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Doenças da próstata A próstata é uma glândula de 15 g (0,02% do peso). Hiperpasia benigna da próstata: proliferação estromal e epitelial da zona de transição da próstata. Estroma é um tecido conjuntivo que mantem a arquitetura da glândula. Descrição anátomo-funcional: zona periférica (maior da próstata – região onde mais surge CA), zona central, zona de transição (região que cresce na hiperplasia benigna e comprime a bexiga). Por volta dos 30 anos começa a ocorrer a hiperplasia da próstata. Fatores de risco: idade avançada, presença dos testículos, raça, obesidade e hereditariedade. Testosterona livre entra no citoplasma da célula e se junta a 5 alfa redutase, se transformando em DHT que é a forma ativa da testosterona responsável pela hiperplasia. Fisiopatologia: a hiperplasia causa obstrução uretral, reação do detrusor a obstrução e disfunções vesicais. Sintomas: Armazenamento (irritativo): nicturia, polaciuria, urgência miccional, dor supra púbica, disúria. Esvaziamento (obstrutivo): esforço miccional, jato fraco, hesitação, gotejamento terminal, esvaziamento incompleto, incontinência paradoxal (bexiga fica tão cheia que goteja continuamente). Os sintomas aumentam conforme a idade. Mecanismos de obstrução uretral: Fator funcional: proliferação estromal devido a hiperatividade simpática que causa uma contração de fibras musculares lisas presentes no estroma da próstata. Isso leva a obstrução da uretra. Fator mecânico: a uretra é comprimida pelo aumento da glândula. Sintomas e reação do detrusor: Conforme a próstata cresce a musculatura da bexiga fica hipertônica, logo a pressa vesical é alta, mas o paciente urina normalmente. Nessa etapa predomina sintomas irritativos e não obstrutivos. Conforme a obstrução avança a musculatura fica mais hipertrófica, logo o fluxo urinário fica baixo (jato urinário fraco) devido a perca da contratilidade da bexiga – sintomas obstrutivos + irritativos. As fibras elásticas da bexiga vão sendo substituídas por fibras colágenas e na hiperplasia máxima da próstata predomina-se os sintomas obstrutivos Escore dos sintomas (IPSS): avalia a subjetividade dos sintomas relatados quanto a gravidade (leve 0-7, moderado 8-19, grave 20-35). Complicações: cálculo vesical, ITU, hidronefrose e IRC, hematúria, divertículos e retenção urinária. Exame físico: no toque retal avalia-se tamanho, consistência, mobilidade, limites, ausência de nódulos, superfície lisa. Exames laboratoriais: PSA e Urina I com cultura. Função renal com creatinina e ureia e citologia urinaria para avaliar CA de bexiga. Uretrocistografia miccional: avalia tamanho da uretra (se está comprimida). US abdominal ou trans retal* - bons para avaliar tamanho da próstata e volume urinário residual. Fluxometria: urina depositada no vaso é medida em fração do tempo de micção (avalia fluxo urinário). Tratamento: busca controlar, aliviar ou melhorar os sintomas ou controlar, tratar ou prevenir complicações. • Se predominar proliferação eptelial: inibidores da 5 alfa redutase. • Se houver predomínio de fatores funcionais por proliferação estromal: bloqueadores alfa adrenérgicos Cirurgia: <60 gramas (ressecção transuretral) e >60 gramas (cirurgia aberta). CA de próstata: • Quanto maior o consumo de gordura animal maior a incidência de CA de próstata. •A incidência de CA no negro é quase 100% maior que no branco. •Parentes de 1° grau com CA de próstata aumentam em 2x a chance de CA se 1 parente, 4x se 2 e 6x se 3. • FR para CA de próstata: história familiar e raça. • Diagnostico: Toque + PSA > se dúvida> biopsia. PSA é normal até 2,5. De 2,5 a 10 duvidoso. >10 muito indicativo de CA. • Crescimento do PSA em mais de 0,75 ao ano sugere CA. Lembrando que o aumento do PSA é normal ao longo da idade dos pacientes. • Fracionamento: quanto maior a porcentagem de PSA livre, menor a chance do paciente desenvolver CA (PSA livre/ PSA total x 100). • Biopsia é sempre indicada quando se encontra alterações: - Graus histológicos de Gleason (1 a 5 sendo o 5 o mais agressivo). • Estadiamento: T1c: tumor não palpável, PSA alterado; T2: Tumor palpável; T3: tumor infiltrativo; T4: Invasão de parede pélvica; T1a/b: tumor não palpável encontrado por acaso durante cirurgia de hiperplasia benigna; N+: metástase em linfonodos; M+: metástases em órgãos distantes. • Inibir a produção de testosterona é um dos mecanismos de tratar a doença avançada (orquiectomia, inibição das vias produtoras – hipofse e suprarrenal).
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