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ESTRESSE Estresse é um estado em que ocorre um desgaste anormal da “máquina humana” e/ou redução da capacidade de trabalho ocasionados basicamente por uma desproporção prolongada entre o grau de tensão a que o indivíduo está exposto e sua capacidade de suportá-la PRINCIPAIS SINTOMAS DO ESTRESSE SINTOMAS DE HIPER- EXCITABILIDADE I: Nervosismo II: Irritabilidade fácil III: Ímpetos de raiva SINTOMAS DE AUMENTO DO TÔNUS MUSCULAR I: Dor nos músculos do pescoço e ombros II: Dor de cabeça por tensão III: Alterações do sono IV: Fadiga V: Dor discreta no peito sob tensão SINTOMA DE AUMENTO DA ATIVIDADE DO SNC I: Palpitações SINTOMAS PSÍQUICOS I: Ansiedade II: Angústia III: Períodos de Apatia e Tristeza SINAL DE CIRCUITO EM SOBRECARGA I: Indisposição gástrica ou dor de estômago AUTOAVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ESTRESSE SISTEMA ENDÓCRINO CENTRAL: O HIPOTÁLAMO O PAPEL DO HIPOTÁLAMO I: SNA II: Tônus Muscular III: Grupo Respiratório Dorsal IV: Glândulas Endócrinas SINTOMAS, SINAIS E DOENÇAS DECORRENTES DE TENSÃO E PREOCUPAÇÃO SISTEMA DO AUMENTO DA ATIVIDADE DO SN SIMPÁTICO I: Taquicardia II: Hipertensão arterial III: Palpitações IV: Pele fria V: Sudorese VI: Cefaleia VII: Enfarte do miocárdio VIII: Hiperglicemia SINTOMAS DO AUMENTO DA ATIVIDADE DO SN PARASSIMPÁTICO I: Esôfago: nó na garganta II: Estômago: azia, dor de estômago III: Intestino grosso: colo irritável TÔNUS MUSCULAR Hipertonia muscular e dor nos ombros GLÂNDULAS ENDÓCRINAS Alostase; As emoções alteram o hipotálamo, de modo que haja reflexos até 2 a 3 meses após o ocorrido: efeito da hidrocortisona NEUROPEPTÍDEOS ENVOLVIDOS NA REGULAÇÃO DO APETITE A GLÂNDULA HIPÓFISE E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO A GLÂNDULA HIPÓFISE A hipófise, também chamada pituitária, é uma glândula pequena situada na sela túrcica, cavidade óssea localizada na base do cérebro e que se liga ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. Fisiologicamente, a hipófise é divisível em duas porções distintas: a hipófise anterior, conhecida como adeno- hipófise, e a hipófise posterior, também conhecida como neuro- hipófise. Entre essas duas partes, há uma pequena zona, relativamente avascular, chamada parte intermediária, que é pouco desenvolvida em humanos, mas muito maior e mais funcional em alguns animais A hipófise anterior origina-se da bolsa de Rathke, uma invaginação embrionária do epitélio faríngeo, e a hipófise posterior deriva do crescimento de tecido neural do hipotálamo Seis hormônios peptídeos importantes e diversos outros hormônios, de menor importância, são secretados pela hipófise anterior, e dois hormônios peptídeos importantes são secretados pela hipófise posterior I: O hormônio do crescimento promove o crescimento de todo o organismo, afetando a formação de proteínas, a multiplicação e a diferenciação celular. II: A adrenocorticotropina (corticotropina) controla a secreção de alguns dos hormônios adrenocorticais (cortisol) que afetam o metabolismo da glicose, das proteínas e das gorduras. III: O hormônio estimulante da tireoide (tireotropina) controla a secreção da tiroxina e da tri-iodotironina pela glândula tireoide, e esses hormônios controlam a velocidade da maioria das reações químicas intracelulares no organismo. IV: A prolactina promove o desenvolvimento da glândula mamária e a produção do leite. V: Dois hormônios gonadotrópicos distintos, o hormônio foliculoestimulante e o hormônio luteinizante, controlam o crescimento dos ovários e dos testículos, bem como suas atividades hormonais e reprodutivas VI: O hormônio antidiurético (também chamado vasopressina) controla a excreção da água na urina, ajudando, assim, a controlar a quantidade da água nos líquidos do organismo. VII: A ocitocina auxilia na ejeção de leite pelas glândulas mamárias para o mamilo, durante a sucção, e, possivelmente, desempenha papel de auxílio durante o parto e no final da gestação. CÉLULAS DA HIPÓFISE ANTERIOR I: Somatotropos: Células que produzem o hormônio do crescimento humano (hGH). II: Corticotropos: Células que produzem o hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). III: Tireotropos: Células que produzem o hormônio tireoestimulante (TSH). IV: Gonadotropos: Células que produzem os hormônios gonadotrópicos, que compreendem o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulante (FSH). V: Lactotropos: Células que produzem a prolactina (PRL) Cerca de 30% a 40% das células da hipófise são somatotrópicos, que secretam hormônio do crescimento, e aproximadamente 20% são corticotrópicos, que secretam ACTH As células somatotrópicas coram-se intensamente com corantes ácidos e são, portanto, chamadas acidofílicas HIPÓFISE POSTERIOR Os corpos das células que secretam os hormônios da hipófise posterior não estão localizados na hipófise propriamente dita, mas em neurônios grandes, chamados neurônios magnocelulares, localizados nos núcleos supraópticos e paraventriculares do hipotálamo. Os hormônios são então transportados no axoplasma das fibras nervosas dos neurônios que seguem do hipotálamo para a hipófise posterior O HIPOTÁLAMO CONTROLA A SECREÇÃO HIPOFISÁRIA Quase toda a secreção hipofisária é controlada por sinais hormonais e nervosos, vindos do hipotálamo. A secreção efetuada pela região posterior da hipófise é controlada por sinais neurais que têm origem no hipotálamo e terminam na região hipofisária posterior. Por outro lado, a secreção da região anterior da hipófise é controlada por hormônios, chamados hormônios liberadores e hormônios (ou fatores) hipotalâmicos inibidores, secretados pelo próprio hipotálamo e então levados para a região anterior da hipófise por minúsculos vasos sanguíneos, chamados vasos portais hipotalâmico- hipofisários. O hipotálamo recebe sinais vindos de diversas fontes do sistema nervoso. Assim, quando a pessoa é exposta à dor, parte da sinalização da dor é transmitida para o hipotálamo. Do mesmo modo, quando a pessoa experimenta potente pensamento depressivo ou excitante, parte do sinal é transmitida para o hipotálamo. Os estímulos olfativos que denotam cheiros agradáveis ou desagradáveis transmitem fortes componentes de sinais de modo direto e por meio do núcleo amigdaloide para o hipotálamo. Até mesmo as concentrações de nutrientes, eletrólitos, água e diversos hormônios no sangue excitam ou inibem diversas regiões do hipotálamo. Sendo assim, ele é um centro coletor de informações relativas ao bem-estar interno do organismo, e grande parte dessa informação é utilizada para controlar as secreções dos vários hormônios hipofisários globalmente importantes VASOS SANGUÍNEOS PORTAIS HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIOS DA HIPÓFISE ANTERIOR A hipófise anterior é uma glândula muito vascularizada, com capilares sinusoides em grande número, entre as células glandulares. Quase todo o sangue que entra nesses sinusoides passa, primeiro, por outro leito capilar, na porção inferior do hipotálamo. O sangue então flui pelos pequenos vasos sanguíneos portais hipotalâmico- hipofisários para os sinusoides da região anterior da hipófise Pequenas artérias penetram a eminência mediana, e, então, pequenos vasos adicionais retornam para sua superfície, unindo-se para formar os vasos sanguíneos portais hipotalâmico-hipofisários. Esses vasos seguem para baixo, ao longo do pedúnculo hipofisário, para acabar desembocando nos sinusoides da hipófise anterior. HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS LIBERADORES E INIBIDORES Neurônios especiais no hipotálamo sintetizam e secretam os hormônios liberadores e os hormônios inibidores que controlam a secreção dos hormônios da hipófise anterior. Esses neurônios têm origem em diversas áreas do hipotálamoe enviam suas fibras nervosas para a eminência mediana e para o tuber cinereum, a extensão do tecido hipotalâmico no pedúnculo hipofisário. Para a maioria dos hormônios da hipófise anterior, os hormônios liberadores são importantes, exceto no caso da prolactina, em que um hormônio inibidor hipotalâmico exerce o maior controle HORMÔNIO LIBERADOR DE TIREOTROPINA (TRH) Provoca a liberação do hormônio estimulante da tireoide. HORMÔNIO LIBERADOR DE CORTICOTROPINA (CRH) Provoca a liberação do hormônio adrenocorticotrópico. HORMÔNIO LIBERADOR DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GHRH) Provoca a liberação do hormônio do crescimento e do hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH), também chamado somatostatina, que inibe a liberação do hormônio do crescimento. HORMÔNIO LIBERADOR DA GONADOTROPINA (GnRH) Leva à liberação de dois hormônios gonadotrópicos, o hormônio luteinizante (LH) e o hormônio foliculoestimulante (FSH). HORMÔNIO INIBIDOR DA PROLACTINA (PiH) Causa a inibição da secreção da prolactina. FUNÇÕES FISIOLÓGICOS DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO Todos os principais hormônios da hipófise anterior, com exceção do hormônio do crescimento, exercem seus efeitos, principalmente, por meio do estímulo de glândulas-alvo, incluindo a glândula tireoide, o córtex adrenal, os ovários, os testículos e as glândulas mamárias. O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO PROMOVE O CRESCIMENTO DE DIVERSOS TECIDOS DO CORPO O hormônio do crescimento é também chamado hormônio somatotrópico ou somatotropina Ele provoca o crescimento de quase todos os tecidos do corpo que são capazes de crescer. Promove o aumento de tamanho das células e elevação do número de mitoses, causando a multiplicação e diferenciação específica de alguns tipos celulares, tais como as células de crescimento ósseo e células musculares iniciais. O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO TEM DIVERSOS EFEITOS METABÓLICOS Além de seu efeito geral de provocar o crescimento propriamente dito, o hormônio do crescimento apresenta diversos efeitos metabólicos específicos, incluindo: (1) aumento da síntese de proteínas, na maioria das células do corpo; (2) aumento da mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo, aumento do nível de ácidos graxos no sangue e aumento da utilização dos ácidos graxos, como fonte de energia; (3) redução da utilização da glicose pelo organismo. Assim, de fato, o hormônio do crescimento aumenta a quantidade de proteína do corpo, utiliza as reservas de gorduras e conserva os carboidratos. O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO PROMOVE A DEPOSIÇÃO DE PROTEÍNAS NOS TECIDOS AUMENTO DO TRANSPORTE DE AMINOÁCIDOS ATRAVÉS DAS MEMBRANAS CELULARES O hormônio do crescimento aumenta diretamente o transporte da maioria dos aminoácidos, através das membranas celulares, para o interior das células. Isso eleva as concentrações de aminoácidos nas células e presume-se ser responsável, no mínimo em parte, pelo aumento da síntese das proteínas.. AUMENTO DA TRANSCRIÇÃO NUCLEAR DO DNA PARA FORMAR RNA O hormônio do crescimento também estimula a transcrição do DNA no núcleo, levando à formação de quantidades aumentadas de RNA. Isso promove maior síntese proteica e crescimento se houver energia, aminoácidos, vitaminas e outros requisitos para o crescimento estão disponíveis AUMENTO DA TRADUÇÃO DO RNA PARA PROVOCAR A SÍNTESE PROTEÍCA Mesmo quando as concentrações de aminoácidos não estão elevadas nas células, o hormônio do crescimento continua a aumentar a tradução do RNA, fazendo com que a síntese proteica pelos ribossomos, no citoplasma, ocorra em quantidades mais elevadas REDUÇÃO DO CATABOLISMO DAS PROTEÍNAS E DOS AMINOÁCIDOS Além do aumento da síntese de proteínas, ocorre redução na quebra das proteínas celulares. O motivo provável para isso é que o hormônio do crescimento também mobiliza grandes quantidades de ácidos graxos livres do tecido adiposo, e estes são utilizados para fornecer a maior parte da energia para as células do organismo, agindo, assim, como um potente “poupador de proteínas” O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO AMPLIA A UTILIZAÇÃO DAS GORDURAS COMO FONTE DE ENERGIA O hormônio do crescimento apresenta um efeito específico ao liberar os ácidos graxos do tecido adiposo, aumentando, assim, a sua concentração nos líquidos orgânicos. Além disso, nos tecidos do organismo, ele aumenta a conversão de ácidos graxos em acetilcoenzima A (acetil- CoA) e sua utilização como fonte de energia. Consequentemente, sob a influência do hormônio do crescimento, a gordura é utilizada como fonte de energia, preferencialmente ao uso de carboidratos e de proteínas. A capacidade do hormônio do crescimento de promover a utilização de gordura, junto com seu efeito anabólico proteico, leva ao aumento da massa corporal magra EFEITO CETOGÊNICO DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO EM EXCESSO Sob a influência de quantidade excessiva de hormônio do crescimento, a mobilização de gordura do tecido adiposo fica, eventualmente, tão acentuada, que grande quantidade de ácido acetoacético é formada pelo fígado e liberada nos líquidos orgânicos, dando origem, assim, ao quadro de cetose O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO REDUZ A UTILIZAÇÃO DOS CARBOIDRATOS O hormônio do crescimento provoca diversos efeitos que influenciam o metabolismo dos carboidratos, incluindo (1) diminuição da captação de glicose pelos tecidos, como o musculoesquelético e adiposo; (2) aumento da produção de glicose pelo fígado; e (3) aumento da secreção de insulina. Cada uma dessas alterações resulta da “resistência à insulina” Por esses motivos, os efeitos do hormônio do crescimento são chamados diabetogênicos, e o excesso do hormônio do crescimento pode produzir alterações metabólicas muito semelhantes às encontradas nos pacientes portadores de diabetes tipo II NECESSIDADE DE INSULINA E DE CARBOIDRATOS PARA A AÇÃO PROMOTORA DO CRESCIMENTO Demonstrou-se que a atividade apropriada da insulina e a disponibilidade adequada de carboidratos são necessárias para a eficácia do hormônio do crescimento. A exigência parcial de carboidratos e de insulina é para fornecer a energia necessária ao metabolismo do crescimento, mas parece que existem também outros efeitos. A capacidade da insulina de aumentar o transporte de alguns aminoácidos para as células é especialmente importante, do mesmo modo como estimula o transporte da glicose. O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO ESTIMULA O CRESCIMENTO DAS CARTILAGENS E DOS OSSOS Ele promove a elevação do crescimento esquelético. Isso resulta de efeitos múltiplos do hormônio do crescimento nos ossos, incluindo: (1) aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas, que causam o crescimento ósseo; (2) aumento da reprodução dessas células; (3) efeito específico de conversão de condrócitos em células osteogênicas, ocasionando, assim, a deposição de osso novo Primeiro, em resposta ao estímulo do hormônio do crescimento, os ossos longos crescem, em comprimento, nas cartilagens epifisárias, onde as epífises nas extremidades dos ossos estão separadas das partes longas. Esse crescimento, primeiro, provoca a deposição de nova cartilagem, seguida por sua conversão em osso novo, aumentando, assim, a parte longa e empurrando as epífises cada vez para mais longe. Ao mesmo tempo, a cartilagem epifisária passa por um consumo progressivo, de modo que, ao final da adolescência, quase não resta qualquer cartilagem epifisária para permitir o crescimento adicional do osso. Em segundo lugar, os osteoblastos, no periósteo ósseo e em algumas cavidades ósseas, depositam osso novo nas superfícies do osso mais antigo. Ao mesmo tempo, os osteoclastos, presentes no osso removem o osso antigo. Quando a taxa de deposiçãoé maior do que a de reabsorção, a espessura do osso aumenta. O hormônio do crescimento age como forte estimulador dos osteoblastos. Consequentemente, os ossos podem continuar a aumentar de espessura durante toda a vida, sob a influência do hormônio do crescimento; isso é especialmente verdadeiro no caso dos ossos membranosos OBS: O excesso do hormônio somatotrófico pode levar a consequências, como: mobilização de defesas, aumento da temperatura, extravasamento de líquido, dores no corpo e articulações, cansaço fácil, adinamia, aumento da glicemia e acentuação das crises de urticária, alérgicas e de asma O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO EXERCE GRANDE PARTE DE SEUS EFEITOS POR MEIO DAS SOMATOMEDINAS O hormônio do crescimento leva o fígado (e, em muito menor extensão, outros tecidos) a formar diversas proteínas pequenas, chamadas somatomedinas, que apresentam o potente efeito de aumentar todos os aspectos do crescimento ósseo. Pelo menos, quatro somatomedinas foram isoladas, porém a mais importante dentre elas é, de longe, a somatomedina C Uma possibilidade é que o hormônio do crescimento pode provocar a formação de quantidade suficiente de somatomedina C no tecido local, de modo a induzir o crescimento localizado. É também possível que o hormônio do crescimento seja diretamente responsável pelo aumento do crescimento em alguns tecidos e que o mecanismo da somatomedina seja um meio alternativo para aumentar o crescimento, mas nem sempre como fator necessário. REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO O padrão da secreção do hormônio do crescimento é pulsátil, aumentando e diminuindo. Os mecanismos exatos que controlam tal secreção não são completamente compreendidos, mas sabe-se que diversos fatores relacionados ao estado nutricional da pessoa ou ao estresse estimulam a sua secreção: (1) jejum, especialmente com deficiência grave de proteínas; (2) hipoglicemia ou baixa concentração de ácidos graxos no sangue; (3) exercício; (4) excitação; (5) trauma; e (6) grelina, hormônio secretado pelo estômago antes das refeições. O hormônio do crescimento também aumenta, caracteristicamente, durante as duas primeiras horas de sono profundo Sob condições agudas, a hipoglicemia é um estimulante muito mais potente da secreção do hormônio do crescimento do que é uma redução aguda da ingestão de proteínas. Por outro lado, em condições crônicas, a secreção do hormônio do crescimento parece apresentar maior correlação com o grau de depleção de proteínas celulares do que com o grau de insuficiência de glicose. O PAPEL DO HIPOTÁLAMO, DO HORMÔNIO LIBERADOR DO CRESCIMENTO E DA SOMATOSTATINA NO CONTROLE DE SECREÇÃO DO HORMÔNIO DE CRESCIMENTO Sabe-se que tal secreção é controlada por dois fatores secretados no hipotálamo e, em seguida, transportados para a hipófise anterior pelos vasos portais hipotalâmico- hipofisários. Trata-se do hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) e do hormônio inibidor do hormônio do crescimento (também chamado somatostatina). A região do hipotálamo onde ocorre a origem da secreção do GHRH é o núcleo ventromedial; essa é a mesma área do hipotálamo sensível à concentração de glicose no sangue, levando à saciedade, nos estados hiperglicêmicos, e à sensação de fome, nos estados hipoglicêmicos De modo semelhante, os sinais hipotalâmicos que representam emoções, estresses e traumas são capazes de afetar o controle hipotalâmico da secreção do hormônio do crescimento. De fato, experimentos mostraram que as catecolaminas, a dopamina e a serotonina, cada uma liberada por sistema neuronal diferente no hipotálamo, são capazes de aumentar a secreção do hormônio do crescimento. A maior parte do controle da secreção do hormônio do crescimento é, provavelmente, mediada pelo GHRH, em vez de por meio do hormônio inibidor somatostatina. O GHRH estimula a secreção do hormônio do crescimento ao ligar-se a receptores específicos de membrana celular, nas superfícies externas das células do hormônio de crescimento, na hipófise. Os receptores ativam o sistema da adenilil ciclase na membrana celular, aumentando o nível intracelular de monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) O efeito em curto prazo é o aumento do transporte do íon cálcio para a célula; em intervalo de minutos, isso leva à fusão das vesículas secretoras do hormônio do crescimento com a membrana celular e à liberação do hormônio para o sangue. O efeito em longo prazo é o aumento da transcrição no núcleo dos genes responsáveis pela estimulação da síntese do hormônio do crescimento. HIPÓFISE POSTERIOR E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO A hipófise posterior, também chamada neuro-hipófise, é composta, principalmente, por células semelhantes às células gliais, chamadas pituícitos. Os pituícitos não secretam hormônios; eles agem, simplesmente, como estrutura de suporte para grande número de fibras nervosas terminais e terminações nervosas de tratos nervosos que se originam nos núcleos supraóptico e paraventricular do hipotálamo. Esses tratos chegam à neuro-hipófise pelo pedúnculo hipofisário. Tais terminações localizam-se na superfície dos capilares, onde secretam dois hormônios hipofisários posteriores: (1) hormônio antidiurético (ADH), também chamado vasopressina; e (2) ocitocina. Os hormônios são, inicialmente, sintetizados nos corpos celulares dos núcleos supraóptico e paraventricular e depois transportados em associação às proteínas “transportadoras”, chamadas neurofisinas, para as terminações nervosas na hipófise posterior, sendo necessários diversos dias para atingir a glândula. O ADH é formado, primeiramente, nos núcleos supraópticos, enquanto a ocitocina é formada, primeiramente, nos núcleos paraventriculares. Quando os impulsos nervosos são transmitidos para baixo, ao longo das fibras dos núcleos supraóptico ou paraventricular, o hormônio é, imediatamente, liberado dos grânulos secretores nas terminações nervosas por meio do mecanismo secretor usual da exocitose e captado pelos capilares adjacentes FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO HORMÔNIO ADH A injeção de quantidades muito pequenas de ADH pode causar diminuição da excreção de água pelos rins (antidiurese). Na ausência de ADH, os túbulos e ductos coletores ficam quase impermeáveis à água, o que impede sua reabsorção significativa e, consequentemente, permite perda extrema de água na urina, causando, também, diluição extrema da urina. Por outro lado, na presença de ADH, a permeabilidade dos ductos e túbulos coletores aumenta consideravelmente e permite que a maior parte da água seja reabsorvida, à medida que o líquido tubular passa por esses ductos, consequentemente conservando água no corpo e produzindo urina muito concentrada. Sem ADH, as membranas luminais das células epiteliais tubulares dos ductos coletores são quase impermeáveis à água. No entanto, imediatamente no lado interno da membrana celular, existe grande número de vesículas especiais que apresentam poros muito permeáveis à água, chamados aquaporinas. Quando o ADH age na célula, em primeiro lugar, ele se associa aos receptores de membrana que ativam a adenilil ciclase, levando à formação de cAMP no citoplasma das células tubulares REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE ADH Em algum ponto dentro ou próximo ao hipotálamo, existem receptores neuronais modificados chamados osmorreceptores. Quando o líquido extracelular fica muito concentrado, ele é retirado por osmose das células osmorreceptoras, reduzindo seu tamanho e iniciando sinalização nervosa apropriada no hipotálamo, para levar à secreção adicional de ADH. Inversamente, quando o líquido extracelular fica muito diluído, a água é movida por osmose na direção oposta, para a célula, o que reduzo sinal para a secreção de ADH Independentemente do mecanismo, os líquidos corporais concentrados estimulam os núcleos supraópticos, e os líquidos diluídos os inibem. Existe um sistema de controle por feedback para controlar a pressão osmótica total dos líquidos do organismo. OS EFEITOS VASOCONSTRITORES DO ADH Ao mesmo tempo em que concentrações minúsculas de ADH provocam aumento da conservação de água pelos rins, concentrações mais elevadas de ADH apresentam potente efeito de vasoconstrição sobre as arteríolas do corpo e, portanto, de aumentar a pressão arterial. Por essa razão, o ADH tem outro nome, que é vasopressina. Um dos estímulos para uma secreção intensa de ADH é a baixa volemia Os átrios contêm receptores de distensão, que são excitados pelo enchimento excessivo. Quando esses receptores são excitados, eles enviam sinais para o cérebro a fim de inibir a secreção do ADH. Por outro lado, quando os receptores não são excitados, como resultado de um enchimento insuficiente, ocorre o oposto, com aumento acentuado da secreção do ADH. A diminuição da distensibilidade dos barorreceptores das regiões das carótidas, aórtica e pulmonar também estimula a secreção do ADH. FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DA OCITOCINA O hormônio ocitocina, de acordo com seu nome, estimula poderosamente a contração do útero grávido, especialmente no final da gestação. A OCITOCINA AUXILIA NA EJEÇÃO DO LEITE PELOS SEIOS A ocitocina também desempenha papel especialmente importante na lactação, que é mais bem compreendido do que seu papel no parto. Na lactação, a ocitocina faz com que o leite possa ser expulso pelos alvéolos para os ductos da mama, de modo que o bebê possa obtê-lo por meio da sucção. Esse mecanismo funciona da seguinte maneira: o estímulo da sucção no mamilo provoca a transmissão de sinais por nervos sensoriais para os neurônios ocitocinérgicos nos núcleos paraventricular e supraópticos no hipotálamo, o que leva à liberação da ocitocina pela hipófise posterior. A ocitocina é, então, transportada pelo sangue para as mamas, onde provoca a contração das células mioepiteliais que se localizam externamente e formam uma malha em volta dos alvéolos das glândulas mamárias PERGUNTAS INSTIGANTES PERGUNTA I Um quadro de pan-hipopituitarismo pode levar a pessoa ao óbito por hipovolemia ou por hiperglicemia extrema. V ou F? Falso. Os hormônios que o causam são chamados de sobrevida. O Pâncreas endócrino e a Aldosterona (liberada pelo córtex da suprarrenal): não estão sob controle da hipófise e do hipotálamo PERGUNTA II Um bom controle racional sobre as emoções evita que a pessoa sofra perturbações no funcionamento das funções do hipotálamo Errado, já que se tem amígdala, que age instantaneamente às emoções antes de se conectar ao hipotálamo à racionalidade das respostas PERGUNTA III Um paciente hipertenso e que esteja trabalhando em situações que envolve situações frequentes de confronto e conflito tem dificuldades de manter o controle de sua pressão arterial por: A – Aumento do funcionamento do simpático B – Aumento da secreção de hidrocortisona Resposta: Letra A PERGUNTA IV Observação frequente na clínica: após um episódio psicologicamente muito traumatizante, muitos pacientes desenvolvem descompensação do quadro de diabete mellitus, podendo apresentar níveis muito elevados de glicemia e até mesmo tendência ao coma. O principal fator que leva a esse quadro é: A. Aumento da secreção de TRH – TSH B. Aumento da secreção de CRH – ACTH Resposta: Letra B
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