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Apostila - Direito aplicado à Administração Pública

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TÉCNICO EM SERVIÇOS PÚBLICOS | DIREITO APLICADO À ADM. PÚBLICA 
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PÚBLICOS 
DIREITO APLICADO À ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
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Apresentação 
 
Olá, 
Antes de mais nada, vou me apresentar. 
Sou a professora Caroline, pertenço ao quadro de professores efetivos da Faculdade de 
Direito, da UniRV. Possuo Mestrado em Direito pelo Univem (Marília-SP), graduação pela 
UFMS (Três Lagoas-MS), sou docente há aproximadamente 10 anos, incluindo graduação, 
pós-graduação, nível técnico e formação continuada, tanto no ensino presencial, a 
distância e, telepresencial. 
Que bom ter você aqui no nosso curso de Técnico em Serviços Públicos, mais 
especificamente na disciplina de Direito aplicado à Administração Pública. 
Nossa disciplina possui uma carga-horária de 40 horas, sendo que as aulas acontecerão 
às quintas-feiras. 
Tente se organizar, a fim de ter tempo para acessar o sistema para assistir as aulas e 
realizar as atividades dentro do prazo estipulado, a fim de poder concluir a disciplina com 
êxito, e possa absorver o máximo de aprendizado, a partir dos materiais disponibilizados. 
Este material foi desenvolvido para auxiliar você em seus estudos, a fim de que possa ter 
uma formação mais completa, estando apto (a) (e) para se inserir ou reinserir no mercado 
de trabalho. 
No final de cada Unidade você encontrará indicações de leituras sobre os temas tratados, 
indicação de vídeos para te ajudar a entender o conteúdo e indicações de filmes e séries 
que tenham relação com a temática estudada. 
O prazo para a postagem das atividades é até o nosso último dia de aula desta disciplina. 
Espero que você goste do material disponibilizado, bem como possa se dedicar para ter 
a chance de se qualificar e estar ainda mais preparado (a) (e) para exercer suas atividades 
profissionais, conforme as exigências do mercado de trabalho, alcançando sucesso 
pessoal e profissional. 
Em caso de dúvidas, entre em contato. 
Bons estudos! 
 
Profa. Me. Caroline Leite de Camargo 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
UNIDADE I – DIREITO E A SOCIEDADE ............................................................................... 4 
1.1 A sociedade e o direito ............................................................................................ 4 
1.2 O Poder.................................................................................................................... 8 
1.3 Estado e formas de organização ............................................................................. 9 
1.4 As leis ..................................................................................................................... 11 
1.5 Fontes do direito ................................................................................................... 13 
1.6 Direitos humanos .................................................................................................. 15 
1.7 A Constituição Federal .......................................................................................... 18 
1.8 Direitos fundamentais na Constituição Federal .................................................... 20 
1.9 Direitos de cidadania ............................................................................................. 34 
UNIDADE II – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................ 41 
2.1 O que é Administração Pública.............................................................................. 41 
2.2 Princípios constitucionais da Administração Pública ............................................. 43 
2.3 Regime jurídico administrativo .............................................................................. 46 
2.4 Administração Pública direta e indireta ................................................................ 47 
UNIDADE III – ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................... 52 
3.1 Deveres, poderes e competências da Administração ........................................... 52 
3.2 Agentes Públicos ................................................................................................... 59 
3.3 Processo administrativo ........................................................................................ 71 
3.4 Sindicância e processo administrativo disciplinar ................................................. 74 
3.5 Responsabilidade fiscal ......................................................................................... 77 
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 84 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 85 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE I – DIREITO E A SOCIEDADE 
 
Olá, 
Que bom poder encontrar você aqui na Unidade I, para que possamos iniciar nossos 
estudos. 
Aqui iremos aprender a respeito da sociedade, sua importância e como o Direito tem sido 
importante para permitir que a comunidade se organize como tal. 
Falaremos sobre direitos humanos, direitos fundamentais e Constituição Federal. 
 
1.1 A sociedade e o direito 
 
A sociedade é a forma pela qual se tornou possível e viável a nossa existência, tendo em 
vista que dificilmente conseguiríamos viver e prover a manutenção de nossas 
necessidades sem ajuda. 
Pense, por exemplo, como você faria para ter acesso a itens básicos, como alimentação 
e vestuário se não vivêssemos em sociedade. 
Seria bem difícil, neh?! Certamente ainda estaríamos vivendo como os nossos 
antepassados, nas cavernas. 
 
Imagem 1 – Homem das cavernas 
 
Fonte: https://www.pngwing.com/pt/search?q=cavernas 
 
 
 
 
 
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Analisando nessa perspectiva, podemos entender o quanto a criação da sociedade é 
relevante e indispensável para que pudéssemos atingir o atual nível de desenvolvimento 
científico e tecnológico. 
 
Imagem 2 – Carro Tesla 
 
Fonte: https://www.barrons.com/articles/tesla-stock-debate-bulls-bears-electric-vehicles-musk-einhorn-
greenlight-safety-51596720637 
 
Assim, a sociedade pode ser definida como conjunto de pessoas, que, ao se unirem, 
buscam um bem comum. (FARIAS NETO, 2011) 
Interagindo com outros seres humanos, é possível que os indivíduos desenvolvam suas 
habilidades, como a fala, o intelecto, regras morais e éticas, entre outras. 
Nesse sentido, é possível entender que: 
 
 
Onde quer que se observe o homem, seja qual for a época e por mais rude e selvagem 
que possa ser na sua origem, ele sempre é encontrado em estado de convivência com os 
outros. De fato, desde o seu primeiro aparecimento na Terra, surge em grupos sociais, 
inicialmente pequenos (família, clã, tribo) e depois maiores (aldeia, cidade, Estado). 
(BETIOLI, 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Imagem 3 – Interação social 
 
Fonte: http://sociopathos12d.blogspot.com/2019/05/interacao-social.html 
 
Assim, o ser humano é naturalmente sociável. A ausência de socialização pode deixar as 
pessoas tristes, podendo ocasionar até mesmo doenças, como a depressão. 
Um exemplo disso foi o aumento de doenças mentais no período de pandemia e 
isolamento social nos anos de 2020 e início de 2021. 
A importância do convívio social vem sendo tratado com bastante veemência ao longo 
dos tempos, um exemplo é o clássico escrito por Jean Jacques Rousseau, no século XVIII, 
denominado de “Do contrato social”. 
Conforme trazido por Rousseau, as pessoas, para viver em sociedade, renunciam a parte 
de sua liberdade original, uma vez que para conviver com outros indivíduos é preciso ter 
regras (leis), o que limita a nossa liberdade natural. 
 
 
Para saber mais: 
Quer ter acesso ao livro “Do contrato social”? 
Acesse o link: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv00014a.pdf> 
 
 
Sem o direito, ou seja, sem um mínimo de ordem, seria impossível a vida em comunidade. 
Já que o convívio social é tão importante, é indispensável que existam regras, para 
possibilitar a convivência em sociedade, assim, o direito vem acompanhando as 
sociedades, sendo comum em todas elas, sejam passadas, presentes e certamente estará 
nas sociedades futuras. 
Sousa (2015, p. 13) ensina que: 
 
 
 
 
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A história do Direito consta na história da humanidade. O direito é um fenômeno 
universal, comum a todos os povos e civilizações. Existiu, existe e existirá sempre, em 
todos os tempos, em todos os lugares, ainda que em estágio rudimentar. 
 
 
O direito faz parte de nossas vidas! Mesmo que não percebamos, está presente nas 
relações familiares, quando consumimos algo, quando pegamos um ônibus, enfim, em 
todo o nosso dia a dia, tanto é que todo mundo tem pelo menos uma ideia do que seja o 
direito. 
O direito pode ser definido de diversas formas, como aquilo que é correto, que está de 
acordo com as regras sociais e leis (SOUZA, 2015). O direito deve ser acessível a todas as 
pessoas, de forma igualitária, a fim de que seja garantido justiça. 
Falando em justiça, você já deve ter visto a imagem abaixo: 
 
Imagem 4 – Deusa da Justiça 
 
 
Fonte: https://www.elo7.com.br/deusa-da-justica-estatua-simbolo-do-direito-40cm-resina/dp/1514132 
 
De acordo com Souza (2015) essa imagem está vendada em razão de garantir a 
imparcialidade na aplicação da lei, posto que a deusa da Justiça não vê o lado que a 
balança vai “pender”. Assim, quem apresenta a melhor defesa, independentemente de 
 
 
 
 
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suas características pessoais, poderá sair vitorioso. Os pés descalços, por sua vez, 
simbolizam a simplicidade com a qual a justiça deve avaliar cada caso. 
 
1.2 O Poder 
 
Para que fosse possível essa vida em sociedade, foi necessário o estabelecimento de 
regras e, com o passar do tempo, foi sendo desenvolvido formas de se governar e 
desenvolver as organizações sociais. 
Dessa forma, foi estabelecido que é preciso que exista a manifestação do poder, para que 
seja possível organizar a sociedade. 
Esse poder, durante muito tempo foi exercido pela figura de um imperador, rei ou uma 
figura de liderança, possuindo este o Poder Absoluto. 
Contudo, com o passar do tempo, o poder passou a ser organizado de formas diferentes, 
até que se chegou a Montesquieu (1689-1755)1, que em seu livro “O Espírito das leis”, 
entendeu que o Poder deveria ser dividido em Legislativo, Executivo e Judiciário, sendo 
exercido por pessoas diferentes. 
 
Quer ler o livro escrito por Montesquieu? 
Link: < 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2963710/mod_resource/content/0/Montesqu
ieu-O-espirito-das-leis_completo.pdf> 
 
Portanto, desde o Iluminismo, que ocorreu no século XVI, XVII e XVIII, iniciando na 
Europa, tivemos grandes transformações, dentre as quais a forma como o poder é 
exercido na nossa sociedade. 
Atualmente, no Brasil, temos a divisão dos poderes, sendo: Executivo – exercido pelo 
Presidente da República, eleito democraticamente, que é, ao mesmo tempo chefe de 
Estado e chefe de Governo; Legislativo – através do Congresso Nacional, composto por 
Senadores e Deputados, eleitos democraticamente visando elaborar as leis que 
 
1 Mais informações: <https://www.infoescola.com/filosofia/montesquieu/> 
 
 
 
 
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nortearão a vida do povo; e, por fim, o Judiciário – que tem como principal função aplicar 
as leis, fazendo-as cumprir. 
O Presidente da República, sendo chefe de Estado, representa o Brasil nas relações 
externas, e, como chefe de governo, administra nosso país em esfera federal e, muito 
embora possua soberania em seus atos, está limitado pelas leis. 
Fazem parte do Congresso Nacional, 81 senadores, que são representantes dos Estados-
membros, existindo 3 senadores para cada estado, mais o Distrito Federal e 513 
Deputados Federais, sendo estes representantes do povo, sendo eleitos de forma 
proporcional. 
Quanto mais populoso o estado-membro, mais deputados federais irá eleger. 
No que diz respeito ao Poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal é a Corte Maior do 
país, sendo composta por 11 ministros, que são nomeados pelo Presidente da República, 
depois de serem sabatinados no Senado Federal. 
Uma vez que o Brasil é soberano, os poderes, desde que respeitando as leis, podem agir 
livremente, não sendo possível interferência de um poder no outro. 
Qualquer pessoa que, exercendo um cargo público, atue de forma a privilegiar os 
próprios interesses está sujeita a processo, seja administrativo ou judicial, podendo vir a 
sofrer penalidades. 
 
1.3 Estado e formas de organização 
 
Para que haja uma sociedade organizada no formato de país, na atualidade, é preciso que 
exista alguns elementos, como: povo, território e poder. 
O Brasil, por exemplo, considera como brasileiros, ou seja, o seu povo, as pessoas que 
nascem no país, ou seja, dentro do território brasileiro. 
O território brasileiro está definido pelas leis, sendo comum que você identifique nosso 
país em um mapa, identificando, portanto, o território que nos pertence. 
Por território entendemos a porção física no globo terrestre, sendo o solo, subsolo, 
espaço aéreo, embaixadas e consulados, navios e aviões militares, mar territorial, entre 
outros, trazidos pela lei. 
 
 
 
 
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O poder, conforme já visto, é exercido no território brasileiro pelo Poder Executivo, 
Legislativo e Judiciário. 
Imagem 5 – Mapa do Brasil 
 
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/mapa-brasil.htm 
 
O Estado brasileiro, portanto, é dirigido por um governo soberano, que é reconhecido 
interna e externamente, ou seja, o Brasil existe porque as pessoas que aqui residem e a 
comunidade internacional o reconhecem como um país soberano, com suas leis, 
organização e poder. 
O Estado brasileiro é chamado de federação, pois há a união perpétua e indissolúvel de 
estados-membros, que possuem autonomia administrativa, financeira etc., porém não 
são soberanos. Juntos, os estados-membros formam a União Federal. (FARIAS NETO, 
2011) 
Cada estado-membro possui sua sede administrativa,geralmente na capital do estado, 
sendo que a União possui uma capital administrativa, na sede do governo federal, que, 
no nosso caso, é Brasília, sendo o Distrito Federal. 
O principal objetivo de um Estado, incluindo o Brasil é promover o bem comum, ou seja, 
o governo e os poderes devem atuar de forma a buscar melhorar a qualidade de vida das 
pessoas e não prejudicar. 
 
 
 
 
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Dessa forma, os interesses particulares de quem está no poder não podem se sobrepor 
aos interesses da comunidade. 
Além disso, o Estado deve prover meios para suprir as necessidades mais básicas das 
pessoas, também conhecidas como direitos fundamentais, que estão expressos no artigo 
5º, da Constituição Federal, que serão analisados mais adiante. 
É de suma importância que todas as pessoas conheçam as leis que estão em vigor no 
nosso país, pois caso algum direito seu esteja sendo violado, é possível reclamar, inclusive 
judicialmente, buscando uma solução. 
 
1.4 As leis 
 
Desde os primórdios da sociedade foi necessário o estabelecimento de regras de 
conduta, a fim de que fosse possível a convivência minimamente pacífica. Isso não quer 
dizer que as pessoas conseguem viver em uma “paz eterna”, mas sim que são impostos 
limites e, aqueles que não se adequarem a tais limites podem ser punidos. 
Dessa forma, é possível dizer que o direito nasceu com a sociedade e vem acompanhando 
esta ao longo do tempo, sendo que constantemente se aprimora e se altera, assim como 
a própria comunidade. 
 
Imagem 6- Leis e a vida em sociedade 
 
 
Fonte: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.123/3519 
 
 
 
 
 
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É normal que os valores e consequentemente os direitos se alterem ao longo do tempo, 
e, muitas vezes é preciso uma lei prevendo punição para que as pessoas se adequem aos 
novos valores, como é o caso do Estatuto Racial, que prevê punição para situações como 
o racismo, podendo ser aplicada punição semelhante para casos de homofobia. 
 
 
Para saber mais: 
Estatuto da Igualdade Racial 
Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12288.htm 
 
 
 
A sociedade muda com o tempo e situações de preconceito e discriminação, na 
atualidade, não devem ser aceitas, pois dentro de uma democracia o que deve prevalecer 
é o respeito pelas diferenças. 
Somos iguais em direitos e diferentes em nossas características individuais e é isso que 
torna o Brasil tão singular e rico em seu povo, cultura, crenças etc. 
Muita gente entende o direito como sinônimo de justiça, porém, nem sempre esse fato 
pode ser associado, uma vez que nem todas as leis são de fato justas para todas as 
pessoas, e em governos autoritários e ditaduras é muito comum que direitos básicos 
como a liberdade de expressão sejam suprimidos. 
Ao longo da história humana tivemos muitos exemplos de leis que trazem discriminação 
e preconceito, prejudicando muitos indivíduos, como o caso da escravidão, ou mesmo o 
massacre dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, ou ainda a desigualdade entre 
homem e mulher dentro do matrimônio. 
Todos esses exemplos de injustiça estavam amparados pela lei. 
 
Dica de leitura: 
Dez maiores massacres da história 
Link: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-os-dez-piores-crimes-contra-a-
humanidade/ 
 
 
 
 
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O ideal é que direito e justiça caminhem lado a lado, mas é importante lembrar que nem 
sempre isso ocorre e as pessoas devem estar atentas para evitar violações de direitos e 
injustiças, principalmente quando estas são praticadas pelos próprios órgãos 
governamentais. 
A partir do momento que o ser humano começa a viver em sociedade, é possível construir 
uma série de benfeitorias em conjunto, porém, o conflito é inevitável e é necessário o 
estabelecimento de regras, a fim de que haja um padrão aceitável de conduta. 
A sociedade e a socialização que tornam o ser humano como tal, diferente dos demais 
animais que habitam o planeta. 
A vida fora da comunidade nos faz lembrar da história de Mogli (você certamente já leu 
ou assistiu algo a respeito do menino criado por lobos). Um caso real de ausência de 
socialização pode ser conferido no link abaixo: 
 
 
Mogli da vida real: a curiosa história de Madina, a menina criada por cães 
Acesse o link: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/vitrine/mogli-da-vida-
real-a-curiosa-historia-de-madina-a-menina-criada-por-caes.phtml> 
 
 
Somos seres sociais e sociáveis, porém, precisamos das leis para que haja ordem e 
possibilidade de progresso. 
 
1.5 Fontes do direito 
 
Muito embora as pessoas de modo geral entendam que apenas a lei é fonte do direito, 
este é muito mais abrangente, possuindo muitas outras fontes. 
Por fontes do direito se entende aquelas que contribuem, que dão origem e 
complementam o estudo e a aplicação das ciências do direito. 
De acordo com Venosa (2010), as fontes podem ser divididas em fontes formais, que 
representam a forma pela qual o direito se manifesta na sociedade, como através da lei 
 
 
 
 
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e do costume. Por sua vez há ainda as fontes materiais, que são instituições ou grupos 
sociais que possuem a capacidade de elaborar normas, como o Congresso Nacional. 
Vamos focar numa análise quanto às fontes formais, já que a lei e o costume são 
exemplos, contudo, o direito ainda possui como fontes os usos e costumes, posto que 
em determinadas regiões do país as pessoas podem ter mecanismos diversos de 
interagir, como no caso do Brasil, a legislação que trata sobre o uso do cheque como meio 
de pagamento entende se tratar de um pagamento à vista, porém, o brasileiro, por uso 
e costume, inventou o cheque pré-datado, em que o indivíduo e o empresário concordam 
em aguardar alguns dias para o pagamento. 
Há ainda a jurisprudência como fonte do direito, que representa um conjunto de decisões 
dos nossos Tribunais, que tem como objetivo pacificar um determinado assunto que tem 
gerado dúvidas na interpretação da lei ou que nem ao menos há lei a respeito. 
A doutrina representa outra fonte do direito, e pode ser exemplificada pelos livros e 
estudos realizados por intelectuais na ciência jurídica. 
A doutrina e a jurisprudência permitiram, por exemplo, o casamento entre pessoas do 
mesmo sexo e o reconhecimento de igualdade de direitos entre hetero e homossexuais. 
Temos também a analogia, que permite que, na falta de legislação específica sobre um 
determinado caso que chegou às portas do judiciário, possibilita que o juiz decida o caso 
em tela a partir de normas e casos parecidos, como é o caso da possibilidade de aplicação 
de penalidades do Estatuto Racial para condutas que tenham por objetivo atingir pessoas 
pertencentes ao LGBTQI+. 
 
Imagem 7 - Movimento LGBTQI+ 
 
Fonte: https://www.tupaense.com.br/2019/12/04/o-movimento-lgbt-e-suas-conquistas-no-brasil/ 
 
 
 
 
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Tratados internacionais podem ser outra fonte do direito, uma vez que, na ausência de 
legislação nacional, os julgadores podem usar como fonte de sua pesquisa e decisão 
tratados internacionais que o Brasilseja signatário ou que adotem uma linha que tem 
sido presente no país. 
Os princípios gerais do direito representam mais uma fonte, já que princípios como a 
dignidade humana deve estar presente em qualquer aplicação da lei e sua interpretação. 
Dessa forma, é possível entender que as fontes do direito têm como escopo 
complementar a lei, a fim de que esta possa atender todas as situações que podem 
ocorrer no caso concreto, ou seja, no meio social, permitindo que o juiz e os juristas de 
forma geral possam encontrar respaldo suficiente para defender os interesses dos 
indivíduos. 
 
1.6 Direitos humanos 
 
Como já comentamos, o mundo vivenciou diversos períodos de extremos, em que 
pessoas e povos inteiros foram aniquilados, sendo que um desses períodos foi a II Guerra 
Mundial, em que pessoas tidas como diferentes eram mortas, obrigadas a trabalhos 
forçados, torturadas, entre outras violações de direitos. 
Quando a II Guerra Mundial terminou, em 1945, o mundo se uniu visando evitar que algo 
semelhante ocorresse novamente, pois mais uma guerra dessas poderia extinguir a vida 
no planeta, levando em consideração que foi nessa época que a bomba atômica foi 
inventada e foram lançadas sobre cidades do Japão. 
Com o intuito de evitar novas catástrofes de âmbito internacional, em 1945 foi criada a 
ONU – Organização das Nações Unidas, que você certamente já ouviu falar. 
A partir da ONU, que é um organismo internacional, os países assumiram o compromisso 
pela paz e pela preservação de direitos. 
Desde então diversos compromissos estão sendo assumidos, através de Tratados e 
documentos internacionais, como os objetivos do desenvolvimento sustentável, em que 
países, dentre eles o Brasil, assumiram o compromisso de mudar alguns hábitos até 2030: 
 
 
 
 
 
 
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Imagem 8- Objetivos do desenvolvimento sustentável 
 
 
Fonte: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs 
 
Ao longo de mais 76 anos do fim da II Guerra Mundial direitos de mulheres, 
homossexuais, crianças, idosos, deficientes foram objeto de documentos internacionais, 
assim como direitos trabalhistas, democráticos e tantos outros, o que inspirou muitos 
países a atualizarem suas leis internas, dentre esses países está o Brasil, que em sua 
Constituição atual trouxe muitos direitos humanos, que passaram a ser chamados de 
direitos fundamentais, como veremos no próximo tópico. 
Importante frisar também que em 1948, através da ONU nós tivemos a aprovação da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é fonte inspiradora pela luta pelos 
direitos humanos, que são direitos de todas as pessoas, pelo simples fato de serem 
pessoas humanas. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos representa um marco na luta pelos direitos 
de todas as populações do planeta e, embora ainda existam violações, hoje é possível 
meios para se defender. 
 
 
Para saber mais: 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
Link: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos 
 
 
 
 
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Para se ter uma ideia do quanto os direitos humanos são importantes, você sabia que a 
Lei Maria da Penha brasileira é resultado de uma condenação que o Brasil sofreu 
internacionalmente, porque não existia uma medida efetiva de proteção aos direitos das 
mulheres no país, muito menos para proteger mulheres que sofrem violência doméstica? 
Você conhece a história da Maria da Penha? 
 
 
Para saber mais: 
História da Maria da Penha 
Link: https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-e-maria-da-penha.html 
 
 
Caso você sofra ou conheça alguém que esteja sofrendo violações de direitos humanos, 
como violência doméstica, maus-tratos, entre outros, você pode fazer uma denúncia, 
inclusive de forma anônima pelo 180 ou 100. 
Não se cale. 
Se quiser saber um pouco mais sobre a Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da 
Penha: 
 
 
Para saber mais 
Lei Maria da Penha 
Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm 
 
 
A seguir falaremos um pouco sobre como o Brasil positivou, ou seja, tornou lei alguns 
direitos previstos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em outros 
documentos internacionais, que serviram de inspiração para o legislador nacional 
 
 
 
 
 
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1.7 A Constituição Federal 
 
Conforme vimos, para ser possível viver em sociedade, é preciso que existam regras. 
Essas regras se modificam ao longo do tempo, sendo que hoje as leis regulamentam a 
nossa vida. 
Você já deve ter ouvido falar da Constituição Federal, que é a lei mais importante do 
nosso país. 
 
Imagem 9 – Constituição Federal 
 
Fonte: https://www.sinpojud.org.br/siscon/print.php?2018/10/05/constitui-o-federal-completa-30-anos-
em-v-spera-de-elei-es-presidenciais.phtml 
 
A atual Constituição Federal entrou em vigor em 05 de outubro de 1988, e possui 250 
artigos, sendo considerada bastante extensa. 
Nossa Constituição Federal traz as bases normativas, ou seja, dispositivos que 
regulamentam a nossa vida e a estrutura do nosso Estado. 
 
 
Você pode acessar o Texto Completo da Constituição Federal, clicando no link abaixo: 
< https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> 
 
 
 
 
 
 
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É de suma importância que você esteja por dentro das principais leis que regem nosso 
país, a fim de que possa se tornar uma pessoa mais crítica, sendo capaz de lutar pelos 
seus direitos. 
Muitas das regras que estão presentes no nosso cotidiano estão escritos na Constituição 
Federal, ou em outras leis e muitas pessoas desconhecem tais fatos. 
Assim, por exemplo, está escrito na Constituição Federal direitos básicos de cada 
indivíduo, direitos trabalhistas, a competência legislativa de cada ente federado (União, 
estados membros e municípios), além de outros assuntos, como os direitos de cidadania. 
Ainda segundo a Constituição Federal, todas as pessoas são iguais perante a lei, assim, 
não é aceitável discriminações, tratamentos diferenciados, bem como privilégios 
injustificados. 
Uma discriminação em uma seletiva de emprego, que pode ocorrer devido a religião, cor 
da pele, gênero e outros motivos, por exemplo, é ilegal. 
Importante lembrar que os direitos previstos nas leis não são caridade, regras para que 
possamos construir uma sociedade mais igualitária e com menos discriminações e 
preconceitos e quanto mais pessoas estiverem “por dento” do assunto, levará menos 
tempo para que possamos atingir patamares considerados aceitáveis de vida. 
Nem todas as pessoas conseguem, sozinhas, ter acesso a direitos básicos como educação, 
saúde, lazer, emprego e renda, alimentação, segurança e outros, sendo necessário que o 
Estado ajude. 
Mas como o Estado ajuda as pessoas? 
Através do desenvolvimento de políticas públicas, como por exemplo o Pronatec, que 
facilita o acesso de pessoas, em especial aquelas que não possuem meios para pagar 
cursos particulares, a ter acesso a qualificação profissional, para que tenham maiores 
chances de conseguir um bom emprego, e, dessa forma, acesso a melhores condições de 
vida. 
Em democracias, como é o caso do Brasil, o ente estatal, ou seja, o governo, deve agir 
visando o bem da coletividade, assim, os governantes são devidamente eleitos pelo povo, 
e,estes, por sua vez, devem agir para atender as necessidades da população. 
Assim, quando o governo realiza uma determinada política pública não é nenhum favor, 
mas sim um dever para com as pessoas, em especial os mais vulneráveis, tendo em vista 
 
 
 
 
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que atender as necessidades sociais é um dos fundamentos que norteiam a existência do 
próprio Estado. 
Dessa forma, é fundamental que você esteja ciente de seus direitos, e possa ser um 
cidadão ativo, fiscalizando a aplicação das verbas públicas, a fim de exigir que sejam 
gastas visando o bem da coletividade. 
Cada vez mais as pessoas devem estar atentas a respeito de seus direitos, a fim de poder 
exigir que sejam cumpridos, ressaltando que ser um cidadão não significa apenas 
comparecer às urnas para votar a cada 4 anos, mas é muito mais do que isso. 
É preciso conhecer sobre nossos direitos e exigir que sejam cumpridos, pois somente 
assim será possível contribuir para a criação de uma sociedade mais justa, igualitária, com 
menos pobreza e miséria e com mais oportunidades. 
 
1.8 Direitos fundamentais na Constituição Federal 
 
A Constituição Federal traz alguns elementos para que um indivíduo seja considerado 
cidadão e possa gozar dos direitos e deveres inerentes, mesmo que esteja fora do 
território nacional. 
Dentre os direitos de cidadania estão, por exemplo, direitos relacionados à liberdade 
igualdade entre as pessoas, como a liberdade de pensamento, de opinião, de crença, 
lembrando que, uma vez que seu direito ultrapasse o razoável, como é o caso de uma 
pessoa que ofende outras em uma rede social, é possível que seja obrigada a reparar os 
danos causados. 
Direito ao trabalho e renda, que proporcionem ganhos mínimos para o sustento de uma 
família também são alguns dos direitos previstos na Constituição Federal, e em outras 
leis existentes no nosso país. 
Para se ter uma ideia desses direitos, você pode acessar a Constituição Federal (link 
acima) e ler alguns artigos, como por exemplo os artigos 5º a 14. 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
 
 
 
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I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição; 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de 
lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades 
civis e militares de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos 
imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e 
das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e 
na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal; 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
 
 
 
 
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XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade 
para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver 
dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela 
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução 
de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
 
 
 
 
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a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem 
e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de 
que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações 
sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua 
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos 
nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança;XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja 
mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade 
ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
 
 
 
 
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d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação 
legal; 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais; 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de 
reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática 
da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos 
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, 
podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou 
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar 
o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos 
sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza 
do delito, a idade e o sexo do apenado; 
 
 
 
 
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XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus 
filhos durante o período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, 
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas 
hipóteses previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada 
no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, 
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
 
 
 
 
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LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento 
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e 
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular 
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem 
insuficiência de recursos; 
 
 
 
 
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LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar 
preso além do tempo fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, 
os atos necessários ao exercício da cidadania. 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável 
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação 
imediata. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais 
em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação 
tenha manifestado adesão. 
 
Como você pode perceber, somente o arquivo 5º é bem extenso e traz os direitos 
fundamentais, que são os direitos individuais de cada pessoa que esteja no território 
nacional. 
Os direitos fundamentais são a positivação interna, ou seja, dentro do território 
brasileiro, a partir dos direitos humanos e da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
ou seja, o constituinte se inspirou nos direitos humanos, que são direitos em âmbito 
internacional, inerente a todos e a cada indivíduo, para criar os direitos fundamentais, 
que são inerentes a todo e a cada individuo dentro do nosso país. 
Caso seus direitos fundamentais não sejam respeitados, você pode se valer de medidas 
judiciais, como o Mandado de segurança, que pode ser impetrado através de um 
advogado, defensor público, núcleos de assistência jurídica ou ainda o Ministério Público. 
 
 
 
 
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Há a possibilidade ainda de Ação Popular, Habeas Corpus e outros, dependendo de cada 
situação. 
Esses direitos, denominados de direitos fundamentais representam direitos para as 
pessoas e obrigação para o Poder Público, que pode ser punido pela lei, caso não respeite. 
Além dos direitos fundamentais individuais, temos os direitos coletivos, também 
chamados de direitos sociais, que estão previstos no artigo 6º: 
 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o 
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à 
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
 
 
Para que os direitos sociais sejam efetivados é dever do Poder Público realizar políticas 
públicas, ou seja, programas que tenham o intuito tornar mais acessível esses direitos, 
como a construção de hospitais públicos equipados e com profissionais qualificados, 
construção de escolas e o suporte para que todos tenham acesso a uma educação de 
qualidade, programas de incentivo e facilitação de crédito para a casa própria, programas 
educacionais de acesso ao nível técnico e superior como o Pronatec e o Prouni, entre 
outros. 
Além disso, temos os direitos sociais relacionados aos direitos trabalhistas, que estão 
entre os artigos 7º e 11: 
 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos 
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros 
direitos; 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
 
 
 
 
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IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas 
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, 
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes 
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração 
variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da 
aposentadoria; 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, 
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos 
termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro 
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante 
acordo ou convenção coletiva de trabalho 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de 
revezamento, salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por 
cento à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o 
salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 
cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
 
 
 
 
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XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos 
termos da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, 
nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na 
forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) 
anos de idade em creches e pré-escolas; 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a 
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo 
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois 
anos após a extinção do contrato de trabalho 
a) (Revogada). 
b) (Revogada). 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão 
do trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinçãoentre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os 
profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de 
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir 
de quatorze anos 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente 
e o trabalhador avulso 
 
 
 
 
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Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos 
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, 
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a 
simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, 
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, 
III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. 
 
 Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, 
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e 
a intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, 
representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que 
será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser 
inferior à área de um Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da 
categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria 
profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da 
representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da 
candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que 
suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos 
da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos 
rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
 
 
 
 
 
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Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento 
das necessidades inadiáveis da comunidade. 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
 
 Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados 
dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam 
objeto de discussão e deliberação. 
 
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um 
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento 
direto com os empregadores. 
 
 
Posteriormente, nos artigos 12 e 13 temos os direitos relacionados à nacionalidade: 
 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde 
que estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários 
de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade 
moral; 
 
 
 
 
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b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do 
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que 
requeiram a nacionalidade brasileira. 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em 
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos 
previstos nesta Constituição. 
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo 
nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa. 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva 
ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em 
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o 
exercício de direitos civis; 
 Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo 
nacionais. 
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. 
 
 
 
 
 
 
 
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1.9 Direitos de cidadania 
 
Quanto aos direitos de cidadania, há previsão constitucional, no artigo 14 a 16: 
 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço 
militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
 
 
 
 
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§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser 
reeleitos para um único período subseqüente. 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos 
até seis meses antes do pleito. 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, 
de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os 
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato 
eletivo e candidato à reeleição. 
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua 
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de 
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das 
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo 
ou emprego na administração direta ou indireta. 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze 
dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, 
corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo 
o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos 
casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
 
 
 
 
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IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, 
não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
 
Por sua vez, os direitos de cidadania são exercidos a partir dos 16 anos, momento em que 
uma pessoa pode se alistar como eleitor, contudo, o indivíduo somente alcança a 
maioridade civil, podendo atuar de forma ativa aos 18 anos completos. 
Além de poder votar, a partir dos 18 anos a pessoa já é capaz de se candidatar a cargos 
eletivos, como é o caso de vereador, podendo, caso eleito, exercer mandato por 4 anos. 
As pessoas precisam ser mais ativas, e exercer direitos de cidadania. 
É importante lembrar que o Poder Público deve ser atuante, incentivando as pessoas a 
participar da gestão, pois dessa forma será possível uma administração do município mais 
eficaz e que realmente atenda aos interesses de cada vez mais pessoas. 
Vale lembrar o que é gestão participativa: 
 
 
Gestão participativa – social ou societal –, participação social e controle social: essa é 
uma tendência que se verifica já há alguns anos em vários países do mundo. E o Brasil 
vem melhorando significativamente nesse aspecto desde 1988, depois do fim da ditadura 
e com a promulgação da Constituição da República. 
Começando pela Constituição da República de 1988, nela estão previstas várias 
possibilidades de participação cidadã. (EFDH-MG, 2016, p. 49) 
 
 
Sempre que uma obra ou empreendimento passível de trazer danos sociais ou 
ambientais, além de uma séria de burocracias, antes que seja tirado do papel, é 
fundamental que a prefeitura organize uma audiência pública, para que as pessoas 
possam conhecer a proposta e seus impactos e possam opinar a respeito. 
 
 
 
 
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A realização de abaixo-assinados, exigindo melhorias na localidade também pode trazer 
grandes efeitos, assim como ações judiciais como o Mandado de Segurança, a Ação Civil 
Pública, entre outras. 
Caso você não tenha condições de arcar com os gastos de ações judiciais, pode procurar 
a defensoria pública, o Ministério Público, ou ainda os Núcleos Jurídicos das 
Universidades, como é o caso do Núcleo Jurídico da UniRV, vinculado à Faculdade de 
Direito. 
Nesses locais você pode encontrar orientação para o seu problema, ou para o problema 
do seu bairro, e, se for o caso, é possível ingressar com ação judicial de forma gratuita. 
 
 
Núcleo de Prática Jurídica da UniRV 
Telefone: (64) 3623-5139 / (64) 9277-5383 
Endereço: Avenida Universitária, Qd. 07, Lt. 02 - Residencial Tocantins - Rio Verde/GO, 
Cx. Postal 104 - CEP 75.901-970 (dependências do Fórum de Rio Verde), 
Link: http://unirv.edu.br/paginas.php?id=134 
 
 
Sempre que tiver dúvidas, procure informações, como na internet, busque ajuda, seja 
consciente! 
 
Observação: 
 
Como participar ativamente do meio social? 
 
- Elaboração de Projetos de Lei pela Iniciativa Popular 
- Comparecer em audiências públicas e sessão da Câmara de Vereadores 
- Participar de consultas públicas sobre Projetos de Lei 
- Plesbicito 
- Referendo 
- Ação Popular 
 
 
 
 
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- Envio de sugestões, reclamações etc., para órgãos públicos 
 
 
É de suma importância que as pessoas possuam o título de eleitor e votem em todas as 
eleições, posto que, quem está em débito com a Justiça Eleitoral pode ficar impedido de 
ter acesso a alguns direitos, como tomar posse em concurso público, caso seja aprovado, 
tirar passaporte e outros. 
Além disso, ser um cidadão consciente também inclui estar atento às atividades exercidas 
dentro do território nacional, como aqueles realizadas pelos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário. 
Hoje é possível consultar os gastos públicos através do portal da transparência, e 
acompanhar se a Administração Pública está agindo em conformidade com as leis, sendo 
possível, ainda, realizar denúncias, participar de protestos pacíficos, assinar abaixo-
assinados, participar de audiências públicas, entre outras medidas, sempre visando 
cobrar uma atuação dos órgãos públicos mais eficiente. 
 
 
Para saber mais: 
Link: < http://www.portaltransparencia.gov.br/> 
 
 
Finalizamos nossa primeira unidade. 
Abaixo você encontrará algumas dicas de leituras, vídeos, filmes e séries para aumentar 
os seus conhecimentos sobre os temas tratados por aqui. 
Você encontrará também as questões relacionadas à atividade dessa unidade, lembrando 
que você deve resolver as atividades da Unidade I e Unidade II e postar na nossa sala 
virtual para correção até o nosso último dia de aula dessa disciplina. 
Vale lembrar que nem tudo que é lei é justo, assim, nem todasas leis são éticas. 
Fique atento quanto aos seus direitos! 
 
 
 
 
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Sugestões 
 
Leituras: 
 
Estado e sociedade 
<https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/174990/4/eBook_Estado_e_Sociedad
e-Tecnologia_em_Seguranca_Publica_UFBA.pdf> 
 
Soberania e direitos humanos 
<http://www.stf.jus.br/repositorio/cms/portalTvJustica/portalTvJusticaNoticia/anexo/Ar
tigo__Soberania_e_Direitos_Humanos__Valerio_Mazzuoli.pdf> 
 
Direitos de cidadania 
<https://www.om.acm.gov.pt/documents/58428/177157/estudo+OI+Cidadania.pdf/28
66b250-b174-4e7d-8d78-22049ef7f6c4> 
 
Direitos humanos e cidadania 
<http://www.social.mg.gov.br/images/Direitos_humanos/Cadernos_Direitos_Humanos/
Livro%2001.pdf> 
 
Mundo filosofia 
< https://mundoedu.com.br/uploads/pdf/56f96d5307609.pdf> 
 
Ética e moral 
<https://www.revistas.usp.br/sej/article/download/44359/47980> 
 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
< https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos> 
 
Vídeos: 
Os 3 poderes 
<https://www.youtube.com/watch?v=90N6xRU58Vo> 
 
Congresso Nacional 
<https://www.youtube.com/watch?v=5ad0cqRaVdE> 
 
Cidadania 
<https://www.youtube.com/watch?v=L_VWZtxmqA8> 
 
O que é cidadania? 
<https://www.youtube.com/watch?v=xF0JJ-fosys> 
 
Ética e moral 
< https://www.youtube.com/watch?v=FEASxRw2Gb0> 
 
 
 
 
 
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Filosofa – ética e moral 
< https://www.youtube.com/watch?v=_uSoacAFCH4> 
 
A história dos direitos humanos 
< https://www.youtube.com/watch?v=uCnIKEOtbfc> 
 
Leandro Karnal – Declaração Universal dos Direitos Humanos 
< https://www.youtube.com/watch?v=JjZxODEOn3w> 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos 
< https://www.youtube.com/watch?v=tqmp8PDDeaM> 
 
Filmes/ séries: 
- A garota dinamarquesa 
- 12 anos de escravidão 
- As telefonistas (Netflix) 
- Bolívar (Netflix) 
- O conto da aia 
- Os miseráveis 
- Hotel Ruanda 
- Anjos do Sol 
 
 
 
 
 
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UNIDADE II – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Conforme vimos na Unidade I, a sociedade somente é possível através de regras. Essas 
regras atualmente existem principalmente através da Lei, embora existam outras fontes. 
A Constituição Federal é a Lei mais importante de nosso país, incorporando, dentre 
outros direitos, os direitos humanos, que são denominados de direitos fundamentais, 
sendo de suma importância que as pessoas tenham noção a respeito de seus direitos, a 
fim de poder exercer sua cidadania. 
Na Unidade II falaremos sobre a Administração Pública, suas responsabilidades e deveres 
para que exista e cumpra com a lei, em especial atendendo o interesse público e 
respeitando os direitos fundamentais. 
 
2.1 O que é Administração Pública 
 
Administração Pública quer dizer algo que é gerenciado para servir a população, ou seja, 
o administrador público deve realizar cuidar daquilo que é de todos, em conformidade 
com a lei, visando a finalidade pública. 
Conforme explica a doutrinadora Di Pietro (2020, p. 73): 
 
Basicamente, são dois os sentidos em que se utiliza mais comumente a expressão 
Administração Pública: 
 
a) em sentido subjetivo, formal ou orgânico, ela designa os entes que exercem a atividade 
administrativa; compreende pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de 
exercer uma das funções em que se triparte a atividade estatal: a função administrativa; 
 
b) em sentido objetivo, material ou funcional, ela designa a natureza da atividade 
exercida pelos referidos entes; nesse sentido, a Administração Pública é a própria função 
administrativa que incumbe, predominantemente, ao Poder Executivo. 
 
 
 
 
 
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Há, ainda, outra distinção que alguns autores costumam fazer, a partir da ideia de que 
administrar compreende planejar e executar: 
 
a) em sentido amplo, a Administração Pública, subjetivamente considerada, compreende 
tanto os órgãos governamentais, supremos, constitucionais (Governo), aos quais 
incumbe traçar os planos de ação, dirigir, comandar, como também os órgãos 
administrativos, subordinados, dependentes (Administração Pública, em sentido estrito), 
aos quais incumbe executar os planos governamentais; ainda em sentido amplo, porém 
objetivamente considerada, a Administração Pública compreende a função política, que 
traça as diretrizes governamentais e a função administrativa, que as executa; 
 
b) em sentido estrito, a Administração Pública compreende, sob o aspecto subjetivo, 
apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a função 
administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a 
função política. 
 
Assim, a Administração Pública envolve as pessoas que trabalham representando o ente 
estatal, seus órgãos e a forma pela qual se exerce o governo de maneira geral. 
Todos aqueles que representam a figura estatal de alguma forma, sejam pessoas que 
foram eleitas pelo voto popular, aprovadas em concurso público ou nomeadas para 
cargos de confiança devem atuar em conformidade com a lei, visando sempre atender a 
finalidade pública, qual seja, o bem coletivo. 
Dessa forma, dentro da Administração Pública temos o exercício do Poder, que, conforme 
vimos na unidade anterior, se divide em três funções, quais sejam: legislativo, executivo 
e judiciário. 
A Administração Pública se sustenta através dos pilares da democracia, sendo que os 
custos para se administrar o ente federado (União, estados, Distrito Federal e Municípios) 
é realizado através de leis, que permitem a criação e o recolhimento de tributos. 
A partir do recolhimento de tributos é possível o pagamento de pessoas que atuam para 
a Administração Pública, o desenvolvimento de obras públicas, políticas públicas, entre 
 
 
 
 
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outros, sendo essencial que todo o ano haja uma lei específica para tratar a respeito dos 
gastos públicos e previsões orçamentárias. 
 
2.2 Princípios constitucionais da Administração Pública 
 
Princípio é aquilo que complementa o sentido ou mesmo que dá fundamento a bases 
para as ciências, sendo que no direito, mais especificamente no direito administrativo 
não é diferente. 
Os dois princípios mais importantes são a legalidade, tendo em vista que a Administração 
Pública não pode realizar atos que não estejam previstos em lei e o princípio da 
supremacia do interesse público sobre o privado, que significa que, na dúvida, o bem 
coletivo deve prevalecer. 
No artigo 37, caput, da Constituição Federal temos alguns princípios, sendo eles: “Art. 37. 
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. 
Dessa forma, o princípio da impessoalidade significa que todas as pessoas serão tratadas 
de forma igual pela Administração Pública, sendo proibidos privilégios ou fraudes para 
beneficiar amigos, parentes e outros. 
Pelo princípio da moralidade, se tem que todos os atos da Administração Pública devem 
estar em conformidade com a lei, a ética e visando o bem comum, assim, práticas como 
corrupção e improbidade

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