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ComentárioResumo do texto Autonomia e relevância dos regimes, de Gustavo Seignemartin de Carvalho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLÍTICA
Comentário nº 4: CARVALHO, Gustavo Seignemartin de. Autonomia e relevância dos
regimes. Contexto Internacional, Rio de Janeiro, vol. 27, n° 2, julho/dezembro 2005, pp.
283-329.
Disciplina: Teoria das Relações Internacionais
Docente titular: Alexsandro Eugenio Pereira
Discente: Ana Paula Ricardo da Silva
Gustavo Seignemartin Carvalho, propõe em seu texto “Autonomia e relevância dos
regimes”, de 2005, uma definição de “regimes” diferente da abordagem institucionalista. Por
acreditar que apenas a definição funcionalista de regimes não é suficiente para explicar a
efetividade destes.
Carvalho aponta que a definição de regimes é um conceito em disputa desde a sua
primeira formulação, e para alguns autores isto se configura como um problema, pois pode
ser empregado com objetivos diferentes, e também por possuir caráter político, o que pode
gerar uma tensão entre ontologia e epistemologia.
O autor então define regimes como sendo os “arranjos políticos que permitem a
redistribuição dos ganhos da cooperação pelos participantes em uma determinada área de
interesses em um contexto de interdependência” (CARVALHO, p. 284). Nesse sentido, a
efetividade dos regimes está baseada na sua autonomia (existência objetiva e autônoma) e
relevância (influencia o comportamento e as expectativas), e para determinar quais são os
elementos que conferem isto aos regimes, ele propõe uma “decomposição analítica do
conceito de regimes em elementos básicos: normatividade, atores, especificidade da área
de interesses e interdependência complexa como contexto” (CARVALHO, p. 309).
Concordo com Friedrich Kratochwil e John Ruggie, citados pelo autor no texto,
quando dizem que regimes são criações conceituais e não entidades concretas e portanto
sempre será um conceito discutível, em disputa. Mas também concordo com Carvalho ao
dizer que “O fato de os regimes serem “construções conceituais” não impede que possuam
elementos objetivos que tenham efeitos verificáveis sobre os comportamentos de seus
participantes” (CARVALHO, p. 287).

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