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5 2 Fundamentos recepção de bola, drible, passes, arremessos, fintas, giros, mudança de direção

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METODOLOGIA DO 
BASQUETEBOL
Mariluce Ferreira Romão
Fundamentos: recepção 
de bola, drible, passe, 
arremesso, finta, giro, 
mudança de direção
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os fundamentos do basquete e seus elementos constitutivos.
 � Reconhecer a importância dos fundamentos básicos do basquete, 
não somente para o jogo, mas, também, para a integração social, 
cultural e esportiva.
 � Desenvolver aspectos psicomotores concomitantemente ao apren-
dizado dos fundamentos do basquete.
Introdução
O basquete é caraterizado por variações entre elementos técnicos e 
táticos, além de diversas associações morfológicas, funcionais e motoras, 
em consequência das relações entre habilidades e estratégias mentais. 
Não obstante, correlaciona, ainda, fatores referentes à alimentação, tem-
peratura, diversificação de ambientes e a condições socioeconômicas.
Trata-se de uma modalidade com exigências capazes de ocasionar 
adaptações com influência direta no desenvolvimento multifacetado 
das pessoas, em diferentes dimensões e níveis. Assim, ela permite o 
desenvolvimento integral do indivíduo (WEINECK, 2000; BALBINO, 2001; 
OLIVEIRA, 2007).
Neste capítulo, você identificará os fundamentos do basquete e seus 
elementos constitutivos, sua importância para integração social, cultural 
e esportiva, bem como desenvolverá aspectos psicomotores, concomi-
tantemente a esse aprendizado.
Fundamentos do basquete e seus elementos 
constitutivos
O basquete é constituído por duas equipes, com 5 jogadores em cada uma. 
O objetivo do jogo é arremessar a bola dentro da cesta da equipe oponente 
e não permitir que os adversários detenham a posse e o controle de bola ou 
marquem pontos. A cesta que sofre o ataque de uma equipe é a do adversário, 
bem como a defendida por uma equipe é a própria cesta. A bola pode ser ar-
remessada, passada “tapeada”, rolada ou driblada em qualquer direção, desde 
que as regras sejam respeitadas. Em relação à pontuação, vence a equipe que 
marcar mais pontos ao final do quarto período do jogo, ou ao final do tempo 
extra, se houver (MELHEM, 2004).
Os fundamentos básicos do basquete incluem (FERREIRA; DE ROSE 
JUNIOR, 2010):
 � controle de corpo;
 � manejo de bola;
 � drible;
 � passe;
 � arremesso;
 � posição básica de defesa;
 � deslocamento — rebote e exercícios sincronizados. 
A Figura 1 ilustra esses fundamentos, que também são discorridos a seguir. 
O controle de corpo representa o domínio da execução de gestos específicos 
no basquete. Trata-se de corridas para frente, para trás e em sentido lateral; 
corridas com mudanças de direção; ações que requerem técnicas específicas 
nas suas execuções, como fintas (tentativa de enganar o defensor), giros (mo-
vimento feito com as pernas, para ficar livre do defensor), paradas bruscas 
(interrompe o deslocamento do atacante, dificultando a defesa); saídas rápidas 
e saltos com impulso de uma ou ambas as pernas. 
O manejo de bola está relacionado com todos os fundamentos que exigem 
o seu manuseio. Trata-se de melhorar a habilidade do aluno/jogador com a bola, 
nas várias situações do jogo, tanto na forma de segurar quanto de recepção.
O drible representa um fundamento de ataque com a bola e a maneira de 
deslocamento do aluno/jogador com a posse de bola, sem cometer infrações. 
Trata-se de movimentos coordenados entre membros superiores, inferiores e 
tronco, com o olhar mantido para frente, e não na bola.
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção2
Figura 1. Fundamentos do basquete: A) recepção de bola; B) drible; C) passe; D) 
arremesso; E) finta; F) giro; G) mudança de direção.
Fonte: vladmark/Shutterstock.com.
E F
G
C A
D B
O passe é um fundamento de ataque com a bola, configurando em formas de 
deslocá-la de um lado para o outro da quadra, sem cometer infrações. Trata-se 
de lançamentos entre os alunos/jogadores da mesma equipe, com vistas a um 
melhor posicionamento na quadra, facilitando a cesta. Os passes podem ser 
executados com uma mão (picado, à altura do ombro, por baixo e tipo gancho) 
e com ambas as mãos (à altura do tórax, picado, acima da cabeça e por baixo).
O arremesso é um fundamento de ataque com a bola, com objetivo de 
fazer a cesta. Depende da posição do aluno/jogador na quadra, oponente mais 
próximo e da sua velocidade no deslocamento. Os arremessos mais utilizados 
são: a bandeja (arremesso próximo à cesta, com ou sem posse de bola), o 
arremesso com uma das mãos (arremesso é finalizado com forte impulsão da 
bola com o punho, de cima para baixo e para o lado), jump (difere do arremesso 
com uma das mãos, porque, ao final, a impulsão da bola acontece com as duas 
3Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção
mãos, no ponto mais alto do salto) e o gancho (arremesso com a mão direita 
acima e atrás da cabeça).
A posição básica de defesa é aquela na qual o aluno/jogador estará pre-
parado para deslocamentos rápidos em várias direções, dificultando o drible, 
o passe ou arremesso, como também posicionado para o rebote. Essa posição 
muda de acordo, por exemplo, com posição defensiva em função do atacante 
driblando ou em posição de arremesso.
O deslocamento da posição básica de defesa pode ser realizado em sentido 
lateral, para frente e para trás.
O rebote é o ato de recuperação da posse de bola, após o arremesso não 
convertido.
Os exercícios sincronizados reúnem fundamentos individuais de defesa 
e ataque, em situações reais de jogo. 
O Quadro 1, a seguir, traz exemplos de exercícios para desenvolver cada 
um dos fundamentos anteriormente caracterizados.
Fundamentos Exercícios
Controle 
de corpo
 � Os alunos são dispostos livremente pela quadra, 
correndo à vontade e procurando desviar um do outro. 
Ao sinal do professor, eles devem tocar, com as mãos, 
o máximo de linhas possíveis dentro da quadra. A um 
novo sinal, voltam a correr normalmente.
Manejo de bola � Os alunos devem segurar a bola, sentindo seu peso e 
tamanho; rolar, quicar e lançá-la em diversas direções e 
alturas; tocá-la constantemente sem deixar que ela fuja 
do seu controle.
Drible � Grupos de 4 a 5 alunos são dispostos à vontade pela 
quadra, com uma ou duas bolas para cada. Parados, os 
alunos devem driblar de modo que a bola não ultrapasse 
a linha da cintura e trocar ao sinal do professor.
Passe � De acordo com o número de bolas, são formados 
pequenos grupos, cada um com uma bola. Eles devem 
executar os passes entre os companheiros do grupo, 
procurando corrigir posicionamento de braços e pernas. 
Os tipos de passes são variados.
Quadro 1. Exercícios propostos para os fundamentos do basquete
(Continua)
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção4
Fonte: Adaptado de Ferreira e De Rose Junior (2010).
Quadro 1. Exercícios propostos para os fundamentos do basquete
Fundamentos Exercícios
Arremesso � Duplas de alunos são dispostas frente a frente, cada uma 
com uma bola. Um deles segura a bola na posição de 
arremesso, colocando a mão de apoio atrás do corpo, e 
realiza o movimento do arremesso, lançando a bola para 
o outro. Repete-se esse procedimento.
Posição básica 
de defesa
 � Os alunos são dispostos à vontade pela quadra, devem 
tomar a posição defensiva, procurando analisá-la e 
corrigir possíveis erros.
Posição básica 
de defesa com 
Deslocamento
 � Os alunos dispostos correndo à vontade pela quadra 
e, ao sinal, devem tomar a posição defensiva sem se 
desequilibrar.
Rebote � Duplas de alunos são colocadas frente a frente, a uma 
distância aproximada de 3 metros, cada uma com 
uma bola. O aluno com bola deve lançá-la para seu 
companheiro a uma altura aproximada de 3 ou 4 metros. 
O aluno que recebe salta para recuperá-la no ponto mais 
alto, sem deixar que ela toque o solo.
Exercícios 
sincronizados
 � São colocados uma coluna com bola em uma das laterais 
da quadra, umaluno de frente para a cesta e um aluno 
na lateral oposta da coluna. 1 passa a 2, seguindo para 
esta posição; 2 passa a 3; segundo para esta posição; 3 
arremessa (qualquer tipo de arremesso), pega o rebote, e 
vai para a coluna 1.
(Continuação)
Saiba mais sobre os fundamentos, seus subtipos e suas descrições técnicas, na obra 
Basquetebol: técnicas e táticas: uma abordagem didático-pedagógica, de Aluisio E. X. Fer-
reira e Dante R. Junior, que teve a segunda edição publicada em 2010 pela editora EPU.
5Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção
Basquete como integração social, cultural e 
esportiva
Tendo em vista o progresso das teorias que envolvem discussões sobre o pro-
cesso de ensino-aprendizagem esportiva com crianças, não obstante a outras 
faixas etárias, a pedagogia deve ir além da abordagem de fundamentos técnicos 
e sistemas táticos. Ensinar de forma “mecanizada”, com ênfase somente em 
gestos técnicos do basquete, por exemplo, significa simplesmente repetir o que 
já foi feito. A atualidade pressupõe novas formas de “pedagogizar” o esporte, 
impulsionando os avanços da Educação Física, como área de conhecimento.
Pedagogizar significa o “efeito prático de emprestar um caráter de ensino a determi-
nada ciência, ato ou conceito, no sentido de torná-lo uma ferramenta passível de uso 
transformador, de uma dada realidade". 
Fonte: Pedagogizar (2012, documento on-line).
A iniciação no basquete, em uma perspectiva mais ampla, deve considerar 
uma proposta pedagógica que destaque, como aspectos essenciais para sua base:
1. a diversidade;
2. a inclusão;
3. a cooperação;
4. a autonomia.
Quanto à diversidade, há controvérsias e críticas quando o assunto 
direciona à especialização precoce, à qual, no Brasil, muitas crianças são 
submetidas — segundo relatos — por técnicos, pais e dirigentes esportivos. 
O foco, nesse contexto, está, sobretudo, nas competições exacerbadas. Em 
contrapartida, a proposta que envolve a pluralidade de gestos na iniciação do 
basquete oferece benefícios, tanto na aquisição de habilidades motoras quanto 
na ampliação da percepção e elaboração das respostas aos problemas expostos. 
Assim, o aluno/jogador passa a encontrar, na modalidade, um facilitador no 
processo de crescimento e desenvolvimento, enfim, no processo educativo.
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção6
Quanto à inclusão, trata-se de uma consideração essencial e primordial em 
qualquer modalidade. Oferecer acesso ao basquete de forma excludente seria 
um retrocesso. Portanto, é necessário adaptar as aulas e/ou treinamentos, para 
que visem a intervir individualmente, destacando a competência profissional 
do professor/técnico. Isso significa promover alterações que favoreçam a inte-
gração social e que não considerem estereótipos — como, para jogar basquete 
é preciso ser “alto”, limitando a prática da modalidade pelo tipo físico.
Quanto à cooperação, o basquete se constitui de um ambiente propício que 
permite compreender o significado de cooperar. Partindo desse pressuposto, 
considera-se um princípio essencial no processo educativo.
Quanto à autonomia, é preciso que professor/técnico tenha consciência de que 
sua responsabilidade não está restrita somente ao treinamento esportivo. Trata-se 
de ir além de identificar o atleta e tornar possível desde a iniciação à autonomia nas 
ações, tendo em vista a aprendizagem e a forma de convívio com a modalidade.
Vale ressaltar que a pedagogia sugerida é centrada em quem aprende, e 
não, necessariamente, nos gestos específicos da modalidade. Dessa forma, 
os fundamentos do basquete podem facilitar o desenvolvimento integral de 
quem aprende. 
Integração dos cinco aspectos da prática pedagógica
Partindo desse pressuposto, criou-se um modelo considerando os cinco as-
pectos dessa prática pedagógica, na faixa etária até 12 anos, demonstrados 
na Figura 2, a seguir.
Figura 2. Os cinco aspectos da prática pedagógica.
Fonte: De Rose Junior e Tricoli (2005, p. 20).
7Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção
O movimento humano considera tanto as capacidades físicas quanto as 
habilidades motoras básicas e específicas. Portanto, em relação às capaci-
dades físicas, bem como o ambiente e a faixa etária dos alunos até 12 anos, 
por exemplo, diversas vivências motoras, como coordenação, resistência, 
velocidade, força e flexibilidade, devem ser sugeridas, ainda que não sejam 
o principal objetivo. Quanto às habilidades, considera-se situações básicas 
e específicas. Na área básica, é preciso conhecer, fundamentalmente, o que 
é esperado na aquisição de habilidades motoras — andar, correr, saltar e 
lançar são consideradas ações essenciais. Especificamente, os fundamentos 
do basquete devem compor o processo de aprendizagem como um aspecto 
indiscutivelmente intrínseco (DE ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005).
As inteligências múltiplas fazem referência à valorização do indivíduo em 
suas diversas dimensões, tendo em vista seus potenciais e suas habilidades na 
resolução de problemas. Trata-se de estimular várias formas de estabelecer 
relações entre o indivíduo e o ambiente na prática do basquete. Dessa forma, 
pluraliza-se a abordagem das habilidades, envolvendo competências, em 
especial as que constam na cultura do basquete, desde o próprio jogo até as 
inter-relações externas com os pais, técnicos, professores, companheiros, e 
dirigentes, que, por sua vez, também interagem com os jogadores (BALBINO, 
2001). 
Em geral, nesse contexto, são consideradas, de forma destacada no basquete, 
as teorias (DE ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005): 
 � corporal–cinestésica (controle do corpo);
 � verbal–linguística (uso de linguagem como meio de comunicação);
 � lógico–matemática (capacidade de analisar problemas com pensamento 
lógico);
 � espacial (capacidade de orientação em qualquer espaço);
 � musical (apreciação de padrões musicais);
 � intrapessoal (capacidade de autoconhecimento);
 � interpessoal (capacidade de entender outras pessoas);
 � naturalista (conhecimento do mundo vivo).
O Quadro 2, a seguir, mostra exemplos dessas teorias relacionadas às 
inteligências múltiplas aplicadas ao jogo de basquete.
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção8
Fonte: Adaptado de De Rose Junior e Tricoli (2005).
Exemplos das teorias relacionadas às inteligências múltiplas
Corporal-cinestésica
Executar movimentos no jogo e resolver problemas, por meio 
de habilidades específicas, como arremessos, passes, dribles ou 
combinação desses movimentos em várias situações de jogo.
Verbal-linguística
Interpretar de forma correta as instruções do professor/técnico com 
eficiência, comunicando-se de forma satisfatória com os companheiros, 
sobretudo quando transmite informações, bem como usar a linguagem 
para explicar as próprias ações, como em movimentos táticos. 
Lógico-matemática
Ter noções familiares de tempo de jogo, conforme as regras da modalidade, 
tendo em vista todas as situações que requerem a cronometragem.
Espacial
Dominar situações de sistemas táticos e suas possibilidades de 
variação, envolvendo orientação técnica e estratégias treinadas. 
Musical
Ter cadência variada na execução dos fundamentos, como no drible 
ou em “condução do ritmo de jogo por determinado jogador”.
Intrapessoal
Saber lidar com frustrações e vitórias, com controle emocional, inclusive 
sob pressão psicológica, como em um lance livre, e motivação pessoal.
Interpessoal
Ter boa relação com os companheiros de equipe, 
exercendo uma liderança positiva.
Naturalista
Ter conhecimento e interesse sobre o efeito do exercício no 
corpo, bem como as demandas funcional e energética. 
Quadro 2. Teorias de inteligência múltipla aplicadas ao basquete
9Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção
Os aspectos psicológicos envolvem a autoestima e a liderança. Considera-seprimordial promover o conhecimento da identidade própria e sua percepção, 
com vistas ao estímulo do desenvolvimento interno dos indivíduos. Dessa 
forma, torna-se relevante destacar as características ambientais das equipes, 
que, por sua vez, nutrem a autoestima do aprendiz no jogo, como também o 
desenvolvimento da essência de liderança, com enfoque nos bons resultados 
da equipe e respeito e reconhecimento das qualidades individuais de cada 
componente do grupo. A aprendizagem do esporte em ambiente afetivo e 
acolhedor, com atitudes democráticas e prioridade à dignidade humana, pos-
sibilita promover a diversidade cultural, de maneira que os indivíduos sejam 
bem-vindos e aceitos:
Particularmente, a autoestima é importante, porque os indivíduos passam a crer 
no seu próprio potencial. As características apontam para o reconhecimento de 
que todos podem aprender do propósito comum de tornar a aprendizagem do 
basquetebol positiva, importante e significativa. Dessa maneira, os indivíduos 
formam grupos indiscriminadamente, e existe a transferência para o aspecto 
social do que se aprende, ao valorizar a atuação do cidadão, e não somente 
do futuro atleta. Para isso, a atuação do agente pedagógico deve ser regida, 
pela valorização do ser humano em todo momento, validando os acertos, e 
dando novos significados aos resultados indesejados (DE ROSE JUNIOR; 
TRICOLI, 2005, p. 23).
Na visão pedagógico-psicológica, os seguintes procedimentos são destacados (DE 
ROSE JUNIOR; TRICOLI, 2005). 
 � Reportar-se aos alunos, reconhecendo o esforço de cada um na realização da prática. 
 � Estimular a participação ativa e autônoma do aprendiz na elaboração das práticas 
e a formação do ambiente físico de aprendizagem. 
 � Valorizar o empenho dos indivíduos em realizar as tarefas propostas.
 � Ressignificar as falhas no desempenho esportivo, destacando a importância de 
saber lidar com as frustrações na formação esportiva, e, portanto, aprender com 
os erros sem somatizar.
 � Validar a participação do aprendiz particularmente, com elogios verdadeiros e 
coerentes com as atividades executadas. 
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção10
Os princípios filosóficos atuais sugerem uma prática esportiva — por 
exemplo, no basquete — centrada na natureza educacional, tanto no âmbito 
do próprio ensino ou externo a ele. Assim, na mesma proporção que a técnica 
é ensinada, bem como ações em grupo com foco nos sistemas táticos do jogo, 
o ambiente do processo de ensino-aprendizagem deve possibilitar transforma-
ções nos alunos. Desse modo, são agregados princípios de participação (jogar 
para aprender), cooperação (jogar “com”, e não “contra”), coeducação (aluno 
e professor jogam juntos) e convivência (jogar respeitando as diferenças).
A aprendizagem social no basquete envolve tanto o desenvolvimento das 
inteligências e capacidades físicas como, também, os aspectos psicológicos e 
filosóficos. Trata-se de um ponto fundamental na associação desses aspectos, 
promovendo novas relações interpessoais e reforço das já existentes (DE ROSE 
JUNIOR; TRICOLI, 2005).
Aspectos psicomotores desenvolvidos no 
basquete
A psicomotricidade corresponde a aspectos neurofisiológicos associados às 
concepções psicológicas e sociais capazes de intervir na integração, elaboração 
e realização do movimento humano. De acordo com Machado Filho (2014), 
trata-se de um exercício motor considerado no âmbito da atividade psíquica, 
que, por sua vez, se manifesta na execução motora.
Em relação aos aspectos formativos emocionais, tanto o ambiente quanto 
a educação favorecem a maturidade cognitiva. Entretanto, na escola, quando, 
por exemplo, um aluno chega com fome, sono ou desnutrido por situações 
pessoais, é comprometido, de forma severa, o desenvolvimento de novas 
habilidades (MEUR; STAES, 1991; MANNING, 2000).
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) da Educação 
Física (BRASIL, 1997), a psicomotricidade sinaliza o movimento mais ar-
ticulado, que surgiu na década de 70. Assim, a Educação Física se envolve 
com o desenvolvimento do indivíduo, entremeada aos processos cognitivos, 
afetivos e psicomotores. Isso significa buscar uma formação integral do aluno. 
Portanto, uma aula de Educação Física deve favorecer, além da aprendizagem 
do movimento propriamente dito, outras aprendizagens de ordem afetiva, 
social e cognitiva, por meio da prática de habilidades motoras.
11Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção
A educação psicomotora tem o seu foco na formação do educando, pelo 
seu próprio corpo em movimento, considerado em sua totalidade. Sobretudo, 
quando o aluno/jogador executa quaisquer atividades, considera-se a utilização 
“no todo”. Assim, a Educação física e a psicomotricidade complementam-se 
(MOLINARI; SENS, 2002).
A idade que coincide com a iniciação esportiva das crianças está relacionada 
às modificações corporais, nas quais se concentra a preocupação das repercussões 
impostas pelo esforço físico ocasionado. Em geral, na primeira fase da formação 
esportiva, são trabalhados movimentos básicos e essenciais, comuns a vários 
esportes, e logo progride para a segunda fase de especialização esportiva, com 
atividades específicas e enfoque técnico e tático (TEIXEIRA, 2011).
A primeira fase, em geral, engloba crianças entre 2 a 12 anos, com inúmeras 
variações, conforme o grau de desenvolvimento. Trata-se de um período no 
qual ocorre crescimento destacado no peso e na altura e nítida evolução na 
psicomotricidade, favorecendo a participação e progressão rápida em atividades 
como andar, correr e saltar. Assim, já é possível realizar alguns esportes que 
envolvem corridas, jogos motores de equipes, como gincanas, entre outros. 
O objetivo é sempre mantido na aprendizagem esportiva, tendo em vista 
fundamentos das várias modalidades, associando eficiência funcional do 
organismo, prazer e atividades que envolvam contato com a natureza, com o 
intuito de manter o equilíbrio orgânico e psíquico.
É importante, ainda, destacar que nem sempre a dificuldade da criança 
na realização de determinada ação indica que a atividade esteja acima do seu 
nível de desenvolvimento motor, e, sim, que pode haver problemas em relação 
à motivação na aprendizagem do esporte. Isso está, principalmente, associado 
à maneira que professor/técnico atua e na sua forma de estímulo à participação 
nas atividades propostas. Enfim, com um estímulo adequado, o esporte pode 
contribuir de forma significativa com o desenvolvimento tanto orgânico e 
funcional, quanto favorecer o desenvolvimento psicológico e intelectual da 
criança, promovendo melhores assimilações mentais e comunicativas. Nessa 
fase, devem ser propostos pequenos jogos motores, evitando competições 
esportivas (TEIXEIRA, 2011).
Na motricidade infantil, o objetivo está em apoiar de forma natural os fins 
da educação, como referenciais hierárquicos definidos, ou seja, desenvolver um 
indivíduo criativo, autônomo, livre e apto ao convívio social. Trata-se de uma 
oferta que propõe o desenvolvimento da criança, considerando os seguintes 
valores (MELHEM, 2004):
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção12
 � a realização pessoal e social pelo movimento;
 � criação de referências essenciais sobre seu próprio corpo;
 � responsabilidade sobre o desenvolvimento motor próprio;
 � promoção de bem-estar físico e mental.
Entre os objetivos específicos da motricidade infantil, destacam-se os 
seguintes (MELHEM, 2004).
 � Fisiologicamente, a solicitação do aparelho cardiorrespiratório, osteomio-
articular e o sistema neural, envolve atitudes posturais e psicomotoras.
 � O domínio do corpo durante o movimento requer conhecer o esquema 
corporal, a simetria e a lateralização; as percepções; as coordenações 
gerais e específicas; o equilíbrio; a estrutura espacial; e a cadência 
rítmica.
 � A integração com a equipe ocasiona situações formaise cooperação.
 � A linguagem corporal e a criatividade relacionam tanto a linguagem 
escrita quanto a fala, a matemática e as expressões plásticas.
 � As atividades de exploração, conservação e conquista da natureza 
incluem a consciência e o domínio corporal, inclusive em deslocamentos 
envolvendo manipulação de objetos, e exploração das alternativas de 
comunicação com o outro.
O Quadro 3, a seguir, traz exemplos práticos no basquete do desenvolvi-
mento dos aspectos psicomotores. 
Fundamentos Aspectos psicomotores desenvolvidos no basquete
Controle 
de corpo
 � Deslocamentos laterais, para frente e para trás.
 � Mudanças de direção.
 � Paradas bruscas, fintas e giros.
 � Variações de velocidades e saltos.
 � Aprimoramento do domínio corporal.
 � Reforço dos gestos técnicos: drible, lançamento, recepção 
e passe. 
Quadro 3. Aspectos psicomotores desenvolvidos no basquete
(Continua)
13Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção
Fonte: Adaptado de Oliveira (2002) e Coutinho (2007).
Quadro 3. Aspectos psicomotores desenvolvidos no basquete
Fundamentos Aspectos psicomotores desenvolvidos no basquete
Manejo 
de bola
 � Movimentar a bola em relação aos planos do corpo: rolar, 
tocar, driblar, segurar, lançar e trocar de mãos.
 � Dominar a bola, facilitando os demais fundamentos 
básicos.
 � Aprender a segurar a bola com as duas mãos, com o 
objetivo de passar, driblar ou arremessar à cesta.
Drible � Realizar o drible com as duas mãos, devido à necessidade 
em situações de jogo.
Passe � Coordenar passes mais longos.
 � Executar passes rápidos e precisos.
 � Fintar os passes.
 � Utilizar a visão periférica.
 � Deslocar-se após um passe.
 � Evitar passes cruzados.
Arremesso � Exigência do maior grau de precisão no jogo.
(Continuação)
No basquete, os movimentos podem ser agrupados como estabilizantes, 
de locomoção e de manipulação (GALLAHUE; OZMUM, 2005). 
Os movimentos estabilizantes envolvem equilíbrio, como nos giros, posi-
cionamentos de rebotes, saltos, aterrissagens, fintas, isto é, o controle corporal 
em geral, que representa uma habilidade motora, tanto no ataque quanto na 
defesa, bem como sinaliza que, em qualquer esporte, é essencial ter domínio 
corporal em jogo.
Os movimentos referentes à locomoção envolvem mudanças na posição 
corporal, considerando um ponto fixo, como ocorre nos deslocamentos de 
ataque e defesa e, em geral, em diversas movimentações na quadra, com ou 
sem a bola.
Já os movimentos manipulativos podem ser tanto rudimentares quanto 
refinados, como em recepções, passes, dribles, manejo da bola e alguns ar-
remessos, como nos lances-livres, etc. 
Ao passar pelo período inicial de formação no esporte, considera-se que 
a criança já esteja preparada para avançar à segunda fase: de especialização 
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção14
esportiva. Esse período de especialização inicia-se em torno de 12 a 14 anos, 
podendo ocorrer até antes, em casos de maior aptidão demonstrada na vivência 
esportiva e níveis de maturação biológica e psicológica compatíveis com a 
progressão (TEIXEIRA, 2011).
Na fase de especialização, ocorre aumento rápido do crescimento e da 
altura, acompanhados de mudança na força muscular e, ainda, de alterações 
nos padrões psicológicos, com aparecimento de conflitos emocionais que 
passam a exigir uma atenção especial na intervenção profissional. É preciso 
priorizar treinamentos que envolvam situações de autoconfiança, cooperação 
e sociabilidade, transformando o ambiente mais prazeroso e menos tenso. 
Vale ressaltar, ainda, que a criança com desenvolvimento orgânico adequado 
já detém capacidades motoras suficientes para a realização de vários gestos 
técnicos eficientes, como o arremesso tipo jump no basquete e a passagem de 
bastão no atletismo, entre outros. Portanto, executar o gesto técnico melhor 
ou pior dependerá do nível de especialização e da intensidade da carga de 
treinamento proposta à criança, que pode gerar danos no seu desenvolvimento 
geral (TEIXEIRA, 2011).
O treinamento esportivo proposto de forma precoce e intensa pode ocasionar per-
turbações no aparelho locomotor, devido à desproporção do crescimento ósseo e 
hipertrofia muscular, por exemplo. Podem surgir intercorrências psicossomáticas, 
dificultando a aprendizagem, bem como falhas na memorização, resultando em 
desinteresse geral por parte do aluno/jogador. Ainda pode ocasionar a conhecida 
"síndrome da saturação esportiva", descrita com manifestação de apatia, indiferença, 
aversão pela prática esportiva, ou, até mesmo, pelos fatos a ela relacionados exatamente 
no momento em que deveriam ser intensamente praticadas (TEIXEIRA, 2011).
Fases de aprendizagem motora adaptadas ao basquete
O basquete é um esporte que solicita dos seus adeptos um considerável nível 
de capacidades motoras, por exigir vários movimentos específicos da mo-
dalidade. Assim, são indicadas as seguintes fases de aprendizagem motora 
inerentes ao basquete, também apresentadas, respectivamente, nos Quadros 
4, 5 e 6 (COUTINHO, 2007).
15Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção
 � Fase de iniciação esportiva — coordenação rústica dos movimentos.
 � Fase de aperfeiçoamento — coordenação fina dos movimentos.
 � Fase de treinamento — estabilização dos movimentos.
Fonte: Adaptado de Coutinho (2007).
Características
 � Fase caracterizada pela execução de movimentos rústicos e grosseiros, que 
exigem grande demanda de energia, ocasiona prejuízo de qualidade por não 
haver, ainda, estabilidade entre excitação e inibição do córtex cerebral.
 � Nesse momento, os movimentos costumam ser pouco práticos, imprecisos, 
muito rápidos e com relaxamentos curtos, o que causa ações iniciais 
descoordenadas.
Observações
 � O professor/técnico de basquete deve oportunizar aos alunos/jogadores 
vivências que lhes permitam perceber o nível de dificuldade do esporte.
 � Na sequência, o professor/técnico deve esclarecer sobre as características e 
exigências da modalidade, destacando que ele será mais bem praticado se 
dividido em partes, para, então, retornar ao jogo propriamente dito.
Quadro 4. Fase de iniciação esportiva
Características
 � Fase caracterizada pelo desenvolvimento da forma grosseira já adquirida 
para a forma fina, depois de diversos treinamentos. Nesse momento, 
os movimentos se tornam mais harmoniosos, de maneira que as ações 
dispensáveis vão sendo substituídas de forma racional.
 � No cérebro, ocorrem processos de excitação e inibição, de forma 
relativamente autônoma, ocasionando movimentos mais coordenados e 
precisos. Entretanto, o tempo para esse avanço é indeterminado e, depende, 
ainda, da forma de correção do professor/técnico, do nível de qualidades 
básicas do aprendiz e de qualquer fator externo. 
Quadro 5. Fase de aperfeiçoamento
(Continua)
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção16
Fonte: Adaptado de Coutinho (2007).
Quadro 5. Fase de aperfeiçoamento
Observações
 � No basquete, o professor/técnico deve polir os fundamentos básicos, 
iniciando os seus alunos/jogadores nos sistemas táticos e ofensivos da 
modalidade.
 � Trata-se de uma fase indispensável e decisiva, tendo em vista a evolução 
técnica dos alunos.
(Continuação)
Fonte: Adaptado de Coutinho (2007).
Características
 � Nesta fase, as excitações/inibições do encéfalo já se concentram em locais 
específicos.
 � O melhoramento qualitativo das ações evolui para uma coordenação 
“finíssima”.
 � A ênfase está em destacar a fixação dos movimentos com estabilização, por 
meio da repetição.
 � Os movimentos automatizam e passam a ser realizados com perfeição, 
caracterizados por rapidez, segurança, precisão, “facilidade” e menor esforço, 
acompanhados de alegria pelo domínio nas ações.
Observações
No basquete, é nesta fase que os alunos/jogadores passam a ter 
condições de executar um trabalhomais específico, que também 
requer maior condicionamento físico. Também representa atuação 
mais competitiva por noções avançadas de esquemas táticos.
Quadro 6. Fase de treinamento
Levando-se em consideração os diversos aspectos envolvidos no processo 
de ensino-aprendizagem no basquete, organizado por idade, são apresentadas 
as seguintes características (GALATTI; PAES, 2007; GALATTI et al., 2012).
 � De 7 a 9 anos: período favorável aos estímulos visuais e auditivos, 
de ritmo e flexibilidade. A concentração em atividades específicas, 
nesta fase, é considerada baixa, sendo indicadas atividades lúdicas, 
17Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção
como facilitadores na manutenção da atenção, e níveis motivacionais. 
A prioridade está no trabalho global, em detrimento do específico. 
 � De 10 a 12 anos: o estímulo deve ser extremo, com diversificação de 
atividades e problemas motores, sinalizando o período ideal, tanto para 
a aprendizagem motora quanto para o desenvolvimento de coordenação, 
noção espacial, equilíbrio e velocidade. Trata-se de um bom momento 
para exploração das inteligências múltiplas (BALBINO, 2001; GARD-
NER, 2001) bem como de diversificar a oferta de estímulos sensoriais, 
cognitivos e psíquicos.
 � De 13 a 15 anos: início da atividade específica no basquete, associando 
o desenvolvimento motor à demanda tática da modalidade.
O desenvolvimento das habilidades motoras no basquete apresenta, diante 
do exposto, diferentes fases, capazes de estimular a aprendizagem de diversas 
variáveis técnicas do jogo. Trata-se de um desafio para o professor/técnico 
deter o conhecimento, a fim de consiga atingir os objetivos em cada etapa, 
desenvolvendo as competências e habilidades necessárias para liderar esse 
processo. 
A aprendizagem motora pode gerar grandes benefícios para o aluno/jogador 
que pratica o basquete, tendo em vista os níveis motor, cognitivo e afetivo. 
Em cada nível, são identificados capacidades e aspectos a serem explorados 
e aprimorados em prol do desenvolvimento favorável ao aprendiz. No nível 
motor, o aluno/jogado pode desenvolver velocidade, agilidade, força, equilíbrio, 
coordenação, flexibilidade e, ainda, a capacidade cardiorrespiratória (aeróbia 
e anaeróbia). No nível cognitivo, desenvolve-se a percepção espaço-temporal, 
a atenção, o raciocínio, além de aumentar os níveis de atenção e concentração. 
No nível afetivo, observa-se o favorecimento para a sociabilização, o espírito 
de luta, o controle da ansiedade e a autoestima (COUTINHO, 2007).
Das atividades incluídas no processo de ensino-aprendizagem do basquete, 
destaca-se o domínio do corpo em movimento, porque o aluno/jogador faz 
associações sobre o esquema corporal, a simetria e a lateralização, bem como 
refina a percepção, a coordenação geral e manual, o equilíbrio, a estruturação 
espacial e o sentido rítmico. Nesse contexto, é necessário propor situações 
interativas (em grupo), nas quais todos os participantes tenham a mesma forma 
de finalização, com objetivo único, evitando vitoriosos e derrotados, e assim 
seja possível estimular o trabalho em equipe (MELHEM, 2004).
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção18
BALBINO, H. F. Jogos desportivos coletivos e os estímulos das inteligências múltiplas: bases 
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Leituras recomendadas
AMERICAN SPORT EDUCATION PROGRAM. Ensinando basquetebol para jovens: mais de 
30 exercícios individuais e em grupo. Barueri: Manole, 2000. 160 p.
BEZERRA, M. Basquetebol: 1000 exercícios. 4. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2009. 331 p.
Fundamentos: recepção de bola, drible, passe, arremesso, finta, giro, mudança de direção20

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