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Apol - TEORIAS CONTEMPORÂNEAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

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Questão 1/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
- Leia o texto abaixo: 
 
Nicholas Onuf possui formação em Ciência Política e Relações Internacionais e é, junto a 
Friedrich Kratochwill, um dos autores mais importantes para a consolidação da teoria 
construtivista nas Relações Internacionais, especialmente em sua versão mais crítica aos 
postulados teóricos da área. 
Elaborado com base em: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de 
Aprendizagem da aula 2 – Material para a Impressão. Tema 3: “Nicholas Onuf”. 
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de 
Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais, assinale a alternativa que 
apresenta, corretamente, um dos aspectos de fundamental importância no 
construtivismo de Nicholas Onuf e Friedrich Kratochwill: 
Nota: 10.0 
 
A O conceito de Estado. 
 
B A teoria dos atos de fala. 
Você assinalou essa alternativa (B) 
Você acertou! 
No que diz respeito à dimensão linguística e discursiva das relações entre os atores internacionais, Onuf parte, assim como Kratochwill, da “teoria dos atos de 
fala”, sistematizada por filósofos como John Austin. Essa teoria considera a linguagem como um conjunto de palavras e sentenças que não apenas descrevem 
a realidade (função descritiva), mas podem também produzir realidade, sendo consideradas “ações” ou “performances” (função performativa). Essa força 
ilocucionária de algumas palavras e sentenças pode ser notada, por exemplo, sempre que se demanda ou se promete algo a alguém: a pergunta “há mais 
café?”, significa, dentro do devido contexto (uma refeição), a ação de demandar mais café (força ilocucionária da sentença). Essa dependência contextual 
inerente aos atos de fala, é o que permite que a linguagem seja descrita como um “jogo” (como faz Wittgenstein), em que os falantes “aprendem a jogar” (se 
comunicar) por meio da inserção continuada nessas interações discursivas contextuais (refeição, reunião de trabalho, ato solene etc.). Tal inserção continuada 
permite, aos atores, o aprendizado das regras implícitas que comandam os usos da linguagem em cada situação social, e que não podem ser deduzidas do 
conteúdo literal do que se fala. 
 
Referência: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 2 – Material para a Impressão. Tema 3: “Nicholas Onuf”. 
 
C A epistemologia positivista. 
 
D A metodologia hipotético-dedutiva. 
 
E A tese da normatividade jurídica internacional. 
 
Questão 2/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
- Leia o texto abaixo: 
 
“Além das contribuições do pós-estruturalismo à problematização de alguns dos 
pressupostos subjacentes às teorias tradicionais das Relações Internacionais, autores como 
Derrida e Foucault também oferecem valiosas sugestões às estratégias metodológicas que 
pesquisadoras e pesquisadores da área podem empregar em suas pesquisas”. 
 
Fonte: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 
1 – Material para a Impressão. Tema 5: “Metodologias Pós-Estruturalistas para as Relações 
Internacionais”. 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas 
das Relações Internacionais e a importância da metodologia para a pesquisa 
científica, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, quatro estratégias 
metodológicas introduzidas nas Relações Internacionais pela abordagem pós-
estruturalista: 
Nota: 10.0 
 
A Leitura Dupla, Desconstrução, Análise Estética e Genealogia. 
Você assinalou essa alternativa (A) 
Você acertou! 
As estratégias de análise pós-estruturalistas afastam-se dos parâmetros positivistas de pesquisa e de ciência, guiando-se, ao contrário, pela tarefa de crítica e 
de desestabilização da presumida objetividade dos discursos acerca da realidade internacional, tendentes a naturalizar e universalizar características 
contingentes produzidas por processos históricos particulares. Entre tais estratégias metodológicas pós-estruturalistas, destacam-se as estratégias textuais 
propostas por Derrida, notadamente a “desconstrução” e a “leitura dupla”; a análise genealógica, presente nas obras finais de Michel Foucault; e a análise 
estética, elaborada sobretudo a partir dos trabalhos do também francês Jacques Rancière (2004). 
 
Referência: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 1 – Material para a Impressão. Tema 5: “Metodologias Pós-
Estruturalistas para as Relações Internacionais”. 
 
B Historiografia, Método Dialético, Método Dedutivo e Análise Genealógica. 
 
C Desconstrução, Estudo de Caso, Comparação Analítica e Bibliometria. 
 
D Análise do Discurso, Desconstrução, Técnica Estatística, Problematização. 
 
E Análise de Conteúdo, Análise Estética, Análise Documental e Análise Bibliográfica. 
 
Questão 3/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
- Leia o texto abaixo: 
 
“Enquanto neorrealistas naturalizam a “anarquia” como princípio fixo e imutável do sistema 
internacional, os construtivistas a tratam como um resultado específico (entre outros 
possíveis) das interações e dos entendimentos comuns construídos pelos agentes de tal 
sistema. Como afirma Alexander Wendt: ‘a anarquia é o que os estados fazem dela’”. 
 
Fonte: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 
2 – Material para a Impressão. Tema 1: “O Construtivismo nas Relações Internacionais”. 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas 
das Relações Internacionais, assinale a alternativa que explica, corretamente, porque 
Alexander Wendt acredita que a “anarquia é o que os Estados fazem dela”: 
Nota: 10.0 
 
A Segundo Wendt, as características da anarquia internacional, como a cooperação e os ganhos absolutos, são o resultado dos traumas legados 
pelo grande número de conflitos ocorridos até a segunda metade do século XX. 
 
B Segundo Wendt, as características da anarquia internacional, como a solidariedade entre as Nações e paz coletiva, são possíveis por causa da 
consolidação da modernidade e, consequentemente, exportação dos valores ocidentais para o mundo não-ocidental. 
 
C Segundo Wendt, as características da anarquia internacional, como as assimetrias econômicas entre Norte e Sul Global, constituem-se em um 
elemento estruturante da ordem internacional e acabam por determinar as posições dos atores na arena internacional. 
 
D Segundo Wendt, as características da anarquia internacional, como a autoajuda e a luta por poder, não devem ser vistas como um dado da 
natureza, mas antes como uma condição que pode adquirir diferentes formas de acordo com as identidades e os interesses dos atores que a 
constroem. 
Você assinalou essa alternativa (D) 
Você acertou! 
Apoiando-se em Giddens, Wendt defende que se foque a capacidade dos Estados em produzir alterações nas estruturas do sistema internacional, ao mesmo 
tempo em que são afetados por elas: os efeitos da estrutura não seriam apenas constrangimentos ou estímulos à ação, portanto, mas à própria constituição ou 
gênese da identidade e dos interesses dos atores estatais – como eles enxergam a si próprios e aos demais atores (identidades) e quais preferências políticas 
possuem (interesses). Nesse sentido, as estruturas não podem ser pensadas apenas como distribuições desiguais de recursos materiais e bélicos, gerando 
efeitos causais sobre os atores, mas como “cultura”, ou seja, como um complexo de ideias ou representações coletivas: normas, regras, instituições, ideologias 
e sistemas de ameaças, que funcionam como forças de socialização e aprendizado para os Estados, gerando padrões de comportamento ao longo do tempo, 
assim como constituindo suas identidades e interesses. A “anarquia” do sistema, dada a ausência de um governo mundial com monopólio de coerção, não é um 
dado natural, como para os realistas, mas uma condição que pode adquirir diferentes formas, a dependerdas identidades e interesses dos atores que a 
constroem: a anarquia é o que os Estados fazem dela, portanto. 
 
Referência: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 2 – Material para a Impressão. Tema 4: “Alexander Wendt”. 
 
E Segundo Wendt, as características da anarquia internacional, como a priorização de ganhos relativos pelos Estados e a disposição cíclica do 
poder, configuram uma consequência positiva do processo recente de institucionalização da política internacional e fortalecimento dos tribunais 
internacionais. 
 
Questão 4/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
- Leia o texto abaixo: 
 
“O construtivismo tem, desde o seu aparecimento na área, contribuído para uma série de 
inovações em matéria de argumentos metateóricos, conceitos, modelos analíticos, hipóteses 
de trabalho e métodos (ADLER, 1999). Várias agendas de pesquisa foram ou criadas por 
essa abordagem ou fortemente transformadas por ela”. 
 
Fonte: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 
2 – Material para a Impressão. Tema 5: “Estudos Empíricos de Orientação Construtivista”. 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas 
das Relações Internacionais, assinale a alternativa que indica, corretamente, uma das 
agendas de pesquisa nas RI que foi amplamente influenciada pelo construtivismo: 
Nota: 10.0 
 
A A teoria dos efeitos da globalização neoliberal desenvolvida pela Escola de Chicago 
 
B A teoria da paz liberal elaborada pelos Estudos Crítica de Segurança Internacional. 
 
C A teoria da dependência latino-americana desenvolvida pelos cepalisnos. 
 
D A teoria da colonialidade elaborada pela Escola de Estudos Subalternos. 
 
E A teoria da securitização desenvolvida pela Escola de Copenhague. 
Você assinalou essa alternativa (E) 
Você acertou! 
A “teoria da securitização”, desenvolvida pela chamada Escola de Copenhague, é um exemplo de aplicação da abordagem construtivista à área de segurança 
internacional. A Escola foi responsável por redefinir o conceito de “segurança”, passando a incorporar ameaças de cunho social, econômico e ambiental aos 
Estados (PEREIRA; BLANCO, 2021). Essa redefinição ocorreu com base nos autores construtivistas ligados à “virada linguística”, Kratochwill e Onuf, mostrando 
como a noção de “ameaça” (à segurança dos atores) é socialmente construída. O processo de construção social das “ameaças” pressupõe a participação de 
agentes securitizadores, responsáveis por ações discursivas produtoras de novas normatividades (intersubjetividade) e entendimentos coletivos, fazendo com 
que determinado tema seja elevado a um status prioritário por parte do Estado e de suas políticas públicas. Esse processo só é possível graças à aceitação 
desses discursos por parte de uma audiência, em geral os quadros parlamentares e as burocracias ligadas diretamente ao tema em vias de ser “securitizado”. 
 
Referência: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 2 – Material para a Impressão. Tema 5: “Estudos Empíricos de 
Orientação Construtivista”. 
 
Questão 5/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
-Leia o texto abaixo: 
“Entre as principais inovações trazidas por essas novas abordagens [como a do pós-
estruturalismo], pode se destacar: (i) uma redefinição do papel da teorização, a quem caberia 
menos a produção de um modelo preditivo do comportamento dos atores internacionais, e 
mais uma problematização da própria relação entre tal teorização e as relações de poder da 
qual ela inevitavelmente faz parte”. 
Elaborado com base em: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de 
Aprendizagem da aula 1 – Material para a Impressão. Tema 3: “Contribuições do Pós-
Estruturalismo às Relações Internacionais: a relação entre poder e conhecimento e a crítica 
ao sujeito cartesiano”. 
Tendo como base o texto citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de 
Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais, assinale a alternativa que 
apresenta, corretamente, os objetivos da noção de “problematização”, para autores 
pós-estruturalistas como Michel Foucault: 
Nota: 10.0 
 
A A noção de “problematização” pressupõe a reflexão metodológica acerca de como construir de maneira objetiva – sem vieses ou parcialidades – o 
conhecimento científico a respeito da realidade internacional. 
 
B A noção de “problematização” pressupõe a descoberta dos principais problemas internacionais, a fim de buscar, reflexivamente, uma solução para 
estes problemas. 
 
C A noção de “problematização” pressupõe o questionamento daquilo que os atores internacionais consideram como “problemas”, sem que tal 
questionamento precise necessariamente ser feito a respeito dos problemas de pesquisa escolhidos pelos analistas. 
 
D A noção de “problematização” pressupõe a retomada dos pressupostos positivistas abandonados pelo pós-estruturalismo, como as noções de 
“verdade”, “fato” e “evidência”. 
 
E A noção de “problematização” pressupõe a reflexão crítica acerca de como um determinado conjunto de temáticas (científicas, sociais ou políticas) 
passa a se configurar como um “problema”, quer dizer, como um enunciado sobre a realidade a respeito do qual é preciso refletir e buscar “soluções”. 
Você assinalou essa alternativa (E) 
Você acertou! 
A noção de “problematização” pressupõe a reflexão crítica acerca de como um determinado conjunto de temáticas (científicas, sociais ou políticas) passa a se 
configurar como um “problema”, quer dizer, como um enunciado sobre a realidade a respeito do qual é preciso refletir e buscar “soluções”. Assim, “ao invés de 
começar com uma pergunta de pesquisa que identifica os significados dos conceitos e explora as relações entre eles, [...] uma abordagem partindo da 
problematização reflete sobre por que problemas particulares emergiram em determinados momentos históricos” (MHURCHÚ, 2016, p. 107). Problematizar 
aquilo que em geral permanece como um pressuposto indiscutido leva, em Relações Internacionais, a um ganho de reflexividade por parte do analista, que 
passa a colocar sob o crivo da crítica os próprios instrumentos teóricos da pesquisa: os conceitos (soberania, anarquia, Estado), pressupostos teóricos (o 
Estado como unidade de análise da realidade internacional) e técnicos (a quantificação do poderio militar, por exemplo). Esse tipo de indagação reflexiva 
também permite retomar “soluções” e cursos de ação alternativos, muitas vezes bloqueados ou invisibilizados pela linguagem corrente (PEREIRA; BLANCO, 
2021). 
Referência: Elaborado com base em: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 1 – Material para a Impressão. Tema 
3: “Contribuições do Pós-Estruturalismo às Relações Internacionais: a relação entre poder e conhecimento e a crítica ao sujeito cartesiano”. 
 
Questão 6/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
- Leia o texto abaixo: 
 
“Como foi possível observar no decorrer das aulas da disciplina de Teorias Contemporâneas 
das Relações Internacionais, entre as estratégias metodológicas pós-estruturalistas, 
destacam-se as estratégias textuais propostas por Derrida, notadamente a “desconstrução” 
e a “leitura dupla””. 
 
Fonte: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 
1 – Material para a Impressão. Tema 5: “Metodologias Pós-Estruturalistas para as Relações 
Internacionais”. 
O texto citado acima apresenta como a desconstrução é utilizada por autores da 
vertente pós-estruturalista para explicar as complexas relações entre poder e 
conhecimento na área. Considerando esse aspecto, bem como os conteúdos 
discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais, 
assinale a alternativa que explica, corretamente, a importância da técnica de análise 
da desconstrução: 
Nota: 10.0 
 
A A desconstrução é uma técnica de análise que permite ao pesquisadorultrapassar os argumentos explícitos em um texto, levando à compreensão 
da estrutura dicotômica sobre a qual tais argumentos se sustentam e, por consequência, desestabilizando oposições conceituais que são tidas 
como estáveis 
Você assinalou essa alternativa (A) 
Você acertou! 
A desconstrução é uma técnica de análise que permite ao pesquisador ultrapassar os argumentos explícitos em um texto, levando à compreensão da estrutura 
dicotômica sobre a qual tais argumentos se sustentam e, por consequência, desestabilizando oposições conceituais que são tidas como estáveis Isso fica mais 
claro quando pensamos que a técnica analítica da desconstrução foi inicialmente elaborada por Derrida como parte de sua crítica ao modo como o pensamento 
ocidental contemporâneo, sobretudo ocidental, opera a partir da construção de dicotomias – de pares de opostos. Para Derrida, no entanto, as oposições de 
termos e conceitos nunca são neutras. Ao contrário, elas são sempre hierárquicas. Por conseguinte, é possível observar que um dos dois termos da oposição é 
privilegiado sobre o outro. Esse termo privilegiado supostamente conota uma presença, propriedade, plenitude, pureza ou identidade que falta ao outro (por 
exemplo, soberania em oposição à anarquia). Tendo isso em conta, a desconstrução, enquanto critica, é essencialmente "um modo geral de desestabilizar 
conceitos e oposições conceituais que são de outra forma tidos como estáveis" (Devetak, 1995, p. 41). Logo, o ponto central da desconstrução, é “demonstrar 
os efeitos e os custos produzidos por conceitos e oposições estabelecidos, [e] desvelar a relação parasitária entre termos opostos e tentar um deslocamento 
deles" (Devetak, 2005, p. 168). 
 
Referência: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 1 – Material para a Impressão. Tema 5: “Metodologias Pós-
Estruturalistas para as Relações Internacionais”. 
 
B A desconstrução é uma técnica de análise que possibilita a consideração da qualidade da redação de um texto teórico para a sua consolidação 
como um paradigma importante em uma área do campo científico, levando à observação sobre como o estilo impacta na aceitação da teoria. 
 
C A desconstrução é uma técnica de análise que permite explorar a relação existente entre o contexto de formulação de uma teoria e os seus 
pressupostos, promovendo uma análise empirista sobre os fenômenos relacionados ao mundo social, econômico e político. 
 
D A desconstrução é uma técnica de análise que possibilita a compreensão dos fenômenos sociais a partir da consideração de elementos estéticos e 
semióticos, permitindo que os pesquisadores reforcem as técnicas positivistas com novos elementos de análise. 
 
E A desconstrução é uma técnica de análise que permite a descrição de processos históricos complexos e lentos, uma vez que insere a etnografia e 
a história oral como métodos de coleta e tratamento de dados nas teorias Ciências Sociais. 
 
Questão 7/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
-Leia o texto abaixo: 
“A abordagem crítica associada a Robert Cox é bastante influenciada pela obra de Gramsci, 
sendo por isso conhecida como uma vertente neogramsciana da teoria crítica (PEREIRA, 
2016, p. 135). Ela se assenta em conceitos importantes do autor italiano – como bloco 
histórico e hegemonia –, mas repensados para a utilização nas Relações Internacionais.” 
Fonte: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 3 
– Material para a Impressão. Tema 3: “Robert Cox” 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas 
das Relações Internacionais, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a 
diferença entre a maneira como Robert Cox, de um lado, e a tradição realista, de outro, 
conceituam o Estado: 
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão 
 
A Ao contrário da tradição realista, Cox considera que os Estados devem ser analisados apenas a partir da forma de suas instituições, já que as 
capacidades materiais e as ideias possuem pouco impacto na maneira como se comportam. 
 
B Ao contrário da tradição realista, Cox enxerga os Estados como atores que respondem racionalmente a um sistema internacional dominado pelo 
princípio da “anarquia”. 
 
C Ao contrário da tradição realista, Cox considera que os Estados podem ser resumidos à dimensão de suas capacidades materiais, bélicas e 
econômicas. 
Você assinalou essa alternativa (C) 
 
D Ao contrário da tradição realista, Cox considera os Estados como possuidores de uma dinâmica conflituosa interna, responsável pelas mudanças na 
forma que estes se apresentam ao longo do tempo. 
Cox compreende a ordem mundial como uma “estrutura histórica”, quer dizer, como um conjunto de relações, entre atores internacionais, que muda ao longo do 
tempo. A mudança na ordem mundial é dependente de transformações na natureza dos Estados que a compõem, bem como de processos socioeconômicos que 
transcendem as fronteiras nacionais (tal como a internacionalização da produção capitalista). De acordo com Cox, a mudança nas formas de Estado – como a 
passagem de um Estado de bem-estar social a um Estado liberal – deriva dos arranjos dinâmicos por meio dos quais Estado e sociedade civil se articulam: 
alterações na estrutura de classe e nos processos produtivos funcionam como motores de transformações no plano das ideias e das instituições políticas, gerando 
efeitos sobre a forma do Estado. Vê-se, assim, que essa abordagem não considera, ao contrário da tradição realista, os Estados como entidades monolíticas e 
estáticas: eles possuem uma dinâmica conflituosa interna e mudam ao longo do tempo (PEREIRA, BLACNO, 2021). 
Referência: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 3 – Material para a Impressão. Tema 2: “Robert Cox”. 
 
E Ao contrário da tradição realista, Cox considera os Estados como entidades estáticas e monolíticas, dado o fato de que estes se comportam sempre 
de acordo com um princípio de sobrevivência e autointeresse. 
 
Questão 8/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
-Leia o texto abaixo: 
“O construtivismo tem, desde o seu aparecimento na área [de Relações Internacionais], 
contribuído para uma série de inovações em matéria de argumentos metateóricos, conceitos, 
modelos analíticos, hipóteses de trabalho e métodos (ADLER, 1999). Várias agendas de 
pesquisa foram ou criadas por essa abordagem ou fortemente transformadas por ela. De 
maneira geral, o construtivismo tem se mostrado extremamente útil para a análise de 
processos de mudança nas relações internacionais”. 
Fonte: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 2 
– Material para a Impressão. Tema 5: “Estudos empíricos de orientação construtivista”. 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas 
das Relações Internacionais, assinale a alternativa que indica, corretamente, exemplos 
de agendas de pesquisa ou abordagens que foram criadas ou fortemente influenciadas 
pela teoria construtivista: 
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão 
 
A Teoria da securitização e abordagem das comunidades epistêmicas. 
Agendas de pesquisa inteiras, como a das “comunidades epistêmicas” – redes de especialistas dotados de autoridade sobre um domínio particular de políticas 
(energéticas, ambientais etc.) e imbuídos de crenças normativas comuns – dificilmente poderiam ser executadas fora das perspectivas construtivistas. Tais 
pesquisas têm colaborado no entendimento de como os conhecimentos produzidos por comunidades de especialistas afetam processos de construção política 
de leis e instituições. A “teoria da securitização”, desenvolvida pela chamada Escola de Copenhague, é mais um exemplo de aplicação da abordagem 
construtivista, desta vez à área de segurança internacional. A Escola, em particular por meio de autores como Barry Buzan e Ole Waever, foi responsável por 
redefinir o conceito de “segurança”,passando a incorporar ameaças de cunho social, econômico e ambiental aos Estados (PEREIRA; BLANCO, 2021). Essa 
redefinição ocorreu com base nos autores construtivistas ligados à “virada linguística”, Kratochwill e Onuf, mostrando como a noção de “ameaça” (à segurança 
dos atores) é socialmente construída. 
Referência: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 2 – Material para a Impressão. Tema 5: “Estudos empíricos de 
orientação construtivista”. 
 
B Teoria da securitização e neorrealismo estruturalista. 
 
C Abordagem das comunidades epistêmicas e neorrealismo estruturalista. 
 
D Teoria da securitização e teoria neoliberal. 
Você assinalou essa alternativa (D) 
 
E Teoria da interdependência complexa e neorrealismo estruturalista. 
 
Questão 9/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
- Leia o trecho a seguir: 
 
“Andrew Linklater preocupa-se com a possibilidade de formação de uma comunidade global 
regida por uma ética cosmopolita. O “cosmopolitismo” designa a defesa filosófica de uma 
cidadania ligada ao pertencimento à espécie humana, e não mais baseada no 
pertencimento a um Estado nacional”. 
 
Fonte: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 
3 – Material para a Impressão. Tema 4: “Andrew Linklater”. 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas 
das Relações Internacionais e a importância da obra de Andrew Linklater para a 
Teoria Crítica, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, como a ideia de 
cosmopolitismo é incorporada por este autor para analisar as relações internacionais: 
Nota: 10.0 
 
A Linklater aprofunda a defesa da construção de comunidades políticas nacionais fortes e coesas, de modo que seja possível lidar de forma mais 
efetiva com os problemas compartilhados pelos indivíduos que compõem estas comunidades. 
 
B Linklater questiona a tradicional separação entre as esferas da política doméstica e internacional, enfatizando que esta divisão teórica pode 
dificultar a gestão de problemas globais urgentes, como a atual crise ambiental/climática. 
Você assinalou essa alternativa (B) 
Você acertou! 
A partir da teoria do cosmopolitismo, Linklater problematiza a tradicional separação, no seio da disciplina de Relações Internacionais, entre duas esferas de 
análise: a política doméstica e a política internacional. Tal separação teórica acarreta, segundo o autor, consequências práticas importantes, sobretudo em 
relação à garantia dos direitos humanos e à gestão de problemas globais urgentes, como as crises ambiental e migratória. Atingindo a totalidade da espécie 
humana, esses problemas não podem ser satisfatoriamente enfrentados por uma institucionalidade internacional baseada em Estados e organizações 
intergovernamentais, demandando, ao contrário, a constituição de uma autêntica comunidade mundial capaz de exercer uma governança humana dos riscos 
globais. A premissa, aqui, é de que a crescente interconexão política, econômica e ambiental entre os Estados produz efeitos que podem afetar potencialmente 
a toda a humanidade, sendo, portanto, imprescindível que se pense em uma nova institucionalidade internacional em que os cidadãos de todos os países 
tenham o direito de influenciar os processos decisórios que afetam suas vidas. A fim de investigar a possibilidade de constituição de uma tal comunidade global 
de cidadãos, Linklater salienta a importância de que as Relações Internacionais se unam a outras disciplinas, como a História e a Sociologia Política, com o 
objetivo de analisar como diferentes sistemas de Estados puderam constituir “convenções cosmopolitas de dano”, capazes de proteger pessoas de maneira 
universalista, não importando diferenças de nacionalidade, religião, língua ou etnia. 
 
Referência: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 3 – Material para a Impressão. Tema 4: “Andrew Linklater”. 
 
C Linklater concede destaque, com a sua teoria, à visão jurídica/normativa de que os Estados Nacionais precisam ser fortalecidos frente ao processo 
de globalização, podendo assim proteger os seus cidadãos de ameaças externas. 
 
D Linklater defende a construção de uma identidade cultural global cuja base seriam os valores civilizacionais europeus, possibilitando a erradicação 
das diferenças socioculturais existentes na política internacional. 
 
E Linklater traz uma reflexão sobre a importância da formação de comunidades imaginadas regionais, de modo que as relações de vizinhança sirvam 
de base para a construção de um mundo mais pacífico e justo. 
 
Questão 10/10 - Teorias Contemporâneas das Relações Internacionais 
- Leio o texto a seguir: 
“O pós-estruturalismo em Relações Internacionais inspirou-se fortemente em discussões 
oriundas de disciplinas vizinhas, como a Sociologia, a Linguística e a Filosofia. Têm destaque 
aqui, como fonte teórica dessa abordagem, sobretudo o pensamento filosófico francês que 
emergiu a partir dos anos 1960, com jovens filósofos como Michel Foucault, Jacques Derrida, 
Gilles Deleuze, Jean Baudrillard, Jean-Luc Nancy, Paul Virilio, entre outros – eles próprios 
rotulados sob o título de ‘pós-estruturalistas’”. 
Elaborado com base em: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de 
Aprendizagem da aula 1 – Material para a Impressão. Tema 1: “Fontes teóricas do pós-
estruturalismo”. 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Teorias Contemporâneas 
das Relações Internacionais e a importância do pensamento filosófico francês para a 
constituição do pós-estruturalismo em Relações Internacionais, assinale a alternativa 
que apresenta, corretamente, as principais características desse pensamento: 
Nota: 0.0Você não pontuou essa questão 
 
A O apego aos métodos positivistas de pesquisa, como a observação e a experimentação, vistos como vias para a construção de um conhecimento 
objetivo a respeito dos mundos natural e social. 
Você assinalou essa alternativa (A) 
 
B A defesa das chamadas “grandes narrativas”, ou seja, dos discursos que se pretendem explicativos do mundo (natural ou social), como é o caso 
do discurso científico. 
 
C O ceticismo perante o discurso científico e os pressupostos positivistas então hegemônicos na Filosofia e nas ciências humanas. 
Autores como Michel Foucault, Jacques Derrida, Gilles Deleuze, Jean Baudrillard, Jean-Luc Nancy, Paul Virilio, entre outros, ainda que muito diferentes entre si, 
exibiam em comum um grande ceticismo em relação às chamadas “grandes narrativas”, quer dizer, aos discursos que se pretendem explicativos do mundo 
(natural ou social), como é o caso do discurso científico (EDKINS, 2007). Tal ceticismo estendia-se também a alguns dos pilares do pensamento ocidental, como 
as noções de “verdade”, “fato” e “evidência” ou mesmo ao argumento de que seria possível chegar a uma descrição “objetiva” (quer dizer, não influenciada por 
interpretações parciais e vieses) a respeito do funcionamento da realidade. 
Em resumo, o que tais autores e autoras questionavam eram os pressupostos positivistas então hegemônicos na Filosofia e nas ciências humanas em geral. 
Referências: Teoria Contemporânea das Relações Internacionais. Rota de Aprendizagem da aula 1 – Material para a Impressão. Tema 1: “Pós-estruturalismo”. 
 
D A argumentação de que não há diferença importante entre a metodologia das ciências naturais e as das ciências humanas, sendo possível 
produzir noções objetivas, como as de “verdade” e de “fato”. 
 
E A defesa de que, por meio do discurso científico, é possível chegar a descrições objetivas a respeito do mundo, sem a interferência de vieses e 
parcialidades.

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