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Reanimação Neonatal

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Prévia do material em texto

1 
Reanimação neonatal em RN de 
34 semanas ou mais 
 
 
 
A reanimação neonatal é divida em RN menor que 34 semanas ou maior ou igual a 34 semanas. o menor que 34, 
que é quando o bebê tem menos que 1,5 kg, temos algumas diferenças que não precisam ser citadas agora. 
 
O recém- nascido segue a ordem A B C, ou seja, primeiro devemos checar as vias aéreas, depois a respiração e 
depois a circulação. Essa ordem é muito importante, visto que a principal indicação para reanimação é asfixia. 
 
• Epidemiologia: 
1 em cada 10 RN vai precisar de ajuda para iniciar a respiração, ou seja, precisará de ventilação eficaz. 
1 em cada 100 RN precisam de intubação orotraqueal (IOT) 
0,5 em cada 1000 precisam de IOT + massagem cardíaca e/ou medicação. 
 
OBS: é muito importante que a ventilaçao seja realizada de forma correta e eficaz, pois caso o bebê só poderá ser 
intubado com VPP correta, só poderá receber massagem se estiver intubado. É uma sequencia, as etapas são 
correlacionadas e dependentes uma da outra. 
Fisiologicamente, o RN deve fazer a transição cárdio-respiratória, ou seja, o alvéolo está cheio de líquido e a 
resistência vascular está alta. Com as primeiras respirações, o ar vai entrando nos pulmões e o liquido começa a sair, 
com isso o pulmão vasodilata e a pressão na região diminui, possibilitando que as trocas gasosas comecem a 
acontecer. 
 
Caso algo dê errado nesse processo, a criança vai precisar de ajuda para eliminar esse líquido, e a primeira 
ajuda é ventilar com ar ambiente, não precisa dar oxigênio logo de cara. Se essa ventilação estiver sendo feita de 
forma adequada e mesmo assim a saturação continuar baixa, ai sim devemos oferecer oxigênio. 
 
OBS: a saturação normal do RN é de até 80% nos primeiros 5 minutos de vida. 
 
• Indicação de ventilação: RN em apneia ou gasping (respiração irregular) ou FC <100 bpm 
2 
➢ Fatores associados a indicação de reanimação: 
 
 
A sala de parto deve estar preparada e com todos os materiais a disposição, independente da gravidez ter sido de 
risco ou não, isso é importante pois, caso o RN precise de suporte, este deve ser iniciado rápido, durante o primeiro 
minuto de vida, o chamado MINUTO DE OURO, quanto mais tempo passa, maior a mortalidade e morbidade. 
 
➢ Preparo do material: 
 
Precisa-se de material para as seguintes finalidades... 
 
• Manter a normotermia:a temperatura normal do RN é de 36,5 a 37,5°, para isso, a temperatura da sala de 
parto deve ter de 23 a 26°, além disso, tem que ter campo aquecido para pegar o bebê (pelo menos 2, pois o 
úmido deve ser desprezado), preca-se também de uma fonte de calor, normalmente usa-se um berço 
aquecido. 
• Avaliar o RN: contar FC, observar respiração, saturação. Para isso, precisamos de um esteto, oxímetro (para 
avaliar a necessidade de ofertar ou não oxigênio) e, se o RN precisar continuar com a reanimação, um 
monitor cardíaco também é importante para que não haja necessidade de interrupção para fazer ausculta 
cardíaca. 
• Aspirar via aéra, caso tenha secreção. Para isso, vamos precisar de sonda para aspiração traqueal, aspirador. 
Eles já devem estar conectados desde o preparo da sala de parto, para otimizar tempo. 
• Ventilar: para isso precisaremos de uma máscara (tamanho ideal abrange queixo e nariz), um ambu com 
reservatório de oxigênio, fonte de gás, ar comprido. 
 
OBS: blender é um misturador do ar ambiente com oxigênio, a concentração de O2 vai aumentando aos poucos (de 
20 em 20%) de acordo com a necessidade do RN. 
 
• Intubar : tubo sem balonete (pois a laringe do RN é cônica, ela tem um estreitamento fisiológico e, por isso, 
não precisa do balão), laringoscópio, lâmina RETA (não usa-se lâmina curva, pois RN não tem valécula, que é 
um espaço virtual entre a língua e a epiglote), coxim (para estender levemente a cabeça do RN) 
• Medicar : adrenalina, a primeira dose pode ser dada pelo tubo, as seguintes têm que ser pela veia umbilical 
(mais a frente entra mais em detalhes) e soro para dar volume ou diluir. 
• Cateterizar a veia umbilical: cateter ou sonda. 
3 
 
 
 
OBS: dispositivo para aspiração mecônio: praticamente não é usado, mas serve para retirar partículas de fezes do 
bebê que ele pode aspirar e causar problemas. Esparadrapo é para prender o tubo e fio guia para guiá-lo. Por último, 
as seringas são para administrar medicação. 
• Perguntas/análises importantes: 
1) Anamnese da gestação. Saber qual a idade gestacional, se tem mais de 34 semanas 
 
2) RN chorando ou respirando? 
 
3) Tônus bom? Tônus ideal é em flexão nos 4 membros e com movimentação ativa. 
 
O bebê que nasce chorando ou respirando e com tônus ideal tem boa vitalidade e, provavelmente, não vai precisar 
de reanimação. 
 
➢ Clampeamento do cordão umbilical 
 
- Se o RN nasce bem, ou seja, apresenta os dois aspectos (respira/chora e tônus em flexão/movimentação 
ativa), independente do aspecto do líquido aminiótico, você pode esperar de 1 a 3 minutos para cortar esse cordão, 
essa espera é benéfica pois faz a pressão pulmonar cair mais lentamente, ajuda no suprimento inicial de sangue e 
previne a anemia fisiológica do lactente (é quando o bebê tem aproximadamente 2 meses e a hemoglobina cai), por 
4 
isso, esse tempo é conhecido como "3 minutos do ferro", enquanto isso, o bebê deve ficar posicionado no abdome 
materno para prevenir a perda de calor, e, enquanto isso, o pediatra já vai avaliando FC, respiração... 
 
OBS: FC no RN: para contar, coloca-se o esteto no precórdio, conta por 6 segundos e multiplica por 10, para que, 
caso o bebê precise de reanimação, possa começar rápido. 
 
- Caso falte um dos sinais, o clampeamento deve ser imediato, pois ele provavelmente vai precisar de ajuda 
para iniciar a respiração. Além disso, há casos específicos como DPP (descolamento prematuro de placenta), PP 
(placenta prévia) e nó verdadeiro de cordão, pois nesses casos, não tem motivo para deixar o RN ligado. Após 
clampear, leva-se o RN para o berço aquecido e começa os passos iniciais. 
 
 
Supondo que o bebê nasceu bem e já esperamos os 3 minutos, o que fazer depois de clampear? Deixar que 
ele fique mais um tempo com a mãe ou levá-lo para ser avaliado no berço? 
 
Se o bebê for a termo pode deixar na barriga da mãe e pode até colocar para amamentar durante a primeira 
hora (lembrar de verificar a sorologia da mãe, se for HIV+ não pode amamentar). Se o RN for pré-termo ou pós 
termo, após os 3 minutos tem que levar para a mesa e realizar os primeiros passos, que serão descritos a seguir. 
OBS: o RN prematuro deve ser levado a mesa pois tem maior chance de ter a doença da membrana hialina, o pós 
termo pode ter aspirado mecônio, portanto é importante levá-los à mesa para confirmar se está realmente tudo 
bem. 
5 
➢ Passos iniciais: 
 
1) Receber o RN com campo aquecido 
 
2) Levar para fonte de calor 
 
3) posicionar a cabeça com uma leve elevação, com o intuito de "liberar" as vias aéreas 
 
4) Aspirar boca e narina SE NECESSÁRIO (quando há presença de mecônio, secreção ou sinal de obstrução, caso 
contrário pode machucar a mucosa), a aspiração deve ser feita nessa ordem, pois se fizer na narina primeiro o RN 
pode engolir o que estiver na boca. 
5) Secar e retirar os campos úmidos 
 
6) Reposicionar a cabeça 
 
7) Avaliar vitalidade do RN: se a FC está maior que 100 bpm e respiração regular, depois de avaliado, se estiver com 
batimentos e respiração corretos ele pode voltar para a mãe, tendo contato pele a pele e coberto com campo seco e 
aquecido. Se um dos dois sinais estiverem ausentes, deve-se iniciar a reanimação. 
OBS: os passos iniciais devem ter duração de até 30 segundos 
 
OBS.2: o primeiro passo após os passos iniciais é a VPP. É muito importante manter a ordem, pois a grande maioria 
dos RN voltam só com esses primeiros passos, pois possivelmente estavam com apnéia primária, os que realmente 
precisam da VPP estão em apneia secundária. 
 
• Indicação de VPP: apneia, gaspingou FC < 100 bpm 
 
 
➢ Ventilação com pressão positiva (VPP) 
 
 
Ao iniciar a ventilação, devemos pedir para que 
alguém coloque um monitor cardíaco na criança (sendo um 
eletrodo em cada ombro e um na coxa) e o oxímetro (no 
membro superior direito, ou radial ou na palma da mão, pois 
fica antes do canal pré-arterial) 
 
* Lembrar que a saturação normal nos primeiros minutos de 
vida é de 70 a 80%, então quando o bebê atingir essa meta E 
sua frequência estiver maior que 100, pode interromper a 
ventilação* 
6 
 
 
Se você está ventilando só com ar ambiente e a 
saturação está no padrão esperado, não precisa colocar O2, mas, 
se estiver ventilando mas a saturação ainda está abaixo do 
limite, deve aumentar o oxigênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Preparo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Ritmo: aperta-solta-solta, aperta- solta- solta 
Deve-se estender um pouco o pescoço da criança 
para que as vias aéreas fiquem mais abertas (pode 
usar coxim para facilitar que o RN fique nessa 
posição). Depois deve-se pegar uma máscara no 
tamanho ideal, que é a que pega a ponta do queixo e 
a ponta do nariz. Por último, devemos posicionar 
quem vai ventilar, geralmente essa pessoa fica atrás 
da cabeça, de forma que o balão fique para trás ou 
de lado, mas nunca em cima do corpinho do neném. 
 
É importante seguir esse ritmo para que faça de 40 a 60 incursões por minuto. 
 
• Sinais de eficácia da VPP 
1º) FC aumenta 
2º) o tônus melhora 
 
3º) início da respiração regular 
 
30 segundos depois de começar a ventilar, avalia outra vez. Se a frequência não subir, a primeira coisa a se fazer é 
corrigir a técnica. Depois de corrigir, se a frequência subir mas a saturação ainda não chegou em 70%, ofertamos 
oxigênio (a ventilação começou só com ar ambiente). Outra situação possível é, depois de 30 seg, a técnica está 
correta, saturação baixa e frequência não sobe, isso significa que a ventilação com máscara não está sendo suficiente 
e não vai adiantar dar O2, portanto deve-se intubar. 
 
OBS: se o RN estivesse fazendo VPP com ar ambiente, vai intubar com ar ambiente e se estivesse ventilando com O2, 
intuba com O2. 
 
Resumindo até aqui... 
 
Depois de clampear o cordão, levamos o RN para os passos iniciais, se a FC <100 ou respiração 
irregular/apnéia, vamos fazer a ventilação por pressão positiva (VPP). Começo a ventilar com ar ambiente e peço para 
colocar o monitor e oxímetro. Depois de 30 segundos de VPP avaliamos novamente e temos algumas opções 
- FC<100: corrigir técnica, considerar intubação 
 
-FC> 100, saturação <70%: ofertar O2 de 20 em 20% a cada 30 segundos e acompanha. 
Principais falhas na VPP: dificuldade de adaptação da 
máscara ao bebê, vias aéreas não pérvias e pressão 
insuficiente. 
7 
Relembrando mais uma vez: 
 
Ao chegar na sala de parto, primeira coisa a se fazer é chegar o material, segunda fazer anamnese gestacional, quando 
bebê nasce avalia se está respirando/chorando e tônus em flexão/movimentação ativa, em seguida, caso falte um dos 
sinais: devemos clampear imediatamente o cordão, se nasceu bem e tem todos os sinais: posicionar no abdome 
materno, secar e trocar campo, posicionar cabeça, avaliar FC e espera de 1 a 3 minutos. Depois desses minutos temos 
que decidir se deixa o bebê com a mãe para ser amamentado na primeira hora (avaliar sorologia) ou se vai para o berço 
(bebê que não é a termo ou tem respiração irregular ou evoluiu com tônus ruim.) 
 
O RN que foi para o berço (imediatamente ou depois dos 3 minutos): fazer passos iniciais (fonte de calor, abrir vias 
aéreas, aspirar boca e narina, secar, retirar campo úmido, reposicionar cabeça e avaliar vitalidade). Caso FC <100 ou 
gasping ou apneia: VPP (inicialmente com ar ambiente), faz essa ventilação por 30 segundos e reavalia (garantir a 
técnica correta), caso a FC aumente mas a saturação não chegue no esperado: dar O2 e esperar mais 30 segundos, se FC 
não tiver maior que 100: intubar. 
➢ INTUBAÇÃO 
• Indicações: 
-Ventilação com máscara ineficaz com técnica correta (FC continua menor que 100) 
 
- VPP prolongada, ou seja, você já aumentou o O2 para 40, depois 60 e a saturação continua baixa. Prolongada tem 
mais de 1 minuto 
 
- Massagem cardíaca: não pode fazer massagem sem que o RN esteja intubado, pois, como já vimos, a maior causa de 
bradicardia em RN é a hipoxemia, causada por asfixia e, muitas vezes, só de intubar já resolve. 
- Hérnia diafragmática congênita: RN apresenta abdome escavado, profundo. Essa patologia se resume em uma 
“abertura” que faz o intestino ir para o tórax, por isso, esse bebê é uma exceção, caso ele precise de ressuscitação, 
não podemos fazer a ventilação com máscara, pois o ar vai chegar no intestino, as alças vão dilatar e pode causar um 
choque obstrutivo. Nesse caso, já pula direto para a intubação. 
 
- Suspeita de obstrução por mecônio: lembrar de aspirar a traqueia 
 
 
• Material para IOT: 
- Cânula 
 
- Tubo (3 ou 3,5, dependendo da idade 
gestacional e peso) 
 
-Lâmina (0 ou 1, para bebês maior ou igual a 24 
semanas) 
 
 
 
 
Quando for intubar, o tubo tem uma distância adequada para 
que fique na posição correta. Essa distância é definida pela fórmula 
PESO + 6 . 
8 
OBS: esse peso é estimado. Exemplo: RN com 34 semanas tem aproximadamente 2 kg 
 
O valor resultante dessa fórmula deve ficar encostado no lábio superior do neném. 
 
Exemplo: RN de 34 semanas com aproximadamente 2kg precisa ser intubado. 
 
2 kg + 6 = 8, então marca com o número 8 no tubo deve ficar encostada no lábio superior. 
 
OBS: A primeira coisa a se fazer depois de intubar é auscultar o estômago com o esteto, se fizer som de bolhas 
naquela região retira e faz outra fez, pois, provavelmente, você intubou o esôfago. 
 
• Sinais de intubação efetiva: 
-FC > 100 bpm 
 
- Expansão torácica simétrica, sem distender o estômago 
 
- Murmúrio bilateral na região axilar 
 
- Condensação na cânula. 
 
-Oxigênio: se durante a ventilação com máscara eu estava fazendo com ar ambiente, continua com ar ambiente. 
Se estivesse sendo feita com O2, continua ofertando O2. Porém, se você começou com ar ambiente e, depois de 30 
segundos ele não respondeu, vai colocando O2 de 20 em 20% a cada 30 segundos. Se eu cheguei a 60% e a FC 
continua baixa (menor que 60), saturação baixa também, começa a massagem cardíaca. 
 
➢ MASSAGEM CARDÍACA 
• Indicações para massagem cardíaca: 
- FC < 60 bpm no paciente que já fez 30 segundos de VPP intubado com oxigênio de 60 a 100% 
 
OBS: caso você tenha intubado em ar ambiente, antes de começar a massagem tem que colocar pelo menos 60% de 
O2 antes. E, ao começar essa massagem, começa a ofertar 100% de O2. 
 
 
• Onde fazer a massagem? 
A massagem deve ser realizada no terço inferior do esterno. Traçamos uma linha 
imaginária entre os mamilos para depois pegar o ponto médio entre o apêndice xifoide e a 
altura dessa linha, como mostra a imagem ao lado. 
 
 
 
 
 
 
• Técnica: precisa-se de pelo menos duas pessoas. Quem está ventilando vai para 
o lado e quem vai massagear fica atrás do RN (se fizer pela frente, você vai 
limitar o aceso ao umbigo, que é uma importante via de administração de 
drogas), usamos os dois dedos polegares (um em cima do outro para aumentar 
o pico de pressão). 
• Ritmo: 3 para 1, ou seja, são 3 compressões para 1 ventilação. Para auxiliar tem 
uma musiquinha: 1 e 2 e 3 ventila... 
9 
OBS: devemos ter 90 compressões e 30 ventilações em um minuto 
 
• Massagem cardíaca efetiva: 
- FC > 60 bpm, se chegar nesse valor, interrompe a massagem e continua a VPP (só para a VPP se FC>100) 
 
OBS: o bebê que chegou lá na massagem, passando por todas as etapas, não devemos retirar o tubo mesmo se a FC 
estiver maior que 100, deve-se levar para UTI com o tubo mesmo e lá decidimos se retira ou não) 
 
A massagem deve ser reavaliada a cada 1 minuto, é a única etapa que não é a cada 30 segundos. 
 
➢ DROGAS/MEDICAÇÕES 
 
Se depois de 1 minuto fazendoa massagem a frequência não for maior que 60 bpm, deve-se iniciar as drogas. 
 
- Adrenalina: é a indicada em casos de bradicardia em RN, a primeira dose pode ser feita no tubo (só a primeira, pois 
a absorção por essa via é erradica, não sabemos ao certo como ela vai funcionar), as doses seguintes devem ser feitas 
pela veia umbilical. 
A ampola tem 1 ml de adrenalina na apresentação de 1:1000, no RN temos que diluir essa concentração para 
qualquer via, queremos transformar a concentração de 1:1000 em 1:10.000, que é uma dose 10 vezes menor. Para 
fazer isso, diluímos 1 ml de adrenalina em 9 ml de soro fisiológico, dessa forma, teremos 10 ml ao todo. Com esses 
10, devemos encher uma seringa de 1 ml e uma de 5, para facilitar e agilizar na hora da aplicação. 
 
-A dose na veia é de 0,1 ml/kg, no tubo é 1 ml/kg. 
 
Lembrando que no tubo só podemos dar uma única dose!! Na veia, podemos repetir a dose a cada 3 a 5 
minutos. Já o soro não devemos fazer mais de duas vezes, sua dosagem é de 10ml/kg e é usado em casos de 
reanimação prolongada, já tem 2-3 horas usando adrenalina e não funciona, sinais de choque, hipoperfusão. 
Como cateterizar o cordão umbilical? Amarra a base do coto, identifica a veia, 
preenche o cateter com soro fisiológico (para não ter ar) e introduz cerca de 2 cm 
(se puxr, vai voltar um pouco de sangue), depois disso é só injetar a adrenalina e 
um pouco de soro por cima, a fim de “empurrar” a medicação pelo cateter. 
 
 
 
 
 
 
 
Quando devemos parar? Depois de 10 minutos em assistolia, sem nenhum pulso e tendo feito todas as etapas e com a 
técnica correta, pode parar a reanimação, pois esse RN evoluiu para óbito.

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