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Fisiologia ↪ Controle da ventilação: → Quimiorreceptores periféricos e central: - Periféricos: Se localizam no corpúsculo carotídeo e aórtico. Aumentam seus ritmos de acionamento em ↑PaCO2 , ↓PaO2 e ↓pH. Os gases vão estar em equilíbrio no plasma, porém CO2 terá maior solubilidade. O cérebro não pode sofrer com queda de oxigênio. Esses quimiorreceptores detectam a todo instante variações de oxigênio. Os corpúsculos carotídeos e aórticos são as estruturas mais vascularizadas e que recebem mais sangue, eles ficam em locais específicos do corpo. Conforme os níveis de oxigênio caem, os quimiorreceptores se tornam mais ativos, pois terá menos oxigênio chegando nas periferias, dessa forma, irá estimular o controlador brônquio-encefálico a respirar mais. Os corpúsculos carotídeos são os que detectam melhor os níveis de oxigênio, ele apresenta dois tipos de células: células tipo 1 que irão detectar os níveis de O2 e células do tipo 2 que dá sustentação ao corpúsculo. Os corpúsculos aórticos são responsáveis por detectar a pressão e também O2. * Quando os níveis de O2 caem, há a redução dos níveis da corrente de K+. Canais e poros de K+ tem receptores sensíveis à O2, dessa forma, o potencial de repouso vai ficar mais negativo e vai despolarizar havendo a entrada maciça de Ca2+ para o interior da célula glomal. Essa entrada vai fazer vesículas contendo grânulos de dopamina serem liberadas, então, a proteína quinase C vai levar essas vesículas para o nervo aferente, que irá levar ao tronco encefálico e estimular a respiração. A informação do O2 é proveniente de O2 dissolvido no plasma e o início do mecanismo se dá devido aos canais de vazamento de K+. Em casos de anemia, os níveis de O2 dissolvido no plasma estará normal, pois anemia configura uma diminuição no número de hemácias, dessa forma, reduzirá o número de O2 conjugado à hemácias não alterando a concentração daquele que está em sua forma livre. - Central: Tem como função detectar variações de pH e ↑PaCO2 (não detecta níveis de oxigênio), e é responsável por 70% da resposta hipercápnica. É localizado no assoalho do 3° ventrículo no tronco encefálico, bem perto da barreira hematoencefálica. Essa barreira é bem rígida, porém CO2 é muito solúvel e conseguirá passar através dela. O acúmulo de CO2 ali que vai determinar a queda de pH central (pH ácido) fazendo o quimiorreceptor central ser ativado. → O acúmulo de CO2 no plasma e no líquor vai fazer esse pH no líquor cair e se tornar ácido, assim, os quimiorreceptores centrais serão ativados. Na combinação de gás CO2 e O2 a taxa ventilatória vai aumentar pois precisará de mais oxigênio para retirar o dióxido de carbono. Plexo coróide: retira o bicarbonato. - Aumento dos níveis de CO2, aumenta a taxa de ventilação pulmonar. - Os quimiorreceptores sofrem influência do sistema nervoso central e diminui atividade de ventilação quando sonolento. Em acúmulo de CO2 os vasos irão dilatar, ocorrendo a queda da pressão arterial pois os vasos dilatam e o coração bombeia menos sangue (tem sua atividade reduzida). ↪ Receptores de estiramento pulmonar: Adaptação rápida: deflagram nossa tosse através de exposição à alérgicos, estimulando os receptores. Adaptação lenta: se localiza próximo as vias aéreas de médio e pequeno calibre e está presente nos primeiros anos de vida em maior quantidade. Em adultos, só é detectado em aumentos significativos de volume corrente. → Ocasiona o reflexo de insuflação de Hering Bauer: À partir de uma respiração profunda, haverá uma insuflação dos sensores, e, por consequência haverá uma sinalização via nervo vago induzindo a inspiração (puxar o ar). Esses sensores que insuflam estão no músculo liso das grandes e pequenas vias respiratórias. Vale ressaltar, caso passe do nível ótimo de insuflação do pulmão haverá o estouramento ou furo na cavidade torácica, ocasionando um pneumotórax. ↪ Reflexo de insuflação de Hering Bauer: Quando se solta o ar com muita força, há a ação de mecanismos que irão fazer puxar o ar novamente para manter o volume adequado de ar. Esses reflexos ocorrem para manter o equilíbrio no pulmão. O limiar central do reflexo é muito mais alto que o volume corrente normal. ↪ Reflexo de desinsuflação de Hering Bauer: A desinsuflação brusca do pulmão acarreta no aumento da frequência respiratória - Hiperpnéia. Exemplo de desinsuflação: pneumotórax. Esses reflexos são importante na manutenção da CRF dos lactantes. ↪ Reflexo de adaptação rápida: Localizam-e na traquéia, brônquios e bronquiolos. São reflexos que respondem a diversos estímulos como: amônia. fumaça de cigarro, vapor e etc. através de espirro, tosse, reflexos irritativos. ↪ Reflexo de receptores vasculares (receptores em J): Localizados próximos aos capilares (Justacapilar) e sua estimulação pode ocorrer por congestão vascular pulmonar ou por aumento do líquido intersticial. É associado ao edema pulmonar agudo, início da dispnéia. ↪ Situações que modificam o controle da respiração: A gravidez induz o aumento da taxa de ventilação, isso se deve devido aos níveis de progesterona que ativam os receptores respiratórios. → Ocorre também para suprir as necessidades de oxigênio do feto. Na altitude do nível do mar, respiramos 159,1 mmHg/O2, o que é ótimo. Porém, se formos do nível do mar para uma altura de 4000m a fração barométrica lá é menor, fazendo com que haja apenas 96 mmHg/O2. Já no monte everest, cerca de 9000m de altitude, temos apenas 48,3 mmHg/O2 disponível. Nessa altitude seria necessário a utilização de balões de oxigênio para não ocorrer a hipóxia pois chegará muito pouco oxigênio para as células. Em altitudes, células chamadas de eritropoetina induzirão a produção de hemoglobinas como uma saída para suprir a necessidade de oxigênio das células, pois assim haverá mais disponibilidade de células carreadoras de oxigênio. Em 3000m e 4000m há uma adaptação pelos quimiorreceptores periféricos. Irá ocorrer um BOOST na ventilação, irá ventilar de forma muito rápida, reduz PaCO2 e aumento na sensibilidade de CO2. Aclimatização: Principal em quimiorreceptores periféricos e os canais de K+ vão se adaptar e fazer o vazamento de K+ normal, mesmo com a pressão barométrica alterada. ↪ Modificações no controle da respiração: No tronco encefálico, ponte (modula o bulbo, sua ritmicidade) e bulbo (responsável pela respiração) detectam informações oriundas dos quimiorreceptores, nessa região a informação será processada no núcleo do trato solitário que fica no grupo respiratório dorsal. Núcleo do trato solitário: origem do nervo frênico que vai para o diafragma. Núcleo ambíguo: Inspiratórios e expiratórios. Inervam a musculatura da língua, faringe, laringe e está envolvido na potência das vias aéreas superiores. ↪ Efetores: Grupo respiratório ventral: origem da atividade frênica à partir da ativação da região central que foi ativada por quimiorreceptores periféricos através do nervo frênico. A respiração é autônoma, porém, podemos controlar através do nosso controlador, que fica localizado no córtex cerebral mais frontal (pré-frontal). Determinadas regiões do cérebro, como o límbio (emocional), podem controlar nossa respiração.
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