) planejamento e execução das 
atividades considerando dados climá-
ticos. 
4.1.d) caracterização da bacia aérea. 
4.1.e) investigação de passivos ambi-
entais. 
Critério 4.2 – A organização deve 
adotar práticas de monitoramento e 
conservação dos recursos hídricos, 
edáficos e atmosféricos. 
Indicadores: 
4.2.a) técnicas que visem à conserva-
ção do solo, incluindo o monitoramen-
to dos parâmetros qualitativos e quan-
titativos. 
4.2.b) técnicas que visem à conserva-
ção dos recursos hídricos, incluindo o 
monitoramento dos parâmetros quali-
tativos e quantitativos, a utilização 
racional e a gestão integrada da água. 
4.2.c) monitoramento da qualidade do 
ar no entorno das instalações. 
Critério 4.3 – A organização deve 
adotar plano de gestão de resíduos 
sólidos, efluentes líquidos e emissões 
atmosféricas. 
Indicadores: 
4.3.a) coleta seletiva de resíduos 
sólidos. 
4.3.b) aproveitamento dos resíduos 
gerados. 
4.3.c) controle, tratamento e destina-
ção adequados de resíduos e rejeitos 
sólidos. 
4.3.d) práticas de logística reversa 
dos resíduos sólidos. 
4.3.e) controle e tratamento de 
efluentes líquidos. 
4.3.f) controle e tratamento de 
emissões atmosféricas. 
4.3.g) elaboração de plano de 
prevenção, preparação e resposta 
rápida a emergências ambientais com 
produtos químicos perigosos. 
Princípio 5 – Valorização e bem 
estar dos trabalhadores. 
A organização deve desenvolver e 
estabelecer ações de forma a 
propiciar a valorização e bem estar 
dos trabalhadores, promovendo a 
integração e a qualidade de vida. 
Critério 5.1 – As organizações devem 
implementar programas para a 
valorização e engajamento dos traba-
lhadores. 
Indicadores:
5.1.a) programas de alfabetização e 
educação ambiental dos trabalhado-
res e seus dependentes diretos. 
5.1.b) execução de ações de valoriza-
ção, formação e qualificação profissi-
onal e integração dos trabalhadores. 
5.1.c) programas de treinamento e 
13
aprimoramento da mão-de-obra com 
o objetivo de diminuição do número de 
acidentes de trabalho. 
5.1.d) planos de divulgação dos 
programas para a valorização e 
engajamento dos trabalhadores e 
seus resultados. 
5.1.e) respeito aos direitos dos traba-
lhadores, da criança e do adolescen-
te. 
5.1.f) atendimento aos acordos coleti-
vos e convenções coletivas. 
5.1.g) atendimento à legislação vigen-
te quanto à contratação de mão-de-
obra e serviços, aos limites de jornada 
de trabalho e aos períodos de descan-
so, incluindo o combate ao trabalho 
escravo e infantil e a promoção do 
trabalho decente. 
5.1.h) ações inclusivas e não discrimi-
natórias na gestão da organização. 
5.1.i) políticas salariais transparentes 
referentes às remunerações e benefí-
cios. 
5.1.j) valorização das contribuições 
dos trabalhadores, visando o compro-
metimento, a motivação e o estímulo à 
criatividade. 
Critério 5.2 – As organizações devem 
implementar programas para a 
melhoria do bem-estar e da qualidade 
de vida dos trabalhadores. 
Indicadores: 
5.2.a) atendimento às condições de 
higiene, saúde e segurança no traba-
lho, conforme estabelecido nas 
normas regulamentadoras do traba-
lho. 
5.2.b) práticas para a melhoria das 
condições de trabalho e bem estar 
dos trabalhadores. 
5.2.c) programas de aprimoramento 
da mão-de-obra com o objetivo de 
reenquadramento funcional. 
5.2.d) programas de qualidade de 
vida para os trabalhadores e seus 
dependentes diretos. 
5.2.e) medidas coletivas e individuais, 
pela organização, para a prevenção 
de acidentes e doenças relacionadas 
ao trabalho e para a promoção da 
saúde. 
Princípio 6 – Desenvolvimentoambiental, econômico e social das 
regiões em que se inserem as ativi-
dades da organização:
 A organização deve desenvol-
ver e estabelecer ações de forma a 
promover o desenvolvimento das 
regiões em que se inserem suas 
atividades, gerando benefícios e 
minimizando os impactos negativos 
sociais, ambientais e econômicos. 
Critério 6.1 – As organizações devem 
incentivar e implementar programas 
para a melhoria das condições da 
comunidade local. 
Indicadores: 
6.1.a) incentivo a programas de edu-
cação, inclusive ambiental e de 
saúde, junto às comunidades locais. 
6.1.b) programas que contribuam 
para a qualidade de vida das comuni-
dades locais. 
6.1.c) prevenção, eliminação, minimi-
zação e compensação dos impactos 
14
locais ambientais, sociais e econômi-
cos negativos. 
6.1.d) ações para potencializar impac-
tos locais ambientais, sociais e econô-
micos positivos. 
6.1.e) respeito às tradições, culturas, 
hábitos e costumes não predatórios 
das populações locais. 
6.1.f) priorização da mão-de-obra 
local nas diferentes atividades da 
organização. 
6.1.g) promoção do voluntariado entre 
trabalhadores e comunidade. 
Critério 6.2 – A organização deve 
implementar planos de comunicação 
e de divulgação para as partes 
interessadas. 
Indicadores: 
6.2.a) identificação e engajamento 
das partes interessadas. 
6.2.b) comunicação e divulgação dos 
programas para a melhoria das condi-
ções da comunidade local e seus 
resultados. 
6.2.c) divulgação das atividades e 
formas de atuação da organização. 
6.2.d) implementação de um sistema 
de ouvidoria. 
6.2.e) estabelecimento de canais de 
comunicação com as partes interes-
sadas. 
Princípio 7 – Promoção da inova-
ção tecnológica. 
A organização deve participar, desen-
volver e implementar ações de 
pesquisa e desenvolvimento de 
inovação tecnológica em busca de 
soluções que promovam a sustentabi-
lidade. 
Critério 7.1 – A organização deve 
participar, desenvolver e implementar 
ações de pesquisa e inovação tecno-
lógica de forma a possibilitar cresci-
mento econômico alinhado ao desen-
volvimento social e preservação ambi-
ental, promovendo a sustentabilidade 
em todo ciclo produtivo. 
Indicadores: 
7.1.a) fomento a programas de gera-
ção e captação de ideias, planeja-
mento, execução e acompanhamento 
de projetos de inovação para melhori-
as no processo e na cadeia produtiva 
focando aspectos de sustentabilida-
de. 
7.1.b) sistema de gestão da inovação 
tecnológica visando a sustentabilida-
de. 
7.1.c) estímulo ao desenvolvimento 
de estudos de inventários de gases de 
efeito estufa. 
7.1.d) estímulo ao desenvolvimento 
de estudos de inventários de balanço 
hídrico. 
7.1.e) identificação e utilização de 
informações de estudos de ACV já 
realizados do seu produto para aplica-
ção em inovação com foco na melho-
ria do desempenho ambiental do seu 
processo. 
7.1.f) estímulo ao desenvolvimento de 
tecnologias limpas. 
7.1.g) busca por parcerias estratégi-
cas visando complementar suas com-
petências e aumentar as chances de 
sucesso em projetos de inovação. 
15
7.1.h) práticas de proteção de proprie-
dade industrial. 
7.1.i) práticas de proteção do capital 
intelectual. 
7.1.j) participação em eventos, proje-
tos e editais de inovação.
3.4 At iv idades Econômicas 
Ligadas ao Meio Ambiente:
 São pesquisadores como 
Allegretti que deram embasamento 
acadêmico-científico para a institucio-
nalização das quatro primeiras 
RESEX amazônicas em 1990. Isso foi 
expresso no Decreto presidencial n. 
98.897/1990 (BRASIL, Art. 1º., 1990), 
o qual caracterizou esses espaços 
como territórios “[...] destinados à 
exploração auto-sustentável e 
conservação dos recursos naturais 
renováveis, por população extrativis-
ta”. Ainda na trajetória histórica de 
reconhecimento institucional das 
RESEX como uma UC da natureza, 
destaca-se a promulgação Lei 
9.985/2000, a qual criou o SNUC.
 Com esta lei, o Estado 
Nacional brasileiro reconhece as 
RESEX como:
[...] uma área utilizada por populações 
extrativistas tradicionais, cuja subsis-
tência baseia-se no extrativismo e, 
complementariamente, na agricultura 
de subsistência e na criação de 
animais de pequeno porte, e tem 
como objetivos básicos proteger os 
meios de vida e a cultura dessas 
populações, e assegurar o Uso 
Sustentável dos recursos naturais da 
unidade” (BRASIL, Art. 18, 2000).
16
governamental dentro da área demar-
cada. De acordo com o SNUC, o 
Plano de Manejo é o 
[...] documento técnico mediante o 
qual, com fundamento nos objetivos 
gerais de uma unidade de conserva-
ção, se estabelece o seu zoneamento 
e as normas que devem presidir o uso 
da área e o manejo dos recursos 
naturais, inclusive a implantação das 
estruturas físicas necessárias à 
gestão da unidade (BRASIL, 2000, 
Art. 2o., XVII).
OBSERVAÇÕES:
 Após o processo de institucio-
nalização das primeiras RESEX, 
umbilicalmente ligadas aos chama-
dos povos da floresta, essas UC 
passaram também a ser criadas junto 
a populações ribeirinhas, praianas, 
caboclas etc., ou seja, em outros 
espaços amazônicos e brasileiros 
diferentes das áreas de floresta. 
 Exemplar nessa direção são 
as RESEX Marinhas que são, na 
região norte, territórios marcados 
fortemente pela ocorrência de man-
guezais.
 Como peça de um mosaico 
em construção de um modelo de 
desenvolvimento novo do bioma 
Amazônia, considera-se que a 
institucionalização de RESEX na 
região é uma condição necessária e 
importante, mas evidentemente não 
suficiente para a preservação ou 
conservação desse bioma. 
 Um ponto nodal nesse proces-
so reside no fato de que a maioria 
dessas Reservas necessita de ser 
efetivamente consolidada institucio-
nalmente. 
 Precisamente, elas precisam 
apresentar sustentabilidade instituci-
onal, entendida esta como uma 
duradoura estrutura racional-legal, 
capaz de oferecer as condições 
formais de existência das RESEX 
dentro do Estado Nação brasileiro. 
Neste contexto, é de destacar-se o 
Plano de Manejo e o Conselho 
Deliberativo.
 Também, apresenta-se como 
um campo de debate e decisões 
sobre todas as propostas de interven-
ç ã o g o v e r n a m e n t a l e n ã o -
17
recursos hídricos.
4º Questão: A Constituição da 
República Federativa do Brasil, de 
1988, reconheceu o direito ao meio 
ambiente. As constituições preceden-
tes ocupavam-se da proteção do meio 
ambiente de maneira incidente: a 
maioria dos temas relativos ao recur-
sos naturais - de competência exclusi-
va da União - refletiam a questão sob 
a ótica economicista. As interdepen-
dências crescentes entre desenvolvi-
mento socioeconômico e proteção da 
natureza levaram a Assembleia 
Constituinte, responsável pela elabo-
ração da Constituição de 1988, a uma 
percepção integradora, contrária 
àquela visão parcial dos problemas. 
Ao lado da opção _____, passou a ser 
valorizada a opção _____ ao se 
cuidar, entre outros temas, do controle 
dos impactos sobre a natureza e do 
uso e conservação dos recursos 
naturais, bem como a opção _____, 
ao se intervir em favor da redução dos 
desequilíbrios sociais. 
Na sequência do texto, a alternativa 
que completa corretamente as lacu-
nas é: 
a) desenvolvimentista, ambientalista, 
possibilista. 
b) desenvolvimentista, determinista, 
humanista. 
c) ambientalista, possibilista, huma-
nista. 
d) ambientalista, determinista, desen-
volvimentista.e) desenvolvimentista, ambientalista, 
humanista.
Exercício:
1º Questão: As Áreas de Proteção 
Permanentes - APPS são área de 
domínio público ou privado protegida 
por lei em razão de sua importância 
ecológica. Engloba a flora (florestas e 
demais formas de vegetação), a 
fauna, o solo, o ar e os recursos 
hídricos, e visa assegurar o bem-estar 
das populações. A APP limita o direito 
de propriedade sem, no entanto, 
desapropriar a terra, elabore uma 
análise SWOT sobre a atual áreas de 
proteção ambiental na sua cidade.
2º Questão: Aumentam as evidênci-
as sobre as vantagens das plantas 
transgênicas até agora liberadas. 
Novos produtos apresentam ainda 
mais vantagens de produtividade, 
redução de impacto ambiental e 
riqueza em vitaminas etc. Desta forma 
elabore um texto com até 10 páginas 
sobre a relação dos produtos 
transgênicos com a da agricultura 
familiar.
3º Questão: São exemplos de meca-
nismos de deterioração da biodiversi-
dade:
 a) fragmentação do habitat e manejo 
do solo. 
b) introdução de espécies e silvicultu-
ra e agroindústrias. 
c) exploração excessiva das espécies 
vegetais e animais e criação de 
reservas biológicas. 
d) modificações climáticas globais e 
projetos de redução da emissão de 
poluentes. 
e) poluição da água e manejo dos 
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