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Arísia Galdino Odontologia 2021.2 Primeiros socorros Manejo de vias aéreas É obrigatório assegurar que a via aérea esteja permeável, recebendo oxigênio e com adequado suporte ventilatório, para a prevenção da hipoxemia. Dessa forma, a manutenção de uma via aérea pérvia (desobstruída) e oxigenação adequada é uma das primeiras coisas a serem analisadas, pois são essenciais para a manutenção da homeostase. Anatomia Cavidade nasal Suprimento arterial: o Artéria oftálmica: ramos etmoidais anterior e posterior; o Artéria maxilar: A. esfenopalatina e A. palatina maior; o Artéria facial: ramos labiais superior e nasal lateral; o Plexo de Kiesselbach. O tamanho vai ser de 10-14 cm da narina à nasofaringe. Inervação: O N. trigêmeo é o responsável primário. Seus ramos: o N. oftálmico (V1) -N. etmoidal anterior e posterior o N. maxilar (V2) -Gânglio esfenopalatino Faringe Vai da base do crânio até a cartilagem cricoide (anterior) e C6 (posterior). 12-15 cm de extensão Dividida em: Nasofaringe: vai do final dos cornetos e septo até o palato mole. Orofaringe: inicia no palato mole até a porção superior da epiglote. Laringofaringe (hipofaringe): inicia na porção superior da epiglote até a cartilagem cricoide (4ª-6ª VC). Laringe o Vai da C3 até a C6 o Limites: -Borda superior da epiglote -Prega entre as duas aritenoides -Pregas ariepigióticas o Apresentam 9 cartilagens: -Epiglote -Cricoide -Aritenoide (2) -Corniculadas (2) -Cuneiformes (2) Arísia Galdino Odontologia 2021.2 Primeiros socorros Traqueostomia Indicação: desobstrução das vias aéreas superiores, em caso de edemas, traumas, paralisia de cordas vocais, para pacientes que necessitam passar muito tempo respirando por aparelhos e para aquelas situações que existem traumas faciais extensos e quando será realizado cirurgia na face. Os pontos de referência são cartilagem tireóide, cricóide e fúrcula esternal. A incisão vai ser feita abaixo da cartilagem cricoide, entre segundo e terceiro Anéis traqueais. Corta a glândula tireoide na região de istimo (no meio). Membrana cricotireoídea o Forma trapezóide o Menor em mulheres o Largura 27 a 32 mm o Altura:05 a 15 mm o Importante acesso da VA A Cricotireoidostomia, ou Coniotomia consiste na abertura da membrana cricotireoideana em sua linha média, comunicando-a com o meio externo, proporcionando ao paciente uma alternativa respiratória. Incisão de 2 cm na membrana cricotireóidea. Toda a cricotireoidostomia dever ser convertida para uma traqueostomia dentro de24-72 hrs. Protocolo de pacientes politraumatizados Durante o exame primário a avaliação das vias aéreas e respiração devem ser completadas em no máximo 15 segundos. Avaliar: o Se a VA está pérvia (paciente acordado, falando = significa que esta pérvia já que o ar esta passa nas cordas vocais. o VA adequadamente protegidas o Oxigenação adequada (o paciente respira bem) 1) Faça pergunta 2) Avalie o nível de consciência 3) Procure por sinais de obstrução o Deve ser feita uma ação rápida e efetiva. o Indicações de acesso as vias aéreas: permeabilizar, proteger contra broncoaspiração, ventilar. Os métodos de PERMEABILIZAÇÃO de via aérea são divididos em 3 grupos: 1. Manobras Manuais (inclui obstrução por corpo estranho) 2. Equipamentos Básicos 3. Equipamentos Avançados ►Após essa etapa devemos nos apresentar ao paciente e fazer alguma pergunta. Caso o paciente responda, já consideramos que as vias aéreas estão pérvias. Em caso de ausência de respostas devemos realizar as manobras Manobras manuais Para tornar a VA pérvia, permeabilização de VA. Chin Lift Arísia Galdino Odontologia 2021.2 Primeiros socorros A Manobra de Chin-Lift, realizada para o controle de vias aéreas, consiste em posicionar os dedos de uma das mãos do examinador sob o mento, que é suavemente tracionado para cima e para frente, enquanto o polegar da mesma mão deprime o lábio inferior, para abrir a boca; a outra mão do examinador é posicionada na região frontal para fixar a cabeça da vítima. Não é indicada com suspeita de lesão de coluna cervical. Mantenha sempre o pescoço em posição neutra, para evitar trauma secundário de coluna cervical. Jaw-Thrust Pode ser feita com 1 ou 2 socorristas É a manobra de elevação da mandíbula, o procedimento consiste na utilização das duas mãos do examinador, posicionando os dedos médios e indicadores no ângulo da mandíbula, projetando-a para frente, enquanto os polegares deprimem o lábio inferior, abrindo a boca e permitindo a pesquisa de corpos estranhos, próteses dentárias, sangramento, enfim, tudo que possa obstruir as vias aéreas superiores. É utilizada com eficácia nos clientes com suspeita de lesão de coluna cervical. Jaw-Thrust (projeção da mandíbula) e Chin Lift (elevação do mento) Abertura da boca Somente em vítima inconsciente. Colocar polegar noc incisivos superiores da vítima e o indicador nos inferiores, fazer um movimento de tesoura com esses dois dedos. Posição lateral de segurança Impede a queda da língua e permite que vômito, sangue e secreções saiam pela boca sem obstruir as vias aéreas. Indicada quando o socorrista tem várias vítimas de uma vez. Ajoelhe-se próximo a vítima do mesmo lado para qual vai virá-la. Estenda o braço do paciente perpendicular ao corpo. Pegue a mão contralateral do paciente e coloque a palma de sua mão sob a dele pressionando levemente o rosto. Segure pela região posterior ao joelho com a outra mão e puxe para o seu lado. Remoção de corpo estranho Se o paciente estiver consciente e tiver um objeto obstruindo totalmente a VA, pode-se fazer a manobra de Helmich. Vítima inconsciente: remoção com as mãos o Nessa etapa devemos realizar inspeção, palpação, ausculta e percussão. o Ver, ouvir, sentir o Avalie simetria, padrão respiratório, frequência, uso de mm acessória o Murmúrio, ruídos o Ação o Fornecer O2 para o paciente Arísia Galdino Odontologia 2021.2 Primeiros socorros Tem que ter uma VA pérvia (A) e uma boa perfusão sanguínea (B) Equipamentos básicos →Sua utilização permite manter as vias áreas permeáveis, redução o trabalho do socorrista e liberando suas mãos para outras tarefas essenciais. Cânula orofaríngea/Guedel o Evitar queda da língua o Só deve ser utilizado em pacientes inconscientes e com ausência de reflexo de proteção da VA, para que não haja vômitos. o Cânula deve ser adequada as dimensões da vítima o Introdução com o lado côncavo para cima e efetuada rotação de 180º quando a extremidade distal atingir o palato mole. Não é feito esse protocolo em bebes e RN. Cânula nasofaríngea o Está indicado em pacientes com trismo. O tamanho ideal deve ir do ângulo da mandíbula a narina. o Está contraindicada em pacientes com trauma facial ou de crânio. o Deve se ter cuidado para não introduzir essa cânula para dentro do crânio. Cânula de aspiração Aspirar líquidos, como sangue, vômito e de outros materiais Sua utilização permite manter as vias aéreas permeáveis, reduz o trabalho do socorrista e libera suas mãos para outras tarefas essenciais. Equipamentos avançados Cateter de O2 Casos menos graves, fornece no máx 5L/min, cada litro aumenta cerca de 3-4% da Fi O2. Máscaras: Venturi O2 de alto fluxo 3-15 L por min Arísia Galdino Odontologia 2021.2Primeiros socorros FiO2 precisa, depende da cor do adaptador. Pacientes com necessidade de precisão de FiO2 (retenção de CO2). Não reinalante Alto fluxo de O2 FiO2 60-90% Paciente aspira O2 a 100% Paciente não aspira CO2 Válvula unidirecional Hipoxemia grave Bolsa-válvula-máscara (A.M.B.U) o Alto fluxo de O2 o Ventilação o Paciente com drive respiratório o Técnica de utilização Manter a orofaringe livre de obstruções físicas (p. ex., secreções, vômitos e/ou corpos estranhos) Posicionamento do paciente e manobras manuais adequadas para posicionar a língua e os tecidos moles das vias respiratórias altas de modo a não as obstruir. Adjuvantes das vias respiratórias, como as cânulas nasofaríngea ou orofaríngea, para facilitar a troca gasosa eficaz (ver também Obtenção do controle das vias respiratórias) VNI o Ventilação não invasiva o Permite a entrada de O2, mas a aspiração de CO2 o Ventilação com pressão positiva o PEEP o Circuito único o Dispositivo que compensa em vazamento o Não perder tempo com VNI se paciente precisa de ventilação invasiva o Paciente tem que estar consciente o Indicações: DPOC, ICC, IR hipoxêmica. Combitube Permite o acesso as vias aéreas e a ventilação sem a necessidade de intubação. O Combitubo possui duas luzes e dois balonetes. A primeira luz funciona como um obturador de esôfago terminado em orifícios laterais acima de um balonete situado no terço superior do Combitubo. Os orifícios laterais permitem que o paciente seja ventilado quando o tubo está introduzido no esôfago. O balonete superior se destina a evitar o escapamento de ar pela orofaringe quando o tubo é posicionado no esôfago. A segunda luz funciona como um conduto de ar para os pulmões caso o tubo seja introduzido na traquéia, termina na extremidade distal do Combitubo. O balonete inferior pode ser utilizado para vedar o esôfago ou a traquéia dependo da posição obtida pelo tubo ►Indicações Manutenção das vias aéreas e ventilação de pacientes arreativos e com respiração deficiente. ►Vantagens • equipamento permite que profissionais de saúde não médicos ventilem o paciente através de bolsa com Arísia Galdino Odontologia 2021.2 Primeiros socorros eficácia utilizando apenas uma das mãos. • Protege a via aérea do paciente da broncoaspiração maciça. • Segurança e facilidade da introdução do aparelho que é efetuada por técnica cega sem necessidade de laringoscopia. • Ausência de manipulação da coluna cervical. • Permite a ventilação não importando se o tubo é introduzido no esôfago ou na traquéia. Desvantagens Só pode ser utilizado em pacientes completamente arreativos. (sem qualquer tipo de resposta motora e sem responder aos estímulos dolorosos). Máscara laríngea A Máscara Laríngea (ML) é um dispositivo supraglótico das vias aéreas dispensando o uso de laringoscópio. Corretamente posicionada, a face convexa posterior da ML estará em contato com a parede da faringe e a anterior sobreposta às estruturas supraglóticas (laringe), de forma a permitir a ventilação. Sua ponta se aloja sobre o esfíncter esofagiano superior. ►Indicações para o uso da ML • PCR, • Apnéia e Insuficiência respiratória, • Depressão do sensório com perda da capacidade de proteger a via aérea, e • Indicação de ventilação sob pressão positiva por poucas horas (cirurgias eletivas) • No Suporte Básico da Vida (BLS) em adultos, a ML é recomendada como uma alternativa ao sistema bolsa-válvula-máscara facial e é considerada a primeira escolha para assegurar via aérea para reanimadores que não estão treinados para intubação traqueal. • No Suporte Avançado da Vida em adultos (ACLS), a ML é recomendada como um dispositivo Classe IIb, definida como intervenção aceitável e possivelmente útil, sendo uma indicação nos casos de intubação traqueal difícil. • No Suporte Avançado da Vida em Pediatria (PALS), a ML é classificada como um dispositivo de classe indeterminada, definido como “intervenção pode ser recomendada, mas trabalhos precisam ser feitos para ter uma classe definitiva”. Portanto, na parada cardiorrespiratória e na Reanimação Neonatal, a ML é uma alternativa importante na situação “não intubo, não ventilo”. • Via aérea difícil ►Técnica de preparação • Verifique a transparência do tubo, a integridade do manguito pneumático e teste a válvula de retenção. Caso a ML apresente vazamento e não se mantenha desinflada, não a utilize. • Desinfle totalmente o manguito da ML contra uma superfície plana, mantendo suas bordas lisas e com formato uniforme (cuidado para não formar dobras). • Lubrifique a face posterior da ML a fim de facilitar seu deslizar contra o palato e a curvatura posterior da faringe. ►Técnica de inserção da ML • Posicione o paciente como para uma intubação traqueal (pequeno coxim sob a cabeça). • Com a mão esquerda segure a cabeça estendendo o pescoço e segure a ML como uma caneta com a mão direita mantendo o dedo indicador na junção do manguito e o tubo. Observe uma linha preta ao longo do tubo no lado posterior (convexo) da ML que aponta sempre em direção ao nariz do paciente. • Mantenha a cabeça com uma mão, enquanto que com a outra, inicie a passagem da ML, com sua abertura dirigida para frente e o dorso aplanado contra os dentes incisivos do paciente. A ML deve ser introduzida com a ponta pressionando o palato duro, de forma que, sua progressão para a hipofaringe, se faça deslizando contra o palato duro. Antes de prosseguir verifique se a ponta da máscara não está dobrada. • Nesta fase, a ML deverá estar quase paralela em relação ao paciente. Com o dedo indicador ainda mantendo pressão contra o palato, empurre a ML para baixo, de preferência em um único movimento rápido e confiante o mais profundamente possível na hipofaringe. Tubo endotraqueal É o método definitivo e de escolha para assegurar ventilação pulmonar adequada sem distensão gástrica ou risco de broncoaspiração. O tempo da manobra não deve ultrapassar 15 a 30 segundos e deve ser sempre precedido por oxigenação e ventilação do paciente com uso de máscara. Indicações de intubação endotraqueal: o PCR, o Apnéia, o Insuficiência respiratória, o Depressão do sensório com perda da capacidade de proteger a via aérea, e o Indicação de ventilação sob pressão positiva. Arísia Galdino Odontologia 2021.2 Primeiros socorros 1) Analgesia 2) Sedação 3) Relaxamento ►Sequência de intubação Pré-oxigenção: deve-se manter uma fração de inspiração de oxigênio (FiO2), de 100% durante 3-5 minutos. Com isso, consegue-se uma apneia de 3-5 min antes que a saturação de oxigênio caia para <90%, sem ventilar o paciente. Indução anestésica Intubação Classificação de Malanpatti ►Posição do paciente Décubito dorsal com 30º de inclinação no dorso, em posição de “sniff” ou “farejador” (coxim na região occiptal + hiperextensão do pescoço, se não houver contraindicação para tal). O objetivo é alinhar os eixos oral, laríngeo e faríngeo do paciente. ►Seleção do tubo Homens- 7,5 a 9,5 Mulheres- 7 a 8,5
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