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Cicl� d� Kre� 1) Pessoas com beribéri, uma doença causada pela deficiência de tiamina, apresentam níveis sanguíneos elevados de piruvato e alfa-cetoglutarato, especialmente após consumirem uma refeição rica em glicose. Explique este fenômeno em termos bioquímicos. R: A Tiamina é uma vitamina precursora de um cofator do complexo enzimático da piruvato-desidrogenase e do complexo alfa-cetoglutarato desidrogenase. Nesse sentido, a deficiência de tiamina influencia diretamente a atividade enzimática na respiração celular, que utiliza a glicose para a produção de energia. Portanto, após uma refeição rica em glicose, sob deficiência de tiamina, a ação da piruvato-desidrogenase na conversão do piruvato em Acetil-CoA é inviabilizada,, além prejudicar também a conversão do alfa-cetoglutarato em Succinil-CoA, portanto, esses metabólitos se acumulam. 02) O fígado de mamíferos pode efetuar a gliconeogênese utilizando oxaloacetato como material de partida. A operação do ciclo do ácido cítrico seria afetada pela intensa utilização de oxaloacetato para a gliconeogênese? Explique bioquimicamente sua resposta. R: Sim. O Ciclo do Ácido Cítrico tem como intermediário o oxaloacetato. Portanto, o “desvio”, ou seja, a intensa utilização desse metabólito para a gliconeogênese, pode diminuir a velocidade do Ciclo de Krebs, e, consequentemente, a produção de energia. 03) Na presença de quantidades saturantes de oxaloacetato, a atividade da citrato-sintase do tecido cardíaco de porco mostra uma dependência sigmóide da concentração de Acetil-CoA, como mostrado no gráfico abaixo. Quando Succinil-CoA é adicionado, a curva é deslocada para a direita e a dependência sigmóide é mais pronunciada. Com base nessas observações, sugira: a) como a Succinil-CoA regula a atividade da citrato-sintase, indicando porque este composto é um sinal apropriado para a regulação do ciclo de Krebs R: A Succnil-CoA é um modulador negativo da Citrato-Sintase, este metabólito é um sinal apropriado para a regulação do Ciclo de Krebs porque sua formação depende da CoA, que advém do complexo piruvato-desidrogenase, a partir da reação irreversível que converte o piruvato em Acetil-Coa, conectando a via glicolítica ao Ciclo de Krebs. Portanto, uma alta concentração de Succnil-CoA sugere que a demanda energética está sendo suprida. b) Uma forma de reverter a inibição da PFK1 por Succnil-CoA. R: Uma maneira de reverter a inibição da PFK1 por Succnil-Coa seria a partir da sua produção de frutose 2,6 bifosfato pela PFK2, um modulador alostérico positivo. Sem adição de Succinil-CoA ) x á m V a d % ( e da di v it A Com adição de Succinil-CoA Acetil-CoA (µM) 04) Como você espera que a operação do ciclo de Krebs responda a um rápido aumento da razão [NADH]/[NAD+] na matriz mitocondrial? Explique. R: O rápido aumento dessa razão, significa que a concentração de NADH é superior a de NAD+, portanto, sob essas condições, o ciclo de Krebs é inibido, uma vez que a função deste é, justamente, produzir NADH. 05) O ciclo de Krebs é uma via central do metabolismo, com vias degradativas chegando até ele e com vias anabólicas principiando nele. Além disso, é regulado de forma estrita em coordenação com essas e outras vias. Sabendo que este ciclo é uma série de nove reações enzimáticas, responda: a) Após uma volta deste ciclo, quais são os produtos formados? Entre esses produtos quais serão utilizados na cadeia de transporte de elétrons? R: 8 NADH, 2 FADH2, 2ATP, 4CO2. Serão utilizados na cadeia de transporte de elétrons NADH e FADH2. b) Durante o Ciclo dos ácidos Tricarboxílicos não há utilização direta de oxigênio. Entretanto se não houver oxigênio disponível o esta via metabólica irá parar. Desta forma explique essa afirmativa da relação entre oxigênio e o funcionamento do ciclo de Krebs. R: Sob condições aeróbicas, a respiração celular tem três etapas, a via glicolítica, Ciclo de Krebs e cadeia respiratória. Apesar do CK não utilizar o oxigênio, a última etapa depende diretamente do oxigênio. Portanto, sob condições anaeróbicas, a conexão entre a via glicolítica e o ciclo de Krebs através do complexo piruvato desidrogenase não vai ocorrer, uma vez que a cadeia respiratória é inviável nessa situação. Portanto, sob essas condições, o piruvato, produto da via glicolítica, é direcionado para a fermentação, processo independente de oxigênio. c) O que acontece com a velocidade do ciclo quando a relação [ATP]/[ADP] está elevada? Por quê? R: Quando essa relação está elevada, significa dizer que a concentração de ATP é superior a de ADP, portanto, a velocidade do ciclo deve diminuir, em consonância à demanda energética desse momento. 14) Nos estudos que elucidariam o ciclo dos ácidos tricarboxílicos, Hans Krebs fez a s seguintes observações: - Ao adicionar ácidos tricarboxílicos (citrato, cis-aconitato, isocitrato e α-cetoglutarato) a suspensões de músculo peitoral de pinguins, ocorria um aumento do consumo de O2 e também um aumento no consumo de piruvato; - A adição de malonato inibia a utilização aeróbica de piruvato e ocorria acúmulo de citrato, α-cetoglutarato e succinato. Explique as observações feitas por Krebs. R: Os ácidos tricarboxílicos acrescentados por Hans Krebs são metabólitos envolvidos na respiração celular, mais precisamente, no Ciclo de Krebs. Esse processo ocorre apenas em condições aeróbicas, uma vez que é seguido pela cadeia respiratória, que utiliza o oxigênio diretamente, fato que justifica o aumento do consumo de oxigênio. Outro intermediário do CK é o piruvato, que, em condições aeróbicas é convertido em Acetil-Coa, justificando também o aumento no consumo de piruvato. 15) O que significa dizer que o ciclo do ácido cítrico é anfibólico? R: Dizer que o ciclo do ácido cítrico é anfibólico significa dizer que essa via é catabólica e anabólica. Ou seja, constrói moléculas e pode também degradar. 16) Moléculas de piruvato marcadas com C 14 foram oxidadas no ciclo de Krebs, entretanto, após uma volta completa no ciclo, não foi observada radioatividade nas moléculas de CO2 liberadas. Explique o observado. R: As moléculas de Carbono liberadas no ciclo não necessariamente advém diretamente da molécula de piruvato.
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