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Toxina botulinica

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Toxina botulinica
A toxina botulínica é atualmente uma das toxinas biológicas mais potentes. Produzida pela bactéria Clostridium botulinum, foi introduzida pela primeira vez no final da década de 1970 como um agente terapêutico para tratamento de estrabismo, tendo suas aplicações ampliadas desde então. 
Existem 7 tipos distintos dessa neurotoxina (tipo A ao G), o mais usado comumente é o tipo A, ou Botox. O mecanismo de ação da toxina tipo A é definida pela alta afinidade com as sinapses colinérgicas, bloqueando a dispensa da acetilcolina nas terminações dos neurônios, estagnando a contração muscular no local de aplicação gerando relaxamento e alívio da tensão muscular. A ação de cada dose tem a duração de 4 a 6 meses, após isso há a formação de receptores de acetilcolina e o restabelecimento da função muscular.
Atualmente, o botox está sendo utilizado em casos de bruxismo, disfunção temporormandibular, sorriso gengival, pós-operatório cirúrgico, hipertrofia do músculo masseter, assimetria facial, estética facial, cefaleias e redução salivar em pacientes com ELA.
Em casos de bruxismo, a toxina é injetada em ambos os lados do músculo masseter, diminuindo sua potência e o estímulo para o bruxismo. Já em pacientes que buscam melhorar o sorriso gengival, o botox paralisa o músculo responsável pelo levantamento do lábio superior, diminuindo a exposição da gengiva, sem deixar o paciente com sensação de anestesia ou paralisia facial.
Na harmonização orofacial, o produto é responsável por recuperar marcas do envelhecimento, as rugas. É aplicado com agulhas finas atuando em rugas dinâmicas, aquelas formadas por músculos faciais. Ela suaviza as rugas bloqueando a contração muscular, dando uma aparência mais jovial à pele. Existem dois tipos de rugas, as dinâmicas e as estáticas. As dinâmicas são as conhecidas rugas de expressão, são causadas pela movimentação dos músculos da face e visíveis apenas com o rosto em movimento, já as estáticas são decorrentes do envelhecimento progressivo e da exposição a agentes externos, são visíveis mesmo com o rosto em repouso.
Muitas pessoas ainda têm medo de aplicar botox devido aos efeitos artificiais que foram divulgadas aplicações malfeitas, porém, atualmente, novas técnicas desenvolveram a medida correta presando a naturalidade e a simetria facial. Outro receio na aplicação de botox na maioria das pessoas é o risco de flacidez, no entanto, interromper o tratamento não deixa a pele mais flácida, a pele quase volta ao normal, ficando um pouco melhor que antes retardando o aparecimento de novas linhas de expressão.
Porém, caso haja a má manipulação do produto, exagero na dosagem ou aplicações em locais errados os resultados podem ser desastrosos como assimetria facial, paralisia muscular e pálpebra caída, pode prejudicar também ao mastigar, piscar, deglutir e até respirar.
Em casos de exagero ou aplicações incorretas, duas soluções são possíveis. A primeira é esperar o efeito passar, já que a cada 4 ou 6 meses o músculo volta a contrair. A segunda solução é o método da eletroestimulação com micro choques para reestimular a contração muscular, mas é necessário esperar 30 dias para relaxar a musculatura.
Após o procedimento o paciente deve tomar alguns cuidados como deitar somente depois de 4 horas da realização da aplicação do botox para que o produto seja adequadamente distribuído; evitar massagem, maquiagem, limpeza de pele, exercício físico, viagens aéreas e movimentos bruscos por um período de 24 horas.
Abaixo algumas imagens de aplicações da toxina botulínica e a última com erro de aplicação.

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