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BASES FISIOLÓGICAS DAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS

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ESTRESSE 
Estresse é um estado em que ocorre 
um desgaste anormal da “máquina 
humana” e/ou redução da capacidade 
de trabalho ocasionados basicamente 
por uma desproporção prolongada 
entre o grau de tensão a que o 
indivíduo está exposto e sua 
capacidade de suportá-la 
PRINCIPAIS SINTOMAS DO 
ESTRESSE 
SINTOMAS DE HIPER-
EXCITABILIDADE 
I: Nervosismo 
II: Irritabilidade fácil 
III: Ímpetos de raiva 
SINTOMAS DE AUMENTO DO 
TÔNUS MUSCULAR 
I: Dor nos músculos do pescoço e 
ombros 
II: Dor de cabeça por tensão 
III: Alterações do sono 
IV: Fadiga 
V: Dor discreta no peito sob tensão 
 
 
 
 
SINTOMA DE AUMENTO DA 
ATIVIDADE DO SNC 
I: Palpitações 
SINTOMAS PSÍQUICOS 
I: Ansiedade 
II: Angústia 
III: Períodos de Apatia e Tristeza 
SINAL DE CIRCUITO EM 
SOBRECARGA 
I: Indisposição gástrica ou dor de 
estômago 
AUTOAVALIAÇÃO DO NÍVEL DE 
ESTRESSE 
 
SISTEMA ENDÓCRINO CENTRAL: O 
HIPOTÁLAMO 
O PAPEL DO HIPOTÁLAMO 
I: SNA 
II: Tônus Muscular 
III: Grupo Respiratório Dorsal 
IV: Glândulas Endócrinas 
 
SINTOMAS, SINAIS E DOENÇAS 
DECORRENTES DE TENSÃO E 
PREOCUPAÇÃO 
SISTEMA DO AUMENTO DA 
ATIVIDADE DO SN SIMPÁTICO 
I: Taquicardia 
II: Hipertensão arterial 
III: Palpitações 
IV: Pele fria 
V: Sudorese 
VI: Cefaleia 
VII: Enfarte do miocárdio 
VIII: Hiperglicemia 
SINTOMAS DO AUMENTO DA 
ATIVIDADE DO SN 
PARASSIMPÁTICO 
I: Esôfago: nó na garganta 
II: Estômago: azia, dor de estômago 
III: Intestino grosso: colo irritável 
TÔNUS MUSCULAR 
Hipertonia muscular e dor nos ombros 
 
 
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS 
Alostase; As emoções alteram o 
hipotálamo, de modo que haja 
reflexos até 2 a 3 meses após o 
ocorrido: efeito da hidrocortisona 
NEUROPEPTÍDEOS ENVOLVIDOS NA 
REGULAÇÃO DO APETITE 
 
A GLÂNDULA HIPÓFISE E SUA 
RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO 
A GLÂNDULA HIPÓFISE 
A hipófise, também chamada pituitária, 
é uma glândula pequena situada na 
sela túrcica, cavidade óssea localizada 
na base do cérebro e que se liga ao 
hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. 
Fisiologicamente, a hipófise é divisível 
em duas porções distintas: a hipófise 
anterior, conhecida como adeno-
hipófise, e a hipófise posterior, 
também conhecida como neuro-
hipófise. 
Entre essas duas partes, há uma 
pequena zona, relativamente 
avascular, chamada parte 
intermediária, que é pouco 
desenvolvida em humanos, mas muito 
maior e mais funcional em alguns 
animais 
A hipófise anterior origina-se da bolsa 
de Rathke, uma invaginação 
embrionária do epitélio faríngeo, e a 
hipófise posterior deriva do 
crescimento de tecido neural do 
hipotálamo 
 
Seis hormônios peptídeos importantes 
e diversos outros hormônios, de 
menor importância, são secretados 
pela hipófise anterior, e dois 
hormônios peptídeos importantes são 
secretados pela hipófise posterior 
I: O hormônio do crescimento 
promove o crescimento de todo o 
organismo, afetando a formação de 
proteínas, a multiplicação e a 
diferenciação celular. 
II: A adrenocorticotropina 
(corticotropina) controla a secreção 
de alguns dos hormônios 
adrenocorticais (cortisol) que afetam o 
metabolismo da glicose, das proteínas 
e das gorduras. 
III: O hormônio estimulante da tireoide 
(tireotropina) controla a secreção da 
tiroxina e da tri-iodotironina pela 
glândula tireoide, e esses hormônios 
controlam a velocidade da maioria das 
reações químicas intracelulares no 
organismo. 
IV: A prolactina promove o 
desenvolvimento da glândula mamária 
e a produção do leite. 
V: Dois hormônios gonadotrópicos 
distintos, o hormônio 
foliculoestimulante e o hormônio 
luteinizante, controlam o crescimento 
dos ovários e dos testículos, bem 
como suas atividades hormonais e 
reprodutivas 
 
VI: O hormônio antidiurético (também 
chamado vasopressina) controla a 
excreção da água na urina, ajudando, 
assim, a controlar a quantidade da 
água nos líquidos do organismo. 
VII: A ocitocina auxilia na ejeção de 
leite pelas glândulas mamárias para o 
mamilo, durante a sucção, e, 
possivelmente, desempenha papel de 
auxílio durante o parto e no final da 
gestação. 
CÉLULAS DA HIPÓFISE ANTERIOR 
I: Somatotropos: Células que 
produzem o hormônio do 
crescimento humano (hGH). 
II: Corticotropos: Células que 
produzem o hormônio 
adrenocorticotrópico (ACTH). 
III: Tireotropos: Células que produzem 
o hormônio tireoestimulante (TSH). 
IV: Gonadotropos: Células que 
produzem os hormônios 
gonadotrópicos, que compreendem o 
hormônio luteinizante (LH) e o 
hormônio foliculoestimulante (FSH). 
V: Lactotropos: Células que produzem 
a prolactina (PRL) 
Cerca de 30% a 40% das células da 
hipófise são somatotrópicos, que 
secretam hormônio do crescimento, e 
aproximadamente 20% são 
corticotrópicos, que secretam ACTH 
As células somatotrópicas coram-se 
intensamente com corantes ácidos e 
são, portanto, chamadas acidofílicas 
HIPÓFISE POSTERIOR 
Os corpos das células que secretam 
os hormônios da hipófise posterior 
não estão localizados na hipófise 
propriamente dita, mas em neurônios 
grandes, chamados neurônios 
magnocelulares, localizados nos 
núcleos supraópticos e 
paraventriculares do hipotálamo. 
Os hormônios são então 
transportados no axoplasma das fibras 
nervosas dos neurônios que seguem 
do hipotálamo para a hipófise 
posterior 
 
 
O HIPOTÁLAMO CONTROLA A 
SECREÇÃO HIPOFISÁRIA 
Quase toda a secreção hipofisária é 
controlada por sinais hormonais e 
nervosos, vindos do hipotálamo. 
A secreção efetuada pela região 
posterior da hipófise é controlada por 
sinais neurais que têm origem no 
hipotálamo e terminam na região 
hipofisária posterior. Por outro lado, a 
secreção da região anterior da 
hipófise é controlada por hormônios, 
chamados hormônios liberadores e 
hormônios (ou fatores) hipotalâmicos 
inibidores, secretados pelo próprio 
hipotálamo e então levados para a 
região anterior da hipófise por 
minúsculos vasos sanguíneos, 
chamados vasos portais hipotalâmico-
hipofisários. 
O hipotálamo recebe sinais vindos de 
diversas fontes do sistema nervoso. 
Assim, quando a pessoa é exposta à 
dor, parte da sinalização da dor é 
transmitida para o hipotálamo. Do 
mesmo modo, quando a pessoa 
experimenta potente pensamento 
depressivo ou excitante, parte do sinal 
é transmitida para o hipotálamo. Os 
estímulos olfativos que denotam 
cheiros agradáveis ou desagradáveis 
transmitem fortes componentes de 
sinais de modo direto e por meio do 
núcleo amigdaloide para o hipotálamo. 
Até mesmo as concentrações de 
nutrientes, eletrólitos, água e diversos 
hormônios no sangue excitam ou 
inibem diversas regiões do hipotálamo. 
Sendo assim, ele é um centro coletor 
de informações relativas ao bem-estar 
interno do organismo, e grande parte 
dessa informação é utilizada para 
controlar as secreções dos vários 
hormônios hipofisários globalmente 
importantes 
VASOS SANGUÍNEOS PORTAIS 
HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIOS DA 
HIPÓFISE ANTERIOR 
A hipófise anterior é uma glândula 
muito vascularizada, com capilares 
sinusoides em grande número, entre 
as células glandulares. Quase todo o 
sangue que entra nesses sinusoides 
passa, primeiro, por outro leito capilar, 
na porção inferior do hipotálamo. O 
sangue então flui pelos pequenos 
vasos sanguíneos portais hipotalâmico-
hipofisários para os sinusoides da 
região anterior da hipófise 
Pequenas artérias penetram a 
eminência mediana, e, então, 
pequenos vasos adicionais retornam 
para sua superfície, unindo-se para 
formar os vasos sanguíneos portais 
hipotalâmico-hipofisários. Esses vasos 
seguem para baixo, ao longo do 
pedúnculo hipofisário, para acabar 
desembocando nos sinusoides da 
hipófise anterior. 
 
HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS 
LIBERADORES E INIBIDORES 
Neurônios especiais no hipotálamo 
sintetizam e secretam os hormônios 
liberadores e os hormônios inibidores 
que controlam a secreção dos 
hormônios da hipófise anterior. Esses 
neurônios têm origem em diversas 
áreas do hipotálamoe enviam suas 
fibras nervosas para a eminência 
mediana e para o tuber cinereum, a 
extensão do tecido hipotalâmico no 
pedúnculo hipofisário. 
Para a maioria dos hormônios da 
hipófise anterior, os hormônios 
liberadores são importantes, exceto 
no caso da prolactina, em que um 
hormônio inibidor hipotalâmico exerce 
o maior controle 
 
HORMÔNIO LIBERADOR DE 
TIREOTROPINA (TRH) 
Provoca a liberação do hormônio 
estimulante da tireoide. 
HORMÔNIO LIBERADOR DE 
CORTICOTROPINA (CRH) 
Provoca a liberação do hormônio 
adrenocorticotrópico. 
HORMÔNIO LIBERADOR DO 
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
(GHRH) 
Provoca a liberação do hormônio do 
crescimento e do hormônio inibidor 
do hormônio do crescimento (GHIH), 
também chamado somatostatina, que 
inibe a liberação do hormônio do 
crescimento. 
HORMÔNIO LIBERADOR DA 
GONADOTROPINA (GnRH) 
Leva à liberação de dois hormônios 
gonadotrópicos, o hormônio 
luteinizante (LH) e o hormônio 
foliculoestimulante (FSH). 
HORMÔNIO INIBIDOR DA 
PROLACTINA (PiH) 
Causa a inibição da secreção da 
prolactina. 
 
FUNÇÕES FISIOLÓGICOS DO 
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
Todos os principais hormônios da 
hipófise anterior, com exceção do 
hormônio do crescimento, exercem 
seus efeitos, principalmente, por meio 
do estímulo de glândulas-alvo, 
incluindo a glândula tireoide, o córtex 
adrenal, os ovários, os testículos e as 
glândulas mamárias. 
O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
PROMOVE O CRESCIMENTO DE 
DIVERSOS TECIDOS DO CORPO 
O hormônio do crescimento é 
também chamado hormônio 
somatotrópico ou somatotropina 
Ele provoca o crescimento de quase 
todos os tecidos do corpo que são 
capazes de crescer. Promove o 
aumento de tamanho das células e 
elevação do número de mitoses, 
causando a multiplicação e 
diferenciação específica de alguns 
tipos celulares, tais como as células de 
crescimento ósseo e células 
musculares iniciais. 
O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO TEM 
DIVERSOS EFEITOS METABÓLICOS 
Além de seu efeito geral de provocar 
o crescimento propriamente dito, o 
hormônio do crescimento apresenta 
diversos efeitos metabólicos 
específicos, incluindo: 
(1) aumento da síntese de proteínas, 
na maioria das células do corpo; 
(2) aumento da mobilização dos 
ácidos graxos do tecido adiposo, 
aumento do nível de ácidos graxos no 
sangue e aumento da utilização dos 
ácidos graxos, como fonte de 
energia; 
(3) redução da utilização da glicose 
pelo organismo. 
Assim, de fato, o hormônio do 
crescimento aumenta a quantidade de 
proteína do corpo, utiliza as reservas 
de gorduras e conserva os 
carboidratos. 
O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
PROMOVE A DEPOSIÇÃO DE 
PROTEÍNAS NOS TECIDOS 
AUMENTO DO TRANSPORTE DE 
AMINOÁCIDOS ATRAVÉS DAS 
MEMBRANAS CELULARES 
O hormônio do crescimento aumenta 
diretamente o transporte da maioria 
dos aminoácidos, através das 
membranas celulares, para o interior 
das células. Isso eleva as 
concentrações de aminoácidos nas 
células e presume-se ser responsável, 
no mínimo em parte, pelo aumento 
da síntese das proteínas.. 
AUMENTO DA TRANSCRIÇÃO 
NUCLEAR DO DNA PARA FORMAR 
RNA 
O hormônio do crescimento também 
estimula a transcrição do DNA no 
núcleo, levando à formação de 
quantidades aumentadas de RNA. Isso 
promove maior síntese proteica e 
crescimento se houver energia, 
aminoácidos, vitaminas e outros 
requisitos para o crescimento estão 
disponíveis 
 
 
AUMENTO DA TRADUÇÃO DO RNA 
PARA PROVOCAR A SÍNTESE 
PROTEÍCA 
Mesmo quando as concentrações de 
aminoácidos não estão elevadas nas 
células, o hormônio do crescimento 
continua a aumentar a tradução do 
RNA, fazendo com que a síntese 
proteica pelos ribossomos, no 
citoplasma, ocorra em quantidades 
mais elevadas 
REDUÇÃO DO CATABOLISMO DAS 
PROTEÍNAS E DOS AMINOÁCIDOS 
Além do aumento da síntese de 
proteínas, ocorre redução na quebra 
das proteínas celulares. O motivo 
provável para isso é que o hormônio 
do crescimento também mobiliza 
grandes quantidades de ácidos graxos 
livres do tecido adiposo, e estes são 
utilizados para fornecer a maior parte 
da energia para as células do 
organismo, agindo, assim, como um 
potente “poupador de proteínas” 
O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
AMPLIA A UTILIZAÇÃO DAS 
GORDURAS COMO FONTE DE 
ENERGIA 
O hormônio do crescimento 
apresenta um efeito específico ao 
liberar os ácidos graxos do tecido 
adiposo, aumentando, assim, a sua 
concentração nos líquidos orgânicos. 
Além disso, nos tecidos do organismo, 
ele aumenta a conversão de ácidos 
graxos em acetilcoenzima A (acetil-
CoA) e sua utilização como fonte de 
energia. Consequentemente, sob a 
influência do hormônio do 
crescimento, a gordura é utilizada 
como fonte de energia, 
preferencialmente ao uso de 
carboidratos e de proteínas. 
A capacidade do hormônio do 
crescimento de promover a utilização 
de gordura, junto com seu efeito 
anabólico proteico, leva ao aumento 
da massa corporal magra 
EFEITO CETOGÊNICO DO 
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO EM 
EXCESSO 
Sob a influência de quantidade 
excessiva de hormônio do 
crescimento, a mobilização de 
gordura do tecido adiposo fica, 
eventualmente, tão acentuada, que 
grande quantidade de ácido 
acetoacético é formada pelo fígado e 
liberada nos líquidos orgânicos, dando 
origem, assim, ao quadro de cetose 
O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
REDUZ A UTILIZAÇÃO DOS 
CARBOIDRATOS 
O hormônio do crescimento provoca 
diversos efeitos que influenciam o 
metabolismo dos carboidratos, 
incluindo (1) diminuição da captação de 
glicose pelos tecidos, como o 
musculoesquelético e adiposo; (2) 
aumento da produção de glicose pelo 
fígado; e (3) aumento da secreção de 
insulina. Cada uma dessas alterações 
resulta da “resistência à insulina” 
Por esses motivos, os efeitos do 
hormônio do crescimento são 
chamados diabetogênicos, e o 
excesso do hormônio do crescimento 
pode produzir alterações metabólicas 
muito semelhantes às encontradas 
nos pacientes portadores de diabetes 
tipo II 
NECESSIDADE DE INSULINA E DE 
CARBOIDRATOS PARA A AÇÃO 
PROMOTORA DO CRESCIMENTO 
Demonstrou-se que a atividade 
apropriada da insulina e a 
disponibilidade adequada de 
carboidratos são necessárias para a 
eficácia do hormônio do crescimento. 
A exigência parcial de carboidratos e 
de insulina é para fornecer a energia 
necessária ao metabolismo do 
crescimento, mas parece que existem 
também outros efeitos. A capacidade 
da insulina de aumentar o transporte 
de alguns aminoácidos para as células 
é especialmente importante, do 
mesmo modo como estimula o 
transporte da glicose. 
O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
ESTIMULA O CRESCIMENTO DAS 
CARTILAGENS E DOS OSSOS 
Ele promove a elevação do 
crescimento esquelético. Isso resulta 
de efeitos múltiplos do hormônio do 
crescimento nos ossos, incluindo: 
(1) aumento da deposição de 
proteínas pelas células osteogênicas e 
condrocíticas, que causam o 
crescimento ósseo; 
(2) aumento da reprodução dessas 
células; 
(3) efeito específico de conversão de 
condrócitos em células osteogênicas, 
ocasionando, assim, a deposição de 
osso novo 
Primeiro, em resposta ao estímulo do 
hormônio do crescimento, os ossos 
longos crescem, em comprimento, 
nas cartilagens epifisárias, onde as 
epífises nas extremidades dos ossos 
estão separadas das partes longas. 
Esse crescimento, primeiro, provoca a 
deposição de nova cartilagem, seguida 
por sua conversão em osso novo, 
aumentando, assim, a parte longa e 
empurrando as epífises cada vez para 
mais longe. 
Ao mesmo tempo, a cartilagem 
epifisária passa por um consumo 
progressivo, de modo que, ao final da 
adolescência, quase não resta 
qualquer cartilagem epifisária para 
permitir o crescimento adicional do 
osso. 
Em segundo lugar, os osteoblastos, no 
periósteo ósseo e em algumas 
cavidades ósseas, depositam osso 
novo nas superfícies do osso mais 
antigo. Ao mesmo tempo, os 
osteoclastos, presentes no osso 
removem o osso antigo. 
Quando a taxa de deposiçãoé maior 
do que a de reabsorção, a espessura 
do osso aumenta. O hormônio do 
crescimento age como forte 
estimulador dos osteoblastos. 
Consequentemente, os ossos podem 
continuar a aumentar de espessura 
durante toda a vida, sob a influência 
do hormônio do crescimento; isso é 
especialmente verdadeiro no caso dos 
ossos membranosos 
OBS: O excesso do hormônio 
somatotrófico pode levar a 
consequências, como: mobilização de 
defesas, aumento da temperatura, 
extravasamento de líquido, dores no 
corpo e articulações, cansaço fácil, 
adinamia, aumento da glicemia e 
acentuação das crises de urticária, 
alérgicas e de asma 
O HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
EXERCE GRANDE PARTE DE SEUS 
EFEITOS POR MEIO DAS 
SOMATOMEDINAS 
O hormônio do crescimento leva o 
fígado (e, em muito menor extensão, 
outros tecidos) a formar diversas 
proteínas pequenas, chamadas 
somatomedinas, que apresentam o 
potente efeito de aumentar todos os 
aspectos do crescimento ósseo. 
Pelo menos, quatro somatomedinas 
foram isoladas, porém a mais 
importante dentre elas é, de longe, a 
somatomedina C 
Uma possibilidade é que o hormônio 
do crescimento pode provocar a 
formação de quantidade suficiente de 
somatomedina C no tecido local, de 
modo a induzir o crescimento 
localizado. 
É também possível que o hormônio 
do crescimento seja diretamente 
responsável pelo aumento do 
crescimento em alguns tecidos e que 
o mecanismo da somatomedina seja 
um meio alternativo para aumentar o 
crescimento, mas nem sempre como 
fator necessário. 
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO 
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO 
O padrão da secreção do hormônio 
do crescimento é pulsátil, aumentando 
e diminuindo. Os mecanismos exatos 
que controlam tal secreção não são 
completamente compreendidos, mas 
sabe-se que diversos fatores 
relacionados ao estado nutricional da 
pessoa ou ao estresse estimulam a 
sua secreção: 
(1) jejum, especialmente com 
deficiência grave de proteínas; 
(2) hipoglicemia ou baixa 
concentração de ácidos graxos no 
sangue; 
(3) exercício; 
(4) excitação; 
(5) trauma; e 
(6) grelina, hormônio secretado pelo 
estômago antes das refeições. 
O hormônio do crescimento também 
aumenta, caracteristicamente, durante 
as duas primeiras horas de sono 
profundo 
Sob condições agudas, a hipoglicemia 
é um estimulante muito mais potente 
da secreção do hormônio do 
crescimento do que é uma redução 
aguda da ingestão de proteínas. Por 
outro lado, em condições crônicas, a 
secreção do hormônio do 
crescimento parece apresentar maior 
correlação com o grau de depleção 
de proteínas celulares do que com o 
grau de insuficiência de glicose. 
O PAPEL DO HIPOTÁLAMO, DO 
HORMÔNIO LIBERADOR DO 
CRESCIMENTO E DA 
SOMATOSTATINA NO CONTROLE 
DE SECREÇÃO DO HORMÔNIO DE 
CRESCIMENTO 
Sabe-se que tal secreção é 
controlada por dois fatores secretados 
no hipotálamo e, em seguida, 
transportados para a hipófise anterior 
pelos vasos portais hipotalâmico-
hipofisários. Trata-se do hormônio 
liberador do hormônio do crescimento 
(GHRH) e do hormônio inibidor do 
hormônio do crescimento (também 
chamado somatostatina). 
A região do hipotálamo onde ocorre 
a origem da secreção do GHRH é o 
núcleo ventromedial; essa é a mesma 
área do hipotálamo sensível à 
concentração de glicose no sangue, 
levando à saciedade, nos estados 
hiperglicêmicos, e à sensação de 
fome, nos estados hipoglicêmicos 
De modo semelhante, os sinais 
hipotalâmicos que representam 
emoções, estresses e traumas são 
capazes de afetar o controle 
hipotalâmico da secreção do 
hormônio do crescimento. De fato, 
experimentos mostraram que as 
catecolaminas, a dopamina e a 
serotonina, cada uma liberada por 
sistema neuronal diferente no 
hipotálamo, são capazes de aumentar 
a secreção do hormônio do 
crescimento. 
A maior parte do controle da 
secreção do hormônio do 
crescimento é, provavelmente, 
mediada pelo GHRH, em vez de por 
meio do hormônio inibidor 
somatostatina. O GHRH estimula a 
secreção do hormônio do 
crescimento ao ligar-se a receptores 
específicos de membrana celular, nas 
superfícies externas das células do 
hormônio de crescimento, na hipófise. 
Os receptores ativam o sistema da 
adenilil ciclase na membrana celular, 
aumentando o nível intracelular de 
monofosfato de adenosina cíclico 
(AMPc) 
O efeito em curto prazo é o 
aumento do transporte do íon cálcio 
para a célula; em intervalo de minutos, 
isso leva à fusão das vesículas 
secretoras do hormônio do 
crescimento com a membrana celular 
e à liberação do hormônio para o 
sangue. O efeito em longo prazo é o 
aumento da transcrição no núcleo dos 
genes responsáveis pela estimulação 
da síntese do hormônio do 
crescimento. 
HIPÓFISE POSTERIOR E SUA 
RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO 
A hipófise posterior, também chamada 
neuro-hipófise, é composta, 
principalmente, por células 
semelhantes às células gliais, chamadas 
pituícitos. Os pituícitos não secretam 
hormônios; eles agem, simplesmente, 
como estrutura de suporte para 
grande número de fibras nervosas 
terminais e terminações nervosas de 
tratos nervosos que se originam nos 
núcleos supraóptico e paraventricular 
do hipotálamo. Esses tratos chegam à 
neuro-hipófise pelo pedúnculo 
hipofisário. 
Tais terminações localizam-se na 
superfície dos capilares, onde 
secretam dois hormônios hipofisários 
posteriores: (1) hormônio antidiurético 
(ADH), também chamado 
vasopressina; e (2) ocitocina. 
Os hormônios são, inicialmente, 
sintetizados nos corpos celulares dos 
núcleos supraóptico e paraventricular 
e depois transportados em associação 
às proteínas “transportadoras”, 
chamadas neurofisinas, para as 
terminações nervosas na hipófise 
posterior, sendo necessários diversos 
dias para atingir a glândula. 
O ADH é formado, primeiramente, 
nos núcleos supraópticos, enquanto a 
ocitocina é formada, primeiramente, 
nos núcleos paraventriculares. 
Quando os impulsos nervosos são 
transmitidos para baixo, ao longo das 
fibras dos núcleos supraóptico ou 
paraventricular, o hormônio é, 
imediatamente, liberado dos grânulos 
secretores nas terminações nervosas 
por meio do mecanismo secretor 
usual da exocitose e captado pelos 
capilares adjacentes 
 
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO 
HORMÔNIO ADH 
A injeção de quantidades muito 
pequenas de ADH pode causar 
diminuição da excreção de água 
pelos rins (antidiurese). 
Na ausência de ADH, os túbulos e 
ductos coletores ficam quase 
impermeáveis à água, o que impede 
sua reabsorção significativa e, 
consequentemente, permite perda 
extrema de água na urina, causando, 
também, diluição extrema da urina. 
Por outro lado, na presença de ADH, 
a permeabilidade dos ductos e túbulos 
coletores aumenta consideravelmente 
e permite que a maior parte da água 
seja reabsorvida, à medida que o 
líquido tubular passa por esses ductos, 
consequentemente conservando água 
no corpo e produzindo urina muito 
concentrada. 
Sem ADH, as membranas luminais das 
células epiteliais tubulares dos ductos 
coletores são quase impermeáveis à 
água. No entanto, imediatamente no 
lado interno da membrana celular, 
existe grande número de vesículas 
especiais que apresentam poros 
muito permeáveis à água, chamados 
aquaporinas. Quando o ADH age na 
célula, em primeiro lugar, ele se 
associa aos receptores de membrana 
que ativam a adenilil ciclase, levando à 
formação de cAMP no citoplasma das 
células tubulares 
REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE 
ADH 
Em algum ponto dentro ou próximo 
ao hipotálamo, existem receptores 
neuronais modificados chamados 
osmorreceptores. Quando o líquido 
extracelular fica muito concentrado, 
ele é retirado por osmose das células 
osmorreceptoras, reduzindo seu 
tamanho e iniciando sinalização 
nervosa apropriada no hipotálamo, 
para levar à secreção adicional de 
ADH. Inversamente, quando o líquido 
extracelular fica muito diluído, a água 
é movida por osmose na direção 
oposta, para a célula, o que reduzo 
sinal para a secreção de ADH 
Independentemente do mecanismo, 
os líquidos corporais concentrados 
estimulam os núcleos supraópticos, e 
os líquidos diluídos os inibem. Existe 
um sistema de controle por feedback 
para controlar a pressão osmótica 
total dos líquidos do organismo. 
OS EFEITOS VASOCONSTRITORES 
DO ADH 
Ao mesmo tempo em que 
concentrações minúsculas de ADH 
provocam aumento da conservação 
de água pelos rins, concentrações 
mais elevadas de ADH apresentam 
potente efeito de vasoconstrição 
sobre as arteríolas do corpo e, 
portanto, de aumentar a pressão 
arterial. Por essa razão, o ADH tem 
outro nome, que é vasopressina. 
Um dos estímulos para uma secreção 
intensa de ADH é a baixa volemia 
Os átrios contêm receptores de 
distensão, que são excitados pelo 
enchimento excessivo. Quando esses 
receptores são excitados, eles enviam 
sinais para o cérebro a fim de inibir a 
secreção do ADH. Por outro lado, 
quando os receptores não são 
excitados, como resultado de um 
enchimento insuficiente, ocorre o 
oposto, com aumento acentuado da 
secreção do ADH. 
A diminuição da distensibilidade dos 
barorreceptores das regiões das 
carótidas, aórtica e pulmonar também 
estimula a secreção do ADH. 
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DA 
OCITOCINA 
O hormônio ocitocina, de acordo com 
seu nome, estimula poderosamente a 
contração do útero grávido, 
especialmente no final da gestação. 
A OCITOCINA AUXILIA NA EJEÇÃO 
DO LEITE PELOS SEIOS 
A ocitocina também desempenha 
papel especialmente importante na 
lactação, que é mais bem 
compreendido do que seu papel no 
parto. Na lactação, a ocitocina faz com 
que o leite possa ser expulso pelos 
alvéolos para os ductos da mama, de 
modo que o bebê possa obtê-lo por 
meio da sucção. 
Esse mecanismo funciona da seguinte 
maneira: o estímulo da sucção no 
mamilo provoca a transmissão de 
sinais por nervos sensoriais para os 
neurônios ocitocinérgicos nos núcleos 
paraventricular e supraópticos no 
hipotálamo, o que leva à liberação da 
ocitocina pela hipófise posterior. A 
ocitocina é, então, transportada pelo 
sangue para as mamas, onde provoca 
a contração das células mioepiteliais 
que se localizam externamente e 
formam uma malha em volta dos 
alvéolos das glândulas mamárias 
PERGUNTAS INSTIGANTES 
PERGUNTA I 
Um quadro de pan-hipopituitarismo 
pode levar a pessoa ao óbito por 
hipovolemia ou por hiperglicemia 
extrema. V ou F? 
Falso. Os hormônios que o causam 
são chamados de sobrevida. O 
Pâncreas endócrino e a Aldosterona 
(liberada pelo córtex da suprarrenal): 
não estão sob controle da hipófise e 
do hipotálamo 
PERGUNTA II 
Um bom controle racional sobre as 
emoções evita que a pessoa sofra 
perturbações no funcionamento das 
funções do hipotálamo 
Errado, já que se tem amígdala, que 
age instantaneamente às emoções 
antes de se conectar ao hipotálamo à 
racionalidade das respostas 
 
PERGUNTA III 
Um paciente hipertenso e que esteja 
trabalhando em situações que envolve 
situações frequentes de confronto e 
conflito tem dificuldades de manter o 
controle de sua pressão arterial por: 
A – Aumento do funcionamento do 
simpático 
B – Aumento da secreção de 
hidrocortisona 
Resposta: Letra A 
PERGUNTA IV 
Observação frequente na clínica: após 
um episódio psicologicamente muito 
traumatizante, muitos pacientes 
desenvolvem descompensação do 
quadro de diabete mellitus, podendo 
apresentar níveis muito elevados de 
glicemia e até mesmo tendência ao 
coma. O principal fator que leva a 
esse quadro é: 
A. Aumento da secreção de TRH – 
TSH 
B. Aumento da secreção de CRH – 
ACTH 
Resposta: Letra B

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