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Profa. Cely Paula da Silva TEORIA DE ERROS Bibliografia: José Henrique Vuolo. Fundamentos da Teoria de Erros. São Paulo: Ed. Edgar Blucher, 1996. A maneira mais correta de se apresentar o valor de uma medida é exprimi- la em função do valor obtido no processo mais a extensão da dúvida (incerteza). X = (x ± Δx) x ⇒ valor medido Δx ⇒ incerteza Isto significa que não sabemos o valor verdadeiro da grandeza, mas um intervalo dentro do qual encontra-se o valor verdadeiro. 1 – Incertezas Absoluta e Relativa: • Incerteza absoluta: é indicada pelo valor para a incerteza de uma determinada grandeza, não importando como esta foi obtida. • Incerteza relativa: é representada pela divisão entre a incerteza absoluta de uma determinada grandeza e o valor obtido para esta grandeza. Esta incerteza é frequentemente expressa em porcentagem. Por exemplo: A medida da massa de um objeto é: m = (212,32 ± 0,51) g Incerteza absoluta: σ = ± 0,51 g Incerteza relativa: % 0,24 0,0024 g 212,32 g 0,51 m ===σ A precisão de uma medida depende de: • método experimental • instrumento de medida • experimentador ou observador Profa. Cely Paula da Silva 2 – Classificação dos Erros: • Sistemáticos: resultam de causas constantes que alteram de modo uniforme os resultados das medidas. ∗ instrumentais: Ex. → calibração de instrumentos ∗ teóricos: Ex. → uso de fórmulas teóricas aproximadas ∗ ambientais: Ex. → temperatura, pressão, umidade ∗ observacionais: Ex. → falhas de procedimento do observador (paralaxe) • Estatísticos (ou aleatórios): resultam de causas independentes e que alteram de forma variável os resultados das medidas. Para minimizar erros estatísticos ⇒ repetição das medidas ⇒ tratamento estatístico de dados. 3 - Tratamento Estatístico de Dados (n medidas): • Estimativa do valor correto: Se forem realizadas muitas medições, o melhor valor para a grandeza será a média aritmética dos valores medidos. ∑ = = n 1i im xn 1 x n ⇒ número total de medidas realizadas • Dispersão das medidas e precisão das estimativas: → n valores medidos ⇒ valores distribuídos em torno da média ∗ Se os valores se afastam muito da média, a medida é pouco precisa e o conjunto de valores medidos tem alta dispersão. ∗ Se os valores estão mais concentrados em torno da média, a medida é bastante precisa e os valores medidos têm baixa dispersão. A dispersão é caracterizada pelo desvio padrão (Δx = σ): xx 1n 1x∆ n 1i 2 mi∑ = −−== )(σ Profa. Cely Paula da Silva • Erro padrão da média ( mmx∆ σ= ): nn x∆x∆ mm σ σ === n ⇒ número de medições realizadas • Erro total: Se numa série de medidas de uma mesma grandeza existir erro sistemático que não pode ser removido, além do erro estatístico, o erro total corresponde a: 2 i 2 mT σσσ += σm ⇒ erro padrão da média σi ⇒ erro instrumental • Erro percentual relativo: 100 x )( m m rm ×= σσ = resultado → (%) 4 - Algarismos Significativos O número de algarismos significativos que devem ser apresentados em um resultado experimental é determinado pela incerteza experimental. Obs.: “Para incerteza experimental geralmente utiliza-se 1 algarismo significativo, mas até 2 algarismos podem ser aceitos”. Algarismos significativos ⇒ algarismos corretos + primeiro algarismo duvidoso → “Quanto maior a precisão da medida, maior a quantidade de algarismos significativos”. → Observações: • Zeros à esquerda são não significativos, apenas indicam a posição da vírgula decimal. Mudando a unidade ou escrevendo em notação científica os zeros podem ser eliminados. Os zeros à esquerda devem ser evitados!! • Algarismos não significativos à direita nunca devem ser escritos no resultado final. Profa. Cely Paula da Silva 5 – Arredondamento de Números Considerando o número: 32143421 signif. não signif. alg. ABC...YX...W, onde ABC... devem ser eliminados e o algarismo X deve ser arredondado. No número acima a parte ABC... pode variar entre 000... até 999... 5.1 - Critérios de arredondamento 1) Se a parte ABC... estiver no intervalo de 000... a 499..., o algarismo X não muda de valor (arredondamento para baixo). 2) Se a parte ABC... estiver no intervalo de 500...1 até 999..., o algarismo X aumenta de “uma unidade” (arredondamento para cima). Exemplos: { 2,4 32,4 ⇒ { 3,69 83,68 ⇒ { 5,6 4995,6 ⇒ { 5,7 5015,6 ⇒ 3) Se a parte ABC... for exatamente 500...0, então o algarismo X aumenta de “uma unidade” somente se ele for ímpar. Exemplos: { 5,6 5005,6 ⇒ { 5,8 5005,7 ⇒ { 9,48 59,47 ⇒ { 3,32 53,32 ⇒ Obs.: É recomendável não arredondar números enquanto os cálculos não estiverem terminados!
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